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sábado, 16 de julho de 2011

REINALDO AZEVEDO RESPONDE AO JUAN ARIAS - POR QUE O BRASiLEIRO NÃO REAGE


Por que o brasileiro não se indigna e não vai à praça protestar contra a corrupção?

Ensaio uma resposta antes de alguns dias de folga.

O “povo” não está nas ruas, meu caro Juan, porque foi privatizado pelo PT.

Note que recorro àquele expediente detestável de pôr aspas na palavra “povo” para indicar que o sentido não é bem o usual, o corriqueiro, aquele de dicionário.

Até porque este escriba não acredita no “povo” como ente de valor abstrato, que se materializa na massa na rua.
 
Eu acredito em “povos” dentro de um povo, em correntes de opinião, em militância, em grupos organizados — e pouco importa se o que os mobiliza é o Facebook, o Twitter, o megafone ou o sino de uma igreja.

Não existe movimento popular espontâneo.


Essa é uma das tolices da esquerda de matriz anarquista, que o bolchevismo e o fascismo se encarregaram de desmoralizar a seu tempo.

O “povo na rua” será sempre o “povo na rua mobilizado por alguém”. Numa anotação à margem: é isso o que me faz ver com reserva crítica — o que não quer dizer necessariamente “desagrado” — a dita “Primavera Árabe”.

Alguém convoca os “povos”.


No Brasil, as esquerdas, os petistas em particular, desde a redemocratização, têm uma espécie de monopólio da praça.

Disse Castro Alves:

“A praça é do povo como o céu é do condor”.


Disse Caetano Veloso:

“A praça é do povo como o céu é do avião” (era um otimista; acreditava na modernização do Bananão).

Disse Lula: “A praça é do povo como o povo é do PT”.

Sim, responderei ao longo do texto por que os não-petistas não vão às ruas quase nunca. Um minutinho. Seguindo.


O “povo” não está nas ruas, meu caro Juan Arias, porque o PT compra, por exemplo, o MST com o dinheiro que repassa a suas entidades não exatamente para fazer reforma agrária, mas para manter ativo o próprio aparelho político — às vezes crítico ao governo, mas sempre unido numa disputa eleitoral.

Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Haddad, ministro da Educação e candidato in pectore do Apedeuta à Prefeitura de São Paulo, estarão neste 13 de julho no 52º Congresso da UNE.

Os míticos estudantes não estão nas ruas porque empenhados em seus protestos a favor. Você tem ciência, meu caro Juan, de algum outro país do mundo em que se fazem protestos a favor do governo?

Talvez na Espanha fascista que seus pais conheceram, felizmente vencida pela democracia. Certamente na Cuba comuno-fascistóide dos irmãos Castro e na tirania síria.

E no Brasil.

Por quê?


Porque a UNE é hoje uma repartição pública alimentada com milhões de reais pelo lulo-petismo.

Foi comprada pelo governo por quase R$ 50 milhões.

Nesse período, esses patriotas, meu caro Juan, se mobilizaram, por exemplo, contra o “Provão”, depois chamado de Enade, o exame que avalia a qualidade das universidades, mas não moveram um palha contra o esbulho que significa, NA FORMA COMO EXISTE, o ProUni, um programa que já transferiu bilhões às mantenedoras privadas de ensino, sem que exista a exigência da qualidade.

Não se esqueça de que a UNE, durante o mensalão, foi uma das entidades que protestaram contra o que a canalha chamou “golpe da mídia”.

Vale dizer: a entidade saiu em defesa de Delúbio Soares, de José Dirceu, de Marcos Valério e companhia.

Um de seus ex-presidentes e então um dos líderes das manifestações que resultaram na queda de Fernando Collor é hoje senador pelo PT do Rio e defensor estridente dos malfeitos do PT.

Apontá-los, segundo o agora conservador Lidbergh Farias, é coisa de conspiração da “elites”.

Os antigos caras-pintadas têm hoje é a cara suja; os antigos caras-pintadas se converteram em verdadeiros caras-de-pau.

Centrais sindicais

O que alguns chamam “povo”, Juan, chegaram, sim, a protestar em passado nem tão distante, no governo FHC.

Lá estava, por exemplo, a sempre vigilante CUT.

Foi à rua contra o Plano Real. E o Plano Real era uma coisa boa. Foi à rua contra a Lei de Responsabilidade Fiscal. E a Lei de Responsabilidade Fiscal era uma coisa boa. Foi à rua contra as privatizações. E as privatizações eram uma coisa boa.

Saiba, Juan, que o PT votou contra até o Fundef, que era um fundo que destinava mais recursos ao ensino fundamental.

E onde estão hoje a CUT e as demais centrais sindicais?


Penduradas no poder. Boa parte dos quadros dos governos Lula e Dilma vem do sindicalismo — inclusive o ministro que é âncora dupla da atual gestão: Paulo Bernardo (Comunicações), casado com Gleisi Hoffmann (Casa Civil).

O indecoroso Imposto Sindical, cobrado compulsoriamente dos trabalhadores, sejam sindicalizados ou não, alimenta as entidades sindicais e as centrais, que não são obrigadas a prestar contas dos milhões que recebem por ano.

