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sábado, 26 de junho de 2010

Frase do dia


 
"A chave misteriosa das desgraças que nos afligem, é esta e só esta: a ignorância popular, mãe da servilidade e da miséria."


Rui Barbosa

Roteiro kafkiano

COMENTÁRIO DO LEITOR


Amigos,

Como vocês sabem, a esquerda revolucionária vive na segunda realidade, negando o concreto em nome da ideologia.

Reparem como a tática revolucionária de Lula - dizer uma coisa e fazer outra de forma explícita - é seguida por seus subordinados, ministros, petistas em geral e pela candidata Dilma, agora.

Num dia, ela veste o boné do MST, no outro fala que é contra o MST e no outro vai tomar chá com socialites.

É nessa lacuna moral e ética que a esquerda faz a festa, cobrando da oposição aquilo que ela mesma sabe que não vai fazer.

As pesquisas eleitorais estão todas viciadas, mas não há mais jornalistas para questioná-las, pois toda a mídia também já foi cooptadas pelo esquema esquerdista.

Até quem recebe o Bolsa-esmola tem críticas ao governo Lula, mas essas jamais chegarão ao conhecimento do público pela grande mídia.

Estamos vivendo um roteiro kafkiano total e ter a consciência disso torna-se cada vez mais apavorante.

Parodiando o romance de sci-fi do Richard Matheson, nós (3% críticos ao Lula) somos a lenda.


Fernando Silva - SP

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Ou nós não estamos vivos ou eles pensam que são vivos demais

A coluna previu há um ano que a taxa de aprovação do governo Lula, se dependesse dos institutos de pesquisa, acabaria chegando a 100% ─ ou 103%, se oscilasse inteira para cima a margem de erro recomendada por quem lida seriamente com estatística.

A última pesquisa do Ibope informa que o campeão de popularidade ainda não chegou lá. Mas ofereceu a Lula uma descoberta espantosa: o índice de reprovação pode ter chegado a zero.

O próximo post vai mostrar como agem e o que pretendem os adivinhos de araque. Antes, é preciso sublinhar que, no Brasil do Ibope, foram reduzidos a 3% do eleitorado os que acham ruim ou péssimo o desempenho do governo.

Se o índice está correto, são 4 milhões de brasileiros. Se a margem de erro oscila para cima, sobem para 8 milhões. Se oscila para baixo, o índice desce a zero. Nesta hipótese, a tribo dos descontentes foi extinta. Não sobrou nenhum.

Já desconfiado daqueles 5%, o comentarista Renato Vieira precisou de cinco palavras para fazer o resumo da ópera: “Nós somos margem de erro”.

Ou nem isso, compreendi ao rever a pesquisa. Se o Ibope acertou, é possível que nenhum de nós exista. Nem o colunista, nem os leitores.


Há uma lógica nessa loucura: no país do faz-de-conta que Lula governa, não pode existir gente que vê as coisas como as coisas são.

Melhor transferir a interrogação perturbadora para o timaço de comentaristas: nós já não estamos vivos ou os comerciantes de porcentagens pensam que são vivos demais?

Vocês decidem.


Dos R$ 369 milhões previstos para situações de "desastres, flagelos e inundações", menos de 6% foram utilizados!

Uma tragédia anunciada


Por Roberto Freire
Presidente do PPS

É imoral a situação que leva nossos irmãos brasileiros do Nordeste - como já ocorreu também com os do Sul - ao desespero de perder família, casa, enfim, tudo o que tinham.

Esse tudo na maioria das vezes era muito pouco, porque a tragédia das enchentes, como a da seca, golpeia aqueles que menos têm, a quem sobra os espaços mais insalubres e perigosos nas periferias das cidades.

O caráter perverso do drama que estão enfrentando alagoanos e pernambucanos é que dinheiro não deveria faltar para evitar que desastres como o que enfrentam com a chegada das chuvas ocorressem.

Nem para acudi-los com presteza e garantindo-lhes dignidade e agilidade no socorro. No entanto, lá estão eles em meio a escombros de cidades devastadas.

Os últimos números dão conta de que 600 pessoas estão desaparecidas, 44 já morreram!

Mas, em vez de aumentar, os recursos destinados "Prevenção e Preparação para Desastres" minguam expressivamente todos os anos. Um levantamento da Secretaria de Defesa Civil do governo federal mostra que, neste ano, apenas R$ 99 milhões dessa rubrica, segundo dados do Siaf, figuravam no Orçamento.

Pior é que até o dia de hoje nenhum centavo havia sido gasto, apesar de todos os desastres que o país teve de enfrentar. Municípios de Santa Catarina ainda esperam recursos da tragédia do ano passado.

Em 2008, esse orçamento foi de R$ 722 milhões aprovados pelo Congresso. Absurdamente, apenas R$ 54 milhões foram usados. O restante engordou o caixa do superávit primário.

No ano de 2009, o diapasão continuou o mesmo. Dos R$ 369 milhões previstos para situações de "desastres, flagelos e inundações", menos de 6% foram utilizados!

Esse é o país das iniquidades. Mas na televisão existe outro, muito diferente... Aquele com o qual o governo não tem medida para gastar.

O Brasil perfeito, que sai das agências de propaganda para consumo de eleitores. Neste ano eleitoral, os gastos com propaganda subiram 63%.

Só nos primeiros quatro meses de 2010, o governo gastou nada menos que R$ 240 milhões! A previsão orçamentária é de uma despesa de R$ 700 milhões para o ano todo.

