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sábado, 28 de novembro de 2009

CRIME DE APOLOGIA AO COMUNISMO

A apologia à sociopatologia criminosa,vulgarmente conhecida como comunismo passa a ser CRIME na Polônia e deve ser seguida pelos demais países do Leste europeu.


POR RIVADAVIA ROSA
MEMÓRIA:

Os regimes totalitários – buscam pelo exercício midiático, propaganda, deformação, manipulação e falsificação histórica a anulação do passado. Assim fizeram LENIN, STALIN, MAO, todos os ditadores comunistas/socialistas e de outros ‘ismos’ neo-regressivos totalitários.
 Para combater o totalitarismo, basta compreender uma única coisa: o totalitarismo é a negação mais radical da liberdade. No entanto, essa negação da liberdade é comum a todas as tiranias e não é de importância fundamental para compreender a natureza peculiar do totalitarismo. Contudo, quem não se mobiliza quando a liberdade está sob ameaça jamais se mobilizará por coisa alguma.” ARENDT, Hannah. Compreender – formação, exílio e totalitarismo (Ensaios – 1930-1954). Belo Horizonte/MG: Editora UFMG/CIA. LETRAS, 2008, p. 347.
"O Comunismo não é a fraternidade: é a invasão do ódio entre as classes. Não é a reconciliação dos homens: é a sua exterminação mútua. Não arvora a bandeira do Evangelho: bane Deus das almas e das reivindicações populares. Não dá tréguas à ordem. Não conhece a liberdade cristã. Dissolveria a sociedade. Extinguiria a religião. Desumanaria a humanidade. Everteria, subverteria, inverteria a obra do Criador". Rui Barbosain Pronunciamento na Associação Comercial do Rio de Janeiro, 8 de março de 1919
“O marxismo não faz sentido, e eu sou o primeiro a dizer que ele está errado." Todor Zhivkov (1911-1998),  ex-ditador comunista da Bulgária o que governou país com mão de ferro durante 35 anos (1954-1989)
"Acho que a invasão da Checoslováquia foi uma decisão errada, mal-intencionada e contrária às normas internacionais, mas foi um reflexo das brutais realidades do mundo dividido daquela época."  Wojciech Jaruzelski, último líder comunista da Polônia, sobre o apoio de seu país à invasão da Checoslováquia pelas tropas soviéticas em 1968, na Revista Veja de 27 de Agosto de 2005
"Aplique o marxismo em qualquer país e você sempre encontrará um gulag no final."  Bernard-Henri Lévy

“O Estado soviético, Wilson reconhece, falsifica a História, paga um exército de informantes, cria uma atmosfera de medo e suspeita e pratica uma política de terror oficial.” (John Dos Passos, citado por Jeffrey Meyers, in Edmund Wilson, uma Biografia, ed. Civilização Brasileira, Rio, 1997, p. 219)
André Gide, escritor de esquerda, que também visitou a Rússia, conclui: “Duvido que qualquer outra nação do mundo, e aí incluo a Alemanha de Hitler, possa ser menos livre, mais humilhada, mais temerosa, aterrorizada e vassalizada do que a União Soviética”.  John Dos Passos, citado por Jeffrey Meyers, in Edmund Wilson, uma Biografia, ed. Civilização Brasileira, Rio, 1997)
"Que significa ainda a propriedade e que significam as rendas? Para que precisamos nós socializar os bancos e as fábricas? Nós socializamos os homens." (Adolf Hitler, citado por Hermann Rauschning, Hitler m´a dit, Coopération, Paris 1939, pg 218-219)
 
“Milhões de vítimas pagam o preço das ilusões da esquerda sobre o crime – e sobre ela mesma.” THOMAS Sowell 
 
EMANUEL LEVINAS – um dos grandes filósofos contemporâneos - sustenta que a verdadeira maldade não é ‘não reconhecer o dano realizado, porque o homem já se sabia que havia sido um dano, não havia dúvidas, sua consciência assim o ditava, porém não o reconhecer e ademais mentir descaradamente.
 Confira tradução do ‘Google’ aqui.
Abs Rivadávia
 A nova regra, se aprovada, deverá entrar em vigor a partir do próximo ano
Polónia: uma proposta de lei para proibir todos os símbolos do comunismo
Qualquer pessoa que os usa ou está em posse pode pegar até 2 anos de prisão


As bandeiras vermelhas pode ser proibido na Polónia a partir do próximo ano (AP)
MILÃO - Vinte anos atrás, após a queda do Muro de Berlim, decidiram derrubar as estátuas de Lênin e Marxdemocracias ocidentais.

Agora, os políticos polacos têm apresentado uma alteração breve proibindo quaisquer símbolos do país comunista do Leste Europeu.alteração ao artigo 256 do Código Penal, que considera ilegais todos os símbolos comum.

Qualquer pessoa que os usa ou está em posse pode pegar até dois anos de prisão por ter cometido o crime de "apologia do comunismo".

O Presidente da República Leck Kaczynski na segunda-feira é esperado para assinar a lei que provavelmente entrará em vigor a partir do próximo ano. Neste ponto, até mesmo usar t-shirt com a imagem de
e seguir as O Senado aprovou uma Che Guevara, ou simplesmente cantar a Internacional nas ruas de Varsóvia será considerado um crime na Polónia.


ALTERAÇÃO
- A nova lei proíbe expressamente que todas as imagens que exalta um sistema democrático: o artigo afirma que proibia "a fabricação, distribuição, venda ou posse dos objetos apenas lembrar que os símbolos do fascismo, o comunismo e outros totalitarismo. Um dos principais promotores da regra é Jaroslaw Kaczynski, irmão gémeo do Presidente da República e líder do partido de oposição, Lei e Justiça ". Segundo Kaczynski, esta lei é sagrada, porque o comunismo é um símbolo negativo do '900,

'Nenhuma imagem do comunismo na Polônia tem o direito de existir - disse à mídia local, o líder da oposição - A cidade e seu sistema de genocídio deve ser comparação com o nazismo
. " Muitos historiadores poloneses partes a exibição de Kaczynski: "Isso foi um comunista terrível e assassino que matou milhões de vidas", disse o historiador Wojciech Roszkowski.

"
É errado comparar com o nazismo - enfatiza o estudioso polonês - e porque os dois sistemas e os seus símbolos devem ser tratados da mesma maneira."
Passado que já GO - Embora os comunistas deixaram de ter qualquer influência política na Polónia, parece que o passado não quer que seu passado. Nas últimas semanas, a Polónia foi, de facto, o país que mais tem lutado contra a candidatura de Massimo D'Alema de chanceleres da UE.

