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sábado, 9 de julho de 2011

A quadrilha enriqueceu com obras do PAC


Direto ao Ponto
Até a descoberta da quadrilha comandada por chefões do PR, todas as obras do Ministério dos Transportes eram coisa do PAC

Um trecho de 20 metros da Ferrovia Norte-Sul ficou pronto?

Três buracos de uma rodovia federal foram fechados?

Uma pedra fundamental vai anunciar outra maravilha sem prazo para terminar?

Desde janeiro de 2007, quando foi inventado o Programa de Aceleração do Crescimento, nenhuma dessas miudezas escapou do comício com muito foguetório e outra discurseira de Lula.

“O PAC é, sem dúvida nenhuma, o mais bem-elaborado programa de desenvolvimento que este país já produziu”, gabou-se em maio de 2008 num palanque em Cuiabá.

Na maior constelação de canteiros de obras do universo, ensinou, atrasos não são sinais de incompetência, mas demonstrações de seriedade.

“É importante que as coisas demorem, para serem bem-feitas”, caprichou. “Porque nós estamos cansados neste país de obras mal começadas e paralisadas a vida inteira”.

Mais espantoso ainda, a montagem e a administração do colosso dispensara a criação de um ministério com prédio próprio, ou a contratação de dezenas de executivos, centenas de especialistas, o homem do cafezinho e um porteiro.

Bastara uma Dilma Rousseff.

Foram suficientes o colo, os cuidados, as advertências e os ensinamentos da supergerente de país que tudo sabia, tudo anotava e tudo vigiava, armada de pitos, power points e telões.

As coisas mudaram dramaticamente com a aparição, na interminável procissão de patifarias, do andor com o escândalo de julho.

Assim que se soube do bando criminoso chefiado por Valdemar Costa Neto e composto por vigaristas do PR, todas as obras na área de transportes foram devolvidas ao ministério.

O Planalto não tem nada a dizer sobre obras, licitações e consultorias que sangraram impiedosamente verbas do PAC.

Estradas federais agora são coisa do DNIT.

Quem cuida de ferrovias é uma certa Valec.

O PAC, hoje aos cuidados da madrasta Miriam Belchior, não tem nada a ver com obras do PAC que viram caso de polícia.


Além da queda do ministro Alfredo Nascimento, o escândalo da vez deve provocar o sepultamento de dois embustes.

O primeiro é o que os jornalistas qualificam gentilmente de “base aliada”. O que existe é uma base alugada (o preço do aluguel do PR, por exemplo, foi a entrega do Ministério dos Transportes a um ajuntamento de larápios).

O segundo é tratar o PAC como algo real. Como se não fosse apenas um amontoado de projetos tocados (ou não) por ministérios e estatais liberados de instrumentos de vigilância e controle.

Admitir tal obviedade, para Dilma Rousseff, é certamente a opção menos perigosa.

Caso insista na pose de Mãe do PAC, será confrontada com duas alternativas.

Se sabia da ladroagem que correu solta no Ministério, é cúmplice de muitos crimes.

Se não sabia de nada, é tão inepta quanto qualquer mãe que não sabe sequer o que o filho faz.


09/07/2011

Dilma perde controle do governo.


Corrupção é generalizada
Mais um senador envolvido


Por O EDITOR

Coturno Noturno

Documentos e imagens obtidos pelo Estado revelam que a Petrobrás e uma empresa do senador e tesoureiro do PMDB, Eunício Oliveira (CE), fraudaram este ano uma licitação de R$ 300 milhões na bacia de Campos, região de exploração do pré-sal no Rio de Janeiro.
A Manchester Serviços Ltda., da qual Eunício é dono, soube com antecedência, de dentro da Petrobrás, da relação de seus concorrentes na disputa por um contrato na área de consultorias e gestão empresarial. De posse dessas informações, procurou empresas para fazer acordo e ganhar o contrato.


Houve reuniões entre concorrentes durante o mês de março, inclusive no dia anterior à abertura das propostas. A reportagem teve acesso ao processo de licitação e a detalhes da manobra por parte da Manchester para sagrar-se vencedora no convite n.º 0903283118.

Às 18h34 de 29 de abril, a Petrobrás divulgou internamente o relatório em que classifica a oferta da Manchester em primeiro lugar na concorrência com preço R$ 64 milhões maior que a proposta de outra empresa.


O contrato, ainda não assinado, será de dois anos, prorrogáveis por mais dois. Sete empresas convidadas pela Petrobrás participaram da disputa, a maioria sem estrutura para a empreitada.

Os convites e o processo de licitação são eletrônicos e as empresas não deveriam saber com quem estavam disputando.


Veja também:
Concorrência é em área de apadrinhado de Dirceu
Estatal diz que não sabe de acerto; Eunício silencia
'A Seebla não procura nenhum concorrente'
9 de julho de 2011


Federação dos Aposentados e Pensionistas de MS

Banco da Seguridade Social

Alcides dos Santos Ribeiro

Presidente da Fed. Dos Aposentados e Pensionistas do MS
(67) 9983-8267

Ainda sobre o Banco da Seguridade Social, é importante esclarecer que não pensamos num banco como o Bradesco, Itaú ou mesmo Banco do Brasil, mas como o BNDES, que não tem agências e sim somente uma equipe de administradores que atendem aos princípios dos artigos 194/195 e 250 da Constituição Federal.

Outro fator que gostaria de ver debatido é a questão da Capitalização.

Ora, se hoje o INSS já calcula o valor das aposentadorias com base nas contribuições efetuadas, isso já é uma capitalização. No caso da repartição, não haveria a necessidade de se calcular as contribuições feitas e todos seriam aposentados pelo mesmo valor. Assim, já estamos no sistema de Capitalização.

Precisamos urgentemente unificar todos os sistemas públicos de aposentadorias. Não podemos conviver com os privilégios existentes nos sistemas dos funcionários públicos, nas três esferas de governos e dos militares.

Os Trabalhadores do RGPS aposentam-se com 90% da média das últimas 80 contribuições.

Com essa metodologia nunca teremos trabalhadores ganhando o teto previdenciário.

Já no serviço público aposentam-se com promoções que nunca fizeram parte das contribuições individuais. O mesmo acontece no regime militar. Sendo assim as aposentadorias chegam a ser maior do que os últimos salários recebidos.

Como prova da necessidade de se unificar todos os regimes de aposentadorias do país, é que a origem do dinheiro é uma só:

“QUEM PAGA A CONTA É SEMPRE A SOCIEDADE”.

O Governo nunca põe nada. Só administra.

E por falar em administração, essa foi a nossa maior preocupação, quando pensamos na criação do Banco, com administração quadripartite, para gerir os recursos do “ORÇAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL”.

Na tabela que foi anexa ao email anterior, ficou claro que o Orçamento da Seguridade Social, como um todo, é altamente superavitário e seu superávit vem sendo desviado, ora via DRU, ora via fechamento do ano fiscal.

Esse orçamento passando a ser administrado por um banco, deixará de sofrer a interferência dos políticos que, por estarem somente por 4 anos no poder, não se sentem compromissados, com quem está obrigado a contribuir por 35 anos, para ter direito a uma aposentadoria.