Lula vetou o expediente legal que as obrigava a submeter esses gastos ao Tribunal de Contas da União.

Os valentes afirmaram, e o Apedeuta concordou, que isso feria a autonomia das entidades, que não se lembraram, no entanto, de ser autônomas na hora de receber dinheiro de um imposto.

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Há um pouco mais, Juan. Nas centrais, especialmente na CUT, os sindicatos dos empregados das estatais têm um peso fundamental, e eles são hoje os donos e gestores dos bilionários fundos de pensão manipulados pelo governo para encabrestar o capital privado ou se associar a ele — sempre depende do grau de rebeldia ou de “bonomia”do empresariado.


O MST, A UNE E OS SINDICATOS NÃO ESTÃO NAS RUAS CONTRA A CORRUPÇÃO, MEU CARO JUAN, PORQUE SÃO SÓCIOS MUITO BEM-REMUNERADOS DESSA CORRUPÇÃO.


E fornecem, se necessário, a mão-de-obra para o serviço sujo em favor do governo e do PT.

NÃO SE ESQUEÇA DE QUE A CÚPULA DOS ALOPRADOS PERTENCIA TODA ELA À CUT.

Não se esqueça de que Delúbio Soares, o próprio, veio da… CUT!



Isso explica tudo?

Ou: “Os Valores”

Ainda não!
Ao longo dos quase nove anos de poder petista, Juan, a sociedade brasileira ficou mais fraca, e o estado ficou mais forte; não foi ela que o tornou mais transparente; foi ele que a tornou mais opaca.

Em vez de se aperfeiçoarem os mecanismos de controle desse estado, foi esse estado que encabrestou entidades da sociedade civil, engajando-as em sua pauta.

Até a antes sempre vigilante Ordem dos Advogados do Brasil flerta freqüentemente com o mau direito — e o STF não menos — em nome do “progresso”.

O petismo fez das agências reguladoras meras repartições partidárias, destruindo-lhes o caráter.
Enfraqueceram-se enormemente os fundamentos de uma sociedade aberta, democrática, plural.

Em nome da diversidade, da igualdade e do pluralismo, busca-se liquidar o debate.

A Marcha para Jesus, citada por você, à diferença do que querem muitos, é uma das poucas expressões do país plural que existe de fato, mas que parece não existir, por exemplo, na imprensa.

À diferença do que pretendem muitos, os evangélicos são um fator de progresso do Brasil — se aceitarmos, então, que a diversidade é um valor a ser preservado.
Por que digo isso?

Olhe para a sua Espanha, Juan, tão saudavelmente dividida, vá lá, entre “progressistas” e “conservadores” — para usar duas palavras bastante genéricas —, entre aqueles mais à esquerda e aqueles mais à direita, entre os que falam em nome de uma herança socialista e mais intervencionista, e os que se pronunciam em favor do liberalismo e do individualismo.

Assim é, você há de convir, em todo o mundo democrático.
Veja que coisa, meu caro: você conhece alguma grande democracia do mundo que, à moda brasileira, só congregue partidos que falam uma linguagem de esquerda?

Pouco importa, Juan, se sabem direito o que dizem e são ou não sinceros em sua convicção.

O que é relevante é o fato de que, no fim das contas, todos convergem com uma mesma escolha: mais estado e menos indivíduo; mais controle e menos liberdade individual.

Como pode, meu caro Juan, o principal partido de oposição no Brasil pensar, no fim das contas, que o problema do PT é de gestão, não de valores?

Você consegue se lembrar, insisto, de alguma grande democracia do mundo em que a palavra “direita” virou sinônimo de palavrão?


Nem na Espanha que superou décadas de franquismo.
Imprensa

Se você não conhece democracia como a nossa, Juan, sabe que, com as exceções que confirmam a regra, também não há imprensa como a nossa no mundo democrático no que concerne aos valores ideológicos.

Vivemos sob uma quase ditadura de opinião.

Não que ela deixe de noticiar os desmandos — dois ministros do governo Dilma caíram, é bom deixar claro, porque o jornalismo fez o seu trabalho.


Mas lembre-se: nesta parte do texto, trato de valores.
Tome como exemplo o Código Florestal. Um dia você conte em seu jornal que o Brasil tem 851 milhões de hectares.

Apenas 27% são ocupados pela agricultura e pela pecuária; 0,2% estão com as cidades e com as obras de infra-estrutura.

A agricultura ocupa 59,8 milhões (7% do total); as terras indígenas, 107,6 milhões (12,6%).

Que país construiu a agropecuária mais competitiva do mundo e abrigou 200 milhões de pessoas em apenas 27,2% de seu território, incluindo aí todas as obras de infra-estrutura?

Tais números, no entanto — do IBGE, do Ibama, do Incra e da Funai — são omitidos dos leitores (e do mundo) em nome da causa!
A crítica na imprensa foi esmagada pelo engajamento; não se formam nem se alimentam valores de contestação ao statu quo — que hoje, ora veja!, é petista.

Por quê?

Porque a imprensa de viés realmente liberal é minoritária no Brasil.