Aqueles comerciais de casinhas coloridas que sequer saíram do papel, de estradas e outros equipamentos de infraestrutura perfeitos que só existem no computador e que todos os dias estão na TV, no rádio, jornais e revistas é nossa colaboração, como contribuintes, para a campanha eleitoral da candidata do governo. Involuntária, obviamente, mas compulsória.

Enquanto esse Brasil desfila na mídia, o Brasil de verdade está à espera do governo nas enchentes, nos barrancos desabados, nos escombros de sua própria vida.

Razão tinha Celso Furtado, que defendia com tanto afinco uma política de desenvolvimento para o Nordeste. Se o país tivesse apostado nessa proposta, não estariam os nordestinos zanzando sem casa, comida, remédios...

Mais uma vez dependendo da caridade e daqueles políticos que apenas se utilizam do voto deles, como que comprados com os serviços que o Estado lhes deve.

O coronel apenas mudou. Passou a ser o Estado. A perversidade continua a mesma.

Roberto Freire é presidente do PPS

quinta-feira, 24 de junho de 2010

"Um país como o Brasil não pode ser governado por alguém sobre quem nada se sabe."


FHC:
“Ninguém sabe o que Dilma pensa”


Em Paris, onde passou os últimos dias, FHC tem comentado a pesquisa CNI/Ibope com aliados que não pararam de lhe telefonar desde ontem.

O ponto central do discurso de FHC tem sido o de que quando Dilma Rousseff começar a se mostrar realmente na campanha, depois da Copa, José Serra poderá retomar a liderança.

“Na campanha, o desempenho dele será superior”.

Para FHC, “ninguém sabe o que ela pensa, o que ela propõe”:

- Um país como o Brasil não pode ser governado por alguém sobre quem nada se sabe.



quinta-feira, 24 de junho de 2010


VOTO NULO!!!

Por Rivadavia Rosa

Há um equívoco nessa posição que reiteradamente circula na rede, de modo que também reitero a resposta (de algibeira):

É ELEITO - o CANDIDATO que receber a MAIORIA ABSOLUTA dos votos, excluídos, os BRANCOS e os NULOS.


NICOLAU MAQUIAVEL, que sabia muito bem como operavam as criaturas na busca e manutenção do poder disse:
 “Penso que o destino é dono da metade de nossas ações, mas deixa a outra metade a nossos cuidados”.

O Código Eleitoral (Lei nº 4.737/65) em seu TÍTULO V - define os procedimentos para a apuração eleitoral; em seu Capítulo IV regula os procedimentos para apuração eleitoral no âmbito do Tribunal Superior Eleitoral (arts. 205/214); no Capítulo V trata da diplomação (arts. 215/218); no Capítulo VI cuida das nulidades da votação (arts. 219/224); no Capítulo VII disciplina o voto no exterior (arts. 225/233).

NO SISTEMA DEMOCRÁTICO que se SUSTENTA no sufrágio universal - cada um vota como entender melhor. ESSE DIREITO É INDISCUTÍVEL.
mas os votos inquinados de nulos ou passíveis de ANULAÇÃO são somente os das hipóteses legais previstas nos artigos 221/223 do Código Eleitoral - de NULIDADE ou ANULABILIDADE - e, para isso terá que atingir ‘mais da metade dos votos’ não se incluindo aí a hipótese de a maioria dos votos serem NULOS, BRANCOS ou decorrentes de ABSTENÇÃO.

O CÓDIGO ELEITORAL PREVÊ A HIPÓTESE de realização de nova eleição no caso de a nulidade/anulabilidade, repito NULIDADE/ANULABILIDADE - atingir mais da metade dos votos – mas somente nos casos nele expressos.

casos de nulidade/anulabilidade definidos no Código Eleitoral:

        “Art. 220. É nula a votação:
        I - quando feita perante mesa não nomeada pelo juiz eleitoral, ou constituída com ofensa à letra da lei;
        II - quando efetuada em folhas de votação falsas;
        III - quando realizada em dia, hora, ou local diferentes do designado ou encerrada antes das 17 horas;
        IV - quando preterida formalidade essencial do sigilo dos sufrágios.
        V - quando a seção eleitoral tiver sido localizada com infração do disposto nos §§ 4º e 5º do art. 135. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
    
   Parágrafo único. A nulidade será pronunciada quando o órgão apurador conhecer do ato ou dos seus efeitos e o encontrar provada, não lhe sendo lícito supri-la, ainda que haja consenso das partes.

        Art. 221. É anulável a votação:

               
I - quando houver extravio de documento reputado essencial;
(Inciso II renumerado pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)

II - quando fôr negado ou sofrer restrição o direito de fiscalizar, e o fato constar da ata ou de protesto interposto, por escrito, no momento:
(Inciso III renumerado pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)

III - quando votar, sem as cautelas do Art. 147, § 2º.
(Inciso IV renumerado pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)

a) eleitor excluído por sentença não cumprida por ocasião da remessa das folhas individuais de votação à mesa, desde que haja oportuna reclamação de partido;

b) eleitor de outra seção, salvo a hipótese do Art. 145;

c) alguém com falsa identidade em lugar do eleitor chamado.
        Art. 222. É também anulável a votação, quando viciada de falsidade, fraude, coação, uso de meios de que trata o Art. 237, ou emprego de processo de propaganda ou captação de sufrágios vedado por lei.

