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sexta-feira, 6 de maio de 2011

Inflação chega 6,51% em 12 meses e supera meta do governo


O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) registrou inflação de 0,77% em abril, praticamente estável em relação a março, quando a variação foi de 0,79%.

No entanto, nos últimos 12 meses, encerrados em abril, o IPCA registrou variação de 6,51% --superior ao centro da meta do governo, de 4,5%, e acima do teto, que prevê dois pontos de tolerância (6,5%).
Por Pedro Soares
DO RIO

Em abril de 2010, a taxa havia ficado em 0,57%. No acumulado do ano, o índice ficou em 3,23%. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O índice acumulado em 12 meses é o mais alto desde julho de 2005, quando havia sido de 6,57%. Já o indicador mensal registrou a maior variação para o mês de abril desde 2005 (0,87%).


O IPCA é o índice oficial de inflação do país e baliza o regime de metas do governo.

Em abril, o índice sofreu pressão especialmente de transportes, com alta de 1,57%, em razão do aumento do gasolina (6,21%) e do álcool (11,20%). Também subiram os preços do grupo saúde (0,98%).

Já os principais itens que mostraram queda e ajudaram a conter a inflação foram os alimentos, cuja a taxa desacelerou de 0,75%, em março, para 0,58%, em abril. Tiveram quedas itens como tomate (-18,69%), açúcar (-2,68%), arroz (-2,13%) e carne (-0,2%).

06/05/2011


quinta-feira, 5 de maio de 2011

Ainda os aeroportos... vamos esperar



Por Josef Barat
O Estado de S. Paulo


Recente Nota Técnica elaborada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que, em 2010, 14 dos 20 maiores aeroportos administrados pela Infraero operaram acima da sua capacidade nominal. Isso porque, de 2003 a 2010, o número de passageiros/ano passou de 71 milhões para 154 milhões - um crescimento médio anual acima de 10%. Mas os investimentos realizados nesse período não removeram os enormes gargalos que travam o desenvolvimento do transporte aéreo e infernizam a vida de passageiros e tripulantes.


Embora atingindo R$ 8,8 bilhões (média anual de R$ 1,1 bilhão), as aplicações feitas por Infraero e Orçamento Fiscal não solucionaram as insuficiências ou deficiências nos diversos componentes da infraestrutura aeroportuária (pistas, pátios, controle de tráfego, acessos e estacionamentos e terminais de passageiros e cargas) diante do acelerado crescimento da demanda. Os planos, projetos e ações de longo alcance foram preteridos em favor de medidas paliativas e pontuais, dificultando o encaminhamento de soluções mais duradouras. A nota ressalta que o nível mais elevado de investimentos (R$ 1,5 bilhão) ocorreu em 2006, justamente no auge do "apagão aéreo". Neste ano, o custo dos congestionamentos provocados pelo apagão foi estimado em R$ 1 bilhão.

Vários estudos realizados em 2009 e 2010 - entre eles um mais amplo, feito pelo Ipea; um da Coppe-UFRJ; um feito pela MacKinsey para o BNDES; e um da Fiesp - apontaram, em horizontes variáveis de tempo, uma futura média anual de investimentos em torno de R$ 1,5 bilhão, pouco mais elevada que a de 2003 a 2010. São previsões otimistas, tendo em vista a pressão decorrente da realização da Copa e da Olimpíada, eventos importantes para mobilizar a opinião pública em relação ao problema dos aeroportos e pressionar o governo.
Leia mais.


05.05.2011

Más notícias do país de Dilma (2)

:: Os exemplos da incompetência do governo se multiplicam
Editorial
O Globo

Uma semana atrás, publiquei aqui
um apanhado de diversas notícias dos jornais comprovando que a propalada competência de Dilma Rousseff como gerente, administradora, é uma balela, uma lenda, uma invenção do marketing.

Em apenas uma semana, os jornais publicaram mais exemplos da incompetência do governo da presidente.


Só não vê quem não quer.

* Os programas não saem do papel (1).

O que se prometeu na campanha não se cumpre. Era puro estelionato eleitoral.

“Apesar de ter passado a campanha eleitoral prometendo priorizar a segurança, a presidente Dilma Rousseff não apenas não tirou do papel as promessas como cortou fortemente o orçamento da área. Só o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) perderá R$ 1,028 bilhão este ano, ou 47% do previsto.

O investimento feito nestes quatro primeiros meses de gestão Dilma é inferior ao executado no mesmo período do ano passado.

A criação dos postos de polícia comunitária e a modernização de cadeias, por exemplo, são projetos que ainda não receberam qualquer investimento. Apontado como solução para o patrulhamento de fronteiras, o projeto Vant (veículo aéreo não tripulado) também não decolou.” (O Globo, 1º/5/2011.)


* Os programas não saem do papel (2).

Durante a campanha eleitoral, Dilma Rousseff prometeu aumentar o o ritmo de criação de Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia. Em abril, Dilma prometeu criar mais 81 escolas técnicas até 2012 e outras 120 até 2014. Só que o governo não consegue fazer funcionar nem sequer aas escolas técnicas existentes: como não dispõem de professores em número suficiente, 20 mil anos dessas escolas estão sem aula há mais de dois meses. (Estadão, 2/5/2011.)

* O governo constrói um capitalismo de Estado: para os amigos, todas as benesses.

O interesse público que se dane.

E que nós paguemos a conta.

As análises deixam isso claro:

“Fortalece-se na legenda (o PT) o projeto de um capitalismo de Estado à la Geisel, com empresários escolhidos a transitar pelos cofres do BNDES.

Do projeto fazem parte intervenções descabidas em empresas privadas, iguais à executada na Vale. (Editorial, O Globo, 3/5/2011.)


“Nunca antes na história deste país tivemos um capitalismo de Estado tão evidente. O aparelhamento da máquina estatal tem sido assustador. A ingerência no setor privado, como no caso da Vale, aumentou exponencialmente. E, talvez o exemplo mais sintomático, o BNDES foi transformado numa gigantesca máquina de transferência de riqueza dos pagadores de impostos para os grandes empresários aliados do governo. (…) Os desembolsos subsidiados (do BNDES) ficavam na faixa dos R$ 35 bilhões por ano antes de o PT chegar ao poder, e hoje os empréstimos chegam a quase R$ 150 bilhões por ano. (…) O governo seleciona as empresas ‘vencedoras’ de cima para baixo, com base em critérios políticos. Metade do crédito já depende do governo, o maior banqueiro do país!” (Rodrigo Constantino, economista, no Globo, 3/5/2011.)

“Apesar da falta de rumo na economia, dos sucessivos escândalos – mantendo a média da Presidência anterior, diga-se –, da incompetência administrativa, da inexistência de uma política estratégica e de tantas outras coisas, a presidente Dilma governa absolutamente tranqüila.

Entregou para os oligarcas, sempre sedentos de saquear o Erário, rendosos cargos; usa e abusa do BNDES, oferecendo, como uma rainha absolutista, fortunas ao grande capital parasitário; soldou uma aliança com as grandes construtoras – importantíssimas para financiar os partidos da base governamental, especialmente o PT – danosa ao interesse público, e cooptou as centrais sindicais, que foram adquiridas por um valor baixo, comparado ao que custou o apoio do grande capital.” (Marco Antonio Villa, historiador, no Globo, 3/5/2011.)


