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sábado, 16 de outubro de 2010

Borat Rousseff - Diogo Mainardi



“O pai de Dilma Rousseff nasceu em Gabrovo, na Bulgária. O vilarejo romeno de Glod está localizado ali perto. Foi em Glod que Sacha Baron Cohen filmou Borat”



Por Diogo Mainardi

  Veja

Se Borat tem o potássio, Dilma Rousseff tem o pré-sal.

Um é igual ao outro.

Da mesma maneira que Dilma Rousseff louva nossas reservas de petróleo do pré-sal, Borat louva as reservas de potássio de seu país.

Para estimular o sentimento nacionalista do eleitorado, Dilma Rousseff pode até tentar adaptar o hino de Borat:


O Brasil é um país glorioso!


É o exportador número um do pré-sal.


O resto da América do Sul tem um pré-sal inferior


O pai de Dilma Rousseff nasceu em Gabrovo, na Bulgária. O vilarejo romeno de Glod está localizado ali perto. Foi em Glod que Sacha Baron Cohen filmou Borat.

Se o pai de Dilma Rousseff tivesse permanecido na Bulgária, a atual candidata a presidente do Brasil, com um tantinho de sorte, poderia ter sido uma das protagonistas do filme, exatamente como Spiridom Ciorebea.


Spiridom Ciorebea é um dos moradores de Glod.

Sacha Baron Cohen escalou-o para o papel de Livamuka Sakonov, o aborteiro do vilarejo de Borat.

Spiridom Ciorebea acabou processando os autores do filme.

Assim como Dilma Rousseff, ele recusou-se a aceitar que o caracterizassem como um fautor do aborto. Assim como Dilma Rousseff, ele foi desmentido publicamente e perdeu o processo.


Borat é sempre acompanhado por Azamat Bagatov, seu produtor, que foi treinado no Ministério da Propaganda soviético.

Dilma Rousseff é sempre acompanhada por José Eduardo Dutra, presidente do PT.

Recentemente, José Eduardo Dutra disse que o debate sobre o aborto pertence à Idade Média. O que pertence à modernidade, para o PT, é a Casa Civil de Erenice Guerra e de seu filho Israel.


Israel?

Borat, em sua viagem aos Estados Unidos, tenta comprar uma pistola para se proteger dos judeus.

Impossibilitado de comprar uma pistola, resolve comprar um urso.

O urso de Dilma Rousseff é Mahmoud Ahmadinejad, o ditador iraniano que prometeu resolver o problema dos judeus, riscando Israel do mapa.


Na hierarquia de Borat, Deus ocupa o primeiro lugar.

Depois: o homem, o cavalo, o cachorro, a mulher, o rato e o inseto.

Na hierarquia de Dilma Rousseff, Deus era um retardatário, mas durante a campanha eleitoral Ele foi empurrado rapidamente para a frente, ultrapassando até mesmo o inseto e o rato.


Borat abandona a mulher e os filhos em seu vilarejo e, depois de tentar raptar a playmate Pamela Anderson, arruma outra mulher nos Estados Unidos.
 

Nesse ponto, seu caso é semelhante ao do pai de Dilma Rousseff.

Quando saiu de Gabrovo, ele abandonou sua mulher, grávida de oito meses, e casou-se novamente no Brasil.


Dilma Rousseff conta com o apoio de Oscar Niemeyer, Chico Buarque e Fernando Morais. Borat, por sua vez, conta com o apoio de Urkin, o estuprador de seu vilarejo.


O Brasil é um país glorioso!

Borat para presidente!


Verônica Maldonado...hehehe...

 19 de setembro de 2010

Enfim, Dilma divulga carta aos evangélicos



Que Dilma você prefere: a que mudou o discurso ou a anterior?


Enfim, Dilma divulga carta aos evangélicos

Desde cedo, ontem, circularam as notícias mais desencontradas. A príncípio, segundo alguns veículos da imprensa, DIlma retrocedera e não assinaria nenhuma carta para atender as revindicações dos líderes evangélicos, que se reuniram com ela no dia 13 de outubro.

Prevalecia a tese dos linhas-duras do PT, que viam nisso retrocesso perigoso para a estratégia petista de médio e longo prazo.

Mas como seria dificil explicar essa meia-volta diante da expectativa criada com a promessa de divulgação da carta, optou-se então por formalizá-la e, com isso, tentar dar um fim à discussão que a própria candidata trouxe para a campanha, quando começou a desdizer o que dissera antes como parte de sua crença e filosofia de vida. 

Acabei de ler o documento.

Quem esperava um tiro de canhão, ouviu um estampido de bomba de São João. A emenda saiu pior do que o soneto.

Peço licença ao Reinaldo Azevedo para fazer um azul e vermelho com os pontos da açucarada carta.

Aí vai:


Dirijo-me mais uma vez a vocês, com o carinho e o respeito que merecem os que sonham com um Brasil cada vez mais perto da premissa do Evangelho de desejar ao próximo o que desejamos para nós mesmos. É com esta convicção que resolvi pôr um fim definitivo à campanha de calúnias e boatos espalhados por meus adversários eleitorais. Para não permitir que prevaleça a mentira como arma em busca de votos, em nome da verdade quero reafirmar:

A introdução já começa com uma premissa errada. Quem rascunhou a carta esqueceu-se que o Mestre ensinou a amar o próximo com o mesmo padrão de amor que ele teve em favor da humanidade. Se nós mesmos nos constituirmos como medida, corremos o risco de dar com os burros n'água.

Por outro lado, não é verdade que as últimas notícias envolvendo Dilma Rousseff sejam calúnias e boatos.

Os fatos estão documentados e foram divulgados com provas cabais sem que houvesse qualquer articulação nesse sentido, como reação natural ao novo discurso que a candidata inaugurou na campanha para atrair o eleitorado cristão.

1. Defendo a convivência entre as diferentes religiões e a liberdade religiosa, assegurada pela Constituição Federal.

Não é isso que transparece no PNDH 3, forjado na Casa Civil comandada pela então ministra, que propõe entre outras aberrações estabelecer conselhos para a diversidade religiosa, como se fosse papel do Estado interferir nos cultos de qualquer crença.

2. Sou pessoalmente contra o aborto e defendo a manutenção da legislação atual sobre o assunto.


Esse é o calcanhar de aquiles de
Dilma Rousseff.