No passado e também no presente, os governantes utilizaram toda a sobra orçamentária do Orçamento da Seguridade Social, na compra de Estatais e construções de infra-estrutura que hoje encontram-se privatizadas, mas o dinheiro não retornou ao Orçamento da Seguridade Social.

Já com o Banco que ora estamos propondo, os governantes teriam que solicitar empréstimos ao Banco e os valores sacados retornariam corrigidos monetariamente. É o dinheiro do trabalhador gerando novos empregos e voltando aos cofres para garantir novos investimentos e também as aposentadorias do futuro.



A Seguridade Social do Brasil compreende, todos os gastos para com a Saúde, a Assistência Social e a Previdência Social. Os Constituintes de 1988, ao formatarem a nova Constituição, tomaram todos os cuidados necessários para que não faltassem recursos, para estas três importantes áreas da ação social.

Assim foi criado o “Orçamento da Seguridade Social”, que está totalmente descrito no Capítulo da Seguridade Social. Uma das grandes vantagens é que este orçamento tem diversas fontes de custeio. Esta pluralidade de fontes dá ao povo brasileiro, uma segurança enorme, pois se faltar recursos em uma das fontes, com certeza, outra cobrirá.

É claro que foram criadas novas Leis que regulamentaram estes artigos a exemplo das Leis 8.212, 8213, 8080, 8142… entre outras.

Em virtude de termos este Orçamento da Seguridade Social, vem sendo possível, fazer o acompanhamento das despesas e também das arrecadações. Também podemos afirmar que desde a sua criação o Orçamento da Seguridade Social sempre foi superavitário. Assim, em momento algum foi necessário que o governo fizesse algum aporte financeiro para este orçamento.

Nós da FAPEMS, Federação das Associações dos Aposentados e Pensionistas do Mato Grosso do Sul, temos plena consciência do que aqui estamos afirmando, eis que baseamo-nos nas publicações da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip).

Estes números podem ser confirmados no site www.anfip.org.br.

Na planilha abaixo podemos notar que o Superávit acumulado desde o ano de 2001 até 2009 foi de R$422.422.000.000,00 (quatrocentos e vinte e dois bilhões quatrocentos e vinte e dois milhões de reais).

Todo esse dinheiro foi desviado dos cofres da Seguridade Social, uma grande parte por intermédio da DRU (Desvinculação da Receita da União) e outra parte, ao final de cada exercício, quando o saldo orçamentário de todos os ministérios é levado para compor o Superávit primário e daí foram utilizados para outros fins. Cabe lembrar aqui que, o montante arrecadado de acordo com os artigos 194 e 195 da Constituição Federal, fazem parte do Orçamento da Seguridade Social e, não podem ser utilizados em outras ações.
Devem ser capitalizados, pois é este orçamento que garante o pagamento das aposentadorias futuras.

É com base no artigo 194 inciso VII e artigo 250 que estamos propondo a criação do Banco da Seguridade Social, em substituição ao fundo mencionado no artigo 250.

Até a presente data, todos os superávits apresentados foram consumidos pela máquina do poder executivo, sem nenhuma prestação de contas aos trabalhadores da ativa e aos aposentados, legítimos destinatários destes recursos.

Com a criação deste banco, estaríamos fazendo justiça para com o trabalhador brasileiro, pois os recursos para sua aposentadoria seriam administrados de forma quadripartite (art. 194) e seriam utilizados para financiarem projetos, visando a criação de novos empregos e também para auferir novas rendas que seriam incorporadas ao patrimônio dos trabalhadores e aposentados. Desta maneira ficaria garantido o pagamento aos futuros aposentados e pensionistas.

Reforma Tributária e DRU

Além disso precisamos urgentemente retirar a incidência da DRU sobre o Orçamento da Seguridade Social e afastar a ameaça que representa a proposta da Reforma Tributária, apresentada pelo Governo.

Esta Reforma Tributária proposta pelo governo atual, não retirará nenhum encargo dos empresários, mas transferirá todos os valores arrecadados pelo orçamento da Seguridade Social, para os cofres do Governo Central.

Desta maneira, se aprovada como está, acaba com a pluralidade das fontes de custeio para a saúde, para a assistência social e para a previdência social.

Estas três áreas passarão a depender do orçamento da união e a disputar verbas com os outros ministérios. Em outras palavras, tudo o que temos garantido hoje, deverá ser conseguido através de articulações e disputas políticas dentro do Congresso Nacional, onde quem pode mais, chora menos.

Isto é, um desrespeito a de tudo aquilo que foi conquistado pelos constituintes de 1988.

Vamos repensar a nossa Seguridade Social, mas não para mudá-la como quer o nosso governo e sim para implementar o que diz nossa Constituição em seus artigos 194 inciso VII e artigo 250.

Considerando o que foi exposto acima, venho humildemente, como presidente da Fapems, solicitar do amigo leitor que defenda o nosso pleito, junto às autoridades constituídas e, divulgando ao máximo estas informações.

Na tabela do anexo, você verá o porquê de estarmos lutando para a regulamentação do artigo 250 da Constituição Federal e a criação do Banco da Seguridade Social.
O Superávit da previdência

Clique na imagem para ampliar

Vejam nesta tabela o montante de R$.422.422.000.000,00 (Quatrocentos e vinte e dois bilhões, quatrocentos e vinte e dois milhões de reais), foi o superávit apurado durante o período de 2000 à 2009, no ‘ORÇAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL” e que foi retirado, uma parte pela DRU e a outra ao final do cada exercício, para compor o superávit primário.

Agindo desta maneira, os governos que passaram pelo Brasil desde 1964, desprezaram o princípio da capitalização, para formação de caixa para os pagamentos das aposentadorias dos contribuintes do Regime Geral.

Nós, os aposentados de hoje, queremos garantir o pagamento das aposentadorias de nossos filhos e netos e de todos os atuais trabalhadores da ativa.
 

É para isso que queremos a implantação já, do Banco da Seguridade Social.

A idéia da criação do Banco da Seguridade Social, como forma de garantir nossas aposentadorias, a saúde e a assistência Social, conforme está prevista na nossa Constituição, surgiu nos seminários que a COBAP promoveu, juntamente com as Federações, durante o ano de 2010.

A partir daí estamos efetuando uma conscientização dos políticos envolvidos, bem como de toda a Sociedade, para defenderem esta idéia, pois o governo não tem interesse na criação do Banco, haja vista que, hoje ele pega o dinheiro de graça e após a criação do banco, certamente terá que pagar juros aos trabalhadores brasileiros.

Coloco-me a disposição para eventuais esclarecimentos e sem mais,

Contamos com seu apoio. Divulguem ao máximo.

Alcides dos Santos Ribeiro
Presidente da Fed. Dos Aposentados e Pensionistas do MS
(67) 9983-8267 
 
 

A desmoralização da ''farsa'' de Lula




Entre os muitos planos anunciados pelo presidente Lula para quando desencarnasse do governo - o que, a depender dele, não acontecerá enquanto a sua apadrinhada Dilma Rousseff ocupar a cadeira que lhe pertenceu - estava o de desmontar a "farsa" do mensalão.