* O governo se mete onde não deveria.
Menos de um mês após ceder às pressões do governo e trocar seu presidente, a Vale, empresa privada, a maior do país, anunciou que entrará na construção e operação da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu. Enquanto Roger Agnelli presidia a empresa, a Vale demonstrara claramente não ter interesse em entrar nessa canoa furadíssima que é Belo Monte. Forçada pelo governo, a empresa vai investir no consórcio formado para construir a hidrelétrica entre US$ 400 milhões e US$ 500 milhões. (O Globo, 29/4/2011.)

É um imenso desrespeito aos acionistas da empresa, uma intromissão absurda.

* O governo se mete onde não deveria.


Os Correios – a empresa estatal que não tem conseguido cumprir a contento sua obrigação de entregar cartas no menor prazo possível – foram autorizados a criar e comprar companhias aéreas. Medida provisória assinada pela presidente da República remodela a forma de atuação da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, para permitir a entrada da estatal no projeto do trem-bala, a outra gigantesca canoa furada que o governo Dilma Rousseff insiste em criar. (O Globo, 29/4/2011.)

* A inflação dispara e o governo demonstra incompetência para enfrentá-la.

As análises deixam isso claro:


“Enquanto o governo e seus aliados fazem retórica sobre o combate ‘cauteloso’ à inflação, a alga de preços ganha impulso e vai contaminando todos os segmentos do mercado.

A presidente parece perigosamente inclinada a politizar o tratamento do assunto, seguindo a cartilha do PT, dos sindicatos e dos empresários mais dispostos a aceitar a inflação. Essa complacência poderá em pouco tempo destruir conquistas duramente alcançadas nos últimos 15 anos.” (Editorial, Estadão, 4/5/2011.)


“A redução no ritmo de aperto na política monetária, com o ajuste da taxa básica de juros de 0,25 ponto percentual, depois de duas elevações consecutivas de 0,5 ponto, reforçou a insegurança diante da efetiva capacidade de o governo Dilma Rousseff empreender um combate efetivo contra o repique da inflação.”
 

Segundo a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada no dia 28 de abril, “a situação piorou desde sua reunião anterior, no começo do mês passado (março).

Se esse é o caso, por que a taxa básica subiu apenas 0,25 ponto percentual, metade da elevação aprovada nas sessões de janeiro e de março?” (Editorial, Estadão, 29/4/2011.)


“O mercado está descrente. Recebe cada declaração do ministro Guido Mantega com a mesma confiança quando a ministra Zélia Cardoso de Mello dizia, no governo Collor, que tudo na economia estava caminhando bem.

E quanto mais o governo insiste que a inflação está sob controle – desmentindo a realidade –, maior a desconfiança.” (Marco Antonio Villa, historiador, no Globo, 3/5/2011.)


* Números que apavoram


Rombo de R$ 2,8 bilhões no FAT pune microempresas. O déficit nas contas do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) chega a R$ 2,8 bilhões este ano, e a tendência é de piora. Com isso, o governo deixará de financiar, a partir de 2012, projetos de micro e pequenas empresas. Projeções do Ministério do Trabalho mostram que o valor para essas operações de financiamento cairá dos atuais R$ 3,5 bilhões para zero. As contas do FAT apresentam desequilíbrio crescente, apesar do aumento do emprego formal. (O Globo, 2/5/2011.)

No 5° aniversário da Proclamação da Autossuficiência em Petróleo, o Brasil importou 2,5 milhões de barris

Os barões dos canaviais preferiram lucrar com toneladas de açúcar, o álcool sumiu, o litro de gasolina ultrapassou a barreira dos R$ 3 e a Petrobras virou importadora do combustível


Em abril, foram comprados 1,5 milhão de barris. Nesta quarta-feira, a empresa confirmou a encomenda de 1 milhão de barris para a segunda quinzena de maio.

São 2,5 milhões em dois meses.

Isso no país em que vivem os brasileiros.

Na maravilha que Lula registrou em cartório e Dilma jura enxergar, continuam os festejos pelo 5° aniversário da Proclamação da Autossuficiência em Petróleo, consumada no outono de 2006 pelo maior dos governantes desde Tomé de Souza.

Na última segunda-feira de abril daquele ano glorioso, ele próprio tratou de cumprimentar-se pela façanha.

“Agora somos donos do nosso nariz”, gabou-se no programa Café com o Presidente, transmitido em cadeia nacional pela Radiobrás.

A Petrobras havia alcançado tal grau de eficiência, prosseguiu o palanqueiro compulsivo, que apenas garantir a gasolina dos nativos já não bastava: a produção excedente permitiria que, até o Natal, as exportações superassem as importações em US$ 3 bilhões. Não é pouca coisa.

E não era tudo.


Por ter pressentido antes de qualquer outro estadista que “o mundo caminha para o desenvolvimento de energias renováveis e menos poluentes”, Lula também havia transformado o Brasil num colosso da energia alternativa.

“Nisso somos imbatíveis”, avisou.

“Nós temos todas as condições.

Nós temos terra, nós temos trabalhadores, nós temos conhecimento científico e tecnológico”.


Ao som da lira do delírio, como atestam os dois áudios surreais, a discurseira comemorou o sucesso do Pro-Álcool, zombou dos céticos profissionais, aplaudiu a gastança da Petrobras com comerciais ufanistas e inaugurou com pompas e fitas outros assombros que ninguém mais viu.

Neste começo de maio, o sonho de milhões de brasileiros castigados pela inépcia federal é morar no país do cartório.

Por aqui, passados cinco anos, só há combustível farto e barato para abastecer os motores da inflação.


Direto ao Ponto

05/05/2011

Desenlace espetacular ou começo da encrenca?

Não é coincidência que o documento tão longamente escondido aparecesse no preciso momento em que a credibilidade popular da versão oficial da história de Obama caía para 38 por cento
Por Olavo de Carvalho
Mídia Sem Máscara


A certidão de nascimento de Barack Hussein Obama, finalmente divulgada pela Casa Branca, resolve um problema e cria outro. O fato de que o homem nasceu no Havaí não prova que ele seja legalmente elegível para a presidência da República, pois a definição de "cidadão nativo" é "nascido em território americano, de pais americanos", e o pai dele, nascido no Quênia, não é americano. Na melhor das hipóteses, tinha dupla cidadania, o que tornaria Obama tão inelegível quanto se nascesse ele próprio no Quênia.

Confirma-se assim a tese do senador havaiano Sam Slom - que eu mesmo defendi aqui antes dele - de que aquilo que Obama estava procurando esconder não era o seu local de nascimento, mas algum outro detalhe legal comprometedor. A afetação de desprezo olímpico pela celeuma da certidão, que tanto Obama quanto sua guarda-de-ferro vieram exibindo desde a eclosão do debate, revela agora ter sido mesmo um puro golpe de teatro. Se Obama, possuindo sua certidão de nascimento, se recusou a exibi-la no instante em que o adversário John McCain era forçado a mostrar a sua pela pressão unânime do Congresso e da mídia (contra McCain não era feio ser um "birther"), torna-se claro que ele instilou a dúvida no público propositadamente, planejando para bem mais tarde um desenlace espetacular que desviasse as atenções do problema da nacionalidade do seu pai, detalhe que, se viesse à tona naquela ocasião, arriscaria vetar sua candidatura logo de cara. Não é coincidência que o documento tão longamente escondido aparecesse no preciso momento em que a credibilidade popular da versão oficial da história de Obama caía para 38 por cento e em que as encomendas do livro-denúncia de Jerome Corsi, Where is the Birth Certificate? mantinham a obra no primeiro lugar dos best-sellers por duas semanas, antes mesmo que fosse lançada.