Contraria o que afirmou em entrevista à Folha, em 2007, quando considerou absurdo que o Brasil não tivesse ainda descriminado o aborto, o que reafirmou posteriormente, no ano de 2009, já na condição de pré-candidata, em entrevista a Marie Claire. O advérbio "pessoalmente" é uma forçação de barra e pressupõe que nem sempre o desejo pessoal pode sobrepor-se aos "interesses de estado". No caso, a descriminação do aborto. Mas que estado, o do PT? É fácil, agora, dizer que defende a manutenção da legislação atual sobre o assunto, quando, ao contrário disso, a Secretaria Especial de Políticas Públicas para as Mulheres fez da pauta a sua prioridade durante o governo Lula, o PNDH 3 reforçou a mesma política e já há projetos de lei em andamento para cumprir a proposta. Isso não é nada mais do que dizer: "lavo as minhas mãos".

3. Eleita presidente da República, não tomarei a iniciativa de propor alterações de pontos que tratem da legislação do aborto e de outros temas concernentes à família e à livre expressão de qualquer religião no País.

Vá lá que Dilma, se eleita, não tome qualquer iniciativa, como promete nesse item. É possível acreditar numa pessoa que anteontem dizia com convicção uma coisa e hoje, para atender conveniências eleitorais, diz outra? E se vier a não tomar nenhuma iniciativa, o que isso significará? Nada! O processo já esta em curso e o PT, ao lado de aliados de outros partidos, fará direitinho "o dever de casa" no Congresso Nacional.

4. O PNDH 3 é uma ampla carta de intenções, que incorporou itens do programa anterior. Está sendo revisto  e, se eleita, não pretendo promover nenhuma iniciativa que afronte a família.

Não é verdade que o PNDH seja uma ampla carta de intenções. É, sim, um decreto assinado pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva, com pontos muito claros a serem implementados e determinando, inclusive, as áreas do governo responsáveis pela execução de cada um deles. Também não é verdade que está sendo revisto. A não ser que Dilma tenha esquecido de combinar com Paulo Vannuchi, ministro dos Direitos Humanos, que afirmou ficar tudo como está por ter o governo já feito as alterações necessárias. É por isso que Dilma de forma enviezada disse ser "pessoalmente" contra o aborto. Para não ficar contra o PNDH 3 já emendado, que diz: "Considerar o aborto como tema de saúde pública, com a garantia do acesso aos serviços de saúde".
Saúde de quem?

Da mãe ou do feto?

5. Com relação ao PLC 122, caso aprovado no Senado, onde tramita atualmente, será sancionado em meu futuro governo nos artigos que não violem a liberdade de crença, culto e expressão e demais garantias constitucionais individuais existentes no país.

Aqui o rascunhador da carta comete um ato falho. Admite já o futuro governo da candidata. É um risco calculado. Mas vamos ao ponto: da forma como o projeto de lei se encontra redigido, será muito difícil - senão impossível - para o presidente sancioná-lo sem que se estabeleça a mordaça a quem se expressar contra a homossexualidade. O PLC 122 não se submete ao princípio constitucional da igualdade ao estabelecer privilégios para uma minoria.

6. Se Deus quiser e o povo brasileiro me der a oportunidade de presidir o País, pretendo editar leis e desenvolver programas que tenham a família como foco principal, a exemplo do Bolsa Família, Minha Casa, Minha Vida e tantos outros que resgatam a cidadania e a dignidade humana.

A que "deus" o rascunhador da carta se refere? À força superior a que Dilma se referiu em sua entrevista ao Datena? Ou àquele mencionado na entrevista à Folha? Veja você mesmo: "...Eu não acho que a gente pode achar que só existe o... aquele seu Deus, entende? Eu acho que você tem de ter, assim, uma abertura para contemplar todas as possibilidades (...)

Eu me equilibro nessa questão:

Será que há [Deus] , será que não há?"


É ou não é hilário, para não dizer triste!

O resto é com você.
  16 de outubro de 2010

Um programa do bem - Propaganda de José Serra - 16/10/2010 (à noite)

Um programa do bem

O programa de Serra foi excelente e "matou a pau" ao lembrar que hoje é o Dia da Alimentação.

Grande gancho.

Apenas um reparo: deveriam ter mostrado a Dilma com o boné do MST e a chocante destruição da lavoura da Cutrale.



Teria ficado perfeito.

E, finalmente, retomaram a agenda e largaram de mão as privatizações.

Quem sabe o que é a Vale?

Quem sabe quem é a Telebras?

Por fim, mostrar dois religiosos - um deles o Pastor Malafaia - e a viúva de Chico Mendes, nota 10.

Ótimos depoimentos.

Um programa do bem.

Outubro 16, 2010

Primeiro a filha, depois o genro, e chegou a vez da mulher.


Os netos devem ser os próximos…
A assessoria da campanha do candidato tucano à Presidência, José Serra, divulgou uma nota sobre uma das maiores baixarias “jornalísticas” de que se tem notícia na história da cobertura política no país.

Segue o texto.

Volto em seguida:

“Diante de matéria publicada hoje, a campanha de Jose Serra esclarece:

Monica Serra nunca fez um aborto. Essa acusação falsa, que já circulava antes na internet, repete o padrão Miriam Cordeiro de que o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva foi vítima na eleição de 1989.



E dá continuidade ao jogo sujo que tem caracterizado a presente campanha desde que um núcleo do PT, montado para fazer dossiês contra o candidato tucano à Presidência, foi descoberto em Brasília.



Primeiro eles atacaram a filha de José Serra.


Depois atacaram o seu genro.

Agora eles agridem a sua mulher, Monica, que tem a irrestrita solidariedade, amor e respeito de seu marido, de seus filhos, netos e de milhões de brasileiros.”


Voltei

A coisa fala por si mesma e tem a sua gravidade intrínseca. O único pilar que sustentaria a publicação da matéria da colunista Mônica Bergamo, da Folha, seria o desnudamento da hipocrisia de uma figura pública, que defende uma coisa para os outros e outra para si mesma.

Especulo um pouco.


Digamos que esta senhora considerasse isso fundamental e tivesse chegado a um fato: disporia de evidências, prontuário médico ou sei lá o quê, de que o aborto fora feito. Já estaríamos na baixaria, mas vá lá…
Não!

O que existe é o testemunho de uma mulher — duas, três, e ainda que fossem 100 — afirmando que Mônica Serra disse ter feito aborto.

Antes que a repórter tenha conseguido falar com a “acusada”, a matéria foi publicada. Ainda que o “outro lado” tivesse sido ouvido, publicar-se-ia do mesmo modo.