Em 2005, quando o escândalo irrompeu, com a denúncia do então deputado petebista Roberto Jefferson de que o PT montara um esquema para comprar deputados a fim de que votassem como o Planalto queria, primeiro Lula calou-se.

Depois, temendo o estrago que o escândalo poderia acarretar para a sua reeleição no ano seguinte, declarou-se traído, sem dizer por quem, e exortou o seu partido a pedir desculpas aos brasileiros "por práticas inaceitáveis, das quais nunca tive conhecimento".

A fase de contrição durou pouco. Logo inventou a "explicação" de que o partido apenas fizera o que era comum na política nacional - manter um caixa 2 -, quando o problema de fundo era o repasse desses recursos clandestinos para corromper o Congresso. Com a agravante de que parte da bolada vinha de empresas estatais, numa operação conduzida com maestria pelo afinal famoso publicitário mineiro Marcos Valério Fernandes de Souza.

Na versão inventada por Lula, no entanto, as malfeitorias foram infladas, quando não fabricadas pela oposição, em conluio com a "mídia golpista", para derrubá-lo da Presidência.

E a esse conto da carochinha ele continuou recorrendo mesmo depois que, em pleno ano eleitoral de 2006, o então procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, nomeado por ele, produziu um dos mais devastadores e fundamentados libelos já levados ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Nele, pediu a abertura de processo contra 40 suspeitos de envolvimento com a "sofisticada organização criminosa" liderada pelo então ministro da Casa Civil, José Dirceu - o "chefe da quadrilha".


Lula tampouco mordeu a língua quando, no ano seguinte, o STF acolheu a denúncia contra os citados, e o ministro Joaquim Barbosa, também levado à Corte por ele, começou a tocar a ação da qual foi designado relator, com empenho e independência.

Agora, a "farsa" de Lula tornou a ser exposta em sua inteireza.


O procurador-geral Roberto Gurgel, que sucedera a Antonio Fernando e acabou de ser mantido para um segundo mandato pela presidente Dilma Rousseff, pediu anteontem ao Supremo que condene à prisão 36 dos 40 denunciados por crimes que incluem formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, peculato, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

São 36 porque, no decorrer do processo, um dos indiciados (José Janene, ex-tesoureiro do PP) faleceu e outro (Sílvio Pereira, ex-secretário geral do PT, um dos líderes do esquema) se livrou do processo em troca do cumprimento de pena alternativa.

Além disso, por falta de provas, Gurgel pediu a absolvição de um certo Antonio Lamas - irmão do réu Jacinto Lamas, ex-tesoureiro do antigo PL - e do ex-ministro da Comunicação Social Luiz Gushiken.

A denúncia contra ele, por coautoria em desvios atribuídos à diretoria de marketing do Banco do Brasil, havia sido acolhida por um voto de diferença apenas.

Para o procurador-geral não há nem sequer indícios de sua participação nas apontadas falcatruas.



Se essa é uma boa notícia para o então presidente que instalara o velho companheiro no Planalto, o resto da peça de Gurgel é só tristeza.

Ele subscreveu o trabalho do antecessor em termos irrefutáveis.

O comprovado plano criminoso para a compra de votos no Congresso representa, segundo ele, a "mais grave agressão aos valores democráticos que se possa conceber".

E tudo, deliberadamente, para "fortalecer um projeto de poder do PT de longo prazo".


É de calar a boca até de um boquirroto como Lula.

O problema é o que se anunciava já desde a abertura do processo, há quatro anos.

Trata-se de julgar o processo antes que ocorra a prescrição de crimes como o de formação de quadrilha, de que é acusada a antiga cúpula petista, além do ex-ministro Dirceu, seu parceiro Marcos Valério e o notório deputado Valdemar Costa Neto, do PR, de volta à cena esta semana no escândalo do Ministério dos Transportes.


09 de julho de 2011

Charge

gurgel e zé dirceu
www.sponholz.arq.br

Transação milionária


Empresa de Blairo Maggi é abastecida com dinheiro público
 
Jailton de Carvalho
enviado especial oglobo

MANAUS - O Conselho Nacional do Fundo da Marinha Mercante, vinculado ao Ministério dos Transportes, aprovou em maio deste ano um financiamento de R$ 113,5 milhões para a Hermasa Navegação da Amazônia, empresa do grupo controlado pelo senador Blairo Maggi (PR-MT) - que foi sondado pela presidente Dilma Rousseff para assumir o cargo de ministro dos Transportes .

O diretor do departamento que administra os recursos do fundo é Amaury Ferreira Pires Neto, indicado para o importante cargo pelo deputado Valdemar Costa Neto, secretário-geral do PR, partido do senador.

Segundo o líder do PR na Câmara, Lincoln Portela (MG), a generosa e milionária transação entre aliados do senador com o fundo teria sido um dos motivos que inviabilizaram a nomeação dele para o comando do ministério em substituição ao colega Alfredo Nascimento.
Nascimento deixou o cargo na quarta-feira, depois das denúncias de corrupção no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

Nesta sexta-feira, quando começaram a circular as primeiras informações sobre o generoso financiamento do Fundo da Marinha para a Hermasa, Blairo anunciou que não aceitaria o convite para comandar o Ministério dos Transportes.
Os vínculos entre aliados do senador e o negócio não se limitam a Valdemar e Amaury Ferreira.

Um dos ex-diretores da Hermasa é Luiz Antonio Pagot, diretor afastado do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

Antes de ser indicado por Maggi para comandar o Dnit, Pagot trabalhou por três anos na Hermasa.
Leia mais.

 08/07/2011

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Síndrome da saúva


A aprovação do Regime Diferenciado de Contratações para as obras da Copa e da Olimpíada sem resistência nem debate no Senado e a manutenção da cota do PR no Ministério dos Transportes, depois da comprovação de que as indicações do partido foram todas deletérias, dizem quase tudo a respeito da promiscuidade nas relações entre Executivo e Legislativo.

Por Dora Kramer

O Estado de S.Paulo

Mostram como se opera o milagre da transformação da contestação em concordância sobre uma medida provisória rechaçada de início até pelo presidente do Senado, sem que seja necessário fazer alterações no conteúdo antes criticado.

Mostram também como um partido que indica gestores com o objetivo comprovado de se locupletar consegue não só preservar sua capitania na administração pública, como ganha a prerrogativa de comandar a substituição dos demitidos sob forte suspeita de corrupção ao ponto de condicionar a decisão da presidente da República às suas vontades.

Consolidou-se nas últimas décadas, desde a redemocratização, e aprofundou-se nos últimos anos a tese de que no modelo governo de coalizão brasileiro não há outro jeito a não ser seguir a norma segundo a qual o Executivo é comprador, fornecedor e distribuidor e o Legislativo entra na história no papel de mercadoria.


Dissemina-se também a convicção de que a vida é mesmo assim: sempre foi e sempre será.

Não é verdade.