Publicitariamente, o golpe não foi mal planejado, mas sua eficácia jurídica é duvidosa. Em 2 de maio, o 9º. Circuito do Tribunal de Apelações vai ouvir, pela primeira vez, a argumentação oral dos queixosos num processo de inelegibilidade movido pela United States Justice Foundation, e com toda a certeza o centro dessa argumentação será o problema da nacionalidade do pai de Barack Hussein Obama.

Não parece possível provar que o filho de um estrangeiro seja "cidadão nativo", mas sempre se deve contar com a inventividade das centrais oficiais de embromação.

Durante todo o tempo dos debates, os birthers gritavam "Inelegível! Inelegível! Inelegível!", o campo obamista respondia "Nasceu no Havaí! Nasceu no Havaí! Nasceu no Havaí!" Com o auxílio da mídia inteira, a discussão foi assim movida para o terreno mais propício a Obama, de modo que a questão do local de nascimento obscurecesse o problema essencial da inelegibilidade, que, a rigor, continuaria em pauta mesmo que Obama tivesse nascido na ponta do Obelisco de Washington D.C.
Artigos - Desinformação 

03 Maio 2011


Rousseff “elimina” 3,4 milhões de miseráveis

 

MENTIRA

“Miserável é quem tem renda de até um quarto do salário mínimo. (…) Então, a gente tem de buscar eliminar esses 19,6 milhões de miseráveis.” (Presidente Dilma Rousseff, então candidata do PT, à revista Carta Capital, junho/2010.)


A VERDADE

Para impressionar durante a campanha eleitoral, a petista, ao prometer a erradicação da miséria, utilizava os números do Ipea, vinculado à Presidência da República, onde são considerados miseráveis os brasileiros que vivem com até R$ 136,25 (em valores atuais) por mês.

Agora, ao anunciar o programa, que só deverá ser detalhado “nos próximos meses”, Rousseff mudou os critérios e adotou valores do Banco Mundial, que define a linha de pobreza extrema às pessoas com renda mensal de R$ 70.

E assim sumiram 3,4 milhões de brasileiros que ganham entre R$ 70 e R$ 136,25, e que antes eram considerados miseráveis pela propaganda petista.

De maquiagem em maquiagem, Rousseff mostra, a cada dia, que aprendeu a lição de casa com o ex. E tenta impor ao povo brasileiro um Brasil que só existe na propaganda do PT.


05/05/2011

Mantega e o direito de retaliar


O governo tem o direito de retaliar empresas privadas, quando não concorda com decisões de seus dirigentes, segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega

Ele expôs sua convicção de forma inequívoca, ao falar no Senado sobre a mudança de comando na Vale, decidida formalmente no mês passado.

O governo, disse o ministro, poderia ter retaliado a Vale, quando seu principal executivo, Roger Agnelli, se recusou a atender a pedidos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Não fez isso porque não quis, o que, segundo ele, mostra que não houve interferência do governo na substituição de Agnelli.

Mas a interferência foi evidente e ocorreu não só quando o presidente Lula pressionou a diretoria da Vale, mas também quando o ministro da Fazenda chamou o presidente do Conselho de Administração do Bradesco, Lázaro Brandão, para discutir a sucessão de Agnelli.

O banco integra o bloco de controle da Vale e a mudança na direção da empresa dependeria de sua concordância. Depois dos encontros do ministro com o banqueiro, uma fonte do Bradesco disse ter havido uma pressão massacrante.

Essa informação foi divulgada na ocasião. A imprensa noticiou também a primeira reunião de Mantega com o banqueiro.

A indiscrição do ministro, segundo fonte do governo, desagradou à presidente Dilma Rousseff.

Por que deveria desagradar, se aquele tipo de contato fosse absolutamente normal e não configurasse uma indisfarçável pressão política?

O ministro negou um fato evidente, ao desmentir a interferência na decisão sobre o afastamento de Agnelli. Mas foi absolutamente sincero ao expor sua opinião sobre os direitos do governo de interferir na gestão de uma empresa privada.

Mantega recordou os motivos - bem conhecidos há muito tempo - da insatisfação de Lula em relação ao presidente da Vale. No pior momento da crise, no fim de 2008, a empresa anunciou a demissão de 1.200 funcionários - um número pequeno, seja em comparação com seu quadro de empregados, seja em confronto com as dispensas ocorridas em outras companhias, no Brasil e no exterior.

O presidente Lula pressionou publicamente não só a diretoria da Vale, mas também a da Embraer, por causa dos cortes de pessoal na primeira fase da recessão.

Não teve sucesso, mas tentou intervir e exorbitou de seu papel ao criticar executivos por tomarem uma decisão legal e perfeitamente normal naquela circunstância.

"Não vejo situação mais democrática do que essa", disse Mantega, referindo-se à ação do presidente.

É uma concepção muito particular de democracia, já que o presidente agiu de forma nitidamente autoritária, tentando interferir na direção de duas grandes empresas privadas.

O ministro parece haver esquecido, além disso, as bem conhecidas tentativas de derrubar o presidente da Vale, também noticiadas prontamente pela imprensa.

O presidente Lula censurou a Vale também por exportar minério à China em vez de aço, um produto com maior valor agregado.

Mas o investimento industrial necessário para isso estava fora dos planos imediatos da empresa. Também isso foi tratado como afronta.

A Vale, segundo o ministro, deveria atender ao "interesse nacional".

Em outras palavras, o governo tentou, sim, interferir na orientação da empresa.

Nem é preciso, aqui, sublinhar a espantosa ingenuidade econômica revelada pelo presidente da República e por seu ministro, ao cobrarem da Vale, no meio da crise internacional, um investimento num setor com grande capacidade ociosa.

O ministro Mantega talvez tenha sido mais transparente do que pretendia, ao mencionar a retaliação não executada pelo governo. Se o governo poderia ter retaliado, essa retaliação deveria corresponder a um direito - pelo menos na sua concepção.

Essa ideia pode causar estranheza a quem não conheça a "ideologia petista".

Mas é perfeitamente compatível com os padrões seguidos pela administração petista. Afinal, a retaliação não é mais que a contrapartida - com sinal trocado - dos favores distribuídos por esse mesmo governo, por meio dos bancos federais, a empresas selecionadas segundo o arbítrio de quem maneja o dinheiro.

Não é isso igualmente democrático, segundo o critério de Mantega?

05 de maio de 2011

Lula faz visitas secretas a Dilma, em geral à noite


Lula faz visitas secretas a Dilma, em geral à noite


O ex-presidente Lula tem visitado Brasília sigilosamente, em geral à noite, para manter reuniões privadas com a presidenta Dilma Rousseff, a quem encaminha “demandas” que vão do preenchimento de cargos à fixação de prioridades, como no caso do projeto que pretende revisar o tratado internacional de Itaipu.

Frequentemente, Dilma discorda de Lula, como no caso do tratado de Itaipu, mas sempre o atende.