Aonde esse tipo de “jornalismo” nos leva?

Doravante, basta que apareça alguém dizendo que FULANO FEZ ALGUMA COISA, e se tem uma “reportagem”.

O “acusado” que negue se quiser.

Se não foi encontrado a tempo, informa-se que a assessoria preferiu não se pronunciar.

Se alguém decidir dar o testemunho de que Dilma Rousseff pegou, sim, em armas e matou pais de família, publica-se ou não?

E olhem que essa não seria uma questão que, sem trocadilho, diria respeito ao útero…

A Al Qaeda eletrônica faz a festa com a “reportagem” de Mônica Collor Bergamo.


A operação, no que diz respeito à política, no fim das contas, foi, até agora, bem-sucedida. Se vai ter efeito eleitoral, é o que se vai ver. Quanto ao mais, espera-se que, agora, os blogueiros oficialistas, sustentados com dinheiro público, parem com essa história de que a Folha é tucana. Se bem que eles não vão parar. Sempre exigirão provas novas.

Quanto à nota da assessoria de Serra, noto: de fato, primeiro foi a filha, depois o genro, e chegou a vez da mulher. É preciso escalar uma repórter bem farejadora para saber se um dos netos do presidenciável já não deu uma mordida ou um arranhão em algum coleguinha na escola, embora o avô fale tanto em educação, o que tornaria a reportagem de interesse público, não é, Mônica Bergamo?

Fundo do poço!

PS: Elio Gaspari tem, agora sim, um novo caso Miriam Cordeiro. Certamente leremos na sua próxima coluna uma nota indignada.

Aguardemos ansiosos.



16.10.2010


Lula e Dilma, indignados com as vaias recebidas em Belo Horizonte.


Lula prega o ódio junto com Dilma, depois de serem vaiados em Minas
coturnonoturno

Lula e Dilma, indignados com as vaias recebidas em Belo Horizonte

Carreata termina como se fosse o enterro de uma candidatura derrotada.

Observem a expressão dos dois na foto acima.


"Você (virando-se para Dilma) viu a diferença da elite e do povo.

E é por esse povo, Dilma, que você vai ganhar as eleições.

É com esse povo e para esse povo que você vai governar.

Nós começamos essa caminhada lá em cima no Bairro das Mangabeiras, onde mora o povo mais rico de Belo Horizonte, e você percebeu que lá tinha pessoas que faziam assim para nós (sinal de desaprovação).

Eu diria para vocês que eu fico constrangido porque aquelas pessoas ricas foram as pessoas que mais ganharam dinheiro no meu governo."


Lula, aconselhando Dilma a odiar quem não a apóia, diante de mirradas 4.000 pessoas, no centro de Belo Horizonte, Minas Gerais, hoje pela manhã, depois que os dois foram vaiados durante quase todo o percurso de uma carreata.

Casa Civil de Lula: "Ali dentro, me tomaram R$ 100mil"





Outro escândalo na Casa Civil
Deputado acusa:

"Ali dentro, me tomaram R$ 100mil"

A revista Veja que já está nas bancas volta ao seu tema predileto, a Casa Civil de Lula, revelando novos incidentes de extorsão, nepotismo, formação de quadrilha, advocacia administratuiva e maldades de todo o gênero no local, um covil perigosíssimo.

A reportagem de Diego Escosteguy começa deste modo:


'Fui extorquido na Casa Civil
'



Deputado revela que assessor de Dilma Rousseff exigiu 100 000 reais de propina para agilizar processo que dependia de autorização do presidente Lula


Por Diego Escosteguy
da Veja
O advogado Vladimir Muskatirovic, conhecido em Brasília como “Vlad”, ocupa a poderosa chefia-de-gabinete da Casa Civil da Presidência da República.

Assim como a ex-ministra Erenice Guerra fez carreira no governo à sombra da candidata petista Dilma Rousseff, Vlad fez carreira no governo à sombra de Erenice Guerra.

Ele era subordinado de Erenice quando esta ocupava a chefia da assessoria jurídica do Ministério de Minas e Energia.

Quando Dilma assumiu a Casa Civil e Erenice levou sua turma junto, Vlad foi o primeiro a acompanhá-las.

Apesar de a ex-ministra ter sido apeada do Palácio após vir a público a existência de uma central de corrupção na Casa Civil, Vlad permanece no cargo.
Não é por acaso.

Além da amizade com Erenice, Vlad mantém relações fraternas com o senador Gim Argello, figura secundária dos subterrâneos de Brasília, que, sabe-se lá por qual razão, caiu nas boas graças de Dilma nos últimos anos.

Nos ambientes em que o senador Gim brilha, Vlad é uma celebridade.

VEJA descobriu um dos casos que fazem a fama do chefe-de-gabinete. Em 2007, Vlad, já como assessor de Dilma na Casa Civil, cobrou 100 000 reais de propina e recebeu parte do dinheiro – para resolver uma pendência de um deputado junto à Presidência da República.

O deputado chama-se Roberto Rocha, do PSDB do Maranhão. Ele é sócio da TV Cidade, retransmissora da Record no estado, e de duas rádios.

O pedágio foi exigido para que a Casa Civil autorizasse uma mudança societária nessa TV.

O que a Casa Civil tem a ver com isso?

Tudo
.

A concentração de poder na Presidência da República é de tal ordem que cabe à Casa Civil ratificar qualquer compra ou venda envolvendo rádios e TVs do país, que são concessões públicas.

Pode ser coisa grande ou miudeza: tem que passar pela Casa Civil.

Depois de passar por lá, o presidente é obrigado a assinar esses atos, como se fosse chefe de um cartório.

Diante do fato de que o Ministério das Comunicações analisa previamente todos esses casos, trata-se de um simples carimbo.

Um carimbo, no entanto, que vale ouro: pode custar caro obte-lo, evita-lo ou agilizar seu uso. Um carimbo é moeda líquida na cleptocracia federal.

Vlad pôde vender tão caro uma facilidade porque o governo havia criado uma enorme dificuldade – uma que parecia não ter solução.

A epopeia começa em 2003, no início do governo Lula, quando o sócio de Roberto Rocha na TV aceitou vender a participação dele no negócio. Esse sócio era aliado de José Sarney. Rocha é adversário do senador. Fez-se a transação, e a papelada seguiu para o Ministério das Comunicações, de modo que os rituais burocráticos fossem cumpridos.

Deveria demorar algumas semanas. Demorou um ano. Demorou em razão do lobby contrário promovido por aliados de Sarney.