O embaixador da Polónia à UE TOMBINSKI D'Alema, chamou-lhe "um problema"
passado comunista e de estado que era mais adequado para essa posição "uma pessoa cuja autoridade não pode ser contestada por causa de seu passado afiliações políticas".
para o seu

Recentemente, o lançamento dos filmes do diretor Andrzej Wajda, que conta a história do
massacre de Katyn, durante a Segunda Guerra Mundial (os soviéticos assassinaram mais de 20.000 soldados poloneses e civis) ganhou uma renovada ódio contra os opressores russo.
D'LIBERDADE "EXPRESSÃO - Conforme salientado Times de Londres objectivo de políticos polacos é clara: "tornar invisível o comunismo." Ministro dos Negócios Estrangeiros Radoslaw Sikorski ressaltou que o Palácio da Cultura e da Ciência, o mais alto arranha-céus da Polónia, tem de ser morto só porque é um dom de Stalin fez para os cidadãos de Varsóvia.

Não importa que, ao longo dos anos, tornar-se um dos símbolos da cidade: "Se você abbattessimo, Polónia, também, teria o símbolo do fim do comunismo, a Alemanha tem os restos do Muro de Berlim. Então, em construção ecológica é também muito poluentes. "

A batalha contra o comunismo ainda tem o apoio do público e da imprensa: "O ponto central é demonstrar que não há nada de romântico ou engraçado no comunismo", declara um repórter polonês no The Times.

"O comunismo - continua o jornalista - não era um jogo. Nem a ideologia que aqueceu o coração. Comunismo em vez parou corações lhes causou a murchar e fez frio.
"

Francesco Tortora
Novembro 27, 2009

CONFIRA MAIS

Frase do dia...



O garanhão de garanhuns não consegue sair da lama.

Por Vital Silva

"Menino do MEP"



Esse é o cara endeusado por 80%...........
É a escória, dirigindo um país de botocudos, como diria meu amigo Aluízio!!!



Será que genro é parente?

Marcelo Sato, casado com a filha mais velha de Lula, aparece em investigação da Polícia Federal conversando com empresário acusado de formação de quadrilha, estelionato e corrupção

Gustavo Ribeiro
Michel Filho/Ag. O Globo

Lula Como o francês François Mitterrand e o americano Jimmy Carter, teve algumas tristezas causadas por parentes

Não são raros os casos de chefes de estado que, vez por outra, se encontram na constrangedora situação de administrar fanfarronadas de parentes, amigos ou pessoas próximas. O presidente Lula não escapa dessa maldição. Ele já passou por essa situação algumas vezes, uma delas quando seu irmão Genival Inácio da Silva, o Vavá, foi pilhado pedindo dinheiro ("dois pau") a um empresário do ramo de jogos. Agora, um genro do presidente aparece como protagonista de atos ilegais em uma investigação da Polícia Federal. O genro é Marcelo Sato, casado com Lurian, filha mais velha de Lula. Sato foi flagrado pelos policiais negociando o recebimento de 10 000 reais de um empresário ligado a uma quadrilha investigada por lavagem de dinheiro, operações cambiais clandestinas, ocultação de bens e tráfico de influência. Equivaleria a um certificado de boa conduta se tudo o que esses parentes e meios-parentes de Lula tivessem obtido de benefícios próprios em sete anos de governo fossem os "dois pau" para Vavá e os 10 000 reais para Sato, que deveria repassá-los a Lurian, conforme as gravações da PF. Mas a questão não pode ser colocada em termos de valores absolutos. É grave o caso de Marcelo Sato, oficialmente empregado como assessor parlamentar.
O marido da filha do presidente prestava serviços a uma quadrilha, ora acompanhando processos em órgãos federais, ora usando sua condição de "genro" para agendar reuniões dos suspeitos com autoridades do governo.
É no terreno fértil das franjas do poder que florescem histórias desse tipo. VEJA teve acesso a relatórios policiais reservados da chamada Operação Influenza, que, durante dois anos, monitorou as atividades de uma quadrilha de empresários de Santa Catarina e de São Paulo apontados como responsáveis por desfalques milionários contra os cofres públicos. O genro do presidente, segundo a PF, funcionava como lobista do grupo. Interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça mostram que Marcelo Sato mantinha relações estreitas com o empresário João Quimio Nojiri, preso em junho de 2008. Nojiri era quem determinava quais missões o genro deveria cumprir dentro do governo. No dia 21 de maio de 2008, a polícia gravou uma conversa entre o empresário e um amigo de Lurian, identificado apenas como Guilherme. Nojiri conta que recebeu uma mensagem da filha do presidente, que estaria passando por dificuldades financeiras. O empresário, então, mandou depositar 10 000 reais para Lurian na conta-corrente de Marcelo Sato. "Tem certeza que tem que ser na conta dele?", pergunta o amigo. Nojiri liga para sua secretária e manda fazer a transferência do dinheiro.
A ajuda, porém, foi dada de maneira bem peculiar. João Nojiri pediu à secretária que fizesse "dois depósitos de 5" – uma provável medida de precaução contra a vigilância das autoridades, já que os bancos são obrigados a informar e identificar toda movimentação igual ou superior a 10 000 reais. Dividindo o repasse em dois, são nulas as possibilidades de a transação despertar a atenção da entidade fiscalizadora. "Estou fazendo um negócio pra você, tá? Tô sabendo que você tá precisando", informou o empresário a Marcelo Sato.
Lurian negou ter pedido dinheiro ao empresário Nojiri. "Não conheço esse homem. Nunca ouvi falar dele e não sei de dinheiro nenhum", garantiu ela. Marcelo Sato contradisse a esposa e admitiu a proximidade do casal com o investigado Nojiri, com quem teria uma amizade de dez anos. A versão dada por Marcelo Sato para justificar o repasse de 10 000 reais para sua conta exige que a tese da amizade longa e sólida seja verdadeira. O dinheiro seria fruto de um empréstimo pessoal feito por Nojiri e que já teria sido pago por Sato. João Nojiri, por sua vez, confirmou o vínculo com a família Sato, mas não se recorda nem da doação, nem do empréstimo, nem do pagamento do empréstimo. Disse Nojiri: "Não me lembro desses detalhes".
A relação entre empresário e assessor não era uma via de mão única. Se Nojiri prontamente atendia às carências do amigo, também recebia a contrapartida. Em inúmeras conversas registradas pela PF, Marcelo Sato agenda almoços, reuniões e audiências em Brasília com políticos graúdos. Ele conta com o apoio do deputado federal Décio Lima, do PT catarinense. O parlamentar, compadre do casal Sato, é íntimo dos acusados, mas também não se lembra de muita coisa: "Não tenho nenhuma relação com esse pessoal". Décio Lima pode ter esquecido, mas é sabido que ele com frequência tinha à sua disposição um avião da quadrilha investigada pela Polícia Federal. Em 14 de fevereiro de 2008, Sato, Décio e Nojiri estavam em Brasília. Sato disse que levaria o empresário para uma conversa com o presidente Lula, no Palácio do Planalto, tão logo encerrasse a agenda oficial do dia. A Presidência da República informou que não há registro do encontro.