Dá-se enorme visibilidade aos movimentos de esquerdistas, mas se ignoram as manifestações em favor do estado de direito e da legalidade.

Curiosamente, somos, sim, um dos países mais desiguais do mundo, que está se tornando especialista em formar líderes que lutam… contra a desigualdade.

Entendeu a ironia?


Quem vai à rua?



Ora, Juan, quem vai, então, à rua?

Os esquerdistas estão se fartando na lambança do governismo, e aqueles que não comungam de suas idéias e que lastimam a corrupção e os desmandos praticamente inexistem para a opinião pública.

Quando se manifestam, são tratados como párias.

Ou não é verdade que a imprensa trata com entusiasmo os milhões da parada gay, mas com evidente descaso a marcha dos evangélicos?

A simples movimentação de algumas lideranças de um bairro de classe média para discutir a localização de uma estação de metro é tratada por boa parte da imprensa como um movimento contra o… “povo”.

As esquerdas dos chamados movimentos sociais estão, sim, engajadas, mas em defender o governo e seus malfeitos.

Afirmam abertamente que tudo não passa de uma conspiração contra os movimentos populares. As esquerdas infiltradas na imprensa demonizam toda e qualquer reação de caráter legalista — ou que não comungue de seus valores ditos “progressistas” — como expressão não de um pensamento diferente, divergente, mas como manifestação de atraso.
Descrevi, meu caro Juan, o que vejo. Isso tem de ser necessariamente assim?

Acho que não!

A quem cabe, então, organizar a reação contra a passividade e a naturalização do escândalo, na qual se empenha hoje o PT?

Essa indagação merecerá resposta num outro texto, que este já vai longe.

Fica para depois do meu descanso.
Do seu colega brasileiro Reinaldo Azevedo.

A impressionante lista de escândalos do governo Dilma


Seis meses de gestão foram suficientes para quatro trocas ministeriais;
nomes do primeiro time da presidente se envolveram em situações comprometedoras


Gabriel Castro

Dilma Rousseff durante a posse: em seis meses, mais escândalos e menos feitos
(Ueslei Marcelino/Reuters)


Em seis meses de governo, a gestão da presidente Dilma Rousseff se notabilizou pela profusão de escândalos - mais do que por medidas concretas de governo.

Dois ministros foram demitidos.

Outros dois trocaram de lugar.

Dois se safaram por pouco.

Outros dois ainda devem explicações.



Antonio Palocci, chefe da Casa Civil, comandava uma consultoria bem-sucedida antes de ingressar no governo. O crescimento patrimonial espantoso levantou suspeitas de que o braço-direito da presidente autou como lobista.

Quando resolveu se explicar,
Palocci já era um cadáver político.

Sem o principal articulador político do governo, a presidente se viu novamente em apuros.



Luiz Sérgio, ministro de Relações Institucionais, tinha poderes limitados.

Dilma Roussef evitou mais uma demissão: preferiu rebaixar o petista a ministro da Pesca. Luiz Sérgio trocou de cargo com Ideli Salvatti.

A paz aparente durou pouco tempo.

Aloizio Mercadante, responsável pela pasta de Ciência e Tecnologia, também ficou exposto por uma revelação feita por VEJA.



Foi ele quem ordenou a compra do falso dossiê contra o então candidato tucano ao governo de São Paulo, José Serra, em 2006.

O episódio também respingou em Ideli Salvatti: então senadora, ela ajudou a espalhar o material para a imprensa.

Mercadante e Ideli continuam sob fogo da oposição.
O primeiro deve ir à Câmara dos Deputados se explicar. A segunda é alvo de requerimentos de convocação, mas os governistas atuam para blindar a petista.



O último escândalo teve um desfecho nesta quarta-feira.

Alfredo Nascimento, ministro dos Transportes, deixou o cargo depois que VEJA revelou o funcionamento de um grande esquema de corrupção na pasta.

Dilma ainda protelou a demissão por quatro dias. 



Houve também episódios que não chegaram a derrubar ministros. Ana de Hollanda, da Cultura, foi flagrada usando verba pública para passar o fim de semana no Rio de Janeiro, onde tem casa. Devolveu o dinheiro e ficou no cargo.



Pedro Novais havia aproveitado verba da Câmara dos Deputados para custear uma farra coletiva em um motel de São Luís. Devolveu o dinheiro e ficou no cargo.

Fernando Haddad, campeão de trapalhadas também no governo Lula, manteve a média na nova gestão. Defendeu a distribuição de um livro que ensina crianças a falar errado e se contradisse ao tentar justificar a distribuição do chamado "kit-gay".



Leia aqui.






A guerrilha da corrupção



Revista Veja

Diretor afastado do Dnit diz que petista negociava reajustes de preço e recebia "ajuda de custo" diretamente das empreiteiras
Governo


Rodrigo Rangel

Luiz Pagot ameaçou revelar no Congresso a participação do PT e de petistas no escândalo do Ministério dos Transportes, mas calou-se

(Ailton de Dreitas/Ag. O Globo)

Havia uma monumental expectativa em torno do depoimento, no Congresso, do ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) Luiz Antonio Pagot.