É fácil entender os motivos disso.


Sarney é dono da retransmissora da Globo no Maranhão. Seu principal aliado, o senador Edson Lobão, controla a retransmissora do SBT no estado. Caso o governo autorizasse o negócio do deputado Rocha, portanto, haveria no Maranhão uma TV não-alinhada com os interesses da família – e uma TV num estado pobre é uma poderosa arma política. No final de 2003, apesar das pressões contrárias, o então ministro das Comunicações, deputado Miro Teixeira, finalmente aprovou a transação e encaminhou o papelório para a Casa Civil.


No dia 7 de janeiro de 2004, o Diário Oficial publicou a autorização concedida pelo presidente Lula.

Tudo parecia resolvido.

Mais eis que sobreveio um episódio insólito, daqueles que só se explicam pela força irresistível de certos interesses políticos.

Houve uma reforma ministerial, e o deputado peemedebista Eunício Oliveira, do mesmo partido de Sarney, assumiu a pasta das Comunicações. Tentou-se reverter ali, de todos os modos, a tal autorização já assinada por Lula.

A pressão de Sarney aumentou e, no dia 11 de março, dois meses depois de publicada a autorização, o mesmo Diário Oficial trouxe um ato do mesmo presidente Lula revogando a decisão anterior.

Sem justificativa, sem devido processo legal.


Pode-se apenas supor as razões políticas para essa aberração jurídica – e todas elas passam pelos interesses do senador Sarney.

Inconformado, o deputado Roberto Rocha contratou bons advogados e recorreu ao Supremo Tribunal Federal. O deputado ingressou com um mandado de segurança, que, por sua natureza, deveria ser julgado em pouco tempo, mas que acabou morrendo nas gavetas do Supremo.

Rocha, contudo, não estava sozinho em sua cruzada para assegurar o comando da TV.

Todos os políticos anti-Sarney do Maranhão lhe ajudaram

O deputado petista Domingos Dutra – que chegou a fazer greve de fome recentemente para impedir que seu partido apoiasse a candidatura de Roseana Sarney ao governo do estado – foi um deles.

Diz Dutra: “Falei com as lideranças do PT, falei no governo. Mas eles preferem o Sarney.

Rocha chegou a me contar o que aconteceu na Casa Civil da Erenice”.

Parece estranho ver um petista e um tucano atuando harmoniosamente. No Maranhão, entretanto, os políticos dividem-se entre os que são adversários ou aliados de Sarney. Rocha e Dutra pertencem ao primeiro grupo. E os esforços deram algum resultado.

Em 2007, o deputado conseguiu ser recebido na Casa Civil. Esteve com Erenice Guerra, então secretária-executiva, e o assessor Vlad.

Ambos confirmaram a teratologia do ato presidencial e prometeram resolver o assunto.

Localizado por VEJA, que soubera do caso por intermédio uma fonte na Casa Civil e outra no PT, o deputado relutou em admitir o episódio – mas acabou por narrar o que havia acontecido.

Disse Rocha: “Esse assessor Vladimir cobrou para resolver.

Fiquei enojado com tudo aquilo. Ter que pagar para que eles fizessem o que era certo?

Fui extorquido pela Casa Civil”.


Depois da reunião, Vlad procurou um funcionário do deputado para acertar o pagamento. Os dois encontraram-se no restaurante que funciona no 10º andar da Câmara dos Deputados.

“Vladimir deu a garantia de que resolveria tudo, desde que pagássemos 100 000 reais”, narra Ivo Icó Filho, o funcionário.

“Ele disse que o valor era alto porque envolvia o trabalho de outras pessoas”.


O deputado conta que ponderou e, apesar de “revoltado”, resolveu pagar: “Autorizei meu assessor a providenciar um sinal: 20 000 reais”.

Rocha não quis fornecer detalhes do pagamento.

Completa o deputado:

“E o pior é que não deu certo. Esse Vladimir nunca mais retornou as ligações ou respondeu emails.

Foi um golpe”


Procurado pela reportagem, o chefe-de-gabinete da Casa Civil respondeu por meio de nota. Vlad admitiu frequentar o restaurante da Câmara e manter “reuniões políticas” com o senador Gim Argello.

Mas nega ter pedido ou recebido propina.


Diz o texto:

“O assessor não pediu nem recebeu qualquer pagamento referente a essas pessoas”.


16.10.2010

Cardeal, o “homem da Dilma”

Cardeal, homem de confiança de Dilma Rousseff e mais uma falcatrua lulista


 Com a bênção de Cardeal
 
O banco alemão KfW envolve Valter Cardeal, homem de confiança de Dilma Rousseff, na história de uma fraude de € 157 milhões
 
Andrei Meireles, de Porto Alegre,
Marcelo Rocha e Isabel Clemente.
Com Peter Moon - Época

André Dusek/AE e Jonas Oliveira/ÉPOCA

OBRA INACABADA
Valter Cardeal e a usina de biomassa em Inácio Martins, Paraná, invadida pelo mato.

Parte do dinheiro alemão sumiu.

  Reprodução
O engenheiro gaúcho Valter Luiz Cardeal de Souza é o diretor de Planejamento e Engenharia da estatal Eletrobras, maior empresa de energia elétrica no país. Pragmático e influente, tem fama de possuir mais poder do que o cargo sugere.

Empresários do setor, executivos de grandes empresas e a elite da burocracia tratam Cardeal como o “homem da Dilma”, referência às estreitas ligações políticas, profissionais e pessoais entre ele e a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff.

Cardeal entrou para o setor público em 1971, quando se tornou funcionário da Companhia Estadual de Energia Elétrica do Rio Grande do Sul (CEEE).

Cardeal e Dilma se aproximaram durante o governo de Alceu Collares (1991-1995), quando ela era secretária de Energia do Rio Grande do Sul e ele diretor da CEEE. Desde então, ele se tornou homem de confiança de Dilma no setor elétrico.

Os dois pertenceram ao PDT e, em 2001, ele a acompanhou na mudança para o PT. Dois anos depois, Cardeal chegou à Eletrobras por indicação de Dilma, ministra de Minas e Energia no início do governo Lula.

Em 2007, ele ocupou interinamente a presidência da estatal, uma tentativa frustrada de Dilma para manter o controle sobre a empresa, que acabou nas mãos do PMDB. Com 59 anos, alto e falante, Cardeal costuma ser poupado nos rompantes de mau humor de Dilma nas reuniões com subalternos.
Em 2007, Cardeal foi denunciado pelo Ministério Público Federal por gestão fraudulenta e desvio de recursos com base nas descobertas da Operação Navalha, da Polícia Federal, que investigou irregularidades em obras públicas.