Fotos Moser/Ag. Rbs e Beto Barata/AE

O PODER DA SOMBRA
O deputado Décio Lima embarca em um avião cedido pela quadrilha, que tinha o empresário João Nojiri (ao lado) como o responsável por cuidar dos interesses junto ao governo

RELAÇÕES PERIGOSAS


Marlene Bergamo/Folha Imagem


Diálogos captados pela Polícia Federal revelam que o empresário paulista João Noriji deu 10 000 reais para Lurian Cordeiro Lula da Silva, filha do presidente Lula. Segundo a PF, a doação aconteceu na mesma época em que o marido de Lurian, Marcelo Sato, estava usando sua condição de "genro do presidente Lula" para ajudar a abrir portas no governo para a quadrilha que tinha João Nojiri como um dos principais integrantes.
Noriji: Eu precisava do rádio, do ID do rádio da Lurian.
Guilherme: Eu não tenho.
N: Achei que você tinha o radio dela.
G: Não, não tenho.
N: E como você fala com ela?
G: MSN
N: Tá bom, então. Eu estou conversando com ela por e-mail. Diz a ela que eu estou resolvendo a questão dela, de uma necessidade,
até sexta feira. Para ela dar uma consultada na conta do marido.
G: Tem certeza que tem que ser na conta dele? Porque ele não vai dizer a ela que entrou e ele não autoriza a ficar checando conta...


Um hora e trinta e cinco minutos depois da primeira ligação, Nojiri manda sua secretária fazer dois depósitos de 5000 reais na conta de Marcelo Sato.
Noriji: Josi, aquele depósito. A Sacha te falou que tinha que fazer? Secretária: Depósito do Village?
N: Não, o outro. Do Marcelo (Sato).
S: Tá aguardando um ok do senhor, se é pra fazer na conta dele ou na conta da esposa.
N: Faz na conta dele mesmo. Dois depósitos de 5, tá bom?.
S: Tá ótimo então. Vou falar pra fazer na conta dele.
Vinte minutos depois, João Nojiri liga para Marcelo Sato e informa sobre o depósito:
Nojiri: Oi, querido.
Marcelo Sato: Fala, querido. Tudo bem?
N: Eu estou fazendo um negócio pra você, tá? Tô sabendo que você tá precisando. Conta com isso.
S: Tá. Bom, a gente conversa direitinho...




DENTRO DO PALÁCIO

Marlene Bergamo/Folha Imagem


A Polícia Federal responsabilizou o genro do presidente Lula por tráfico de influência. Nas conversas captadas pela PF, Marcelo Sato promete colocar o empresário João Nojiri, que viria a ser preso meses depois, em contato com o presidente Lula.
Nojiri: Tá, mas que horas você acha que é bom ir pra lá?
Sato: Ah, porque hoje ele vai receber o presidente de Guiné Equatorial. Era pras 15h. Ele tá atendendo agora a agenda das 13h45. Aí depois tem o presidente, tem a Dilma, tem o Múcio, aí a gente.
N: Então, mas que horas você acha que a gente tem que ir pra lá?
S: Umas 18h30, por aí. Em princípio, o Múcio tava pra umas 19h. Acho que ele vai antecipar tudo e a gente conversa com ele. Ele vai pro Chile e volta domingo. (...)
N: Onde você tá?
S: Agora eu tô aqui saindo do (Palácio da) Alvorada.
N: Você não quer encontrar antes da gente ir lá pro anexo?
S: Se você quiser ir pra lá, pode ir. Porque eu já vou acertar direitinho lá no gabinete agora, entendeu?
N: Pode deixar marcado. Deixa tudo certo. Tô falando pra conversar com você antes de eu te encontrar, pra ir junto pra lá.
Que que você quer fazer?
S: Quero sentar lá no Palácio agora, falar: "Vem pra cá tal hora, certinho, que a gente vai falar"

O "menino do MEP" seria João Batista dos Santos

"Triste e abatido"
Em artigo publicado na Folha, um esquerdista histórico afirma
que Lula tentou subjugar um rapaz quando estava na prisão.
O presidente ficou perplexo

Fotos Niels Andreas/AE e Reprodução

O QUE É ISSO, COMPANHEIRO?
Benjamin e Lula, em 1980, quando foi fichado: o "menino do MEP" seria João Batista dos Santos

A um mês da estréia de Lula, o Filho do Brasil, surge um depoimento que contrasta fortemente com o filme de contornos hagiográficos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na sexta-feira passada, o jornal Folha de S.Paulo publicou um artigo que deixou de olhos arregalados todos os que o leram. Intitulado "Os filhos do Brasil", o texto é assinado por César Benjamin, um dos mais célebres militantes da esquerda brasileira.

Entrou para o movimento estudantil ainda adolescente. Por sua militância política, ficou preso por cinco anos e foi expulso do Brasil em 1976. Quando voltou, empenhou-se na fundação do PT, do qual se desfiliou em 1995. Em 2006, foi candidato a vice-presidente pelo PSOL. Hoje, está sem partido. Cesinha, como é conhecido, relata o que teria sido uma revelação devastadora feita por Lula a ele em 1994.

Na ocasião, o petista iniciava sua segunda campanha a presidente. Benjamin estava na equipe de marketing do candidato. Ele relata: "Lula puxou conversa: ‘Você esteve preso, não é, Cesinha?’ ‘Estive.’ ‘Quanto tempo?’ ‘Alguns anos...’, desconversei (raramente falo nesse assunto). Lula continuou: ‘Eu não aguentaria. Não vivo sem b...’.

Para comprovar essa afirmação, passou a narrar com fluência como havia tentado subjugar outro preso nos trinta dias em que ficara detido. Chamava-o de ‘menino do MEP’, em referência a uma organização de esquerda que já deixou de existir. Ficara surpreso com a resistência do ‘menino’, que frustrara a investida com cotoveladas e socos". Segundo Benjamin, o diálogo foi presenciado pelo publicitário Paulo de Tarso da Cunha Santos.

O publicitário, cujos contratos com o governo federal montam a 300 milhões de reais, negou em nota lembrar-se do episódio.
Por liderar greves no ABC paulista, Lula passou 31 dias preso no Dops, em São Paulo, em 1980, com outros sindicalistas. VEJA ouviu cinco de seus ex-companheiros de cela. Nenhum deles forneceu qualquer elemento que confirme a história de Benjamin. Eles se recordam, porém, de que havia na mesma cela um militante do Movimento de Emancipação do Proletariado (MEP).

"Tinha um rapaz com a gente que se dizia do MEP. Tinha uns 30 anos, era magro, moreno claro. Eu não o conhecia do movimento sindical", diz José Cicote, ex-deputado federal. "Quem estava lá e não era muito do nosso grupo era um tal João", lembra Djalma Bom, ex-vice-prefeito de São Bernardo do Campo.

"Eu me lembro do João: além de sindicalista, ele era do MEP mesmo", conta Expedito Soares, ex-diretor do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. O João em questão é João Batista dos Santos, ex-metalúrgico que morou e militou em São Bernardo. Há cerca de três anos, ganhou uma indenização da Comissão de Anistia e foi viver em Caraguatatuba, no Litoral Norte de São Paulo. Por meio do amigo Manoel Anísio Gomes, João declarou a VEJA: "Isso tudo é um mar de lama. Não vou falar com a imprensa. Quem fez a acusação que a comprove".