Pilar da estrutura de corrupção montada pelo Partido da República (PR) no Ministério dos Transportes, Pagot foi afastado do cargo pela presidente Dilma Rousseff e, desde então, ameaça envolver o PT e os petistas nas denúncias de irregularidades.

Se era blefe, houve quem sentisse calafrios.
De renegado, Pagot passou a ser tratado com uma deferência incomum para alguém acusado de cobrar propina e superfaturar obras públicas.

Foi recebido pelo chefe de gabinete da Presidência, ouviu elogios de ministros, senadores e lideranças políticas do governo.

Sua "demissão sumária", anunciada pelo Palácio do Planalto, foi substituída temporariamente por "férias".

No Congresso, Pagot falou como "diretor", alegou desconhecer qualquer irregularidade e disse que as decisões no Dnit eram colegiadas, ou seja, precisavam ser aprovadas por todos os diretores.

Portanto, se houve algo errado, o que ele desconhece, a responsabilidade seria coletiva.

Sobre o PT e os petistas?


Nenhuma palavra direta, ao menos por enquanto.

Mas a ameaça continua - é real e gravíssima.


O alvo de Pagot e do Partido da República é o petista Hideraldo Caron, diretor de infraestrutura do Dnit.

Em conversas com correligionários antes de seu depoimento ao Congresso, Pagot revelou que Caron não só sabia como se empenhava pessoalmente para viabilizar alguns "estranhos reajustes" de preço de obras.

Citou especificamente a duplicação da BR-101, no trecho entre o balneário catarinense de Palhoça e a cidade gaúcha de Osório.

Foi Caron, segundo ele, quem sustentou no colegiado do Dnit a necessidade de assinar contratos aditivos com as empreiteiras encarregadas da obra, que teve seu preço "inflado" em nada menos que 73% do valor original do contrato.

O reajuste foi tão espantoso que chamou a atenção de Dilma Rousseff.

Na famosa reunião com a cúpula do Ministério dos Transportes, em 24 de junho, no Palácio do Planalto, a presidente pediu explicações sobre o custo da rodovia, ocasião em que afirmou que o ministério estava "descontrolado", seus dirigentes eram "inadministráveis" e que os valores das obras, entre elas as da BR-101, deveriam ser revistos.

A lei estabelece que os aditivos não podem ultrapassar 25% do valor original do contrato. Portanto, o reajuste teria sido ilegal.

E o responsável pela ilegalidade, segundo Pagot, foi Hideraldo Caron, que desconsiderou as advertências jurídicas apresentadas a ele na ocasião.


Os aditivos da BR-101 chegaram a ser censurados pela área do Tribunal de Contas da União, mas o processo acabou arquivado.

Nos recados que enviou para tentar convencer a presidente a mantê-lo no cargo, Pagot fez insinuações ainda mais graves contra o colega petista.

Segundo ele, todas as obras rodoviárias no sul do país são de responsabilidade de Hideraldo Caron.

O que isso quer dizer?




"Ele que defende no colegiado os reajustes, que negocia com as empreiteiras, que discute projetos, que define custos", explicou Pagot.

Caron receberia até uma "ajuda de custo" dessas mesmas empreiteiras - coisa pequena, para complementar o salário, que é muito baixo.

"O Pagot é um animal enjaulado e com sede", advertia o líder do PR no Senado, Magno Malta.

As ameaças mobilizaram o governo.

O ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência, foi incumbido de demover Pagot de qualquer ideia extremista.

Também vítima de insinuações maldosas por parte dos republicanos, o ministro Paulo Bernardo, das Comunicações, passou a defender a permanência de Pagot até que as denúncias de superfaturamento e cobrança de propina fossem devidamente esclarecidas.

Apesar da determinação da presidente Dilma de afastar imediatamente toda a cúpula do ministério, Pagot era o único dos envolvidos no escândalo que continuava formalmente vinculado ao governo.

Por fim, o diretor do Dnit, de férias, recebeu a garantia de que não haveria investigações pontuais contra ele.


Satisfeito com as conquistas, Pagot, a fera enjaulada, apareceu no Congresso manso feito um gato.

O diretor afastado do Dnit negou as acusações de cobrança de propina e cuidou para que as ameaças de antes ficassem restritas a mensagens cifradas.

Num discurso repleto de eufemismos, em que superfaturamento de obras virou "mudança de escopo", ele fez questão de repetir que as decisões tomadas no Dnit eram sempre colegiadas.

Foi uma forma de deixar nas entrelinhas o que vinha ameaçando falar.

Indagado sobre o papel de Hideraldo Caron, Pagot foi lacônico: "Ele é o responsável por 90% das obras". Nada mais. "Nada disso procede. Duvido que o Pagot tenha feito essas insinuações", afirmou Caron.

Na semana passada, o novo ministro dos Transportes, Paulo Passos, afastou José Henrique Sadok, diretor executivo do Dnit, depois de uma reportagem mostrando que a esposa dele tinha contratos milionários no órgão.

O Palácio do Planalto informou que Pagot será mandado para casa assim que retornar das férias.