Sob a proteção de Dilma, manteve-se, apesar disso, firme no governo federal.

Foi presidente do Conselho de Administração de Furnas e da Eletronorte, outras duas estatais federais.


Como diretor de Planejamento e Engenharia da Eletrobras, é responsável por projetos bilionários do sistema Eletrobras, como o programa de incentivo ao uso de energias alternativas, conhecido como Proinfa.

Cardeal ainda acumula o cargo de presidente do Conselho de Administração da Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE), uma subsidiária da Eletrobras.

Por causa desse segundo emprego, o nome de Cardeal aparece em um dos maiores escândalos da área de energia no governo Lula.

ÉPOCA teve acesso a uma ação de indenização por danos materiais e morais apresentada contra a CGTEE em agosto deste ano na 10ª Vara Cível de Porto Alegre pelo Kreditanstalt für Wiederaufbau (KfW) – um banco de fomento controlado pelo governo da Alemanha, uma espécie de BNDES germânico que foi criado na época da reconstrução do país depois da Segunda Guerra Mundial.

Nessa ação, o KfW afirma ter evidências de que Cardeal teria conhecimento, desde o início, da emissão de garantias ilegais e fraudulentas, para que duas empresas privadas brasileiras obtivessem um empréstimo internacional no valor de e 157 milhões destinados à construção de sete usinas de biomassa de geração de energia no Rio Grande do Sul e no Paraná.

Para o banco que empresta o dinheiro, essas garantias forneceriam um atestado de que, se o devedor não pagasse, alguém – no caso a CGTEE – funcionaria como fiador e arcaria com essa responsabilidade.

Só que essas garantias, dadas em nome da CGTEE, violavam a Lei de Responsabilidade Fiscal, no artigo que proíbe empresas do governo de dar aval internacional a empresas privadas.

Esse artigo determina que elas não podem funcionar como fiadoras nesse tipo de empréstimo. Ele foi incluído na lei para evitar o descontrole no endividamento das empresas estatais em moeda estrangeira e para impedir que o patrimônio do Estado seja colocado em risco. Todo gestor público experiente deve saber dessa proibição.

Cardeal foi denunciado em 2007 pelo Ministério Público por desvio de recursos da Eletrobrás.
Na ação judicial, o banco alemão faz uma afirmação ainda mais comprometedora.

De acordo com o KfW, a então ministra, Dilma Rousseff, tomou conhecimento do negócio em 30 de janeiro de 2006, durante um seminário, em Frankfurt, sobre investimentos em infraestrutura e logística no Brasil.


“Até mesmo alguns políticos conheciam os fatos, como a então ministra, Dilma Rousseff”, afirma a ação.

Ao processo, os advogados do KfW anexaram documentos do seminário. Dilma, na época ministra da Casa Civil, foi inscrita como chefe da equipe da Presidência do Brasil (leia abaixo a reprodução do programa do seminário).

As garantias da operação, de acordo com o banco, foram discutidas num dos fóruns do seminário de que ela participou. Na apresentação do negócio a Dilma, o KfW diz ter informado que a operação ainda tinha o desafio de obter as garantias. Em seguida, apresentou uma saída: “Solução: emissão de garantia de pagamento por uma subsidiária, com patrimônio suficiente, da empresa governamental de energia Eletrobras”.

Segundo o KfW, a subsidiária da Eletrobras já teria sido aceita pela agência oficial alemã de crédito de exportação.

Dois dias depois do seminário com a presença de Dilma, o KfW, de acordo com a sindicância da CGTEE, registrou a obtenção das garantias aos financiamentos.

Em nota enviada a ÉPOCA, o banco alemão afirma que recebeu garantias da CGTEE em março e agosto de 2005 para empréstimos para a empresa Winimport construir as usinas de biomassa.

A assessoria de Dilma confirmou que ela participou do seminário em Frankfurt, mas negou que tenha visto a apresentação sobre o negócio.

Em nota enviada a ÉPOCA, a assessoria de Dilma afirma: “Tratou-se de um evento, como muitos feitos habitualmente pelo governo Lula em vários países, para exposição dos cenários econômico e social do Brasil a empresários e dirigentes alemães.

A ex-ministra falou no painel ‘Aspectos Jurídico-Regulatórios e Programas Governamentais para Infraestrutura e PPPs’.

Não houve painel sobre ‘financiamento de projetos de usinas de biomassas’.

Na parte da tarde, (ela) se reuniu com representantes de empresas alemãs do setor naval e siderúrgico.

À noite, embarcou para o Brasil”.

Em usinas de biomassa, podem ser usados resíduos de cana, madeira, vegetais e até lixo que, jogados em imensas caldeiras, viram matéria-prima para a geração de energia.

Das sete usinas previstas – três da Winimport e quatro da Hamburgo –, cinco nunca saíram do papel.


As outras duas constam dos registros da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o órgão regulador do mercado, como de propriedade da Winimport.

Uma, no município paranaense de Ignácio Martins, ainda estaria em obras.

A outra, em Imbituva, no Paraná, já estaria gerando energia.


Visitas da reportagem de ÉPOCA às duas unidades, no entanto, revelaram situações diferentes.


O projeto de Ignácio Martins está inconcluso. O mato tomou conta do canteiro de obras. A Aneel já multou a Winimport por atraso no cronograma dessa usina, cuja autorização data de novembro de 2004.

A usina de Imbituva, um município de 28 mil habitantes, tem aparência de abandono, com apenas uma guarita de vigilância.

A obra foi aprovada pela Eletrobras dentro do Proinfa, o programa destinado a incentivar o uso de energia alternativa no país.

O dinheiro que fora emprestado para a construção das usinas teve outro destino.

O KfW descobriu a fraude em 2007, quando a Winimport deixou de quitar parte do financiamento. Na ocasião, o banco alemão procurou a CGTEE para cobrar as garantias, nos termos previstos na documentação dos empréstimos. Foi informado de que a estatal não tinha conhecimento desse aval. Isso motivou uma sindicância pela CGTEE e o fato foi comunicado à Polícia Federal.

Naquele ano, uma investigação da PF, denominada Operação Curto-Circuito, constatou a fraude nas garantias, o sumiço do dinheiro e o envolvimento de nove pessoas.