O Palácio do Planalto reagiu com indignação, qualificando o relato de Benjamin de "loucura". O chefe de gabinete de Lula, Gilberto Carvalho, disse que o artigo de César Benjamin era ato de um "psicopata". Carvalho afirmou também que Lula havia ficado "triste, abatido e sem entender" as razões que levaram o militante histórico a fazer um ataque tão destruidor contra sua honra.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Charges... luuuula, dilmaaa, alfreeeedo!!!


Produzido pela DPZ, lula e dilma fazem comercial (para rádio) do papel Neve.

Aquele do Alfreeedo.



Visita de Olívio Dutra abre polêmica no Uruguai



O VIZINHO NAS URNAS
Visita de Olívio Dutra abre polêmica no Uruguai

LÉO GERCHMANN
Zero Hora

A campanha presidencial no Uruguai se encerrava sem maiores sobressaltos na noite quente de terça-feira, até que, em um clube de Montevidéu, o candidato do Partido Nacional (Blanco, centro-direita), Luis Alberto Lacalle, pegou o microfone, tirou lentamente um bilhete do bolso e passou a perfilar denúncias de “intromissão em assuntos internos da República”. E um dos seus alvos foi o ex-governador gaúcho Olívio Dutra (1999-2002), do PT.

– O Olívio Dutra disse que apoia a candidatura de José Mujica (da esquerdista Frente Ampla). Disse que terá com ele interação política, cultural, de turismo e educação – reclamou.

E, com o tom da voz elevado em um nítido desabafo, acrescentou outros nomes a seus lamentos: o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, com seu marido, o ex-presidente Néstor Kirchner.

Mas a virulência de Lacalle, cujo discurso era acompanhado da expressão indignada, centrou fogo em Olívio, que, segundo ele, representou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, nessa condição, esteve segunda-feira, “o dia inteiro”, com Mujica, em Montevidéu.

E Olívio, presidente estadual do PT em fim de mandato, o que conta?

– Fui convidado pela Frente Ampla e pelo “Pepe” Mujica, com quem tenho uma relação forte, que me honra, desde meus tempos de sindicalista. Fui a jornais, rádios e TVs. Evidentemente, trocamos ideias.

Representando o presidente Lula?

– Informalmente, sim. Sou fundador do PT, ex-governador, ex-prefeito de Porto Alegre. Naturalmente, nunca falo só por mim.

O presidente sabia da sua ida?

– Evidentemente que sim.

O roteiro: Olívio chegou a Montevidéu na manhã de segunda-feira e voltou para Porto Alegre ao meio-dia de terça.

Entregou a Mujica uma mensagem de apoio enviada por Lula e falou do quanto “torce” pelo “amigo Pepe”.

Foram dois encontros com o candidato, um ex-guerrilheiro tupamaro que lidera as pesquisas para o segundo turno, no domingo.

Passaram juntos mais de uma hora, com demonstrações mútuas de afeto.

Em determinado momento, Olívio contou que Lula “está seguro” da vitória de Mujica e acredita ser possível uma relação “mais produtiva e rica” com ele do que com Lacalle.



Comentário
A moda agora é a intromissão do Brasil em outros países.
Maria Lucia Victor Barbosa

Chefe refinado

Não vamos nos sujar por causa disso”.

Gilberto Carvalho, secretário da Presidência, explicando que o chefe não vai processar César Benjamin pela reprodução da conversa em que Lula conta que molestou um companheiro de prisão porque, como todo mundo sabe, o presidente não gosta de coisas vulgares, não entra em baixarias, não trata de assuntos íntimos e, além de sifu, nunca falou palavrão.

"Acho difícil que o presidente possa agora, por exemplo, sem controle e censura judicial, vir a conceder um refúgio que foi negado"


Mendes: STF livrou Genro de 'labirinto' no caso Battisti

ANA CONCEIÇÃO
Agencia Estado

SÃO PAULO - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, disse hoje que o STF "deu uma grande contribuição para a biografia" do ministro da Justiça, Tarso Genro, quando decidiu pela extradição do ex-ativista Cesare Battisti. 
 
Para Mendes, o Tribunal retirou Genro do "labirinto em que ele havia se metido".

Mendes fez essas declarações ao comentar a entrevista concedida pelo ministro da Justiça à Agência Carta Maior, na última segunda-feira, em que o ministro da Justiça disse que alguns ministros do STF estariam tentando "capturar" a função política e a legitimidade do Executivo para exercer suas prerrogativas em casos de extradição, como o de Battisti.

Mendes lembrou que a posição do STF coincide com aquela assumida pelo Comitê Nacional de Refugiados (Conare), que considerou indevido o refúgio.

"Eu tenho impressão que, do ponto de vista histórico, o Tribunal deu uma grande contribuição para a biografia do ministro Tarso Genro. Retirou-o de um labirinto em que ele havia se metido. Genro usurpou competências de outros órgãos, da Justiça italiana, da Justiça brasileira. Certamente ele foi retirado desse impasse, desse imbróglio, graças à decisão do STF"
, afirmou.

Na avaliação de Mendes, há um equívoco na afirmação de Genro, já que a decisão do ministro da Justiça feriu a lei sobre refúgio dos anos 1990.

Desde a edição da lei, segundo o presidente do STF, sempre que surge o problema do refúgio há um debate sobre se é correto conceder a extradição.

"Minha interpretação é que só se suspende a extradição quando o refúgio é corretamente concedido, mas, neste caso, o Tribunal entendeu que o benefício foi concedido de forma indevida e tinha que ser anulado", afirmou.

A respeito da decisão que agora cabe ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de extraditar ou não Battisti, o presidente do STF disse que também existe uma ameaça de labirinto.

"Acho difícil que o presidente possa agora, por exemplo, sem controle e censura judicial, vir a conceder um refúgio que foi negado",
disse.

Secretário grava governador do DF e PF investiga esquema de propina


Marina Mello
Direto de Brasília

O secretário de Relações Institucionais do Distrito Federal, Durval Barbosa, foi o colaborador da investigação de um suposto esquema irregular que seria operado no Governo do Distrito Federal (GDF
).

Se
gundo despacho do ministro Fernando Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que autorizou os mandados de busca e apreensão, Durval Barbosa teria optado pelo benefício da delação premiada e, por esta razão, teria aceitado utilizar microfones escondidos durante conversas com o governador do DF, José Roberto Arruda (DEM).

A PF apura um suposto esquema de propina à base aliada do Distrito Federal.

Nas gravações, que resultaram na Operação Caixa de Pandora da Polícia Federal (PF), o governador apareceria negociando com seu secretário Durval Barbosa o destino de R$ 400 mil.

Em outro trecho, segundo o despacho, consta a informação de que o dinheiro seria dividido entre deputados distritais da "base aliada". Segundo o STJ, foi aberto a Durval Barbosa a participação de um programa de proteção de testemunhas da PF.