O cientista político José Álvaro Moisés está lançando o livro O Papel do Congresso Nacional no Presidencialismo de Coalizão e a respeito do tema deu uma entrevista ao caderno Aliás, na edição do último domingo do Estado, dizendo que pode sim ser diferente.

"Se o mandatário tiver habilidade e capacidade de negociar, cria uma base homogênea para acompanhá-lo, com base em um programa de governo claramente anunciado. Admite a coabitação, mas determina qual programa a ser seguido", argumenta.

É uma operação de difícil execução, mas não impossível. Como aponta Moisés citando o professor da UnB Lúcio Rennó, "depende da virtude do presidente".

Desde José Sarney, o fisiologismo grassou em diferentes níveis. O primeiro governo civil depois do período militar foi refém do poderio do PMDB no Congresso, que lançou as bases da dinâmica "é dando que se recebe".

Fernando Henrique Cardoso impôs um programa.

Cedeu bastante, notadamente em função do plano de criar o instituto da reeleição, mas não cedeu completamente: conseguiu viabilizar reformas, acabou com o cabide das "teles" e profissionalizou a Petrobrás.

Não do dia para a noite nem de forma conclusiva. Mas iniciou um processo que o sucessor, Luiz Inácio da Silva, interrompeu ao optar pelo caminho aparentemente mais fácil: a cooptação pura e simples, partindo do princípio de que se os "picaretas" estavam à venda bastava comprá-los.

Foi bem-sucedido em termos imediatos, mas ajudou a construir a armadilha da qual Dilma Rousseff é prisioneira e que só tende a desqualificar, a tirar a legitimidade da democracia representativa.

A fim de que o fisiologismo não acabe por arrasar a democracia no Brasil, urge que se dê um jeito no fisiologismo.

Mário de Andrade, em Macunaíma, usou a saúva - "Ou o Brasil acaba com a saúva ou a saúva acaba com o Brasil" - para ironizar politicagens em geral.

Acabar com elas não parece factível, mas entre o 8 ideal e o 80 dos tempos atuais há um meio termo, um modus operandi mais decente e que não desmoralize as instituições.

Complicado?

Claro, mas o combate à inflação também pareceu impossível por duas décadas e, no entanto, se fez. Juntando-se fatores como compreensão do problema, capacidade de decisão, competência na operação, habilidade de convencimento, eficácia na comunicação, honestidade de propósitos e, sobretudo, vontade de fazer.

Transposição

Engendra-se no Planalto a retirada de todas as obras do PAC do Ministério dos Transportes e a transferência para a jurisdição de Miriam Belchior, no Planejamento.

Com isso, a pasta ficaria praticamente reduzida ao acompanhamento de obras de manutenção de estradas.


08 de julho de 2011

Eu e Dirceu somos irmãos siameses

Eu e Dirceu somos irmãos siameses, o que der para ele no julgamento do mensalão, dá para mim', diz Roberto Jefferson

Por Juliana Castro
O GLOBO

RIO - Pivô do maior escândalo do governo Lula, o deputado cassado Roberto Jefferson está entre os 36 réus do processo do mensalão, cuja condenação foi pedida na quinta-feira em parecer do procurador-geral da República, Roberto Gurgel.

O único nome para o qual Gurgel pede absolvição é o do ex-ministro Luiz Gushiken .

Ao GLOBO, Roberto Jefferson disse que ainda há muita gente inocente na lista de réus, que não está preparado para qualquer decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) e que sua pena estará diretamente ligada à punição aplicada ao ex-ministro José Dirceu.
GERSON CAMAROTTI:
PT fica abalado com parecer final da PGR

O GLOBO: O senhor já leu o parecer da Procuradoria-Geral da República?

Roberto Jefferson: Não li. Tudo o que eu sei são sobre as especulações que saíram na imprensa. Tentei entrar no site da PGR, mas não tem nada lá. O parecer não está nem nos autos do processo ainda.
Admito o delito de caixa dois, mas não fiz mensalão. Não aluguei minha bancada

O GLOBO: O que o senhor achou da decisão da procuradoria de pedir a absolvição do ex-ministro Luiz Gushiken?
Jefferson: Eu penso que está correta. Nunca ouvi dizer que ele tivesse envolvido no mensalão. Tem muita gente inocente ali (na lista de réus do processo).

O GLOBO: E quem são esses inocentes?


Jefferson: Eu não vou citar nomes. Quem vai decidir isso é o plenário do STF. Eu não sou juiz, sou réu. Mas tem gente inocente ali e também gente culpada. Tem mais gente culpada que inocentes.

O GLOBO: Como está a preparação da sua defesa?

Jefferson: Estou esperando o parecer. Mas minha linha de defesa é muito clara. Admito o delito de caixa dois, mas não fiz mensalão. Não aluguei minha bancada. Fiz caixa dois de campanha, mas mensalão eu não deixei entrar no meu partido. Não permiti que esse dinheiro contaminasse minha bancada. Eu mantenho tudo o que eu disse.

O GLOBO: O que espera da decisão do STF?


Jefferson: Eu creio numa decisão justa. Meu advogado já disse: "você e Dirceu são irmãos siameses. O que der para o Dirceu dá para você". Então, é isso: o que der para ele, dá para mim.

Se eles me condenarem por crime eleitoral, eu não tenho o que discutir. Mas não aceito essa denúncia de corrupção e lavagem de dinheiro

O GLOBO: O que seria uma decisão justa?


Jefferson: Se eles me condenarem por crime eleitoral, eu não tenho o que discutir. Mas não aceito essa denúncia de corrupção e lavagem de dinheiro. Se for culpado por essa denúncia, eu me rebelo. Não fiz isso. Não podem me empurrar nesse mesmo bolo.

O GLOBO: O senhor está preparado para qualquer decisão que saia do julgamento no STF?

Jefferson: Não estou, não. Essa denúncia de corrupção e lavagem de dinheiro, eu não aceito. Contra mim essa denuncia é injusta. Não pratiquei o que eles estão descrevendo contra mim na denúncia. (Se for culpado por ela) Vou me rebelar porque é incorreto e injusto.

O GLOBO: O ex-presidente Lula prometeu comprovar que o mensalão foi uma farsa. Quais são as chances de ele conseguir manter essa palavra?

Jefferson: Ele vai ter que discutir com a PGR. Não é mais um fato político e sim processual. Lula é um animal político, mas não é advogado ou procurador. Será a palavra dele contra a da procuradoria.
LEIA MAIS: Advogado de Dirceu considera parecer de Gurgel sobre mensalão 'peça de ficção'

INFOGRÁFICO: Relembre o escândalo do mensalão



08/07/2011

Procurador pede ao STF que condene 36 réus do mensalão

Para Roberto Gurgel, ficou clara existência de um esquema de corrupção no Congresso.

Foi recomendada a absolvição de Luiz Gushiken e Antônio Lamas

O empresário Marcos Valério, operador do mensalão, em frente ao Congresso Nacional (Alan Marques/Folha Imagem)

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pediu nesta quinta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) a condenação de 36 réus envolvidos no esquema do mensalão.

O STF deverá estabelecer um prazo para que os advogados dos réus apresentem suas defesas finais.