Elas foram presas depois de investigações em que a PF, com autorização judicial, obteve acesso a sigilos bancário, fiscal e telefônico e realizou buscas e apreensões.

Em 2007, a PF enviou o relatório final da apuração à Justiça Federal no Rio Grande do Sul.

Atualmente, todos respondem a processo, acusados dos crimes de formação de quadrilha para a prática de delitos contra a administração pública, corrupção passiva e ativa e estelionato.


André Dusek/AE e Jonas Oliveira/ÉPOCA, Cynthia Vanzella/Ag. RBS, Antonio Sobral/Correio do Povo, Mauro Schaefer/divulgação e reprodução


Quatro dos acusados são ou foram militantes do PT gaúcho e desempenharam funções relevantes nos governos do partido.

Um deles é o principal acusado do golpe, o engenheiro eletricista Carlos Marcelo Cecin, ex-diretor técnico e de meio ambiente da CGTEE.

Os outros três ligados ao PT são:

Joceles da Silva Moreira, ex-assessor jurídico da CGTEE; Alan Barbosa, diretor-presidente da Hamburgo e um dos representantes da Winimport nas negociações; e o engenheiro Iorque Barbosa, ex-presidente da Cooperativa Riograndense de Eletricitários.

Outro dos acusados é o representante no Brasil da empresa alemã CCC Machinery, Erwin Alejandro Jaeger Kar, apontado como mentor do golpe.

A CCC Machinery intermediou os financiamentos contraídos na Alemanha pela Winimport e pela Hamburgo porque tinha interesse na venda das turbinas que equipariam as usinas no Paraná e no Rio Grande do Sul.

Entre os acusados no processo não consta o nome de Valter Cardeal.

Mas ÉPOCA teve acesso a novas evidências de seu envolvimento no caso.

Entre os documentos, aparecem fotos de Cardeal durante visita à CCC Machinery na Alemanha.

Uma das imagens mostra um quadro de aviso com os nomes de Cardeal, Cecin e Jaeger.

Depoimentos colhidos no processo criminal também apresentam indícios de que Cardeal, como presidente do conselho de administração da CGTEE, tinha conhecimento dos detalhes dos financiamentos, inclusive das garantias que teriam sido fornecidas pela estatal.

Por intermédio do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), órgão do Ministério da Justiça, foi solicitado às autoridades alemãs que colhessem depoimentos de testemunhas locais.

ÉPOCA também teve acesso aos interrogatórios prestados pelos executivos da CCC Machinery Wolfgang Willing e Detlev Wahl.

Willing e Wahl afirmaram que Cecin, na época diretor técnico da CGTEE, visitou a CCC Machinery na Alemanha em 9 de outubro de 2005. Disseram também que, em 2 de novembro daquele ano, Cecin retornou à empresa na companhia de Cardeal.

Na ação que tramita na Justiça do Rio Grande do Sul, o KfW afirma também que “há evidências que serão apresentadas oportunamente sugerindo que o senhor Cardeal estava ciente da emissão das garantias Winimport desde o início”.


Outras informações em poder da Justiça brasileira reforçam a hipótese de que Cardeal tinha conhecimento das garantias aos empréstimos.

Em depoimento à Justiça, Cecin afirmou que os membros da diretoria e do conselho de administração da CGTEE sabiam das negociações para a construção das usinas. “Todo mundo começou a dizer que não sabia, que não ouviu. Eu fiquei simplesmente horrorizado com isso. Porque era um assunto de conhecimento de todo mundo”, disse Cecin em seu depoimento.

ÉPOCA procurou Cecin.

Por intermédio de seu advogado, Lúcio Constantino, ele afirmou que a ação judicial proposta pelo KfW confirma o que ele disse à Justiça.


Cynthia Vanzella/Ag. RBS, Antonio Sobral/Correio do Povo, Mauro Schaefer/divulgação e reprodução

FIADOR
A fachada da sede da CGTEE em Porto Alegre.
A subsidiária da Eletrobras foi usada para dar garantias fraudadas em operação de financiamento do BNDES alemão

Em seu depoimento, Cecin disse ainda que, na viagem que fez com Cardeal à Alemanha, eles jantaram com Axel Schroeder, dono do grupo MPC, o controlador da CCC Machinery.

Afirmou que Schroeder fala português, pois foi dono de fábricas de navios no Brasil, nos anos 1960.

Segundo Cecin, Cardeal se entusiasmou na conversa sobre investimentos em biomassa no Brasil.

Em seu depoimento, Alan Barbosa também deu indícios do envolvimento de Cardeal. Ele disse que acompanhou Luciano Prozillo, diretor financeiro da Winimport, em reunião do conselho de administração da CGTEE, presidida por Cardeal, para tratar de projetos de interesse da empresa.

Apesar de todas as informações sobre a participação de Cardeal, a sindicância conduzida pela CGTEE concluiu que as “garantias” foram tratadas pela Winimport e pela Hamburgo exclusivamente por Cecin.

ÉPOCA também procurou Cardeal.

Ele disse que só tomou conhecimento das garantias em maio de 2007, quando o KfW cobrou da CGTEE o pagamento de prestações atrasadas devidas pela Winimport.

Cardeal confirmou que esteve na sede da CCC Machinery, em Hamburgo, mas afirma que não tratou de empréstimos concedidos pela KfW a empresas brasileiras.

ÉPOCA pediu ao KfW que apresentasse as evidências que teria contra Cardeal. A reportagem indagou também se o banco tratou das garantias para empréstimo para as usinas de biomassa com Dilma e outras autoridades brasileiras.

O KfW informou que não poderia responder às questões porque o assunto está em litígio na Justiça e também por causa das regras de confidencialidade e sigilo do sistema bancário alemão.

A participação de Cecin e de outros petistas nessa gigantesca fraude internacional chama a atenção para um grupo que gravita em torno de Dilma desde os tempos em que a atual candidata do PT à Presidência militava na política gaúcha.

Na gestão do governador Olívio Dutra, Cecin trabalhou na equipe montada pela secretária estadual de Minas e Energia, Dilma Rousseff, para comandar a Companhia Estadual de Energia Elétrica.

A diretoria da estatal contava também com as participações de Cardeal e Márcio Zimmermann, atual ministro de Minas e Energia.

Em 2002, com a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a saída do PT do governo do Rio Grande do Sul, Dilma, Cardeal, Zimmermann e Cecin foram para o governo federal.