São investigados os deputados distritais Eurides Brito (PMDB), Rogério Ulisses (PSB), Pedro do Ovo (PRP) e o presidente da Câmara Legislativa do DF, Leonardo Prudente (DEM).

A assessoria do GDF afirmou que ainda não teve acesso ao teor das investigações, mas que vai cooperar com os trabalhos da PF.PF apreende R$ 700 mil em operação no governo do DF

PF apreende R$ 700 mil em operação no governo do DF

Aproximadamente 150 agentes da Polícia Federal cumpriram mandatos de busca e apreensão nesta sexta-feira em empresas, residências e gabinetes de deputados distritais e apreenderam, ao todo, R$ 700 mil em dinhe
iro.

A Operação Caixa de Pandora apreendeu ainda computadores, documentos e mídias.

Cuba faz exercício militar com possível invasão dos EUA em mente

Imprensa fala em 'possibilidade real' de agressão militar à ilha.
Relação entre os dois países melhorou sob o governo Obama.

Da Reuters, em Havana

Cuba iniciou suas maiores manobras militares em cinco anos na quinta-feira (26), afirmando que elas são necessárias para preparar o país para uma possível invasão pelos Estados Unidos.

Apesar de um descongelamento nas relações entre Estados Unidos e Cuba e de garantias do presidente norte-americano, Barack Obama, de que os Estados Unidos não têm intenção de invadir a ilha, localizada a 145 quilômetros da Flórida, a imprensa estatal cubana citou líderes militares que afirmaram que existe uma "possibilidade real de uma agressão militar contra Cuba".

O exercício, intitulado "Bastión 2009", também preparará os militares para lidarem com tensões sociais que os Estados Unidos possam tentar fomentar num momento de crise econômica em Cuba, antes da invasão, afirmam.

Foto: AFP
Militares cubanos durante exercício em 18 de novembro, em local não-determinado. (Foto: AFP)

A televisão cubana mostrou imagens de tanques disparando enquanto andavam pela zona rural do país, baterias de artilharia explodindo, tropas camufladas cavando trincheiras e disparando bazucas, helicópteros e caças voando pelos céus e equipes de resgate simulando o tratamento de combatentes feridos.

Não estava claro se as imagens eram das manobras realizadas na quinta-feira ou se eram imagens de arquivo de manobras anteriores. O local dos exercícios também não foi revelado.

No noticiário noturno, o presidente Raúl Castro pediu aos cubanos que lutem até extinguir o inimigo.

"O objetivo é nunca se render, nunca parar de lutar", disse ele em reunião com militares.

"Lutar e lutar até exaurirmos o inimigo e derrotá-lo", disse ele, que foi ministro da Defesa antes de substituir o irmão Fidel Castro no poder.

Chocante...comovente...revoltante...!


ANÁLISE


Os filhos do Brasil

Divulgação

Cena do filme "Lula, o Filho do Brasil", do diretor Fábio Barreto, que narra a trajetória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva


CÉSAR BENJAMIN
ESPECIAL PARA A FOLHA

A PRISÃO na Polícia do Exército da Vila Militar, em setembro de 1971, era especialmente ruim: eu ficava nu em uma cela tão pequena que só conseguia me recostar no chão de ladrilhos usando a diagonal. A cela era nua também, sem nada, a menos de um buraco no chão que os militares chamavam de "boi"; a única água disponível era a da descarga do "boi". Permanecia em pé durante as noites, em inúteis tentativas de espantar o frio. Comia com as mãos. Tinha 17 anos de idade.
Um dia a equipe de plantão abriu a porta de bom humor. Conduziram-me por dois corredores e colocaram-me em uma cela maior onde estavam três criminosos comuns, Caveirinha, Português e Nelson, incentivados ali mesmo a me usar como bem entendessem. Os três, porém, foram gentis e solidários comigo. Ofereceram-me logo um lençol, com o qual me cobri, passando a usá-lo nos dias seguintes como uma toga troncha de senador romano.
Oriundos de São Paulo, Caveirinha e Português disseram-me que "estavam pedidos" pelo delegado Sérgio Fleury, que provavelmente iria matá-los. Nelson, um mulato escuro, passava o tempo cantando Beatles, fingindo que sabia inglês e pedindo nossa opinião sobre suas caprichadas interpretações. Repetia uma ideia, pensando alto: "O Brasil não dá mais. Aqui só tem gente esperta. Quando sair dessa, vou para o Senegal. Vou ser rei do Senegal".
Voltei para a solitária alguns dias depois. Ainda não sabia que começava então um longo período que me levou ao limite.
Vegetei em silêncio, sem contato humano, vendo só quatro paredes -"sobrevivendo a mim mesmo como um fósforo frio", para lembrar Fernando Pessoa- durante três anos e meio, em diferentes quartéis, sem saber o que acontecia fora das celas. Até que, num fim de tarde, abriram a porta e colocaram-me em um camburão. Eu estava sendo transferido para fora da Vila Militar. A caçamba do carro era dividida ao meio por uma chapa de ferro, de modo que duas pessoas podiam ser conduzidas sem que conseguissem se ver. A vedação, porém, não era completa. Por uma fresta de alguns centímetros, no canto inferior à minha direita, apareceram dedos que, pelo tato, percebi serem femininos.
Fiquei muito perturbado (preso vive de coisas pequenas). Há anos eu não via, muito menos tocava, uma mulher. Fui desembarcado em um dos presídios do complexo penitenciário de Bangu, para presos comuns, e colocado na galeria F, "de alta periculosia", como se dizia por lá. Havia 30 a 40 homens, sem superlotação, e três eram travestis, a Monique, a Neguinha e a Eva. Revivi o pesadelo de sofrer uma curra, mas, mais uma vez, nada ocorreu. Era Carnaval, e a direção do presídio, excepcionalmente, permitira a entrada de uma televisão para que os detentos pudessem assistir ao desfile.
Estavam todos ocupados, torcendo por suas escolas. Pude então, nessa noite, ter uma longa conversa com as lideranças do novo lugar: Sapo Lee, Sabichão, Neguinho Dois, Formigão, Ari dos Macacos (ou Ari Navalhada, por causa de uma imensa cicatriz que trazia no rosto) e Chinês. Quando o dia amanheceu éramos quase amigos, o que não impediu que, durante algum tempo, eu fosse submetido à tradicional série de "provas de fogo", situações armadas para testar a firmeza de cada novato.
Quando fui rebatizado, estava aceito. Passei a ser o Devagar. Aos poucos, aprendi a "língua de congo", o dialeto que os presos usam entre si para não serem entendidos pelos estranhos ao grupo.
Com a entrada de um novo diretor, mais liberal, consegui reativar as salas de aula do presídio para turmas de primeiro e de segundo grau. Além de dezenas de presos, de todas as galerias, guardas penitenciários e até o chefe de segurança se inscreveram para tentar um diploma do supletivo. Era o que eu faria, também: clandestino desde os 14 anos, preso desde os 17, já estava com 22 e não tinha o segundo grau. Tornei-me o professor de todas as matérias, mas faria as provas junto com eles.
Passei assim a maior parte dos quase dois anos que fiquei em Bangu. Nos intervalos das aulas, traduzia livros para mim mesmo, para aprender línguas, e escrevia petições para advogados dos presos ou cartas de amor que eles enviavam para namoradas reais, supostas ou apenas desejadas, algumas das quais presas no Talavera Bruce, ali ao lado. Quanto mais melosas, melhor.
Como não havia sido levado a julgamento, por causa da menoridade na época da prisão, não cumpria nenhuma pena específica. Por isso era mantido nesse confinamento semiclandestino, segregado dos demais presos políticos. Ignorava quanto tempo ainda permaneceria nessa situação.
Lembro-me com emoção -toda essa trajetória me emociona, a ponto de eu nunca tê-la compartilhado- do dia em que circulou a notícia de que eu seria transferido. Recebi dezenas de catataus, de todas as galerias, trazidos pelos próprios guardas. Catatau, em língua de congo, é uma espécie de bilhete de apresentação em que o signatário afiança a seus conhecidos que o portador é "sujeito-homem" e deve ser ajudado nos outros presídios por onde passar.
Alguns presos propuseram-se a organizar uma rebelião, temendo que a transferência fosse parte de um plano contra a minha vida. A essa altura, já haviam compreendido há muito quem eu era e o que era uma ditadura.
Eu os tranquilizei: na Frei Caneca, para onde iria, estavam os meus antigos companheiros de militância, que reencontraria tantos anos depois. Descumprindo o regulamento, os guardas permitiram que eu entrasse em todas as galerias para me despedir afetuosamente de alunos e amigos. O Devagar ia embora.