O encaminhamento da votação ainda depende de um pedido para que o processo seja incluído na pauta de julgamentos do Supremo, ação que caberá ao ministro Joaquim Barbosa, relator do processo.

Gurgel recomendou a absolvição apenas do ex-ministro da Comunicação Social Luiz Gushiken e de Antônio Lamas, ex-assessor do deputado Valdemar Costa Neto (PR).

Todos os outros réus devem ser considerados culpados, de acordo com o relatório do procurador-geral, para quem ficou clara a existência de um esquema de corrupção.

O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, o ex-presidente do PT José Genoíno e o publicitário Marcos Valério fazem parte da lista dos réus.

Mensalão

O escândalo do mensalão foi a maior crise política do governo Lula (2003-2010).

Em 2005, descobriu-se que o PT havia montado um gigantesco esquema de compra de votos de deputados na Câmara Federal, para aprovar projetos do governo.

Cada deputado custava cerca de 30.000 reais por mês. A fatura era paga com dinheiro público, desviado por um esquema criado por Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT, e por Marcos Valério.

Pressão

Além de encontrar infindáveis maneiras de adiar o julgamento do processo, a defesa dos envolvidos na quadrilha tem artimanhas para reconstruir a imagem dos acusados – e tentar coagir o Supremo.

Os mensaleiros foram, ao longo dos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, gradualmente reabilitados.

Em abril, Genoíno foi nomeado assessor especial do Ministério da Defesa.

A ideia é mostrar que o ex-deputado ocupa um cargo relevante, subordinado diretamente a Nelson Jobim, ex-ministro do STF.

A mensagem subliminar é que um ex-magistrado não ousaria nomear um criminoso para um cargo de tanta confiança.

João Paulo Cunha, que presidia a Câmara no período do escândalo, facilitava contratos a financiadores do esquema e usava o dinheiro da propina, assumiu agora a Comissão de Constituição e Justiça da Casa.


Já Dirceu, que se dedicou aos negócios fazendo meteórica carreira como despachante de empresas nacionais e estrangeiras com interesses em decisões de órgãos estatais, voltou com força total ao jogo político na eleição que levou Dilma Rousseff à Presidência, já esteve diversas vezes no Palácio do Planalto neste ano e não perde um holofote.

No velório do ex-vice-presidente José Alencar, ficou a poucos metros dos ministros do STF Gilmar Mendes e Ellen Gracie, que vão julgá-lo no processo do mensalão.

Dirceu chegou a ser cotado para o cargo de ministro do governo Dilma.

As nomeações de mensaleiros para postos estratégicos têm o único objetivo de conferir a eles algo que a investigação oficial lhes tirou: respeitabilidade.
É uma maneira de tentar conseguir a absolvição perante os cidadãos, para, depois, contar com a tradição do Supremo Tribunal Federal de não condenar políticos.



quinta-feira, 7 de julho de 2011

Perguntar não ofende...


Roberto Freitas
Brasília - DF

De onde está saindo o dinheiro para a defesa do terrorista italiano, para pagar hotel 5 estrelas, passagens aéreas, aluguel do meliante em São Paulo, alimentação, etc... etc...?


Quem está pagando aos advogados, inclusive o intragável bigodudo Greenhalgh, que não cobra nada barato e se locupletou todo esse tempo defendendo petistas enrolados com a Justiça?


Quem ?


Esse dinheiro está saindo de algum lugar para dar boa vida a um criminoso estrangeiro aqui no país. Gostaria de ver a imprensa investigativa apurando esse fato: de onde sai essa dinheirama toda?

Do PT, do saldo dos mensaleiros?

Do governo?

Do Ministério da Justiça?

Dos impostos dos contribuintes?

Ficam aí as indagações!

Dilma inaugura teleférico do Complexo do Alemão


Sem a intenção de julgar precocemente o governo que está 'instalado' desde o antecessor (Lulismo), não consigo perceber a 'lógica' que move as ações no mínimo extravagantes do mesmo.

Então vejamos: apenas 6 meses de governo atual e a demissão por 'justa causa' de 3 ministros em postos importantíssimos!

Será que o legado é a permanência a qualquer custo no poder?

Não consigo encontrar o 'algorítimo' para o entendimento do cenário atual e antecessor a não ser apelando para equações equivocadas ou falsas.

Quem sempre alardeou inclusive como 'arautos da honestidade e lisura com o trato da coisa pública e dos interesses da Nação', estão, agora, demonstrando exatamente o que na verdade são?

Será que uma mísera 'bolsa' compra a verdadeira face apocalíptica dos 'cavaleiros' confortavelmente instalados no poder?

Nunca poderemos, como brasileiros, nos honrar de sermos filhos de uma Pátria como nos inspira o nosso 'hino nacional'?

Continuaremos a ser filhos da 'outra'?

Quando essa desordem 'quântica' será finalmente controlada?

Quando o 'poder' deixará pelo menos de ser hipócrita e sórdido nos seus atos legais?

Enfim, companheiros de luta, creio que resta-nos somente apelarmos que sobreviva os sentimentos patrióticos do que ainda não estiolou e morreu da nossa querida Pátria mãe gentil!

Saudações fraternais.



07/07/2011 - 18h06

Ministro a serviço de um partido


Vídeo obtido por ISTOÉ mostra como o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, e o principal dirigente do PR, o deputado Valdemar Costa Neto, engrossam a bancada da sigla no Congresso trocando filiações por milionárias obras públicas

Por Lúcio Vaz e
Sérgio Pardellas

Vídeo obtido por ISTOÉ:


Vídeo obtido por Istoé mostra como o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, usa dinheiro público para atrair deputados ao PR


ACERTO
Negociação entre Nascimento e Davi foi fechada no gabinete do ministro, com a presença de Valdemar Costa Neto, que não aparece no vídeo

Diálogo no gabinete do ministro

Na tarde de 24 de junho de 2009, o ministro Alfredo Nascimento recebeu em seu gabinete o deputado Davi Alves da Silva Júnior, então no PDT, para negociar a liberação de obras na rodovia BR- 010. Embora não tenha sido focalizado pelo cinegrafista, o deputado Valdemar Costa Neto também estava no gabinete e participou de toda a conversa.

O diálogo, no gabinete do ministro, mostra Nascimento discutindo a liberação de obras com o deputado Davi Júnior. No primeiro trecho da conversa, o deputado Valdemar Costa Neto conduz a negociação e admite ter feito um acordo prévio com o ministro para a assinatura do projeto.

Durante a conversa, Nascimento deixa claro que Davi poderá obter mais recursos do ministério quando deixar o PDT e migrar para o PR.

Ministro Alfredo Nascimento – Já vou logo copiar aqui o pedido dele... Davi Alves da Silva Júnior, BR- 010, construção da travessia urbana...

Deputado Valdemar Costa Neto – ... de Imperatriz.

Deputado Davi Alves da Silva Júnior – Imperatriz, acesso a Davinópolis.
Costa Neto – Já começou o projeto, não é, Davi?

Davi Júnior – Já.
Costa Neto – Já estão contratando, já está na fase final, viu, Alfredo?... Por isso que ele (deputado Davi Júnior) veio aqui te agradecer.