Na diretoria técnica e de meio ambiente da CGTEE, Cecin se transformou no nome mais forte no comando da subsidiária da Eletrobras.

Seu prestígio aumentou quando ele ajudou a elaborar o projeto Luz para Todos, principal programa de Dilma no Ministério de Minas e Energia. O Luz para Todos foi depois coordenado por Cecin durante a implantação no Rio Grande do Sul.

Nas negociações para a CGTEE dar aval ao financiamento das usinas de biomassa, Cecin foi auxiliado pelo então consultor jurídico da CGTEE, Joceles Moreira.

No governo Olívio Dutra no Rio Grande do Sul, entre 1998 e 2002, Joceles ocupou uma das vice-presidências do Banrisul, o banco público gaúcho. Ele foi o autor do parecer jurídico que respaldava as assinaturas de Cecin nas garantias.

As duas empresas financiadas pelo banco alemão – Winimport e Hamburgo – eram representadas nas negociações com a CGTEE por Alan Barbosa, técnico do setor elétrico que participou de lutas sindicais e militou no Campo Majoritário, antigo nome da corrente do PT liderada pelo ex-ministro José Dirceu.

Barbosa é diretor-presidente da Hamburgo, empresa criada exclusivamente para assinar os contratos e receber o financiamento no valor de € 109,9 milhões.

Ao envolver Cardeal num escândalo internacional, o KfW atinge um dos nomes considerados certos num eventual governo Dilma.

Essa poderá ser considerada a segunda grande baixa do time de confiança de Dilma.

A outra foi a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, abatida por um escândalo de tráfico de influência e nepotismo no Palácio do Planalto.



Cynthia Vanzella/Ag. RBS, Antonio Sobral/Correio do Povo, Mauro Schaefer/divulgação e reprodução

 

Pesquisas eleitorais:" massacrando" os números, um rigoroso empate técnico.

 Empate técnico

coturnonoturno

Do comentarista Gilmar, refazendo os cálculos considerando abstenções, brancos e nulos:

Fator de Correção de Pesquisa Eleitoral 2010

Para calcularmos o fator de correção ( que o farei detalhadamente para melhor compreenção) partimos de algumas premissas a seguir :

- Como o índice de abstenção no segundo turno em 2002 foi de 20,467% ; em 2006 foi de 18,993 % , projeta-se para 2010 uma abstenção de 17,63 %

- Como o índice de votos nulos no segundo turno em 2002 foi de 4,115 % ; em 2006 foi de 4,714 % , projeta-se para 2010 um índice de voto nulo de 5,4%

_ Como o índice de votos em branco no segundo turno de 2002 foi de 1,885 %; em 2006 foi de 1,325 % , projeta-se para 2010 um índice de voto em branco em 0,94%.

- Considerando que dos possíveis votos das abstenções, nulos e brancos , 60 % seriam da Dilma e 40% do Serra.

- Considerando que dos indecisos 60% votarão em Serra e 40% na Dilma.


Última pesquisa Datafolha ( 15/10/10)
  • Dilma 47 %
  • Serra 41 %
  • B/N 4 %
  • Indecisos 8 %
Distribuindo-se os B/N e indecisos , de acordo com os critérios acima, a o resultado fica assim,
  • Dilma 52,6 %
  • Serra 47,4 %
Esta pesquisa do Datafolha considera que 100 % dos eleitores comparecerão e que não haverá nenhum voto nulo ou em branco. Como sabemos que não é isto que iráacontecer, e cujas abstenções, votos nulos e em brancos prováveis já estão projetados acima, necessário se faz calcular um fator de correção da pesquisa para refletir a realidade que haverá 17,63 % de abstenção , 4,115 % de votos nulos e 0,94% de votos em branco.

Vamos inicialmente calcular que índices deveria ter a pesquisa considerando que haverá 17,63 % de abstenções e que estas seriam 60 % de votos para Dilma e 40% de votos para Serra: 17,63 % x 0,6 = 10,58 %; 17,63 % x 0,4 = 7,05 %
Com isso,  a pesquisa Datafolha fica assim:
  • Dilma 52,6 – 10,58 = 42,02 %
  • Serra 47,4 – 7,05 = 40,35 %
  • Abstenções = 17,63 %
Considerando só os votos válidos
  • Dilma = 51 %
  • Serra = 49 %
Vamos agora calcular que índices deveria ter a pesquisa considerando que haverá 17,63 % de abstenções e 5,4 % de votos nulos , e que os votos destas abstenções e nulos seriam 60 % para Dilma e 40 % para Serra: 5,4 % x 0,6 = 3,24 %; 5,4 % x 0,4 = 2,16 %.

Portanto a pesquisa Datafolha fica assim:
  • Dilma 51 – 3,24 = 47,76 %
  • Serra 49 – 2,16 = 46,84 %
  • Nulos = 5,4 %
Considerando só os votos válidos
  • Dilma = 50,48 %
  • Serra = 49,52 %
Vamos agora calcular que índices deveria ter a pesquisa considerando que haverá 17,63 % de abstenções , 5,4 % de votos nulos e 0,94 % de votos brancos, e que os votos destas abstenções, nulos e em branco seriam 60 % para Dilma e 40 % para Serra: 0,94 % x 0,6 = 0,56 %; 0,94 % x 0,4 = 0,38 %.

Portanto a pesquisa Datafolha fica assim
  • Dilma 50,48 – 0,56 = 49,92 %
  • Serra 49,52 – 0,38 = 49,14 %
  • Brancos = 0,94 %
Em votos válidos
  • Dilma 50,39 %
  • Serra 49,61 %
Cálculo do fator de correção

Pesquisa apresentada pelo Datafolha
  • Dilma 53,4 %
  • Serra 46,6 %
Pesquisa calculada em função das abstenções, nulos e brancos
  • Dilma 50,39 %
  • Serra 49,61 %
Portanto fator de correção da Dilma é 50,39 / 53,4 que é igual a 0,9436.