Quem? Como?

A assessoria da Presidência da República informou que só toma conhecimento da agenda oficial de Dilma.

Ignora a “extraoficial”.


Inevitável

Dilma mantém ótimas relações com Lula, mas seus assessores já preveem, para breve, conflitos com “ministros lulistas” que ela herdou.



Os guardiões

Dilma se irrita com ministros que tentam impor decisões lastreando-as com atitude de quem se acha “guardião” do lulismo.

Rota de colisão

Gilberto Carvalho é um dos ministros que se acham fiéis depositários de Lula, que o impôs a Dilma.

A trombada com ela é questão de tempo.

05/05/2011 

Durval Barbosa acusado de pedofilia



DURVAL TERIA ABUSADO DE
DUAS CRIANÇAS




O delator do esquema do mensalão do DEM no Distrito Federal, Durval Barbosa, que já conseguiu redução de pena em diversos processos de corrupção, se valendo da delação premiada, pode acabar preso por pedofilia.

O Correio Braziliense divulgou informações sobre uma investigação aberta pela Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente, em fevereiro, com base em denúncia feita pela ex-mulher de Durval, e mãe de seus filhos, a empresária Fabiani Christine Silva Barbosa Rodrigues.

Foi instaurado um processo na 6ª Vara Criminal de Brasília, em que Durval e sua atual mulher, Kelly Christina Barbosa Rodrigues, são acusados de violência sexual.

Fabiani afirma que seu ex-marido e Kelly abusaram de duas crianças. Um laudo elaborado por psicólogos da 1ª Vara da Infância e da Juventude concluiu que elas assistiram e participaram de atividades sexuais de Durval e da mulher


Kelly, sem que tenha havido, de acordo com as investigações, “penetração completa, mas com fortes indícios de toques ou tentativa de penetração” em uma das supostas vítimas.

O processo corre em sigilo, e relata os fatos narrados por 21 testemunhas, em 26 depoimentos colhidos pela Justiça, inclusive os das próprias crianças.

Neste crime, que é hediondo, se for condenado, Durval não poderá fazer nenhum tipo de acordo com a Justiça.
05/05/2011

A dura realidade


Eu estava em Washington na noite do último domingo, quando foi anunciada a morte de Bin Laden, e revi cenas de júbilo patriótico em frente à Casa Branca, especialmente por parte de jovens.

Por Merval Pereira
O Globo
Cenas como as que presenciara três anos antes em Nova York, onde a vitória de Barack Obama provocara o que classifiquei então de "clima de fim de campeonato, com vitória dos Yankees ou do Knicks, todos na rua gritando e cantando, principalmente jovens e negros, buzinaço pelas ruas, festa no Harlem, em Times Square, na Rockfeller Plaza".

Não sou capaz de dizer se os jovens que fizeram a festa pela morte de Bin Laden em Washington, Nova York e várias partes dos EUA são os mesmos que, em 2008, foram em número recorde às urnas para eleger Obama com o sentimento de estar contribuindo para mudar o país e o mundo, como Obama ressaltava em seus discursos.


Mas sei que boa parte daquelas boas intenções iniciais do governo Obama ficou pelo caminho diante da realidade do combate ao terrorismo. Enquanto o presidente Bush alegava querer disseminar a democracia pelo mundo e utilizava guerras para impor o regime, Obama se propunha a mostrar as vantagens da democracia através do exemplo e do respeito ao outro.


Questões emblemáticas da mudança de comando no governo, como o fechamento da prisão de Guantánamo e o fim da tortura como método de interrogatório a presos da guerra ao terror, hoje são motivo de discussão nos EUA, pois foi em Guantánamo que um preso revelou, sob tortura de simulação de afogamento, a identidade do mensageiro que fazia a ligação de Bin Laden com seu grupo, dando as informações necessárias para localização e eliminação do inimigo no- 1 dos EUA.


O desrespeito à Convenção de Genebra com relação aos presos políticos na época do presidente George W. Bush tinha a aprovação deste, e a autorização para que técnicas de afogamento fossem usadas nas prisões de Guantánamo e Abu- Grahbi, no Iraque, partiu diretamente do ex-secretário de Defesa Donald Rumsfeld.


Havia dentro do governo o consenso de que a tortura era método rápido e eficiente para tirar informações de terroristas, e essa tese foi defendida com todas as letras pelo vice Dick Cheney mesmo após Obama, já eleito, fazer campanha contra a tortura como método oficial de combate ao terror.


Essas técnicas de tortura foram utilizadas de maneira sistemática e oficial pelo menos até 2004, segundo um relatório do Senado daquela época, que indicava que haviam sido interrompidas quando o atual secretário de Defesa, Roberto Gates, assumiu em lugar de Rumsfeld no segundo mandato de Bush.


Com a divulgação de documentos pelo Wikileaks, sabe-se que o sistema de tortura continuou sendo utilizado em Guantánamo.
A política de assassinato seletivo é usada regularmente por Israel contra seus inimigos, e tem até mesmo uma decisão da Suprema Corte de Israel respaldando-a.


A favor do governo americano há o fato inconteste de que um dos helicópteros usados na operação foi derrubado por seguranças de Bin Laden, o que significa que havia intenção de reagir à ação militar dos EUA.


Não há dúvidas também de que, se fosse preso e levado a julgamento, Bin Laden se transformaria em motivo de tentativas diversas de terroristas para resgatá-lo ou de atentados para protestar contra sua prisão.

Estaria também em condições de continuar pregando sua guerra santa contra o Grande Satã, os Estados Unidos.

O procurador-geral da Justiça - o equivalente ao nosso ministro da Justiça -, Eric Holder, que assumiu no início do governo Obama com a tarefa prioritária de desmontar a máquina jurídica criada no governo Bush para justificar os abusos aos direitos humanos, é o mesmo que ontem, na Comissão de Justiça do Senado dos EUA, definiu Bin Laden como "legítimo alvo militar", e que a operação foi um ato de "autodefesa" dos EUA, justificando o fato de o líder terrorista ter sido morto mesmo estando desarmado com a ilação de que "não há qualquer indicação de que Bin Laden tentou se render".


Obama mantém de maneira geral sua postura de abertura maior para o mundo e sem dúvida quer transformar os EUA em país amado, e não temido.


Mas a operação que acabou na morte de Bin Laden foi típica ação de imposição de força por parte de potência imperial, que não respeita regras nem territórios para atingir suas metas.

Desse ponto de vista, parece mais com o governo Bush do que com a proposta vitoriosa em 2008, mas parece também, aos olhos da vasta maioria dos americanos, mais capaz de defender os interesses do país do que parecia dias antes.


Várias vezes o governo Obama foi comparado ao de Jimmy Carter, que, como ex-presidente, ficou melhor do que quando estava sentado no Oval Office.

Até mesmo o fato de ter ganhado o Nobel da Paz o aproximava de Carter, com uma diferença: Obama ganhou quando comandava duas guerras, em pleno exercício de poder, enquanto Carter levou por sua atuação fora da Presidência.


Mas os dois se diferenciaram fundamentalmente como líderes quando Obama saiu-se vitorioso na promessa de campanha de caçar e matar Bin Laden, livrando-se não apenas da fama de ingênuo e frágil na política externa como da ridícula acusação de que seria muçulmano.


