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segunda-feira, 19 de julho de 2010

Mulher de ex-guerrilheiro das Farc tem cargo no governo



Mulher de ex-guerrilheiro das Farc tem cargo no governo
Ângela Slongo é professora concursada no Paraná e foi cedida à União a pedido de Dilma Rousseff.

Oposição reage
André Gonçalves
e Karlos Kohlbach

A Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca, órgão do governo federal com status de ministério, emprega desde 2006, em um cargo de confiança, a paranaense Ângela Maria Slongo, mulher do ex-guerrilheiro das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) Francisco Antônio Cadenas Collazzos, conhecido como Oliverio Medina.

Ela também é, desde 1986, professora concursada da Secretaria de Educação do Paraná e foi cedida pelo governo do estado ao órgão federal em 2006 – num pedido feito pela ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, ao governador Roberto Requião.

Acusado de homicídio e terrorismo na Colômbia, Medina viveu em prisão domiciliar em Brasília entre 2005 e março do ano passado, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) extinguiu o pedido de extradição para o país vizinho.


O colombiano Oliverio Medina foi padre entre 1975 e 1983, quando abandonou a Igreja Católica e entrou para as Farc.

Ele vive no Brasil desde 1997, quando passou a exercer a função de “embaixador” do grupo no país.

É apontado por alguns como o principal responsável por negociações de paz na Colômbia e por outros como mentor do sangrento ataque a uma base militar no estado de Meta, em 1991, que acabou com a morte de três soldados e o seqüestro de outros 17.

Acusado pelo governo colombiano de homicídio e terrorismo, foi preso pela primeira vez no Brasil em 2000, mas logo foi solto.

Detido novamente em agosto de 2005, só conseguiu a liberdade em março de 2007, graças a uma histórica decisão do Supremo Tribunal Federal.

Medina tinha contato direto com o comandante das Farc, Manuel Marulanda Vélez, morto recentemente. (AG)

O caso foi divulgado pela revista Veja desta semana. A publicação cita que a contratação de Ângela, 45 anos, seria uma maneira de proteger o ex-guerrilheiro, acolhido como asilado político no Brasil graças ao forte lobby de políticos de esquerda, incluindo vários petistas como o ex-ministro e ex-governador gaúcho Olívio Dutra.

A paranaense e o colombiano não são casados legalmente, mas vivem juntos há dez anos e têm uma filha.

Em nota divulgada ontem, a Secretaria de Pesca negou qualquer ligação do caso com as Farc e informou que “as ilações e induções sugeridas serão objeto de todas as medidas judiciais cabíveis”.

A paranaense não quis dar entrevistas e não explicou os motivos da mudança para o Distrito Federal. Ela é funcionária do quadro estadual há 22 anos e continua recebendo o salário do governo paranaense, mais 60% da remuneração pelo cargo DAS-102.2 da administração pública federal, que equivale a R$ 1.511,05.

A Casa Civil do Paraná explicou que, apesar de pagar integralmente os vencimentos da professora, o valor é reembolsado pelo governo federal. A situação é legal, segundo o Estatuto do Servidor Público.

A assessoria de imprensa da Secretaria de Pesca diz ainda que Ângela enviou o currículo para o órgão em busca de colocação profissional e não teve qualquer regalia durante a seleção. Ela está no órgão desde dezembro de 2006 e foi escolhida pela área técnica para trabalhar no Projeto de Alfabetização de Pesquisadores, como assistente técnica.

A secretaria é ligada diretamente à presidência da República. O atual ministro, Altemir Gregolin, foi acusado de irregularidades durante a CPI dos Cartões Corporativos, mas não será indiciado no relatório final da comissão, que será lido hoje pelo deputado federal Luiz Sérgio (PT-RJ).

Dados do Portal da Transparência (www.portaldatransparencia.gov.br) mostram que em 2007 Ângela recebeu R$ 1,9 mil para pagar diárias e R$ 2,3 mil para indenizações e restituições de despesas a serviço da secretaria, além do salário.

A contratação da mulher de um ex-guerrilheiro chamou a atenção da oposição ao governo Lula.

O líder do PSDB no Senado, senador Arthur Virgílio (AM), apresentou à Secretaria de Pesca um requerimento de informações sobre a nomeação de Ângela. Em um dos sete pontos do documento, Virgílio questiona se a nomeação passou pelo crivo da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Na Câmara Federal, também houve reação.

O presidente do DEM, deputado federal Rodrigo Maia, promete enviar hoje um pedido de informações à Presidência. O parlamentar quer checar se há envolvimento da administração pública federal com as Farc.



03/06/2008

3 comentários:

Anônimo disse...

É isso aí depois não reclamem quando começarem a sumir pessoas que não comungam com os interesses dos estrelinhas. Vão sentir saldades da Ditadura Militar.

Anônimo disse...

É claro que há envolvimento com as FARC até o pescoço. É dinheiro prá lá e dinheiro prá cá que não acaba mais. E o povo Brasileiro é quem paga a conta enquanto o graaaaannnnde Lula se transforma num dos mais ricos do mundo. Esse é e sempre foi o objetivo dele e do seu pessoal da cúpula do PT.

Anônimo disse...

"Nenhum indício melhor se pode ter a respeito de alguém do que a companhia que frequenta. Quem tem companheiros decentes e honestos adquire, merecidamente, bom nome, porque é impossível que não tenha alguma semelhança com eles." (Adam Parfrey)