Será o sexto homem da cúpula dos Transportes a perder o cargo desde que VEJA revelou, há duas semanas, o esquema de recolhimento de propina montado pelo PR no ministério.

O petista Hideraldo Caron ainda vai ter de explicar muito para não ser o sétimo.
16.07.2011

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Lula beija militante na saída de congresso em São Paulo


Por Bruno Siffredi
Agência Estado

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu um beijo em uma militante, nesta sexta-feira, 15, na saída do congresso da União Geral dos Trabalhadores (UGT), no Palácio de Convenções do Anhembi, em São Paulo.

O fato ocorreu após evento em que o ex-presidente fez um discurso inflamado e abordou diversos temas, como a disputa interna do PT paulistano pela chapa que vai concorrer à Prefeitura e a crise no Ministério dos Transportes.

No seu discurso, Lula defendeu a candidatura do ministro da Educação, Fernando Haddad, à Prefeitura de SP. “Acho que o companheiro Haddad é adequado. Foi ministro da Educação e acho que ele está na disputa interna”, disse.

O ex-presidente também comentou as denúncias que seguem abalando o Ministério dos Transportes e defendeu uma investigação do caso.

“Se a pessoa for inocente, terão de publicar que ela é inocente. Se forem culpadas, pagarão por isso”, observou.

Lula avisou que pretende voltar a viajar pelo País para promover uma agenda social.

“Serei o lobista número 1 das causas sociais e vou voltar a incomodar algumas pessoas outra vez”, indicou.
15.julho.2011

Charges




Justiça recebe denúncia contra diretores da TAM e da Anac por acidente que matou 199 pessoas

Acidente Aéreo

Justiça recebe denúncia contra diretores da TAM e da Anac por acidente que matou 199 pessoas



Flávio Freire
O Globo

SÃO PAULO - A Justiça Federal de São Paulo recebeu nesta sexta-feira denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal contra diretores da TAM e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) por conta do acidente ocorrido em 17 de junho de 2007, quando um avião da companhia atravessou a pista do aeroporto de Congonhas e colidiu com um prédio, matando 199 pessoas.

O juiz federal Márcio Assad Guardia, substituto da 8ª Vara Federal Criminal de São Paulo, recebeu a denúncia contra Marco Aurélio dos Santos de Miranda e Castro, então diretor de segurança de voo da TAM, Alberto Fajerman, que era vice-presidente de operações da empresa, e Denise Maria Ayres Abreu, ex-diretora da agência.

Na denúncia, o Ministério Público Federal imputou aos réus a prática do crime de atentado contra a segurança de transporte aéreo - artigo 261 do Código Penal.

Castro e Fajerman foram acusados de colocar em risco aeronaves alheias mediante negligência.

Denise Abreu, na qualidade de diretora da Anac, foi acusada de imprudência.

"Constato que a peça acusatória obedece aos requisitos previstos no artigo 41 do Código de Processo Penal, porquanto contém a descrição circunstanciada dos fatos, a qualificação dos acusados e a classificação do crime", afirma a decisão do juiz.

Os réus deverão ser citados pessoalmente para apresentarem defesa, por escrito, no prazo de dez dias.

15/07/2011

Dilma afasta diretor-executivo do Dnit



Decisão foi tomada após revelação do 'Estado' de que construtora da sua mulher ganhou R$ 18 milhões em obras; governo vai apurar denúncias

João Domingos
e Leandro Colon

O Estado de S. Paulo

BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff decidiu afastar o diretor executivo do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), José Henrique Sadok de Sá.

A decisão foi tomada após a revelação do Estado, na edição desta sexta-feira, 15, de que a Construtora Araújo Ltda, da mulher de Sadok, assinou contratos que somam pelo menos R$ 18 milhões para tocar obras em rodovias federais entre 2006 e 2011, todas vinculadas a convênios com o órgão.

Wilson Pedrosa/AE
José Sadok negou ter influência sobre negócios

O ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, assinou portaria determinando o afastamento temporário de Sadok e a abertura de um processo de administrativo que pode resultar na demissão dele do serviço público.

O ministério divulgou nota sobre o assunto:

"O ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, decidiu afastar temporariamente o diretor-executivo do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT) que estava respondendo pela Diretoria Geral do órgão.

Ao mesmo tempo, constituiu Comissão de Processo Administrativo Disciplinar para apuração dos fatos noticiados pelo jornal Estado de São Paulo, na edição do dia 15 de julho de 2011".


Sadok acumulava o cargo de diretor-geral interino do Dnit em substituição a Luiz Antônio Pagot, que tirou férias após ameaça de ser demitido em meio ao escândalo de corrupção no Ministério dos Transportes.

A mulher de Sadok, Ana Paula Batista Araújo, é dona da Construtora Araújo, contratada para cuidar de obras nas rodovias BR-174, BR-432 e BR-433, todas em Roraima e ligadas a convênios com o Dnit, principal órgão executor do Ministério dos Transportes.

A aplicação de aditivos, que aumentam prazos e valores, ocorreu em todos os contratos.

Sadok trabalhou em Roraima em 2001, no antigo Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER), como diretor de obras.