        § 1º e § 2º (Revogado pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
       
Art. 223. A nulidade de qualquer ato, não decretada de ofício pela Junta, só poderá ser argüida quando de sua prática, não mais podendo ser alegada, salvo se a argüição se basear em motivo superveniente ou de ordem constitucional.
        § 1º Se a nulidade ocorrer em fase na qual não possa ser alegada no ato, poderá ser argüida na primeira oportunidade que para tanto se apresente.
       
§ 2º Se se basear em motivo superveniente deverá ser alegada imediatamente, assim que se tornar conhecida, podendo as razões do recurso ser aditadas no prazo de 2 (dois) dias.
     
 
§ 3º A nulidade de qualquer ato, baseada em motivo de ordem constitucional, não poderá ser conhecida em recurso interposto fora do prazo. Perdido o prazo numa fase própria, só em outra que se apresentar poderá ser argüida.”(Redação dada pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)


PARA REALIZAÇÃO DE NOVA ELEIÇÃO
– em caso de NULIDADE - as regras são claras:

        “Art. 224. Se a nulidade atingir a mais de metade dos votos do país nas eleições presidenciais, do Estado nas eleições federais e estaduais ou do município nas eleições municipais, julgar-se-ão prejudicadas as demais votações e o Tribunal marcará dia para nova eleição dentro do prazo de 20 (vinte) a 40 (quarenta) dias.
    
   § 1º Se o Tribunal Regional na área de sua competência, deixar de cumprir o disposto neste artigo, o Procurador Regional levará o fato ao conhecimento do Procurador Geral, que providenciará junto ao Tribunal Superior para que seja marcada imediatamente nova eleição.
       
§ 2º Ocorrendo qualquer dos casos previstos neste capítulo o Ministério Público promoverá, imediatamente a punição dos culpados.”

Art. 212. Verificando que os votos das seções anuladas e daquelas cujos eleitores foram impedidos de votar, em todo o país, poderão alterar a classificação de candidato, ordenará o Tribunal Superior a realização de novas eleições.”

No que tange a apuração
para eleição para presidente da República – assim dispõe:

Art. 211. Aprovada em sessão especial a apuração geral, o Presidente anunciará a votação dos candidatos, proclamando a seguir eleito presidente da República o candidato, mais votado que tiver obtido maioria absoluta de votos, excluídos, para a apuração desta, os em branco e os nulos.

ASSIM - É ELEITO - o CANDIDATO que receber a MAIORIA ABSOLUTA dos votos, excluídos, os BRANCOS e os NULOS.


Mas o mais sério e grave é que o cidadão QUE ‘anular’ seu voto estará abdicando do seu DIREITO FUNDAMENTAL que é o de escolha pelo sufrágio direto e secreto - do candidato que em sua opinião lhe representará melhor (pelo menos na aparência).

O voto nulo acabará beneficiando o pior candidato e, pelo contrário prejudicando o próprio país - não só na gestão da coisa pública, mas também a nível internacional.

O artigo 224 - efetivamente admite a hipótese de realização de nova eleição no caso de a nulidade atingir mais da metade dos votos, ou seja, votos inquinados de nulos por um dos motivos expressos nos artigos 221/223 e dentre os motivos de NULIDADE ou ANULABILIDADE não está prevista a hipótese de a maioria dos votos serem NULOS ou BRANCOS e sua interpretação isolada não passa de ‘terrorismo eleitoral’.
  
Não se pode esquecer que a degradação do sistema democrático e da representação política - foi e é o ovo da serpente (sempre na estufa) para as aventuras, delírios e tragédias bolchevistas e nazi-fascistas. A plebe ignara inspirada pela ignorância das massas e turbinada pelos pretensos salvadores da humanidade está sempre de prontidão para cumprir seu desiderato histórico auto destrutivo ...
 Acredito que com o voto em branco ou nulo - estaremos SEQÜESTRANDO a DEMOCRACIA e entregando o País aos CORRUPTOS e INCOMPETENTES, definitivamente.
O que faz bem à saúde democrática é o VOTO.
Vote.

Pelo voto apearemos a societas sceleris do poder e a colocaremos onde sempre deveriam estar: na prisão.

Abs
Rivadavia

Fome, saques e cidades fora do mapa


Pelo menos seis municípios foram totalmente destruídos; no meio do caos...

Promotoria pede prisão para quem cobrar preços abusivos


Angela Lacerda, enviada especial em Mundaú,
e Ricardo Rodrigues, enviado especial em Murici
O Estado de S.Paulo

Águas do Rio Mundaú destruíram União dos Palmares, na Zona da Mata

A situação segue dramática em Alagoas e Pernambuco. Nesta quarta-feira, 23, o número de mortos subiu para 45 e Polícia Militar e Força Nacional de Segurança tiveram de intervir para impedir saques.

Há superfaturamento de preços e faltam água e comida.

A Defesa Civil informou que União dos Palmares, Branquinha, Rio Largo, Viçosa, Santana do Mundaú e Quebrangulo foram destruídas.

E há pelo menos outros 48 municípios afetados.
A bordo de um helicóptero Esquilo H-50 da Força Aérea Brasileira (FAB), o Estado acompanhou de manhã a entrega de cestas básicas na região devastada pelas enchentes.

O que mais impressionou foram os cinco reservatórios da usina de álcool de Lajinha, que pesam 180 toneladas e têm capacidade para um milhão de litros, espalhados ao longo do Rio Mundaú.

Foram levados pela força da correnteza.

Assim como pontes e plantações. Mesmo os pilotos militares, acostumados a atuar em tragédias, ficaram espantados.

Em alguns locais, só a ação do Exército impede as pessoas de passar fome.