A morte de Bin Laden fará crescer as possibilidades de Obama se reeleger, ao contrário do que aconteceu com Carter, que falhou fragorosamente na tentativa de recapturar os reféns americanos no Irã.


Nenhuma crítica internacional ou mesmo interna abalará a imagem de Obama junto à ampla maioria dos americanos, que deve ficar até mais forte do que a externa, numa inversão de papéis desde sua eleição.

O papel central agora caberá à economia, estúpido, que pode levar de roldão a popularidade de um presidente como fez com George Bush pai, com índices lulistas de popularidade depois da Guerra do Golfo, mas derrotado pela crise econômica.

05/05/2011

Charge

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Enviados de Lula vão ver como funciona instituto de FHC. Para fazer igual

Enviados de Lula vão ver como funciona instituto de FHC.

Para fazer igual



Foram vistos circulando pelo iFHC (Instituto Fernando Henrique Cardoso) os petistas Paulo Okamoto e Paulo Vannuchi, os principais encarregados de criar o Instituto Lula. Foram ver como funciona a instituição para reproduzir a experiência — com o viés petista, naturalmente.

Assim que o clone sair do papel, certamente teremos um instituto “como nunca antes na história destepaiz“. Mal posso esperar o momento em que Lula dirá: “Eu vou ensinar como é que um ex-presidente cria um instituto”.


Se ambos estiveram com o ex-presidente, isso eu não sei. Mas o fato é que foram lá buscar, digamos assim, o software para a criação do Instituto Lula — mais ou menos como Palocci pegou o software de Pedro Malan para tocar a economia. Aliás, eis um problema: FHC não deixou a receita para um mundo com excesso de dólares; os problemas de então eram outros… Sempre que os petistas aprendem com quem sabe, eu os aplaudo! Eu tendo a viaá-los quando têm idéias originais…

Okamoto, só para ligar as pontas dos temas do dia, é sócio de Lula na empresa LILS, que cuida das palestras de Lula Brasil e mundo afora.
04/05/2011

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Perdeu a chance de ficar quieto


Por Klauber Cristofen Pires
Mídia Sem Máscara

Informo ao Sr. Ricardo Setti que a lebre levantada sobre a possível natalidade queniana de Barack Hussein Obama não é obra de nenhum WASP birther, mas de sua própria avó, que em pelo menos duas vezes declarou tê-lo visto nascer com os próprios olhos.

Na noite de quarta-feira, dia 27 de abril de 2011, leio no meu Twitter uma mensagem do colunista da Veja, Ricardo Setti, com link para o seu artigo "Obama acaba com a palhaçada dos que duvidavam dele e divulga certidão de nascimento".

Bom, vejamos as coisas assim: Obama é negro, e durante a sua campanha, os brancos anglo-saxões protestantes da direita americana, que não suportam a idéia de um sujeito com o seu perfil candidatar-se a presidente do seu país, criam o boato de que ele não é cidadão nato, com a finalidade de difamá-lo. Então Obama, ao ler esta bobagem nos jornais, pergunta-se como alguém pode se permitir pagar um mico tão grande em público, e ato contínuo, caminha até o seu escritório, saca de uma pasta a sua certidão original de nascimento e a entrega a um de seus assessores, dizendo: " - vamos acabar logo com esta palhaçada! Esfregue isto na cara dos republicanos; mostre a quem quiser ver".

Foi assim que aconteceu? Claro que não, e a verdade que não quer calar é a de que estamos já no terceiro ano do seu mandato, e até agora ninguém viu este documento. Claro, no mesmo dia deste twiotter, eu também vi no site da Fox News a imagem digitalizada encaminhada pela Casa Branca. A propósito, o meu amigo Luiz Afonso Assumpção, dono do blog Nadando contra a Maré Vermelha, lá demonstra que basta baixar esta imagem em um openoffice ou um Adobe Ilustrator para que ela por si mesma se decomponha em várias camadas, a exibir a prova (não apenas indício) da grotesca fraude. Dá até para você brincar de fazer a sua própria certidão.

Tendo conhecido parte substancial da ficha corrida do Sr. Obama graças a Olavo de Carvalho, um jornalista de verdade, ao ler a twittada, pus-me a ler o texto, inocentemente crente de que se tratava de uma ironia (só podia ser uma ironia, não acham?), mas não é que o homem estava mesmo falando sério? Meio que incrédulo e ainda a esta altura ternamente tocado do sentimento de perdão ("Pai, perdoa-lhe, porque ele não sabe o que diz"), postei o seguinte comentário, tendo recebido do destinatário a honra da réplica, nos termos que vão abaixo:

Klauber Cristofen Pires - 27/04/2011 às 23:03:

Se tudo é tão simples assim, por que ter relutado tanto para apresentá-lo?

Por que foram apresentados tantos outros documentos falsos?

O que apareceu na Fox foi uma versão digitalizada enviada pela Casa Branca.

A mentira obâmica continua.

Resposta de Ricardo Setti:

Falou o especialista, né?

E quem é que apresentou documento falso?

Meu amigo, os Estados Unidos são um estado de Direito, não a casa da mãe joana que é o Brasil.

Se o presidente tivesse feito isso, seria deposto por impeachment e, depois, poderia pegar cadeia.

Bom, Sr. Setti, a não ser por um título de especialidade em Direito Tributário, eu não sou especialista de coisa nenhuma mesmo.

Pra ser sincero, nem diploma de jornalista eu tenho, quer seja no original ou menos ainda, em cópia digitalizada.

No caso em tela, não passo de um cidadão comum, mas dotado de um pouco de juízo, a ponto de ser capaz de ler uma notícia com reservas e de checar a sua veracidade, coisa que o Sr. tem a obrigação de ofício de fazer, e ademais, tendo às mãos recursos e ferramentas mais eficientes do que eu.

Quer dizer mesmo que no país que não é a casa da mãe joana os que esperaram três anos de mandato presidencial do Sr. Obama para ver uma cópia digitalizada da certidão de nascimento do Sr. Obama são palhaços?

Deverei incluir nesta espécie de artistas circences o Sr. Philip Berg, que pertence justamente ao Partido Democrata e que moveu uma ação contra ele justamente com este fim?

Pois, respondendo à sua dúvida, venho lhe informar de alguns - só alguns - dos documentos falsos que o Sr. Obama ou a sua assessoria produziram, bem como das razões pelas quais as suspeitas que pairam sobre este cidadão não são tão levianas quanto o Sr. quer fazer parecer aos seus leitores.

Pra começar, já foi apresentada uma certidão de nascimento ao público antes desta, considerada falsa por um perito forense que a examinoui. Veja por si mesmo:

Saiba mais sobre a falsidade desta certidão no texto abaixoii:

"Meses depois que a certidão resumida de nascimento de Barack Obama apareceu no seu site de campanha, um especialista em peritagem forense publicou um relatório de duzentas páginas com uma quantidade enorme de provas de que o documento era falsoiii. A "grande mídia" fez total silêncio a respeito, ao passo que os sites obamistas da internet, sem examinar no mais mínimo que fosse o conteúdo do relatório, nem muito menos submetê-lo ao julgamento de outros peritos, limitavam-se a martelar e remartelar as duas únicas objeções que lhes ocorriam: o autor não revelava seu verdadeiro nome (assinava-se com o pseudônimo "Ron Polarik") e não mostrava suas credenciais acadêmicas.