Em entrevista nesta quinta-feira, 14, ao Estado, Sadok de Sá contou que conhece a empresária desde 2001 e vive com ela há pelo menos quatro anos. "É minha mulher", disse.

Ele alegou que, apesar de serem obras vinculadas a convênios com o Dnit, os contratos são assinados com o governo de Roraima por licitações.

"Nunca me meti na empresa dela. O contrato do Dnit é com o Estado. O Estado pega e licita as obras", disse.
15 de julho de 2011


Raposa Serra do Sol hoje - a fronteira do abandono.


A fronteira do abandono

No extremo norte do país, em uma região estratégica para a segurança nacional, o cenário é de miséria e segregação.

Dois anos depois da demarcação da reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, a segurança na fronteira ficou comprometida e a economia do Estado enfraqueceu.

A imensa faixa de terra, antes ocupada por fazendas e plantações, agora abriga poucas comunidades que sofrem com o desemprego e o descaso.

A partir desta quarta-feira, o Jornal da Band exibe uma série de reportagens especiais sobre essa fronteira do abandono.


RESPONDA RÁPÍDO:

O governo é contra a miséria?


No vídeo acima está a comprovação: enquanto os oportunistas se dizem preocupados com a miséria dos tolos, que sustentam todas as suas mordomias a cada gole de cachaça ou garfada de arroz, o descaso levou os índios a uma péssima situação em Roraima.


Questionário:

Qual será a verdade?

Mentem quando dizem que estão lutando contra a miséria.


Se preocupam apenas com os "pobres" que lhes garantem votos.

Usam os miseráveis em campanhas políticas e os fazem de idiotas.

Desprezam os índios.

Desprezam todos os brasileiros

Todas as respostas acima são verdadeiras.


O imbecil(*)voltou.



Em discurso no evento chapa-branca da UNE, Lula disse que Dilma, por ser mulher, tem sofrido mais preconceito que ele sofreu por ser nordestino.
"Todo mundo diz que é favorável à sociedade igualitária desde que quem limpe a casa seja mulher."


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(*)Ababosado, abestalhado, abobado, abobalhado, abobarrado, acanhotado, alarve, alonso, alvar, alvarinho, apalermado, aparvado, aparvalhado, aparvanhado, apatetado, apombocado, apoucado, arara, aruá, asneirão, asneirento, asneirista, asonsado, atolado, atolambado, atoleimado, azêmola, babaca, babanca, babão, babaquara, baboso, badana, badó, bajoujo, basbaque, bate-orelha, belarmino, beldroegas, beliz, bertoldo, bestalhão, bestiaga, bestiola, bobo, bobó, boboca, bocó, boleima, bolônio, boquiaberto, boto, broco, calino, cândido, capadócio, cepo, chapetão, coió, crédulo, curto, débil, enxovedo, escroto, estólido, estulto, estúpido, fátuo, gaivota, girolas, guedes, hebetado, hebetizado, idiota, incapaz, inepto, inexperiente, inhenho, inocente, intelijumento, jegue, jerico, jumento, lamecha, lapardão, lapardeiro, lapuz, lorpa, mama-na-égua, mandu, mané, mané-coco, mané-do-jacá, mané-jacá, manema, manembro, manicaca, maninelo, marinelo, maroto, marruá, mazanza, mentecapto, molongó, obtuso, orelhudo, otário, paca, pacóvio, pai-mané, paio, palerma, palonço, palúrdio, pancrácio, pandorga, papalvo, parrana, parvajola, parvalhão, parvo, párvulo, pascácio, pasmado, paspalhão, paspalho, pataco, pataloco, pataloto, patamaz, patarata, pataroco, patau, pateta, patocho, patureba, paturega, pengó, pongó, prego, primário, puro, raca, sambanga, sandeu, sandio, sarambé, saranga, sarango, simples, simplório, soronga, sorongo, tacanho, tanso, tapado, toleirão, tonto, trouxa, urumbeba, urumbeva, xexé, zamboa, zote, zuco.

Frase


Das cores dos caras pintadas dos antigos manifestantes que exigiram a renúncia de COLLOR, só ficou o rubor da vergonha de serem pagos pelo governo petista como subservientes vassalos

Giulio Sanmartini

UNELP UNIÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES LESA-PATRIA



UMA CHAPA BRANCA A SERVIÇO DO MAIS CORRUPTO SISTEMA DE RELAÇÕES PÚBLICO-PRIVADAS DA HISTÓRIA DO PAÍS

Por Geraldo Almendra


Quem não se lembra daquela cena cívica de estudantes caras pintadas de verde e amarelo solicitando nas ruas a destituição do desgoverno Collor, tendo como principal motivação as “denúncias de corrupção de sua administração”?

Pelo menos foi o que a sociedade acreditou na época.

A sociedade se encheu de orgulho ao ver seus estudantes universitários saírem às ruas e reivindicarem a queda de um governo classificado pelo Parlamento como corrupto,
o mesmo Parlamento que virou um balcão de negociações espúrias para servir ao desgoverno Lula.


O RETRATO DE UMA HIPOCRISIA

No palco da UNE Brada o ex-presidente Lula, o mais sórdido político de nossa história: “Sou grato a UNE pela lealdade na adversidade...”.