Solidariedade

Estas são as contas oficiais para contribuir com os desabrigados pelas cheias em Pernambuco e em Alagoas:
 

Corpo de Bombeiros de Alagoas:

    * Banco do Brasil
Agência 3557-2
Conta corrente 5241-8
 
  * Caixa Econômica Federal

Agência 2735
Operação 006
Conta 955/6

Posto da Polícia Rodoviária Federal de Barreiros, Pernambuco
 
  * Banco do Brasil
Agência 0710-2
Conta corrente 6070-4

Pesquisas eleitorais - Rivadávia Rosa

Por Rivadávia Rosa
Nas eleições presidenciais de 2010 na Colômbia despontou o fenômeno Mockus ((Antanas Mockus, candidato pelo ‘Partido Verde’ a presidente da Colômbia) que em poucos meses e a partir das chamadas redes sociais (Facebook e Twitter), seguida pelas pesquisas eleitorais atingiu o percentual de 51,53% contra o 48,47 do candidato uribista, Juan Manuel Santos do Partido Social de Unidad Nacional (Partido de la U).

Porém, no escrutínio das urnas o resultado foi de 25 pontos acima em favor de JUAN MANUEL SANTOS (46,5% - 6,75 milhões x 21,49 – 3,12 milhões).

A questão é que o objetivo das pesquisas eleitorais – é o marketing político e não avaliar as reais intenções de voto aos candidatos, que pelo  que foi revelado, foi escandaloso na Colômbia.

Mesmo assim, uma pesquisa que normalmente admite uma margem de quatro por cento de erro técnico para cima/baixo, mesmo não tendo um  mínimo de verossimilitude, mas que favorece um determinado candidato, este divulga o resultado, para gerar uma percepção do ‘já ganhou’ e aí entram os ‘formadores da opinião pública’.

Essa percepção pela grande massa de eleitores – insere-se no desejo de “VOTE E GANHE”, que manipulado astuciosamente influi na intenção de voto e nas ‘urnas’, uma vez que tanto em política como em futebol todos querem ganhar e obviamente em política os eleitores tendem a apostar no que aparenta que vai ganhar.

Assim, o consumidor eleitoral/observador deve olhá-las detalhadamente e com espírito crítico, munido com uma lupa, não só as eleitorais, por seu apego a fraude e a tentação demagógica, mas também com relações as demais pesquisas que aferem intenções/desejos da população.

Na Colômbia embora a votação recebida pelo candidato  uribista tenha sido arrasadora, o nível de abstenção atingiu o percentual de 50,7% no primeiro turno;  e no segundo turno de 55,6%, com uma diferença a maior de 4,9% em relação ao primeiro turno – como resultado efetivo do ‘boicote ativo/passivo/intimidatório dos eleitores, cujo País ainda enfrenta os (a) narco-terroristas das FARC, que descaradamente divulga comunicados dizendo que ‘protege a população’.

Confira os dados.
 PESQUISAS/SONDAGENS:

Antanas Mockus
Juan Manuel Santos
51,53%
48,47%

RESULTADO PRIMEIRO TURNO:

Juan Manuel Santos
Angelino Garzón
PartidodelaU.JPG
6 802 043 (46,67%)
Antanas Mockus
Sergio Fajardo
A sunflower-Edited.png
3 134 222 (21,51%)

segundo turno

Juan Manuel Santos
Angelino Garzón
PartidodelaU.JPG
9 004 221 (69,05%)
Antanas Mockus
Sergio Fajardo
A sunflower-Edited.png
3 588 819 (27,52%)
Votos em branco
445 330 (3,41%)
Total de votos válidos
13 038 370 (97,75%)
Votos nulos
199.302
Cartões não marcados
99 986
Total de votos escrutinados
13 337 658

População
- Estimativa de 2007 - 44 379 598 hab. (28.º)
- Densidade39 hab./km²                      (37.º)

aqui
Abs Rivadávia

Governo do Sr. da Silva - Peter Rosenfeld





Por Peter Rosenfeld

Estamos a apenas seis meses do término do governo do Sr. da Silva. Penso que já se possa fazer uma apreciação inicial das realizações, das não-realizações e de uma apreciação geral do que o governo fez, desfez ou não fez nesses quase oito anos decorridos desde a posse.

Claro que não é possível dizer-se que o governo nada fez nesse período. Fez, e muito, só que uma grande parte do que foi feito foi ou será altamente prejudicial ao País em um futuro bem próximo.

Essa sim, uma verdadeira herança maldita.

Certamente o maior mal feito ao País foi a banalização da corrupção.

Verdade que o Brasil nunca se notabilizou pela honestidade e seriedade de seus políticos. Desde tempos imemoriais, em nossos governos sempre houve corrupção.

Mas era razoavelmente moderada e, o que é mais importante, localizada.

Não mais.



Agora é generalizada, nos três níveis de governo e nos três poderes.

A corrupção é uma praga que, como erva daninha, se alastra, se infiltra, de forma quase imperceptível mas permanente em nossos governos.

A honestidade, que deve ser algo normal e natural, passou a ser virtude, a ponto de ser mencionada quando se analisa o perfil das pessoas.

Penso ser totalmente desnecessário citar casos, evidências e exemplos. São completa e amplamente notórios, com seu marco de início no “mensalão”.

O mais triste, porém, talvez a mola mestra para a disseminação dessa praga, foi a posição do Presidente da República, sempre negando ter qualquer conhecimento do que estava ocorrendo. E isso que havia evidências claras de que tinha sido publicamente alertado para o fato por um parlamentar que integrava a base de apoio a seu governo.