Nascimento – Ah!... É aquele negócio que tu me pediste?
Costa Neto– É, é...

Nascimento – Pra ele? (referindo-se ao deputado Davi Alves)
Costa Neto – É...

Nascimento – Rapaz, tu não tá nem no partido e já tá conseguindo arrancar as coisas daqui, imagina quando estiver no partido! (diz, dirigindo-se ao deputado Davi) (risos).

Na sequência da conversa, o ministro faz uma rápida leitura no texto que libera R$ 1,5 milhão para a obra e demonstra assinar de qualquer jeito o documento indicado por Costa Neto, sem saber do que se trata, nem mesmo em que lugar do Maranhão o projeto será implantado. Quem dispõe de todas as informações é Costa Neto.

Nascimento – ... (lendo o documento) informo que está sendo liberado nesta data limite adicional para movimentação do empenho, no valor de um milhão e meio de reais...
Costa Neto – Um milhão e meio, você que liberou.

Nascimento – (ainda lendo o documento) ... Ação... estudo de viabilidade e projeto de infra-estrutura de transporte, travessia urbana, na divisa das cidades de Divinópolis e Imperatriz.
Davi Júnior – Davinópolis (corrigindo o nome da cidade maranhanse).

Nascimento – São duas cidades?
Costa Neto – É Davinópolis... “da”...
Davi Júnior – Não, Davinópolis é a entrada, né?... seria a entrada.

Nascimento – São duas cidades?
Davi Júnior – São duas cidades, isso.
Costa Neto – Mas são ligadas?... Não?... não?...é só acesso.
Davi Júnior – É só acesso, é BR e o acesso... tem aquele bairro, que é o conjunto Vitória, onde... acontece mais acidente é ali.

Nascimento – Porque o acesso a gente só pode fazer até cinco quilômetros...
Costa Neto – ... Mas estão fazendo o projeto já... Só pega a parte da BR, não vai entrar na cidade... Isso que você liberou.
No final da conversa, mais uma vez o ministro mostra que não tinha conhecimento sobre a obra que estava aprovando.

Nascimento – É Davi ou Divinópolis?
Davi Júnior – É Davi... Ah, que botaram Divinópolis aqui (olhando para o documento), é Davi... é Davi mesmo.

Nascimento – Porra, você dono da cidade?
Costa Neto – É Davi, por causa do nome dele, por causa do pai dele, o pai dele que fez a cidade, o pai dele era deputado federal, Alfredo.

Nascimento – ... (observando os documentos) Então Davinópolis e Imperatriz... Mas não são as duas, é só uma.
Costa Neto – É só uma.

Davi Júnior – Isso.

Costa Neto – É que pega só acesso...

Nascimento – É travessia urbana de Imperatriz?

Costa Neto – De Imperatriz.

Em Brasília, as paredes não têm ouvidos, mas há muitas câmeras indiscretas e uma delas gravou uma daquelas conversas armadas para ficar em segredo.

São diálogos mantidos durante uma reunião registrada em áudio e vídeo em pleno gabinete do ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento.

O vídeo obtido por ISTOÉ revela como o ministro e presidente do Partido Republicano (PR) usa o dinheiro público para cooptar deputados para a sigla e comprova a atuação do deputado Valdemar Costa Neto – réu no processo do Mensalão acusado de receber R$ 11 milhões do publicitário Marcos Valério – no Ministério dos Transportes, agindo como uma espécie de ministro de fato.

E com amplo acesso a um cobiçado orçamento de R$ 21,5 bilhões para 2011.

SONHO

A recuperação da BR-010 (acima) já teve um sobrepreço de R$ 106 milhões e está longe de se parecer com a maquete apresentada pelo ministro Nascimento (abaixo)

Participam do encontro o ministro Nascimento, Costa Neto, o deputado Davi Alves da Silva Júnior, na época filiado ao PDT do Maranhão, e um assessor do parlamentar.

A reunião é rápida e as imagens se concentram na mesa da sala de reuniões do gabinete do ministro, onde estão sentados Nascimento e Davi Júnior.

Na conversa, o ministro custa a entender o pedido formulado pelo parlamentar para obras na rodovia BR-010, no Maranhão, até que pergunta a Costa Neto: “Ah! É aquele negócio que tu me pediste?”

Confirmada a transação, o ministro comenta com Davi: “Rapaz, tu não tá nem no partido e já tá conseguindo arrancar as coisas daqui. Imagina quando estiver no partido!”.

Na sequência da declaração nada republicana, Nascimento e Costa Neto soltam uma sonora gargalhada.

E, mais tarde, Davi Júnior vai de fato parar nas fileiras do PR e é agraciado com mais liberações milionárias pelo ministro.

FOCO

Luís Antônio Pagot (acima) foi afastado do DNIT junt o com a cúpula do ministério, mas o senador Álvaro Dias (abaixo) insiste na criação de uma CPI

O encontro aconteceu na tarde de 24 de junho de 2009.

Na conversa, mantida na mesa de reuniões do gabinete do ministro, ficou acertada a liberação para o deputado de R$ 1,5 milhão para o projeto da travessia urbana de Imperatriz, sua base eleitoral. A obra estava orçada em R$ 86 milhões.

Na época, o encontro do deputado com o ministro chegou a ser divulgado, mas nenhuma providência foi tomada e a dupla Nascimento e Costa Neto continuou a agir com o apoio dos cofres do Ministério dos Transportes.

Hoje, a obra na BR-010 é estimada pelo próprio deputado Davi Júnior em R$ 192 milhões.

Obedecendo ao roteiro traçado por Costa Neto e declarado pelo ministro no vídeo, Davi, menos de dois meses depois de sacramentado o negócio, mais precisamente em 19 de agosto daquele ano, apresentou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o pedido de desfiliação do PDT e, em seguida, subscreveu a ficha de ingresso no PR.

Levantamento feito por ISTOÉ mostra que a migração partidária trouxe novos e imediatos benefícios ao deputado, como se a transferência de partido tivesse gerado uma fatura a ser paga. Em setembro daquele ano, Davi Júnior conseguiu a liberação de recursos para outra obra vinculada aos Transportes. Dessa vez, com orçamento de R$ 340 milhões.

As cenas que mergulham Nascimento ainda mais no lamaçal da corrupção dos Transportes deixam claro o uso do dinheiro público para angariar correligionários. Mostram ainda que o deputado mensaleiro atua como uma eminência parda, indicando o que o ministro deve assinar para beneficiar seus aliados.

É Costa Neto quem alicia o parlamentar, tem autorização para despachar de dentro do gabinete do ministro e orienta, quase determina, para onde vai e quando a verba será liberada.

Logo no início do vídeo, Nascimento comenta: “Já vou copiar o pedido. Construção da travessia urbana...”

É interrompido por Costa Neto, que não aparece na imagem (a pedido de ISTOÉ, uma perícia confirmou que a voz ouvida ao fundo é de Costa Neto – leia quadro na pág. 41). “...de Imperatriz”, completa, ansioso.