De que “adversidades” fala o Retirante Pinóquio?

Vamos responder:


- estelionatos eleitorais e oito anos de desgovernos em que os escândalos de corrupção se multiplicaram pela impunidade reincidente;

- a transformação do Estado no maior empregador de militantes do petismo e seus cúmplices e seu loteamento irresponsável e inconsequente aos partidos da base de apoio;

- a “privatização social” da Petrobrás e outras empresas estatais para servir como agência do empreguismo de milhares de militantes do PT e de seus cúmplices;

- à transformação do Parlamento em um balcão de negociações espúrias;

- os amplamente denunciados desvios de objetos do acervo do Estado incluindo um crucifixo do gabinete presidencial;

- a quase incontrolável degeneração moral das relações público-privadas;

- a absurda impunidade das gangs da corrupção e da prevaricação que tomaram conta do poder dentro do Estado e,

- o suborno amplo, geral e quase irrestrito da sociedade: das vítimas da falência cultural e educacional do país e da seleta e cada vez maior comunidade dos esclarecidos canalhas.

Chamar o desgoverno Collor de corrupto e fazer cara cínica de paisagem – sem qualquer pintura – para a desgraça da corrupção sem controle que encampou o poder público durante o desgoverno Lula pode ser considerado uma canalhice e uma covardia com o ex-presidente Color, leviandades que merecem um Oscar da Sacanagem com o país.

Pergunta-se então: dos mais de cem escândalos denunciados durante o desgoverno Lula algum mereceu alguma menção crítica pública determinada ou sistemática da UNE? Resposta: rigorosamente não.

O que será que a UNE está comemorando com o irrestrito patrocínio financeiro do Estado sua festa enquanto cidadãos morrem nas filas dos hospitais públicos?

Vamos adivinhar:

- a falência do ensino superior público pela entrada forçada de milhares de estudantes que fizeram um Ensino Médio deficiente ou abaixo da crítica, forçando o sistema acadêmico fechar os olhos para atitudes de professores e alunos no processo periódico de avaliação - atos ou omissões que envergonham o ensino universitário e o passado da Universidade Pública no país -, pois a repetência e a evasão universitária de estudantes desqualificados para o ensino superior devem ser “politicamente” evitadas, o que tende a equiparar, em termos de resultado final, o ensino superior público ao vergonhoso ensino público Fundamental e Médio, já identificado como um dos piores do mundo;

- o acesso da UNE a verbas oficiais com a reciprocidade da ajuda ao desgoverno petista a enfrentar suas “adversidades”;


- a transformação das universidades em campos de treinamento ideológico para preservar o fascismo petista e a Corruptocracia oficial que se instalou no país como um sistema de valores e de condutas nas relações público-privadas;


- a reinvindicação pelo Poder Público – Ministério da “Cultura” - em disseminar a cultura da ignorância da língua pátria no país;


- a reinvindicação pelo poder público – Ministério da “Cultura” - em disseminar kits gays como instrumentos de formação de valores de crianças e adolescentes das escolas públicas do Ensino Fundamental e Médio (quem assistiu o ex-presidente jogando camisinhas do seu camarote para os idiotas dos foliões no carnaval já podia imaginar seu aval para essa canalhice com crianças e adolescentes);


- o fato do Brasil não ter uma única Universidade entre as cem primeiras no mundo e apenas cinco entre as primeiras quinhentas, ou seja, termos sido transformados durante o desgoverno petista em um dos piores ensinos universitários do mundo;




- o absurdo de uma UNB, entre outras, terem sido transformadas em palcos de perseguição criminosa a professores e funcionários que não rezam na cartilha acadêmica do petismo além de ter usado como tema de redação de seu mais recente vestibular a estúpida tese de que o errado também é certo na língua portuguesa;

- o crime cometido pela UFPE que, oficialmente, dentro do seu campus, ensinou o cultivo de um pé de maconha em casa em uma “oficina de Cultivo de Cannabis” ministrada por um antropólogo (“Nóis planta o que nóís fuma?“) e, - por vai...

Realmente o Brasil – a sua parcela de sociedade que ainda não se deixou subornar pela sereia fascista, corrupta e prevaricadora do petismo – exige dignidade verdadeira, e não esse discurso chulo preconizado pelos traidores do nosso país.


Ao ex-presidente Lula uma mensagem: é muito fácil chamar os outros de babacas no palco da UNE ou quando está cercado de seguranças armados até os dentes e pagos pelos idiotas e palhaços dos contribuintes.

Faça isso sozinho e de frente para as vítimas de suas babaquices e se arrisque às consequências físicas ou verbais da devida e justa resposta.

15/07/2011

País pronto para novas tensões - ALBERTO TAMER


 País pronto para novas tensões
O ESTADO DE S. PAULO

Tensão econômica nos dois lados do Atlântico Norte
 
Na Europa, a crise grega se prolonga; nos Estados Unidos, a resistência da oposição conservadora em aumentar o limite de endividamento do governo.

Uma atitude irresponsável do Partido Republicano que, defendendo interesses próprios, está colocando em risco o sistema financeiro internacional.