Portanto fator de correção do Serra é 49,61 / 46,6 que é igual a 1,0646. Significa dizer que os índices de todas as pesquisas devem ser corrigidos utilizando os fatores calculados acima , assim ,

Pesquisa Datafolha 15/10/10
 
  • Dilma 53,4 %
  • Serra 46,6 %
Pesquisa Datafolha 15/10/10 Real , que deve acontecer após aberta as urnas:
  • Dilma 50,4 %
  • Serra 49,6 %
Pesquisa CNT / SENSUS 14/10/10 
  • Dilma 52,3 %
  • Serra 47,7 %
Pesquisa CNT/SENSUS 14/10/10 Real, que deve acontecer após aberta as urnas:
  • Dilma 49,3 %
    Serra 50,7 %

Outubro 16, 2010

Índio da Costa: "Se somos contra o aborto, somos contra e ponto final"


 

Índio da Costa reacende polêmica sobre aborto em visita a Passo Fundo


Leandro Becker
Zero Hora

O candidato a vice-presidente Índio da Costa (DEM), da chapa de José Serra (PSDB), reacendeu a polêmica sobre o aborto em caravana ontem (15) ao norte do Estado.

Em discurso na Câmara de Vereadores de Passo Fundo, ele disse que a coligação tem posições firmes e convicção no que fala.
- Se somos contra o aborto, somos contra e ponto final – afirmou.
Recepcionado pela militância, Índio da Costa apresentou as propostas da chapa e destacou o aumento do salário mínimo para R$ 600, o reajuste de 10% para os aposentados, a expansão do Bolsa Família e a facilitação de crédito para a agricultura familiar.
O candidato também ressaltou o compromisso de apoiar os estados independentemente da sigla partidária e manifestou contrariedade ao que definiu como privatização de cargos públicos.

Ela ainda classificou o apoio da ex-candidata Marina Silva (PV) como importante para a decisão dos eleitores.
Antes de partir rumo a Carazinho, terra natal de Leonel Brizola, a quem fez críticas durante a campanha, Índio da Costa esclareceu que as declarações foram apenas sobre a forma de gestão do ex-governador no Rio de Janeiro.
- O Brizola é um grande líder político, decente e com importância histórica. Em relação à administração dele no RJ, porém, tenho críticas gerenciais – explicou.

Lula e Dilma - A máscara caindo !


O ditado popular diz: o peixa morre pela boca.

Este pilantra do Lula mostra a verdadeira faceta de político corrupto e de alianças que faz em seu governo.

Se vc quer continuar no Lixo democrático, continue com corruptos e bandidos no poder

Pense antes de votar, pois continuar no erro é a maior burrice.


Pesquisa: Serra ganhou 10,6 milhões de votos


Pesquisa: Serra ganhou 10,6 milhões de votos:

http://bit.ly/bDsBc8
Comparando-se os votos válidos no primeiro turno com a pesquisa CNT/Sensus, divulgada ontem, a maioria pró-Dilma Rousseff (PT) é de cerca de 3,1 milhões de votos.

Com isso, considerando a pesquisa, ela perdeu cerca de 700 mil votos, enquanto seu adversário José Serra (PSDB), ganhou cerca de 10.6 milhões de votos.

“Pelo jeito, isso não é só uma marolinha”, observa Geraldo Melo Filho, que fez os
cálculos.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Coisa de rico, coisa de pobre... Coisa de gênio!


Campanha do PT/PSDB

viralizou
14 de outubro de 2010

Ajudemos os patriotas! Espalhem esta: MST entra para valer na campanha de Dilma








Por Reinaldo Azevedo

A candidata Dilma discursa em Sergipe com boné do MST

A presidenciável do PT, Dilma Rousseff, acaba de ganhar um apoio importante: o MST e seu braço internacional, a Via Campesina — que espalha os métodos do movimento América Latina afora (menos na Venezuela e em Cuba…) — decidiram se engajar para valer na campanha petista. É um apoio que a candidata recebe de bom grado, como se vê na fato acima.

Não faz muito tempo, João Pedro Stedile, o chefão do MST, admitiu em entrevistas que, com Dilma, as invasões de terra serão facilitadas.

É compreensível a mobilização, não é mesmo?

O governo também repassa recursos milionários ao movimento, que não existiria sem o apoio oficial.

Nesta manhã, a propósito, cerca de 150 integrantes do movimento invadiram a superintendência estadual do Banco do Brasil, que fica no RibeirãoShopping, em Ribeirão Preto (SP).

São os moderados.


Estes são os métodos dos aliados incondicionais de Dilma.


15/10/2010

Até tu, Meirelles???


Imagem: Sebastião Salgado - Gourma-Rharous - Mali, 1985

Meirelles quer que seu sucessor siga pilares de FHC


Por Sílvio Guedes Crespo


Sem citar o nome de seu ex-colega de partido Fernando Henrique Cardoso, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse em entrevista ao jornal “
Brasil Econômico” que recomenda ao seu sucessor seguir os pilares da política econômica criados no governo anterior e consolidados durante a atual gestão.

“Seria importante que as decisões de futuras de política econômica no Brasil levassem em conta os ensinamentos da experiência bem-sucedida dos últimos anos.

Nesse sentido, destacaria, como os ingredientes básicos, o comprometimento com as metas de inflação, o compromisso com a sustentabilidade fiscal e o câmbio flutuante com respaldo das reservas internacionais”,
declarou Meirelles.

Em outro momento da entrevista, no entanto, Meirelles aponta um erro de cálculo na gestão de seus antecessores:

“As autoridades devem buscar o estabelecimento de metas [de inflação] realistas e compatíveis com a situação econômica do país.

A meta de 3,25% para 2003 foi estabelecida em 2001, ano em que teve início um período de instabilidade e terminou com inflação atingindo 17% ao ano em maio de 2003”.


NO SEGUNDO TURNO, NÃO VIAJE, VOTE! Lula (Hitler) descobre que Dilma não ganhou no primeiro turno


Reunião realizada no Palácio do Planalto após as eleições.



NO SEGUNDO TURNO, NÃO VIAJE, VOTE!
GustavoCLa

15 de outubro de 2010


DILMA E LULA # QUEBRARAM O BRASIL


DILMA E LULA # QUEBRARAM O BRASIL

Carta de leitor da VEJA

12/10/2010 às 23:04

Segundo o site do: http://www.tesouro.fazenda.gov.br/dividapublica a dívida interna e externa do nosso Brasil querido é de (pasmem)

R$ 2 trilhões e 400 bilhões de reais.

Em janeiro de 2003 quando DILMA e LULA assumiram esse valor era de R$ 857 bilhões de reais, portanto o que o Brasil demorou para acumular em dívidas desde os tempos de Cabral foi triplicado em 7 anos e meio.

É pouco ou quer mais.

Se eles ficarem mais tempo no poder vão ter que vender o Brasil.

Não acreditem em mim consultem o site.

 
 Dívida do Brasil após Lula... e na hora de pagar a conta... quem vai pagar ?
 

Fendel