Aliás, o fato de o Sr. da Silva sempre alegar desconhecimento de fatos negativos que vinham ocorrendo tornou-se motivo de chacota no País.



Essa atitude presidencial, somada à total e absoluta falta de penalização dos corruptos e dos agentes da corrupção foram os responsáveis pela ampla disseminação do mal (dos quarenta membros do Congresso indiciados pelo Ministério Publico apenas dois sofreram a pena de cassação de seus mandatos; a nenhum dos outros trinta e oito foi aplicada qualquer sanção !).

Bem, mas chega de corrupção. Vamos a outros tópicos desta rápida análise.

A segunda malfeitoria do governo do Sr. da Silva foi o absurdo aparelhamento da máquina governamental.

Com uma única exceção, o Banco Central, em todos os cargos do governo, desde Ministros e abarcando todas as esferas inferiores, foram nomeados integrantes do PT ou pessoas estreitamente ligadas ao partido, sem qualquer avaliação de mérito.

Nenhum dos fatores que deveriam ser levados em consideração antes da admissão de um funcionário foram aplicados. O QI requerido foi o famoso “quem indicou”.

E não foi pouca a gente admitida. O número que vem sendo citado é da ordem de 200 mil, e com certeza não se estará nada distante do número real.

A seriedade desse problema só será sentida e avaliada em sua plenitude no futuro.



O terceiro e sério problema é o da não-realização de quantidade enorme de obras, por várias razões. Em geral, por falta de planejamento correto.

Os dois Planos de Aceleração do Crescimento serviram exclusivamente para que o governo trombeteasse o que pretendia fazer, em sua imaginação ou, por vezes, realmente pretendia. Mas muito pouco foi feito e, igualmente, muito pouco está realmente em execução.

A maioria das obras elencadas ainda está em processo de análise; algumas estão em processo de licitação.

O resto todo está no papel, quando realmente está.



O quarto grande problema está na dívida pública.

O governo cita como uma de suas grandes realizações a de ter pago toda a dívida externa e de ter acumulado uma vultosa reserva em moeda estrangeira, mas não se refere, em momento algum, à fantástica dívida interna (com brutal aumento no governo atual).

O alinhamento do Brasil com países governados por regimes não-democráticos se constitui em outro fato triste. Além disso, o Brasil não conseguiu emplacar um único brasileiro em organizações internacionais de porte, sendo derrotado por candidatos de outros países.



Ademais, a doentia obsessão de conseguir um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU fez com que fossem criadas embaixadas em grande número de países sem qualquer interesse maior para o País.

Pode ser afirmado que esses anos foram um período negro para o Itamarati, antes conhecido pela excelência de seus diplomatas. Ademais, política exterior é um assunto sério para ser conduzido como o foi, por um trio (Celso Amorim, Samuel Pinheiro Guimarães e Marco Aurélio Garcia); e que trio !



Encerro esse texto, sem ter esgotado a matéria. Claro que se perguntará “Se o governo foi tão ruim assim, como se explica o grande prestígio do Sr. da Silva ?

Respondo: por sua demagogia e por suas incoerências, além de por seu apelo pessoal. Sem dúvida, o Sr. da Silva é figura muito popular, um operário que conseguiu ascender à Presidência da República !

Mas não estava (e continua sem estar) preparado para o cargo.


Charges e frase do dia




O brasileiro, que não se cansa de ser o maior do mundo em alguma coisa, talvez esteja conquistando o troféu de o povo mais esperto do Universo.

Especializou-se em esperteza, de cima para baixo, dos governantes aos súditos, adaptando-se à atmosfera de admiração pela longa malícia, a curta memória e a dedicação aos impulsos breves e glandulares típicos dos ratos e dos homens medíocres.



Waldo Luís Viana

Visual novo... mais força... energia... esperança...!



Poema de mudança




" Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
muda-se o ser, muda-se a confiança;
todo o mundo é composto de mudança,
tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
diferentes em tudo da esperança;
do mal ficam as mágoas na lembrança,
e do bem (se algum houve), as saudades."

Luís de Camões, Lírica


Pra cima deles, Brasil!

'Há um toque de arrogância nas ações de Lula'...

Mundo pósamericano'

'Há um toque de arrogância nas ações de Lula', diz o cientista político Fareed Zakaria


Por Renata Malkes

RIO - O jornalista e cientista político Fareed Zakaria é a própria representação do "mundo pósamericano" que descreve no livro de mesmo nome: em tempos de ascensão dos chamados BRICs, ele é indiano, nascido em Bombaim. E numa era onde a guerra ao terror se mistura ao Islamismo, Zakaria é também muçulmano.

Diretor da revista "Newsweek" e apresentador do "GPS" na rede de TV CNN, Fareed Zakaria é hoje um dos mais atentos comentaristas internacionais do planeta.

Cético e pragmático, ele desafia a euforia internacional acerca do crescimento dos países em desenvolvimento. Elogia o presidente Lula, a quem chama de "um político maquiavélico", mas adverte que a ofensiva diplomática brasileira para mediar a questão iraniana é "quase arrogante".
Em entrevista ao GLOBO, Zakaria lembra ainda que, além do país dos aiatolás, o Paquistão, celeiro internacional do terrorismo, também deve ser motivo de atenção para o governo do presidente Barack Obama.

Diante da iminência de novas sanções ao Irã, ainda se especula quanto à eficácia dessas medidas e a uma eventual ação militar para frear seu programa nuclear. Existe essa possibilidad
e?

FAREED ZAKARIA: Acho improvável.