Ele avisa, num tom bastante íntimo, que a obra já está sendo contratada. “Está na fase final, viu, Alfredo? Por isso ele (o deputado Davi Júnior) veio aqui te agradecer.” O ministro demonstra que tinha conhecimento prévio do pedido feito pelo chefe do partido ao indagar a Costa Neto se ele se referia “àquele negócio” acertado antes.

Diante da confirmação, Nascimento vira-se de volta para o visitante e faz o comentário no qual lembra que o parlamentar vai ser ainda mais bem atendido depois de entrar no partido. No encerramento da conversa informal, diz que Davi Júnior vai receber um comunicado do ministério sobre a liberação.


PRODÍGIO

Reportagem de ISTOÉ aponta, em 2009, o enriquecimento de Gustavo, filho de Nascimento.
O rapaz é investigado pelo MP do Amazonas

Os interesses de Valdemar e Davi Júnior se cruzaram em 2009, quando os partidos já se preparavam para o embate eleitoral do ano seguinte. Davi, filiado ao PDT, tentava havia dois anos a execução de uma emenda individual de R$ 800 mil para o projeto de uma obra no seu principal reduto eleitoral, a construção da travessia urbana de Imperatriz e Davinópolis.

Costa Neto andava atrás de deputados de outros partidos para ampliar a sua bancada até a data-limite para a troca de legenda, no início de outubro.

O mensaleiro, ex-presidente e agora secretário-geral do PR, tratou de chamar o deputado trabalhista para o seu ninho.

Para atraí-lo, prometeu ajudar na liberação da verba para a obra tão desejada. O orçamento ficaria em torno de R$ 86 milhões. Antes de marcar a audiência no Ministério dos Transportes, adiantou e negociou o pedido com o amigo ministro, Alfredo Nascimento.
Filho do ex-deputado e ex-prefeito de Imperatriz Davi Alves, assassinado em 1998, Davi Júnior deseja seguir o caminho do pai, que deu nome à cidade de Davinópolis.

As conquistas do herdeiro político do ex-prefeito são divulgadas com orgulho.

Em agosto do ano passado, o seu informativo na internet anunciou:

“Tudo pronto para o início das obras de revitalização da BR-010.” O texto explica que se trata da travessia urbana de Imperatriz até Davinópolis.

“A obra está orçada em R$ 192 milhões”, informa o boletim, revelando um sobrepreço de R$ 106 milhões em relação ao projeto inicial.

Em setembro de 2009, Davi informa que, na reunião em que tratou da travessia urbana de Imperatriz, questionou o ministro sobre o motivo da paralisação do projeto da travessia de Santa Luzia, Buriticupu e Bom Jesus das Selvas pela BR-222.

“O ministro convocou o deputado Davi para reunião e confirmou que o projeto seria atualizado imediatamente e licitado pelo DNIT em dois lotes”, diz a nota. Um lote teria início em fevereiro e outro em julho de 2010. O gabinete do deputado informou na última terça-feira 5 que a obra já está em andamento e terá um custo de R$ 340 milhões.

A ação dos dirigentes do PR dentro do Ministério dos Transportes não é inédita e também não se encerra neste episódio. Em março de 2007, reportagem da ISTOÉ revelou um esquema de aliciamento de oito deputados que disseram ter recebido propostas para se filiar ao PR em troca de cargos e obras do Ministério comandado por Alfredo Nascimento.

Líderes do PFL, do PSDB e do PPS afirmaram ter ouvido relatos de deputados que foram sondados para se filiar ao partido, por Nascimento ou seus emissários.

Quem abordava os deputados era o então líder do PR na Câmara, Luciano Castro (RR).

A conversa se iniciava sempre com o argumento de que deputado de Estado pobre não pode ser de oposição porque precisa de recursos federais para as suas regiões ou não se reelege. Aí, era oferecida a possibilidade de indicar cargos e liberar recursos orçamentários nas áreas ligadas ao Ministério dos Transportes.

Seis deputados receberam a oferta de ganhar o poder sobre o escritório local do DNIT, órgão responsável pela construção e manutenção das rodovias federais. O deputado Márcio Junqueira (PFL-RR) contou que teve dois encontros com Nascimento.

Disse que, nessas conversas, Nascimento lhe prometeu a liberação de emendas de obras rodoviárias. O PR saíra das urnas com 23 deputados em 2006, mas já tinha 38 em março 2007. Agora com maior rigor para o troca-troca partidário, o PR mantém 40 deputados desde as eleições do ano passado.

A lista de denúncias envolvendo o ministro e a sua pasta não para de crescer. O Ministério Público Federal no Amazonas, por exemplo, investiga o suposto enriquecimento ilícito de Gustavo Moraes Pereira, filho do ministro. O rapaz, arquiteto de 27 anos, criou a Forma Construções, com capital social de R$ 60 mil. Dois anos depois, a empresa tem um patrimônio superior a R$ 50 milhões, um crescimento de 86,5 mil por cento. O enriquecimento rápido de Pereira já havia sido denunciado por ISTOÉ em julho de 2009.

Então com 25 anos, o jovem declarava um patrimônio de R$ 1,28 milhão, o dobro do que o pai informava possuir à Justiça Eleitoral em 2006. O MP está analisando contratos da empresa do filho do ministro com empresas que prestam serviços ao Ministério dos Transportes. Diante das pressões, Nascimento suspendeu por 30 dias as licitações realizadas pelo DNIT e pela Valec, ligadas ao seu Ministério, e decidiu aceitar a convocação para comparecer ao Congresso e se explicar.

Apesar de ter o apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu padrinho no ministério, e presidir um partido importante para a sustentação política do governo, Alfredo Nascimento enfrenta ataques cada vez mais fortes da oposição. Na última semana, PSDB, PPS e DEM iniciaram a coleta de assinaturas para instalar uma CPI a fim de investigar as irregularidades no ministério.

“Os desmandos ocorrem há muitos anos e continuam nesse governo”, reclama o senador Álvaro Dias (PSDB-PR).

Na verdade, Nascimento nunca gozou de confiança cega da presidente Dilma Rousseff.

Por isso, conforme apurou ISTOÉ, Dilma mantinha um olheiro e informante dentro da pasta.

Trata-se de Hideraldo Luiz Caron, diretor de infraestrutura rodoviária do DNIT, que ela importou do Rio Grande do Sul.

Para não levantar suspeitas, Caron se reunia com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, repassando-lhe informações preciosas sobre o andamento dos processos no DNIT, sobretudo em relação aos superfaturamentos e aditivos feitos de forma irregular.

Miriam, por sua vez, contava tudo a Dilma.

Quando percebeu que a pasta estava envolta em irregularidades praticamente insanáveis, a presidente afastou a cúpula do ministério, entre eles o diretor-geral do DNIT, Luís Antônio Pagot.

A preocupação da presidente com os desmandos no Ministério dos Transportes persiste. E, como comprova o vídeo revelado por ISTOÉ, Dilma tem motivos de sobra para querer ver os caciques do PR longe da pasta.

Na última semana, a pergunta mais ouvida em Brasília era: se Dilma sabia das irregularidades nos Transportes, por que ainda mantém Nascimento no comando do órgão?