 


São Paulo, 1994. Eu estava na casa que servia para a produção dos programas de televisão da campanha de Lula. Com o Plano Real, Fernando Henrique passara à frente, dificultando e confundindo a nossa campanha.
Nesse contexto, deixei trabalho e família no Rio e me instalei na produtora de TV, dormindo em um sofá, para tentar ajudar. Lá pelas tantas, recebi um presente de grego: um grupo de apoiadores trouxe dos Estados Unidos um renomado marqueteiro, cujo nome esqueci. Lula gravava os programas, mais ou menos, duas vezes por semana, de modo que convivi com o americano durante alguns dias sem que ele houvesse ainda visto o candidato.
Dizia-me da importância do primeiro encontro, em que tentaria formatar a psicologia de Lula, saber o que lhe passava na alma, quem era ele, conhecer suas opiniões sobre o Brasil e o momento da campanha, para então propor uma estratégia. Para mim, nada disso fazia sentido, mas eu não queria tratá-lo mal. O primeiro encontro foi no refeitório, durante um almoço.
Na mesa, estávamos eu, o americano ao meu lado, Lula e o publicitário Paulo de Tarso em frente e, nas cabeceiras, Espinoza (segurança de Lula) e outro publicitário brasileiro que trabalhava conosco, cujo nome também esqueci. Lula puxou conversa: "Você esteve preso, não é Cesinha?" "Estive." "Quanto tempo?" "Alguns anos...", desconversei (raramente falo nesse assunto). Lula continuou: "Eu não aguentaria. Não vivo sem boceta".
Para comprovar essa afirmação, passou a narrar com fluência como havia tentado subjugar outro preso nos 30 dias em que ficara detido. Chamava-o de "menino do MEP", em referência a uma organização de esquerda que já deixou de existir. Ficara surpreso com a resistência do "menino", que frustrara a investida com cotoveladas e socos.
Foi um dos momentos mais kafkianos que vivi. Enquanto ouvia a narrativa do nosso candidato, eu relembrava as vezes em que poderia ter sido, digamos assim, o "menino do MEP" nas mãos de criminosos comuns considerados perigosos, condenados a penas longas, que, não obstante essas condições, sempre me respeitaram.
O marqueteiro americano me cutucava, impaciente, para que eu traduzisse o que Lula falava, dada a importância do primeiro encontro. Eu não sabia o que fazer. Não podia lhe dizer o que estava ouvindo. Depois do almoço, desconversei: Lula só havia dito generalidades sem importância. O americano achou que eu estava boicotando o seu trabalho. Ficou bravo e, felizmente, desapareceu.

 


Dias depois de ter retornado para a solitária, ainda na PE da Vila Militar, alguém empurrou por baixo da porta um exemplar do jornal "O Dia". A matéria da primeira página, com direito a manchete principal, anunciava que Caveirinha e Português haviam sido localizados no bairro do Rio Comprido por uma equipe do delegado Fleury e mortos depois de intensa perseguição e tiroteio. Consumara-se o assassinato que eles haviam antevisto.
Nelson, que amava os Beatles, não conseguiu ser o rei do Senegal: transferido para o presídio de Água Santa, liderou uma greve de fome contra os espancamentos de presos e perseverou nela até morrer de inanição, cerca de 60 dias depois. Seu pai, guarda penitenciário, servia naquela unidade.
Neguinho Dois também morreu na prisão. Sapo Lee foi transferido para a Ilha Grande; perdi sua pista quando o presídio de lá foi desativado. Chinês foi solto e conseguiu ser contratado por uma empreiteira que o enviaria para trabalhar em uma obra na Arábia, mas a empresa mudou os planos e o mandou para o Alasca. Na última vez que falei com ele, há mais de 20 anos, estava animado com a perspectiva do embarque: "Arábia ou Alasca, Devagar, é tudo as mesmas Alemanhas!" Ele quis ir embora para escapar do destino de seu melhor amigo, o Sabichão, que também havia sido solto, novamente preso e dessa vez assassinado. Não sei o que aconteceu com o Formigão e o Ari Navalhada.
A todos, autênticos filhos do Brasil, tão castigados, presto homenagem, estejam onde estiverem, mortos ou vivos, pela maneira como trataram um jovem branco de classe média, na casa dos 20 anos, que lhes esteve ao alcance das mãos. Eu nunca soube quem é o "menino do MEP". Suponho que esteja vivo, pois a organização era formada por gente com o meu perfil. Nossa sobrevida, em geral, é bem maior do que a dos pobres e pretos.
O homem que me disse que o atacou é hoje presidente da República. É conciliador e, dizem, faz um bom governo. Ganhou projeção internacional. Afastei-me dele depois daquela conversa na produtora de televisão, mas desejo-lhe sorte, pelo bem do nosso país. Espero que tenha melhorado com o passar dos anos.
Mesmo assim, não pretendo assistir a "O Filho do Brasil", que exala o mau cheiro das mistificações. Li nos jornais que o filme mostra cenas dos 30 dias em que Lula esteve detido e lembrei das passagens que registrei neste texto, que está além da política. Não pretende acusar, rotular ou julgar, mas refletir sobre a complexidade da condição humana, justamente o que um filme assim, a serviço do culto à personalidade, tenta esconder.

CÉSAR BENJAMIN, 55, militou no movimento estudantil secundarista em 1968 e passou para a clandestinidade depois da decretação do Ato Institucional nº 5, em 13 de dezembro desse ano, juntando-se à resistência armada ao regime militar.