Mesmo os israelenses estão compreendendo o desastre que uma ação militar provocaria. Seria impossível destruir o programa nuclear do Irã, mas apenas atrasá-lo. E o custo de somente atrasar esse programa seria tão alto, tanto militarmente, quanto politicamente, considerando uma reação iraniana, o aumento do preço do petróelo, o aumento do radicalismo no Oriente Médio, com o envolvimento iraniano com o Hezbollah no Líbano e com grupos militantes no Iraque e Afeganistão.

Um ataque jogaria a favor de Ahmadinejad, ele está se preparando para isso. Haveria poucos benefícios e altos os custos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarca hoje em Teerã para tentar um acordo com Ahmadinejad
.

O Brasil pode assumir um papel sério na questão nuclear iraniana ou no Oriente Médio?


" O Brasil pode ter um papel muito construtivo na América Latina. Pode ser
um porta-voz da democracia e dos direitos humanos na região, mas acho que a ideia de o Brasil ser um jogador sério no Oriente Médio ou uma força global nesse sentido é altamente improvável "

ZAKARIA: (risos) A resposta curta para sua pergunta é... não! (risos)

O Brasil tem um orgulho compreensível por todas as suas conquistas nas duas últimas décadas; tem sido interessante acompanhar. O Brasil pode ter um papel muito construtivo na América Latina. Pode ser um porta-voz da democracia e dos direitos humanos na região, mas acho que a ideia de o Brasil ser um jogador sério no Oriente Médio ou uma força global nesse sentido é altamente improvável.

Se mesmo a União Europeia não consegue exercer um poder decisivo naquela região, é difícil ver como o Brasil poderia conseguir....

O senhor recentemente entrevistou o presidente Lula em seu programa na CNN. Quais foram suas impressões?


ZAKARIA: Gostei de sua companhia. É um dos políticos mais carismáticos que já conheci; carinhoso, amigável, divertido, engraçado... Uma figura muito autêntica.

Mas fiquei surpreso. Ele é astuto. Tentei, por exemplo, conversar sobre Hugo Chávez. Queria fazê-lo criticar Chávez... Ali estava o maior líder democrático da América Latina, o homem que poderia ser o símbolo da democracia na região...

Queria que expressasse pelo menos alguma preocupação com o sequestro da democracia na Venezuela. E ele não cedeu! É muito esperto, sabe como manter suas boas relações.

Vi uma figura muito carismática, mas por outro lado, um político maquiavélico.


Mas, talvez ingênuo em suas pretensões diplomáticas, segundo alguns analistas?


ZAKARIA: Acho que talvez ingênuo... Há um grande risco quando políticos começam a ler demais sobre sua popularidade e seus altos índices de aprovação.

Há um toque de arrogância no que Lula vem fazendo no último ano no Oriente Médio. É sempre um perigo quando políticos se tornam populares demais (risos).


Quando alguém fica tão popular como Lula, o maior perigo é a arrogância.


Na contramão de uma certa euforia internacional pelos avanços de Brasil, Rússia, Índia e China, o senhor parece lembrá-los a todo instante que desenvolvimento econômico não é suficiente para que os BRICs se tornem potências mundiais. O que ainda falta?


ZAKARIA: É um longo caminho. Desenvolvimento econômico é uma condição necessária, mas esses países também precisam de estabilidade, de um sistema político moderno, estável e honesto, além de alguma capacidade militar. Mas o mais importante é que tenham consciência de que não podem somente tirar proveito do sistema global, precisam contribuir. Tentar criar estabilidade para resolver questões globais ou regionais.

Muitos desses países, sem mencionar nenhum nome, ainda estão numa fase terrivelmente egoísta e olham para mundo questionando apenas "o que eu ganho com isso?", o que é legítimo.

Mas eles não poderão se tornar grandes potências enquanto não começarem a perguntar "como podemos contribuir para o comércio global e para os problemas e desafios globais?".

Falta uma perspectiva mais ampla, apesar do desenvolvimento econômico. Ainda não vimos desenvolvimento na maneira de Brasil, Rússia, Índia e China pensarem.

No ano passado, no fim da Conferência do Clima em Copenhagen, houve um momento emblemático do mundo pós-americano descrito em seu livro. Quando foi encontrar-se com o premier chinês, Wen Jiabao, Barack Obama se deparou ainda com líderes de Brasil, Índia e África do Sul, juntos. Apesar do potencial individual desses países, é possível pensar nos BRICs como um bloco político?

ZAKARIA: Não acho que podem agir como um bloco, porque seus interesses são muito distintos. É complexo. A ideia de que podem se reunir politicamente pelo fato de serem países em desenvolvimento econômico constante ainda é bastante prematura.

Além do Irã, o Paquistão parece ser outro ponto fundamental para a política externa do presidente Obama, como mostrou a tentativa de um paquistanês explodir um carro-bomba em Nova York há duas semanas. Por um lado, o país permite a adoção da Sharia em áreas como o Vale do Swat, permitindo o avanço de radicais e, meses depois, dá sinais de implementar ações militares sérias na região. Por quê é tão difícil para o Paquistão sufocar as milícias islâmicas?

ZAKARIA: O Paquistão está jogando dois jogos, tentando duas táticas ao mesmo tempo. A primeira é a velha política de estado, de apoiar, financiar e encorajar a ação desses grupos islâmicos jihadistas, numa maneira barata e inteligente de desestabilizar a vizinha Índia. Na guerra de 1965 contra os indianos, os jihadistas foram usados. São essas milícias que vão à Caxemira e aumentam a tensão. São enviadas ao Afeganistão para manter a influência paquistanesa e desafiar o governo afegão.