O que se sabe é que o ministro, além de próximo a Lula, sempre foi um aliado estratégico do PT no Amazonas. Nos últimos dias, o PT do Senado fez forte pressão para que Dilma não tirasse Alfredo Nascimento do cargo.

Os petistas têm, na verdade, um argumento corporativo. O ministro é senador licenciado e, se perder o emprego, voltará para o Senado, ocupando a vaga de João Pedro, do PT do Amazonas, o que diminuiria a bancada do partido para 13 senadores, e aumentaria a do PR para seis.

As pressões do PT, no entanto, deverão ser inócuas.

Nos últimos dias, embora tenha divulgado comunicado afirmando que “o governo manifesta sua confiança no ministro” e que ele é o “responsável pela coordenação” da apuração das irregul=aridades ocorridas no ministério, Dilma disse em reuniões com auxiliares bem próximos que, se houvesse novas denúncias contra o ministro, ele não seria poupado.

Diante do novo cenário e com a revelação de que dinheiro público vem sendo usado para cooptar parlamentares para o PR, com a tutela do mensaleiro Costa Neto e o aval de Nascimento, a situação do ministro se complica de vez.



Como o vídeo foi gravado


No dia 24 de junho de 2009, o deputado Davi Alves Júnior foi até o gabinete de Alfredo Nascimento levado pelo secretário-geral do PR, Valdemar Costa Neto. Levou junto uma equipe de tevê para gravar entrevistas.

O ministro e o deputado visitante sentaram na ponta de uma mesa. Uma câmera foi colocada na outra ponta para gravar apenas imagens e não o som.

Os dois deveriam conversar e folhear documentos.

As entrevistas seriam feitas depois.

Costa Neto não poderia aparecer sequer nas imagens, porque não haveria como explicar a presença do principal dirigente do partido numa audiência oficial do ministro.

Por descuido ou imprudência, o operador da câmera deixou o áudio ligado, captando assim as conversas reservadas entre o ministro, o deputado visitante e o dirigente do partido.

Situação semelhante ocorreu com o então ministro da Fazenda, Rubens Ricúpero, em 1994.

Na época, ele dava uma entrevista à TV Globo e, durante um intervalo, fez inconfidências sobre a política econômica, acreditando que não estava sendo gravado. O vídeo foi divulgado e Rícupero perdeu o cargo de ministro da Fazenda.
Gravação autêntica

MOLINA
perito confirma que Costa Neto participou do encontro

Na terça-feira 5, o professor Ricardo Molina de Figueiredo concluiu uma perícia realizada a pedido de ISTOÉ no vídeo que registra a reunião do ministro Alfredo Nascimento com os deputados Davi Júnior e Valdemar Costa Neto, em 24 de junho de 2009.


Depois de submeter o vídeo a diversos filtros, Molina concluiu que a “gravação não apresenta qualquer indício de manipulação, podendo ser considerada autêntica.” Além do vídeo, a reportagem encaminhou ao perito a gravação de uma entrevista concedida por Costa Neto à TV Câmara.

O objetivo era fazer uma comparação de voz para que ficasse comprovado cientificamente que um dos interlocutores, que não aparece na imagem, é mesmo o secretário geral do PR.

“A voz questionada é, acima de qualquer dúvida razoável, a voz de Valdemar Costa Neto, de acordo com exaustivos confrontos realizados entre o material questionado e o material padrão”, afirma Molina.


Gilberto Carvalho e Pagot quase levam crise para dentro do Planalto


A crise no Ministério dos Transportes ameaçou alastrar-se para outras áreas do governo, atingindo de forma direta a presidente Dilma Rousseff e o secretário-geral da Presidência, ministro Gilberto Carvalho.

Na terça-feira, 5, enquanto Dilma visitava as obras da Usina de Santo Antonio em Rondônia, Carvalho reunia-se com Luiz Antonio Pagot para dar uma aparência de normalidade ao pedido de férias do afastado diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

Ao tomar conhecimento do que ocorrera, Dilma mostrou-se irritada.

No sábado, 2, ela havia ordenado o afastamento de quatro dirigentes da área dos Transportes, entre eles Pagot .

Carvalho e Pagot, apadrinhados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tinham redigido uma nota, que chegou a ser divulgada, mas logo foi suspensa.

Nela, o Dnit assegurava que as férias de Pagot não eram uma manobra e que ele estava encaminhando as explicações necessárias.

Já informada da operação, Dilma desembarcou em Brasília cerca das 19 horas e seguiu para o Planalto, onde mandou dizer aos jornalistas que Pagot seria sumariamente demitido assim que retornasse das férias.

Toda a operação causou forte desconforto no Planalto.

A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, foi a primeira a estrilar.

Telefonou para o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, questionando-o sobre a nota que estava sendo divulgada, segundo a qual 'por decisão da Casa Civil da Presidência da República, corroborada pelo Ministério dos Transportes', o diretor-geral do Dnit estava cumprindo programação de férias.

'Como vocês divulgam informação com nome da Casa Civil sem falar comigo?'
, reclamou Gleisi.

Nascimento explicou que a nota resultava de um acerto entre Pagot e Gilberto Carvalho.

Por ordem do Planalto, a nota foi abortada.

Carvalho negou que estivesse tentando salvar Pagot.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Charge

bolsa defunto
www.sponholz.arq.br


Patrimônio de empresa de filho de Alfredo Nascimento aumenta 86.500%



 
O Ministério Público Federal Federal está investigando suposto enriquecimento ilícito de Gustavo Morais Pereira, arquiteto de 27 anos, filho do ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento.

Dois anos após ser criada com um capital social de R$ 60 mil, a Forma Construções, uma das empresas de Gustavo, amealhou um patrimônio de mais de R$ 50 milhões, um crescimento de 86.500%.

As investigações podem complicar ainda mais a situação do ministro, que, desde sábado, tem sido obrigado a se explicar sobre o suposto envolvimento de seus principais assessores com corrupção.


As investigações começaram ano passado, a partir de um nebuloso negócio entre Pereira e a SC Carvalho Transportes e Construções, empresa beneficiária de recursos do Ministério dos Transportes.

Em 2007, a SC Transportes repassou R$ 450 mil ao filho do ministro, conforme documentos em poder da Procuradoria da República do Amazonas.

Nesse mesmo ano, a empresa recebeu R$ 3 milhões do Fundo da Marinha Mercante, administrado pelo Ministério dos Transportes para incentivar a renovação da frota do país.

Em 2008, a empresa ganhou mais R$ 4,2 milhões.


Os repasses do ministério à empresa estão registrados no Portal da Transparência, do governo federal. O Ministério Público abriu investigação para apurar se houve conflito de interesse nas decisões do ministério chefiado por Nascimento e os benefícios pagos à empresa que negociou com o filho do ministro:

- O que nos causou estranheza foi o fato de uma empresa de um dos amigos do ministro receber grandes valores (do ministério) e depois fazer negócio com o filho do ministro - disse ao GLOBO um dos investigadores do caso.

Leia mais sobre esse assunto no O Globo.