Essas pobres alegações, porém, tornaram-se inócuas quando outro profissional da área, com nome à mostra e credenciais sobrantes, Sandra Ramsey Linesiv, confirmou integralmente as conclusões de Polarik."
Olavo de Carvalho, Micagens Infernais, Diário do Comércio, 10 de agosto de 2009.

Agora, Sr. Setti, responda-me por favor, por que o Sr. Obama não decidiu acabar com a "palhaçada" quando Philip Berg o acionou na justiça, e ao contrário, apresentou um pedido de dispensa da ação (motion for dismisal?).

Pergunto-lhe ainda: acaso o nome Stefan Frederick Cook lhe sugere alguma lembrança?

Pois, caso jamais tenha tido conhecimento, este é o nome do major de exército que peitou o Commander-in-chief norte-americano ao declarar que não atenderia à convocação de servir na guerra do Afeganistão enquanto este não mostrasse sua certidão de nascimento.

Não acredita?

Pois confira:

Então responda, por favor: por que, para acabar logo com a "palhaçada", não foi esfregada na cara do "indisciplinado" oficial o tão reclamado documento e por que ele não foi logo em seguida encaminhado à corte marcial?

Por que, informadíssimo periodicista, muito ao contrário, a ordem foi revogada, conquanto a Presidência se pôs a pressionar de forma chantagista uma empresa privada para qual o major trabalhava no sentido de demiti-lo?

Quer outro documento falso?

Leia este trecho do artigo "O Surrealismo no Poder", de Olavo de Carvalho, de 20 de novembro de 2008v:

Nos EUA não há serviço militar obrigatório, mas todo cidadão tem de se inscrever no "Selective Service", à espera de uma possível convocação, entre os 18 e 26 anos.

Obama, nascido em 1961, tinha prazo até 1987. Seu certificado de alistamento parece regular, pois está datado de 30 de julho de 1980. Só há dois detalhes:

(1) A data de impressão do formulário é 2008.

(2) O carimbo postal vem com a sigla USPO, "United States Post Office", mas o nome da repartição foi mudado em 1970 para "United States Postal Service", USPS, e todos os carimbos anteriores foram automaticamente invalidados.

Pergunto ainda ao douto formador de opinião (ou será sabichão palpiteiro?): acaso considera uma dúvida razoável que nem uma única alma que tenha conhecido a Sra. mãe de Barack Obama tenha a visto grávida ou com um filho de colo no Hawaí, terra onde ele alega ter nascidovi, enquanto sobrem consistentes provas materiais de que, na data do nascimento do filho, a sra. Obama estudava e residia em Seattle, Estado de Washington, a duas mil milhas de Honoluluvii?

Talvez seja o direito natural de Sr. Setti optar por acreditar na palavra do Sr. Obama antes do que na dos seus detratores, entre os quais o bilionário espertalhão Donald Trump. Afinal, sua palavra é "de lei"viii, não é? Digo, de madeira de lei...:

Obama afirmou várias vezes que jamais pertencera a um partido socialista. Os documentos do New Party provam que ele mentiu (v. AmericanThinker.com).

Obama disse que não tinha qualquer ligação com a Acorn, ONG responsável pela maior derrama de títulos de eleitor falsos já ocorrida nos EUA. Documentos e vídeos da Acorn provam que ele mentiu (v. NationalReview.com, www.youtube.com/watch?v=8vJcVgJhNaU e www.youtube.com/watch?v=7NmaZIdz6Vo).

Obama disse que não tivera nenhuma conexão política com o terrorista William Ayers. Documentos liberados pela Universidade de Illinois provam que ambos trabalharam juntos em projetos destinados a subsidiar organizações esquerdistas (v. MichelleMalkin.com).

Ele disse que jamais soubera das idéias políticas do pastor Jeremiah Wright, mas como é possível ouvir todas as semanas durante vinte anos as pregações de um pastor que praticamente só fala de política, sem ficar sabendo do que ele pensa a respeito?

Além das mentiras patentes, há os fatos nebulosos e mal explicados.

Como Obama conseguiu viajar para o Paquistão quando a entrada de americanos era proibida no país?

Por que ele jamais contou que é primo de Raila Odinga nem admite divulgar os documentos das atividades que desempenhou em favor desse assassino?

Por que o agitador racista Khalid al-Mansour pagou os estudos de Obama em Harvard?

Como pode Obama afirmar que não foi educado numa família muçulmana, se os documentos mostram que até numa escola católica, na Indonésia, ele se registrou como muçulmano?

Por que, ao saber que alguém abrira um processo no Havaí solicitando a divulgação da sua certidão de nascimento, Obama repentinamente se lembrou de que sua avó estava doente em Honolulu - uma semana depois de ela ter saído do hospital - e, correndo para visitá-la sob a alegação de que talvez fosse sua última oportunidade de encontrá-la com vida, não levou junto a mulher e os filhos mas uma equipe de advogados?

E haja óleo de perobaix:

Ao preencher o formulário para inscrição na Ordem dos Advogados (Bar Association) de Illinois, Obama declarou que nunca tinha usado nenhum outro nome além de Barack Hussein Obama.

É falso.

Há documentos dele com os nomes de Barry Soetoro, Barry Dunham e outros, bem anteriores ao seu ingresso naquela entidade.

Com o apoio de toda a grande mídia, sem exceção, Barack Hussein Obama jurou que eram puras difamações as notícias de que ele tinha recebido educação islâmica. O vídeo reproduzido em  não deixa margem a dúvidas: Obama mentiu novamente.

Seu próprio livro de memórias, que lhe rendeu a fama de escritor, é de autoria duvidosa: exames realizados com métodos computadorizados de investigação autoral concluíram que não foi escrito por Obama, mas sim por William Ayers.

Será mesmo que ele não é muçulmano nem amigo ou aliado de muçulmanos?

Os estudos de Obama em Harvard foram pagos por Khalid al-Mansur, agitador racista que prometeu aos brancos americanos "o maior banho de sangue de toda a História" e é representante nos EUA do príncipe saudita Alwaleed bin Talal, que celebrou o 11 de setembro como castigo divinox.

Nesta Páscoa de 2011, o Sr Obama não deu nem sequer um "feliz Páscoa" ao povo norte-americano, enquanto tenha participado e proferido lindos discursos em todas as festividades....islâmicasxi.

Obama morde a língua: ...my muslim faith.xii

Por fim, informo ao Sr. Ricardo Setti que a lebre levantada sobre a possível natalidade queniana de Barack Hussein Obama não é obra de nenhum WASP birther, mas de sua própria avó, que em pelo menos duas vezes declarou tê-lo visto nascer com os próprios olhos.

Em respeito à paciência dos leitores, vou parar por aqui. Sim, por que este angu tá que é só caroço.

Tudo isto tem estado por anos à disposição dos leitores, publicados tanto na internet, em especial no Mídia sem Máscara quanto em jornais brasileiros de grande circulação, como o Diário do Comércio e o Jornal do Brasil.