É uma política mantida há quatro décadas. E há tempos de confronto com esses grupos. O Paquistão ainda vive obcecado com a ideia de que a Índia domina a região e de que usar o Talibã no Afeganistão é uma forma de conter eventuais influências indianas sobre o Afeganistão e toda a região.

Nos últimos cinco anos, pressões internacionais, americanas, geraram alguns esforços para lutar contra esses grupos. É uma política muito nova, recente e fraca. O Paquistão tenta distinguir o bom terrorista do mau terrorista, sendo o bom terrorista aquele que só luta contra afegãos, indianos e ocidentais.

O mau seria o que luta contra os próprios paquistaneses. A realidade é que não se pode fazer essa distinção

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quarta-feira, 23 de junho de 2010

Sob as ordens do inimigo - Olavo de Carvalho


Sob as ordens do inimigo
Por Olavo de Carvalho
MSM
À articulação mundial da esquerda corresponde a completa desarticulação e fragmentação das direitas, não só no plano da ação estratégica, mas da simples percepção dos fatos.

Contei aqui outro dia o caso de um de meus amigos mais inteligentes, anticomunista e católico fervoroso, líder de uma valente campanha anti-aborto no Brasil, que me recomendou um livro William F. Engdahl, o qual, dizia ele, rastreava com muita exatidão a origem do movimento abortista no projeto global de controle da natalidade concebido e financiado pelos Rockefellers e outros banqueiros internacionais.

Lendo o livro, notei que Engdahl se aproveitava de uma denúncia verídica para jogar sobre a elite americana todas as culpas dos males do mundo, ocultando a ação dos comunistas e dos muçulmanos. O que ele omitia era tão importante quanto o que mostrava, mas meu amigo, com toda a sua experiência de décadas na militância católica, não se dera conta de nada. Só começou a desconfiar de alguma coisa quando lhe mostrei os vídeos de propaganda anti-americana que Engdahl fizera para a televisão estatal russa.

Quase na mesma época, outro amigo meu, igualmente talentoso e brilhante, e tão anticomunista quanto o primeiro, apareceu defendendo com ardor a liberação das drogas, com base na concepção liberal de que o Estado não deve se meter na conduta privada dos cidadãos.

Nem de longe lhe ocorria que a aplicação direta e rasa desse preceito abstrato nas condições históricas presentes da América Latina resultaria na imediata consagração das Farc como empresa capitalista normal e partido político legítimo, entregando-lhes de mão beijada tudo o que elas não haviam logrado obter pela violência.

Um terceiro amigo, americano, militante conservador, lutava pela destruição de todas as lideranças republicanas que se acomodassem, por motivos de mera tática eleitoral, a alianças mesmo temporárias com a elite esquerdista.

Para ele, toda política que não seguisse literalmente os preceitos da moral bíblica era coisa do diabo. Em vão tentei mostrar-lhe que a implantação forçada do cristianismo como regra da politica exigiria uma concentração formidável do poder estatal, estrangulando a democracia a pretexto de defendê-la e, em última instância, realizando por meios extra-econômicos a profecia enunciada por Friedrich Hayek em O Caminho da Servidão.

Afinal, o primeiro regime totalitário da modernidade e a organização da massa militante requerida para implantá-lo não foram invenções nem de comunistas nem de fascistas, mas de João Calvino na Suíça protestante.

Em Washington D.C., o Hudson Institute, o mais prestigioso think tank americano, realizou uma sessão em homenagem à tradição espiritual sufi, enaltecendo-a como alternativa ao radicalismo islâmico. Não apareceu ali um único expert para lembrar à platéia que a ocupação cultural e física do Ocidente pelo Islam não surgiu com os atentados terroristas nem com a imigração em massa, mas é um antigo projeto das taríqas, as organizações esotéricas sufis.

Na Colômbia, o presidente Uribe combate bravamente as guerrilhas, ao mesmo tempo que, no afã de levar às suas últimas conseqüências o princípio abstrato da igualdade democrática, não só apóia todas as iniciativas da revolução cultural esquerdista mas oferece cargos públicos e proteção militar aos amigos e cúmplices das Farc, ajudando-os a obter pela via pacífica da sedução e do engodo o que não puderam conquistar pelo terror.

Política análoga segue no Brasil o candidato presidencial José Serra: reprime eficazmente a criminalidade no Estado que governa, mas se recusa a falar ou agir contra a aliança PT-Farc que a fomenta e protege.

Em todos os países da Europa Ocidental, os entusiastas da democracia moderna tentam fechar as portas à invasão islâmica ao mesmo tempo que buscam destruir os últimos valores civilizacionais cristãos que poderiam protegê-los do invasor.

Em suma, do ponto de vista de liberais e conservadores, tudo parece constituir-se de processos isolados, de fatores inconexos, de elementos separados.

As guerrilhas não têm nada a ver com a mídia internacional que as apóia, a mídia é totalmente isolada dos organismos internacionais cujo discurso ela repete ipsis litteris, as ONGs ativistas alimentadas por dinheiro do narcotráfico não têm nenhum envolvimento com o narcotráfico, o narcotráfico por sua vez não tem nenhuma conexão com os serviços secretos russos e chineses que já o controlam desde a década de 60, a política e o crime são entidades estanques, a invasão islâmica não tem nada a ver com o esquema globalista euro-americano que a protege descaradamente, os banqueiros internacionais que financiam movimentos subversivos não são jamais subversivos em si mesmos.