Foi preso em meados de 1971, com 17 anos, e expulso do país no final de 1976. Retornou em 1978. Ajudou a fundar o PT, do qual se desfiliou em 1995. Em 2006 foi candidato a vice-presidente na chapa liderada pela senadora Heloísa Helena, do PSOL, do qual também se desfiliou.

Trabalhou na Fundação Getulio Vargas, na Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, na Prefeitura do Rio de Janeiro e na Editora Nova Fronteira. É editor da Editora Contraponto e colunista da Folha.

DIAS SÓRDIDOS


É, meus caros leitores… Encare este post até o fim!!!


Permito-me abrir este post verdadeiramente espantoso com algo que escrevi aqui há menos de uma semana: não me interessa a vida privada de homens públicos, a menos que ela esteja em contradição com a sua pregação e com as escolhas políticas que anunciam. Dito isso, adiante.


Vocês sabem quem é César Benjamin? Então começo por sua biografia sintetizada hoje na Folha de S. Paulo:

CÉSAR BENJAMIN, 55, militou no movimento estudantil secundarista em 1968 e passou para a clandestinidade depois da decretação do Ato Institucional nº 5, em 13 de dezembro desse ano, juntando-se à resistência armada ao regime militar. Foi preso em meados de 1971, com 17 anos, e expulso do país no final de 1976. Retornou em 1978. Ajudou a fundar o PT, do qual se desfiliou em 1995. Em 2006 foi candidato a vice-presidente na chapa liderada pela senadora Heloísa Helena, do PSOL, do qual também se desfiliou. Trabalhou na Fundação Getulio Vargas, na Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, na Prefeitura do Rio de Janeiro e na Editora Nova Fronteira. É editor da Editora Contraponto e colunista da Folha.


Como se nota por sua biografia, Benjamin — conhecido por Cesinha — não é alguém por quem eu nutra qualquer simpatia ideológica. No arquivo, vocês encontrarão várias referências a ele e também à sua editora, que publica bons livros. À diferença do que dizem, sei manter divergências civilizadas com civilizados. Adiante.


A Folha publica hoje alguns textos sobre o filme hagiográfico “Lula, O Filho do Brasil”.

Benjamin escreve um longo depoimento — íntegra aqui — em que narra todos os horrores que sofreu na cadeia, preso que foi aos 17 anos. Entre outras coisas, e sabemos que isto é tragicamente comum nas cadeias brasileiras até hoje, foi entregue para “ser usado” pelos presos comuns, o que, escreve ele, não aconteceu. E faz um texto que chega a ser comovido sobre o respeito que lhe dispensaram na cadeia.


Depois de narrar suas agruras, interrompe o fluxo da memória daquele passado mais distante para se fixar num mais recente, 1994, quando integrava a equipe que cuidava da campanha eleitoral de Lula na TV — no grupo, estava um marqueteiro americano importado por alguns petistas. E, agora, segue o texto estarrecedor de Benjamin sobre uma reunião.
(…)
Na mesa, estávamos eu, o americano ao meu lado, Lula e o publicitário Paulo de Tarso em frente e, nas cabeceiras, Espinoza (segurança de Lula) e outro publicitário brasileiro que trabalhava conosco, cujo nome também esqueci. Lula puxou conversa: “Você esteve preso, não é Cesinha?” “Estive.” “Quanto tempo?” “Alguns anos…”, desconversei (raramente falo nesse assunto). Lula continuou: “Eu não aguentaria.

Não vivo sem boceta”.


Para comprovar essa afirmação, passou a narrar com fluência como havia tentado subjugar outro preso nos 30 dias em que ficara detido.

Chamava-o de “menino do MEP”, em referência a uma organização de esquerda que já deixou de existir. Ficara surpreso com a resistência do “menino”, que frustrara a investida com cotoveladas e socos.


Foi um dos momentos mais kafkianos que vivi. Enquanto ouvia a narrativa do nosso candidato, eu relembrava as vezes em que poderia ter sido, digamos assim, o “menino do MEP” nas mãos de criminosos comuns considerados perigosos, condenados a penas longas, que, não obstante essas condições, sempre me respeitaram.


O marqueteiro americano me cutucava, impaciente, para que eu traduzisse o que Lula falava, dada a importância do primeiro encontro. Eu não sabia o que fazer. Não podia lhe dizer o que estava ouvindo. Depois do almoço, desconversei: Lula só havia dito generalidades sem importância. O americano achou que eu estava boicotando o seu trabalho. Ficou bravo e, felizmente, desapareceu.


Num outro ponto se seu longo texto, Benjamin comenta o filme sobre a vida de Lula e lembra aqueles que não o molestaram na cadeia:


(…)
A todos, autênticos filhos do Brasil, tão castigados, presto homenagem, estejam onde estiverem, mortos ou vivos, pela maneira como trataram um jovem branco de classe média, na casa dos 20 anos, que lhes esteve ao alcance das mãos. Eu nunca soube quem é o “menino do MEP”. Suponho que esteja vivo, pois a organização era formada por gente com o meu perfil. Nossa sobrevida, em geral, é bem maior do que a dos pobres e pretos.

O homem que me disse que o atacou é hoje presidente da República. É conciliador e, dizem, faz um bom governo. Ganhou projeção internacional.

Afastei-me dele depois daquela conversa na produtora de televisão, mas desejo-lhe sorte, pelo bem do nosso país. Espero que tenha melhorado com o passar dos anos.


Mesmo assim, não pretendo assistir a “O Filho do Brasil”, que exala o mau cheiro das mistificações. Li nos jornais que o filme mostra cenas dos 30 dias em que Lula esteve detido e lembrei das passagens que registrei neste texto, que está além da política. Não pretende acusar, rotular ou julgar, mas refletir sobre a complexidade da condição humana, justamente o que um filme assim, a serviço do culto à personalidade, tenta esconder.

Voltei

Peço-lhes prudência nos comentários — mesmo! A política, no ritmo em que vai, está palmilhando todos os caminhos da sordidez, da abjeção, da absoluta falta de limites.

Que alguém tenha notado que certas visões de mundo são úteis para vender papel higiênico expõe de modo galhofeiro e trágico o triunfo da vulgaridade: ancha, arrogante, bravateira.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009 | 5:35

Qualquer semelhança...


VOCÊ ACHA QUE JÁ VIU DE TUDO ?


VEJA QUE INTERESSANTE :

Existe uma empresa, que produz e instala sistemas de lava-carros (Magic Wand Car Wash System). 

Recentemente esta empresa instalou um Lava-Carros em Frederick, Md , USA.  Esses sistemas são completos, e incluem até troca e recebimento de dinheiro em caixa automático. 

O problema começou quando o comprador desse sistema reclamou ao fabricante que a cada semana um certo montante de moedas era perdido. 

O dono do Lava-Carros chegou a dizer que os funcionários do fabricante teriam a chave dos depósitos de moeda, e seria assim que ele estava sendo roubado. 

Não acreditando que alguém estivesse fazendo aquilo, o fabricante instalou câmeras pra pegar o ladrão 'no flagra'.  


