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sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Com sete anos de atraso, o sapo barbudo temido por Mário Amato mostrou a garras e a liberdade tão comemorada com o fim do regime militar mais uma vez se vê ameaçada de mordaça e grilhões.

by Marcos Pontes



Ficou famosa a ameaça de Mário Amato, então presidente da FIESP e de grande influência nas decisões políticas brasileiras na campanha presidencial de 89. Amato dizia que se Lula se elegesse, centenas de empresários deixariam o país e levariam suas empresas. Os efeitos devastadores de uma bomba se espalharam na campanha do “sapo barbudo”, como Amato chamou Lula.

Passaram-se os anos, Lula se elegeu e a previsão de Amato passou a ser motivo de chacota, o mundo mudou, o socialismo já havia provado ser um erro, a União Soviética, nave-mãe dos comunistas do paneta, havia implodido levando à derrocada do sistema em todo o leste europeu. Os poucos países que mantiveram o socialismo repressivo marcavam passo, passavam fome, mendigavam migalhas ao resto do mundo. Até a China mudou, tornando-se um “socialismo de mercado”, cedeu ao capitalismo sem dar o braço a torcer. A Coréia do Norte só existe porque a Rússia e a China a sustentam para fazerem contrapartida ao poderia ianque.

O socialista Luiz Inácio também quietou o facho. Tornou-se “paz e amor” a pedido do marqueteiro chegado a rinha de galos, saboreava o sabor da fortuna, mesmo tendo amealhado a dita cuja depois de suspender o macacão aos 27 anos de idade, provando a máxima popular de que quem trabalha não tem tempo de ganhar dinheiro. Os capitães de empresa e grandes empresários, se acalmaram, relegaram a um lugarzinho esquecido no passado as ameaças de Mário Amato.

Durante sete anos de mandato o governo mostrou ser um capitalista feroz, embora estatista, um trapalhão estratégico que alimentava os vizinhs miseráveis dando hidrelétrica pro Paraguai, refinadoras de petróleo para Equador e Bolívia, dinheiro para o louco venezuelano e por aí adiante. Banqueiros lucraram como nunca na históriadessepaís, o crédito ficou mais fácil, levando a pobretalha ter a sensação de que era rica, criando uma bolha que ainda não estourou porque a classe média tem bancado o consumismo desenfreado. Não havia o que temer.

Mas eis que uns alopradinhos, achando o presidente muito à direita, resolveram lembrá-lo de que ele era um comunista juramentado, não podia trair a clase. pior, tinha que compensá-los por ter presidido sete anos para seus amigos milionários, dividindo a grana da classe média para os mais pobres a título de justiça social e distribuição de renda, sendo, de fato, uma expropriação da poupança dos remediados, em forma de impostos, para bancar os regalos dos ricos e as esmolas-compra-votos dos pobres.

A candidata e um aspone, o tal Vanuchi, botaram na mesa da anta bípede o tal decreto, ferramenta que nossa democracia já dava por falecida, criando a tal Comissão da Verdade, desencavando questões sepultadas pela Lei da Anistia, um ranço de revanchismo que essa malta azeda há 24 anos, desde a entrega da faixa presidencial por Figueiredo para o highlander Sarney.

Os mentores da lei criada bem ao estilo absolutista stalinista, na calada da noite e escondidos pelos barulhos de fogos do Natal, ainda não foi devidamente assimilada pela população, talves nem mesmo pela esquerda, também pega de surpresa. Mas os produtores rurais e os militares já perceberam o perigo pesado e escuro que nos ameaça. Ameaça a todos.

Frustrada mais uma vez a tentativa de calar a imprensa, um esforço milionário do Franklin Martins e sua Confecon, o viés autoritário disfarçado com um sorriso nos lábios e brincadeirinhas futebolísticas do presidente volta a mostrar os caninos sedentos. Os jovens desavisados, os sectários analfabetos políticos seguidores da UNE em sua empáfia de juventude são a grande massa de manobra usada para apoiar a medida. A mesma juventudo que a 30 anos estava lutando pela liberdade de expressão. São o que Alexandrovich Bezmenov, espião soviético dissidente da KGB, chama de idiotas úteis. Vejam este vídeo, muito interessante e esclarecedor.

Demorou sete anos, conquistou a simpatia do povaréu e a confiança dos capitalistas e aí deu o bote. Com sete anos de atraso, o sapo barbudo temido por Mário Amato mostrou a garras e a liberdade tão comemorada com o fim do regime militar mais uma vez se vê ameaçada de mordaça e grilhões. Aqui.

©Marcos Pontes
Sexta-feira, Janeiro 08, 2010

1 comentários:

Edu disse...

Excelente.... ACORDA BRASIL!