A falta de conhecimento de todos estes desabonadores fatos da vida de Barack Hussein Obama pode ser perdoável ao pedreiro ali da construção ao lado, mas não a um ensaísta puto velho a serviço de uma revista consagrada como a Veja. Se eu fosse o proprietário da quarta (salvo engano) maior revista de informação do mundo e lesse uma besteira destas, eu dispararia imediatamente à redação para puxá-lo arrastado pelo chão dos corredores, à vista de todos, até alcançar a porta da frente e de lá arremessá-lo rumo à calçada com um bom pontapé. E tenham a certeza, eu faria isto muito menos pelo seu farisaísmo do que por seu primarismo jornalístico.

Gente como o Sr. Ricardo Setti faz o que faz por um absoluto senso de segurança, originado por décadas de completa liberdade nas quais os esquerdistas e representantes do beautifull people estiveram completamente à vontade para escrever qualquer idiotice ou mentira sem medo de serem contraditados.

Este tempo está acabando.

O Sr. Setti perdeu uma chance daquelas de ficar na dele.
Media Watch - Outros
02 Maio 2011

Bin Laden está morto


e Obama está mais vivo do que nunca para a disputa do ano que vem


Osama Bin Laden está morto, e os EUA têm a posse do seu corpo. É uma boa notícia para o mundo civilizado, sem dúvida, mas, para Barack Obama, é A MELHOR que ele já deu aos americanos desde que é presidente. Aquele que é considerado o chefe da Al Qaeda estava escondido numa mansão nos arredores de Islamabad, no Paquistão. O presidente procurou conferir dimensão histórica ao evento. Fez um pronunciamento à nação no fim da noite de ontem e sentenciou: “A justiça foi feita”.

Obama não economizou: “Por mais de duas décadas, Bin Laden foi um líder, um símbolo (…) Sua mote marca a mais importante conquista da nossa nação até agora na luta para destruir a Al Qaeda. Mas essa morte não marca o fim de nossos esforços”.

Especialistas em Inteligência, inclusive dos EUA, já não consideram Osama Bin Laden fundamental para a continuidade do terrorismo islâmico. A Al Qaeda, como se sabe, é uma rede, uma espécie de franquia do terror. Bin Laden era, de fato, o símbolo, como diz Obama, mas não a cabeça da serpente. E daí? O fato é que ele se colocou como o grande articulador dos atentados terroristas de 11 de Setembro de 2001. Essa morte tem mais importância para o passado recente dos EUA do que para o futuro. Não por acaso, Obama assegurou que os esforços para combater o terror continuam, dentro e fora do país.

Osama já estava bastante debilitado, tendo de se submeter a freqüentes sessões de hemodiálise. É improvável que tivesse um papel executivo na rede terrorista, mas era o sacerdote e a grande referência do jihadismo. Comprovada as suas digitarias nos atentados de 2001, o governo americano prometeu pegá-lo. Por isso se fez a guerra no Afegnistão, local de seu primeiro refúgio — guerra que está aí até hoje. E ele conseguiu escapar ao cerco. Obama presta, assim, satisfação ao povo americano — daí ele ter pronunciado a palavra “justiça” em seu discurso —, e entrega o que George W. Bush não conseguiu: a cabeça de Bin Laden.

E o terrorismo?
O terrorismo se enfraquece com isso? Não necessariamente. Aliás, a prudência ensina que, nesses momentos, quando se elimina um líder, a escala de alerta contra atentados caminha para o vermelho. Alvos americanos, ou ocidentais, em todo o mundo têm de se precaver. É possível que os terroristas tentem dar uma respsota para provar que continuam operando, o que todo mundo sabe,

Voltemos ao ponto. Se é uma boa notícia para o mundo — questão de “justiça” —, para Obama, é estupenda, desde, é claro, que o território americano continue livre de atentados ou que não haja outra ocorrência de grande porte colhendo soldados americanos mundo afora. Essa questão é tão importante que, em seu pronunciamento, o presidente americano fez questão de destacar que americanos não se feririam na operação que matou Bin Laden,

Obama tem agora nas mãos um grande ativo eleitoral. Logo depois do anúncio da morte de Bin Laden, pessoas começaram a se concentrar em frente à Casa Branca. Ironicamente, o presidente de um “novo civilismo”, que viria inaugurar a era de paz pós-Bush, o guerreiro, vai chegando às urnas de 2012 como aquele que eliminou um líder terrorista e que depôs um facínora da Líbia (acho que, até lá, Kadafi caiu, não?).

Bin Laden está morto, e Obama está mais vivo do que nunca para a disputa de 2012.
02/05/2011

domingo, 1 de maio de 2011

Um novo Brasil

Décadas atrás havia uma discussão sobre a "modernização" do Brasil.

Correntes mais dogmáticas da esquerda denunciavam os modernizadores como gente que acreditava ser possível transformar o País saltando a revolução socialista.


POR FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
O ESTADO DE SÃO PAULO 

Com o passar do tempo, quase todos se esqueceram das velhas polêmicas e passaram a se orgulhar das grandes transformações ocorridas.

Até mesmo pertencermos aos Brics, uma marca criada em 1999 pelo banco Goldman Sachs, passou a ser motivo de orgulho dos dirigentes petistas: finalmente somos uma economia emergente!


Na verdade, o Brasil é mais do que uma "economia emergente", é uma "sociedade emergente" ou, para usar o título de um livro que analisa bem o que aconteceu nas últimas décadas, somos um novo país (ver Albert Fishlow, O Novo Brasil, Saint Paul Editora, 2011).

Para entender as dificuldades políticas que foram transpostas para acelerar estas transformações basta ler a primeira parte de um livrinho que tem o instigante título Memórias de um Soldado de Milícias, escrito por Luiz Alfredo Raposo e publicado este ano em São Luís do Maranhão.


Embora os livros comecem a registrar o que é este novo Brasil - e há outros, além do que mencionei -, o senso comum, especialmente entre os militantes ou representantes dos partidos políticos e seus ideólogos, ainda não se deu conta por completo dessas transformações e de suas consequências.


Os fundamentos deste novo País começaram a se constituir a partir das greves operárias do fim da década de 1970 e da campanha das Diretas-Já, que conduziram à Constituição de 1988.

Este foi o marco inicial do novo Brasil: direitos assegurados, desenho de um Estado visando a aumentar o bem-estar do povo, sociedade civil mais organizada e demandante, enfim, liberdade e comprometimento social.

Havia na Constituição, é certo, entraves que prendiam o desenvolvimento econômico a monopólios e ingerências estatais. Sucessivas emendas constitucionais foram aliviando essas amarras, sem enfraquecer a ação estatal, mas abrindo espaço à competição, à regulação e à diversificação do mundo empresarial.


O segundo grande passo para a modernização do País foi dado pela abertura da economia.
Contrariando a percepção acanhada de que a "globalização" mataria nossa indústria e espoliaria nossas riquezas, houve a redução de tarifas e diminuição dos entraves ao fluxo de capitais.

Novamente os "dogmáticos" (lamento dizer, PT e presidente Lula à frente) previram a catástrofe que não ocorreu: "sucateamento" da indústria, desnacionalização da economia, desemprego em massa, e assim por diante.
Passamos pelo teste: o BNDES atuou corretamente para apoiar a modernização de setores-chave da economia, as privatizações não deram ensejo a monopólios privados e mantiveram boa parte do sistema produtivo sob controle nacional, seja pelo setor privado, seja pelo Estado, ou em conjunto. Houve expansão da oferta e democratização do acesso a serviços públicos.