Veja o que aconteceu:

1 - Observe o passarinho sentado no orifício onde são colocadas as moedas. 



2 - Agora o passarinho entra na caixa pra pegar as moedas. 


3 - Veja o passarinho carregando US$0.75 em seu bico (3 moedas). 


4 - O mais intrigante é que deu pra notar que isso vinha sendo feito por vários passarinhos (formaçãode quadrilha)


Uma vez identificados os ladrões, foram achados mais de US$ 4.000 em moedas de US $ 0.25 no telhado do Lava-Carros e em outros das redondezas. 

Você achou que já tinha visto de tudo?  


Esses pássaros devem ter sido criados e treinados em Brasília!... 


enviada por Gracias a la Vida

Operação Castelo de Areia

Documentos indicam mesada de empreiteira a políticos


AE - Agencia Estado

SÃO PAULO - A Polícia Federal (PF) concluiu a Operação Castelo de Areia - investigação sobre evasão de divisas e lavagem de dinheiro envolvendo executivos da Construtora Camargo Corrêa - e anexou ao relatório documento que pode indicar suposto esquema de pagamentos mensais a parlamentares e administradores públicos e doações "por fora" para partidos políticos. 
 
O dossiê é formado por 54 planilhas que sugerem provável contabilidade paralela da empreiteira. 
 
Elas registram dados sobre 208 obras e contratos da Camargo Corrêa entre 1995 e 1998, espalhados por quase todo o País e também no exterior - Bolívia e Peru.

Os repasses teriam ocorrido naquele período em favor de deputados federais, senadores, prefeitos e servidores municipais e estaduais.

Em quatro anos a empreiteira desembolsou R$ 178,16 milhões.

Em 1995, segundo os registros, ela pagou R$ 17,3 milhões.

Em 1996, R$ 50,54 milhões.

Em 1997, R$ 41,13 milhões.

No ano de 1998, R$ 69,14 milhões.

O que reforça a suspeita de caixa 2 é o fato de que os números alinhados aos nomes dos supostos beneficiários estão grafados em dólares, com a taxa do dia e a conversão para reais.
Leia mais aqui.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Frase do dia...


Temos hoje um Congresso pior e mais viciado, um Judiciário tristemente politizado, um estado mais aparelhado, um ambiente político mais intolerante, uma diplomacia deplorável e práticas acintosas, e impunes!, de desrespeito à ordem legal. 
 
Nada disso é melhor! 

Tudo isso é pior!

MP aciona Tuma e Maluf por ocultação de cadáveres na ditadura

Ação pede responsabilização pessoal de outras três pessoas pelo desaparecimento de militantes em São Paulo


estadao.com.br

O Ministério Público Federal em São Paulo (MPF) ingressou nesta quinta-feira, 26, com uma ação civil pública para que seja declarada a responsabilização pessoal de autoridades por suposta ocultação de cadáveres de opositores da ditadura militar (1964-1985) ocorridas em São Paulo, nos cemitérios de Perus e Vila Formosa.

Entre os acusados estão o hoje deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) e o senador Romeu Tuma (PTB-SP), além de outras três pessoas.

Uma segunda ação civil pública foi movida contra legistas e instituições que teriam contribuído para que as ossadas de mortos e desaparecidos políticos na vala comum de Perus permanecessem sem identificação

As outras três pessoas que o MPF tenta responsabilizar são o médico legista Harry Shibata, ex-chefe do necrotério do Instituto Médico Legal de São Paulo; o ex-prefeito de São Paulo Miguel Colasuonno (gestão 1973-1975); e Fábio Pereira Bueno, diretor do Serviço Funerário Municipal entre 1970 e 1974.

A responsabilização de Maluf e Tuma se deve aos cargos que ambos ocupavam durante o regime militar. Tuma era delegado e chefe do Departamento Estadual de Ordem Política e Social, o Dops, entre 1966 e 1983. Maluf foi prefeito de São Paulo entre 1969 e 1971

A assessoria de imprensa de Maluf divulgou nota na qual o deputado classifica a acusação como "ridícula". "Depois de 39 anos, abordar de forma leviana um assunto dessa natureza é no mínimo uma acusação ridícula", diz a nota.

Procurado pelo estadao.com.br, a assessoria de Tuma não soube informar o paradeiro do senador, e disse que por enquanto não tem uma posição oficial sobre o caso.

O MPF pede que os cinco sejam condenados à perda de suas funções públicas e aposentadorias. Caso sentenciados, os mandatos atuais de Tuma e Maluf não seriam afetados, pois a Constituição impede a perda de mandato em ações civis públicas.

Além da cassação das aposentadorias, o MPF quer que as pessoas físicas sejam condenadas a reparar danos morais coletivos, mediante indenização de, no mínimo, 10% do patrimônio pessoal de cada um, revertidos em medidas de memória sobre as violações aos direitos humanos ocorridos na ditadura.

O MPF sugere ainda, na ação, a possibilidade de o juiz diminuir eventual pena em dinheiro se os réus, antes da sentença, declararem publicamente, em depoimento escrito e audiovisual, os fatos que souberem ou de que participaram durante a repressão política no período de 1964 a 1985, mas que ainda não sejam de domínio público.

Uma das principais fontes de dados para a ação civil proposta foram os documentos e depoimentos colhidos pela Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara Municipal de São Paulo, instituída por ocasião da abertura da vala comum do Cemitério de Perus, em setembro de 1990, para apurar a participação de servidores e autoridades municipais no episódio. O MPF usou, ainda, as informações divulgadas pela Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, no livro "Direito à Memória e à Verdade" e documentos obtidos no Arquivo do Estado de São Paulo e no Arquivo Nacional.

Desaparecidos políticos foram sepultados nos cemitérios de Perus e Vila Formosa em São Paulo, de forma totalmente ilegal e clandestina, com a participação do IML, do Dops e da prefeitura.

Lentidão na identificação

a segunda ação civil proposta hoje, o Ministério Público Federal pede a responsabilização das pessoas físicas e jurídicas que contribuíram diretamente para que as ossadas de mortos e desaparecidos políticos localizadas na vala comum e outros locais do cemitério de Perus permanecessem sem identificação.

São demandados na ação a União, o estado de São Paulo, a Unicamp, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a Universidade de São Paulo (USP). Mais cinco pessoas são citadas, a maioria legistas, sob a responsabilidade dos quais estiveram sob análise as ossadas de Perus ou material genético dos familiares das vítimas para confrontação: Fortunato Badan Palhares (Unicamp), Vânia Aparecida Prado (UFMG), Daniel Romero Muñoz (IML/Instituto Oscar Freire - USP) e Celso Perioli e Norma Bonaccorso (Polícia Científica de São Paulo).

Segundo o MPF, as universidades e os profissionais processados negligenciaram com os compromissos assumidos, gerando enorme atraso nas identificações. Em alguns casos a ação aponta indícios de condutas intencionais para prejudicar os serviços.

Com informações do MPF

Violações aos direitos humanos ocorridos na ditadura.