Nada tem nada a ver com nada, e a História, no fim das contas, se constitui apenas da somatória fortuita de curiosas coincidências. Qualquer tentativa de juntar os pontos parece a essas delicadas criaturas um sinal de paranóia conspirativa e, sobretudo, uma tremenda falta de educação.

Em contrapartida, qualquer militante esquerdista, ainda que sem experiência, apreende intuitivamente a unidade por trás de todos esses processos, mesmo os mais heterogêneos em aparência, pelo simples fato de que diariamente os vê convergir com a harmonia de esquadrões bem disciplinados no ataque geral ao inimigo comum, a civilização do Ocidente.

À articulação mundial da esquerda corresponde a completa desarticulação e fragmentação das direitas, não só no plano da ação estratégica, mas da simples percepção dos fatos.

Os marxistas sempre acusaram seu inimigo burguês de ter uma visão abstratista e mecanizada das coisas, incapaz de apreender a unidade do processo histórico. Se no passado essa acusação foi injusta, hoje em dia ela é a correta e fidedigna expressão dos fatos.

Por preguiça mental, covardia e inépcia presunçosa, os liberais e conservadores tornaram-se aquilo que os marxistas queriam que eles fossem. Cedendo ao inimigo, permitiram que ele os moldasse conforme bem lhe convinha.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Dilma Rousseff na Europa é uma caricatura que diverte, mas envergonha o Brasil


Celso Arnaldo:

Dilma Rousseff na Europa é uma caricatura que diverte, mas envergonha o Brasil


Onde está o Celso Arnaldo?, andam perguntando dezenas de leitores justificadamente ansiosos. Caçando cretinices na Europa, esclarece o texto sobre as andanças de Dilma Rousseff. Em qualquer lugar, o neurônio solitário é uma fábrica de declarações sem pé nem cabeça, frases desastrosas e raciocínios bisonhos. O relato confirma que, exposta a mudanças de fuso horário, a qualidade do produto fica ainda pior. Confira:

Deslocada e patética até num encontro de garis (licença, Boris), por sua ignorância genérica e a incapacidade de articular qualquer pensamento, Dilma Rousseff na Europa é uma caricatura que diverte, mas envergonha o Brasil.

Nossa Zelig é uma jeca com nível intelectual de copeira da Casa Civil, que não conhece sequer os códigos da faixa de pedestre e que evidentemente desconhece rudimentos da cultura europeia ou de qualquer forma de cultura ─ embora sua assessoria tenha se apressado em divulgar que, depois do encontro com Sarkozy, a candidata foi a um museu: aposto meus três álbuns de figurinha completos da Copa 2010 que ela não sabe nem o nome do museu que visitou nem é capaz de lembrar e descrever qualquer obra que a tenha impressionado. Se viu a Mona Lisa no Louvre, achou-a parecida com a Ideli Salvatti fazendo cara de paisagem depois de voltar de Paris com seu assessor para lamentar.

Diante de um microfone, em qualquer lugar do mundo, o cérebro de Dilma produz pensamentos primitivos, expressos por uma combinação de palavras que desafia estudos de neurolinguística em aborígenes australianos.

Já reunimos, nesta coluna, exemplos da sintaxe teratológica de Dilma em número suficiente para, empilhados, obstruírem a cratera do Eyjafjallajokull. Mas há uma faceta oculta na fala rocambolesca de Dilma – a produção de duplos sentidos que, mesmo subconscientes, como boa parte dos lapsos verbais, reforçam ao Brasil pensante a indecência de sua candidatura.



No caso de Dilma, o ato falho não é ocasional nem autodiagnosticado imediatamente, como nas pessoas normais — mas sequencial e autônomo. E ela não o percebe, porque sua fala, uma vez anunciada, deixa de ter conexão com o cérebro que a emitiu. Por isso, ela nunca faz juízo de valor sobre a bobagem que acabou de falar. E a repetirá na frase ou na entrevista seguinte. Aconteceu em Paris.

Os amigos desta coluna que se espantaram com o “Pois é, nem dado tenho” hão de se encantar com a singeleza bruta da candidata ontem, na gare do trem-bala para Bruxelas, que a levaria ao encontro com Durão Barrroso, quando questionada por jornalistas brasileiros sobre se lhes daria ou não entrevista.

O relato é da repórter do Globo online:

“Depende, uai. Se eu conseguir, depois de falar com o Barroso”

Se eu estivesse lá, acho que teria ouvido Durão, em vez de Barroso. Mas vamos em frente.

“A senhora não gosta muito da imprensa, não é?”, insistiu um jornalista.

“Não acho nem mau nem ruim. Não tenho por que dar entrevista três vezes por dia. Eu dou uma vez por dia.”

Um jornalista lembrou que o assédio tende a piorar. Ela respondeu:

“Isso é o que vocês querem. Eu quero uma vez por dia”.

E, segundo relata a correspondente do Globo online, esse passou a ser o bordão de Dilma nos minutos restantes da não-entrevista:

“Só dou uma vez por dia”, repetiu ela, várias vezes.



O deputado José Eduardo Cardozo, oficialmente o único acompanhante masculino da candidata nesse ridículo tour da falsa estadista pela Europa, ficou preocupadíssimo com a interpretação que possam fazer do ato falho de Dilma e está tentando agora não ser visto com ela.

Como Cardozo é um sujeito inteligente, já deve ter notado que qualquer ato de Dilma é falho.

Dilma, em si, é um ato falho permanente.


18 de junho de 2010