O terceiro passo foi o Plano Real e a vitória sobre a inflação, não sem enormes dificuldades e incompreensões políticas.

Juntamente com a reorganização das finanças públicas, com o saneamento do sistema financeiro e com a adoção de regras para o uso do dinheiro público e o manejo da política econômica, a estabilização permitiu o desenvolvimento de um mercado de capitais dinâmico, bem regulado, e a criação das bases para a expansão do crédito.


Por fim, mas em nada menos importante, deu-se consequente prática às demandas sociais refletidas na Constituição. Foram ativadas as políticas sociais universais (educação, saúde e Previdência) e as focalizadas: a reforma agrária e os mecanismos de transferência direta de renda, entre eles as bolsas, a primeira das quais foi a Bolsa-Escola, substituída pela Bolsa-Família. Ao mesmo tempo, desde 1993 houve significativo aumento real do salário mínimo (de 44% no governo do PSDB e de 48% no de Lula).


Os resultados veem-se agora: aumento de consumo das camadas populares, enriquecimento generalizado, multiplicação de empresas e das oportunidades de investimento, tanto em áreas tradicionais quanto em áreas novas. Inegavelmente, recebemos também um impulso "de fora", com o boom da economia internacional de 2004-2008 e, sobretudo, com a entrada vigorosa da China no mercado de commodities.


Por trás desse novo Brasil está o "espírito de empresa".

A aceitação do risco, da competitividade, do mérito, da avaliação de resultados. O esforço individual e coletivo, a convicção de que sem estudo não se avança e de que é preciso ter regras que regulem a economia e a vida em sociedade.

O respeito à lei, aos contratos, às liberdades individuais e coletivas fazem parte deste novo Brasil. O "espírito de empresa" não se resume ao mercado ou à empresa privada.

Ele abrange vários setores da vida e da sociedade.

Uma empresa estatal, quando o possui, deixa de ser uma "repartição pública", na qual o burocratismo e os privilégios políticos, com clientelismo e corrupção, freiam seu crescimento.

Uma ONG pode possuir esse mesmo espírito, assim como os partidos deveriam possuí-lo.

E não se creia que ele dispense o sentimento de coesão social, de solidariedade: o mundo moderno não aceita o "cada um por si e Deus por ninguém". O mesmo espírito deve reger os programas e ações sociais do governo na busca da melhoria da condição de vida dos cidadãos.


Foi para isso que apontei em meu artigo na revista Interesse Nacional, que tanto debate suscitou, às vezes a partir de leituras equivocadas e mesmo de má-fé.

É inegável que há espaço para as oposições firmarem o pé neste novo Brasil.

Ele está entre os setores populares e médios que escapam do clientelismo estatal, que têm independência para criticar o que há de velho nas bases políticas do governo e em muito de suas práticas, como a ingerência política na escolha dos "campeões da globalização", o privilegiamento de setores econômicos "amigos", a resistência à cooperação com o setor privado nos investimentos de infraestrutura, além da eventual tibieza no controle da inflação, que pode cortar as aspirações de consumo das classes emergentes. Para ocupar esse espaço, entretanto, é preciso que também as oposições se invistam do espírito novo e sejam capazes de representar este novo Brasil, tão distante do pequeno e às vezes mesquinho dia a dia da política congressual.
01/05/11

Tudo como dantes

Partidos, como se sabe, são pessoas jurídicas de direito privado.

Nessa condição, a despeito de custarem aos cofres públicos muitos milhões de reais anualmente entre as cotas do fundo partidário (R$ 301 milhões em 2011) e a renúncia fiscal decorrente da propaganda gratuita no rádio e na televisão, são donos dos próprios narizes.

POR DORA KRAMER
O Estado de S.Paulo

Em tese, tomam suas decisões internas sem a obrigatoriedade de prestar contas à sociedade, adequando os respectivos custos e benefícios às suas conveniências.


Às vezes dá certo, às vezes não. Quando expulsou José Roberto Arruda depois do flagrante do vídeo em que o então governador recebia dinheiro do operador do esquema de corrupção montando no governo do Distrito Federal, o DEM calculou que com isso reduziria seu prejuízo político.

Não adiantou. A situação do partido já era difícil, só fez piorar e o caso, definitivamente batizado como "mensalão do DEM", contribuiu decisivamente para a derrocada.


Pesou mais a opinião que o público formara ao longo dos anos sobre o partido e sua fragilidade política para reagir.

Com o PT, ocorreu o oposto: teve a direção nacional e a imagem devastadas por denúncias de corrupção, mas recuperou-se tão bem que hoje pode dar-se ao desfrute de ignorar possíveis danos na opinião pública, decretar unilateralmente a absolvição da figura símbolo do mensalão e expor o poder de José Dirceu, elegendo presidente um oficial de seu quartel general.


Quando o PT decide que é chegada a hora de reabilitar Delúbio Soares, o ex-tesoureiro que, como disse a senadora Marta Suplicy ao defender sua reintegração, "segurou tudo calado", trata o assunto unicamente sob a perspectiva do partido, cujo interesse é "zerar" as penalidades e fortalecer sua unidade a fim de consolidar sua hegemonia no governo Dilma Rousseff e enfrentar o processo a ser julgado no Supremo Tribunal Federal.


Aos dirigentes parece pouco importar se vai repercutir mal a concessão de tal recompensa ao silêncio do homem que jurou ser o único responsável pelo esquema de arrecadação e distribuição de dinheiro tido como "criminoso" pela Procuradoria-Geral da República.


Ao contrário, pelas declarações feitas, consideram que, quanto mais cedo, melhor. O cenário, de fato, lhes é favorável.


Não há eleições a não ser em 2012, quando só então o Supremo deve começar a examinar o processo do mensalão.

A oposição encontra-se desmobilizada; problemas decorrentes do agravamento da inflação ainda não tomaram a cena de modo a alterar a confiança no governo, que está com popularidade alta e recolhendo novas adesões naquela parcela da sociedade que não gostava de Lula, mas anda gostando muito de Dilma.


Certamente o PT contabilizou perdas e ganhos e concluiu que o momento permite manobras radicais. Ao mesmo tempo recebe Delúbio e põe Rui Falcão na presidência.


Linha de frente da concepção aguerrida de José Dirceu de fazer política, Falcão ficou no "limbo" durante a campanha presidencial de 2010 por suspeita de ter exposto o esquema de montagens de dossiês contra adversários no comitê em Brasília.

Esses dois movimentos, a reabilitação de Delúbio e a eleição de Falcão, reconduzem o PT à rota anterior ao baque do mensalão.

Sinalizam que o partido se sente forte e inimputável perante o eleitorado.

Livre, leve e solto para abandonar a promessa de que, daquele ano de 2005 para frente, tudo seria diferente.


Paz de cemitério. A ordem unida no PSDB é água fria na fervura da crise paulista, a fim de que o clima não fique ainda pior nas semanas que antecedem a convenção nacional do partido, a ser realizada no fim de maio.


Na realidade, o tucanato não tem autoridade moral para pôr publicamente o dedo em cima da ferida e dizer que a crise resulta da afirmação de hegemonia regional por parte do governador Geraldo Alckmin, em detrimento da unidade partidária.


Simplesmente porque cada um dos figurões do partido faz exatamente o mesmo: a política do cada um por si e ninguém por todo

01/05/11