A agência de risco Moody"s alertou que pode reduzir a nota dos EUA se o Congresso não elevar o limite de crédito de US$ 14,3 trilhões para que o governo possa pagar suas dívidas. A S&P deu sinais idênticos. O prazo é 2 de agosto.


As reuniões entre Obama e parlamentares continuavam ontem pelo quinto dia consecutivo, sem solução até o fim da tarde.


Analistas do mercado financeiro acreditam que o Partido Republicano vai acabar cedendo, mas só depois de obter medidas que prejudiquem a reeleição de Obama.

Por exemplo, que os recursos para combater a recessão sejam utilizados para pagar o juro da dívida e que sejam cortados os benefícios destinados aos programas sociais, ponto de honra da última campanha de Obama.


Mesmo assim, as tensões aumentaram depois que o presidente do Fed, Ben Bernanke, afirmou no Congresso que será "uma calamidade" se os Estados Unidos não puderem rolar sua divida.

Sem acordo

Na zona do euro, também não há acordo sobre a crise grega. As reuniões se sucederam nesta semana com alguns países pressionando para uma solução e outros afirmando que a Grécia tem recursos para girar sua dívida até setembro com os recursos do último pacote.

Brasil preparado

O Brasil está atento a esse cenário de incerteza nos Estados Unidos e tensões crescentes no mercado financeiro internacional. Atento e preparado para os impactos que possam vir de fora.
O sistema financeiro é sólido, sem exposição no exterior.


Como na crise financeira de 2008, pode sofrer efeitos indiretos, por exemplo, na linha de financiamento externo, mas é um problema que não preocupa ou preocupa menos.

Não é o caso dos Estados Unidos, onde os fundos de curto prazo têm mais de US$ 3 trilhões aplicados na zona do euro. Mohamed El-Erian, diretor do fundo Pimco, afirmou que o Brasil está em boa posição para apertar suas políticas monetária e fiscal, além de ter o que chamou de "reservas internacionais fartas".

Mas deve ficar atento, pois, como os outros, "vai navegar numa economia mundial muito mais volátil", que cresce menos.
Leia mais.
 15/07/11

Por onde anda Dona Marisa Letícia?




Coturno Noturno
Ontem Lula, o imbecil, disparou a seguinte frase, afirmando que existe preconceito contra Dilma porque ela é mulher:



"Todo mundo diz que é favorável à sociedade igualitária desde que quem limpe a casa seja mulher."


Se existe um brasileiro que não pode falar em preconceito contra a mulher, este brasileiro é Luiz Inácio Lula da Silva.

Sua mulher, Marisa Letícia, foi inteiramente abafada em oito anos de governo.

A ela foi reservado um quinto plano, onde deixou como legado apenas as compras com o cartão corporativo e as cirurgias plásticas que mudaram a sua fisionomia.

Aquela "cumpanhêra" que vendia camisetas na rua para criar o PT e que plantava canteiros de sálvias em forma de estrela nos jardins do Palácio, nos seus primeiros dias, foi transformada em mera coadjuvante durante dois mandatos.

Nenhuma ação social.

Nenhuma ação benemerente.

Um zero à esquerda.


O marido preconceituoso reservou à ela o fogão, a pia e o tanque.

Nunca na história deste país um presidente mostrou tanto preconceito em relação a uma primeira-dama.

Ou a primeira inútil, como ficou conhecida.


Aliás, esperava-se que depois que saísse do governo, o Lula andasse por aí de braços dados com a Dona Marisa Letícia, lutando contra a pobreza e a miséria no mundo.
 

Não é o que se vê.


Aliás, ninguém mais viu a Dona Marisa Letícia.

Lula, ao falar sobre preconceito contra a mulher, deve estar mirando o exemplo da própria casa.


15 de julho de 2011

'Boy' de Pagot representa ministério e tem gabinete no Dnit e o ministro não sabe de nada



'Boy' de Pagot representa ministério e tem gabinete no Dnit

DE SÃO PAULO

Na definição do diretor afastado do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), Luiz Antonio Pagot, ele é apenas um "boy", um "estafeta" (mensageiro).
Na prática, porém, Frederico Augusto de Oliveira Dias atua como assessor da diretoria-geral em reuniões com prefeitos e autoridades, apesar de nunca ter sido nomeado pelo governo.

Reportagem José Ernesto Credendio, Andreza Matais e Maria Clara Cabral, publicada na edição desta sexta-feira da Folha mostra que Fred, como é conhecido, tem sala própria e e-mail oficial do órgão, é filiado ao PR e foi indicado para o "cargo" pelo deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP).



Editoria de Arte/Folhapress


O ministro Paulo Sérgio Passos (Transportes) disse ontem, via assessoria, que desconhecia atividades e funções de Frederico Augusto de Oliveira Dias no Dnit.

Passos, que era o secretário executivo da pasta e havia assumido o cargo interinamente após a demissão de Alfredo Nascimento, foi oficializado como o novo ministro na segunda-feira (11).


Leia mais na Folha


COMENTÁRIO



(Palhaçada, é pouco...)

E vai ficar por isso mesmo?

Cadê a imprensa combativa, o MP, os formadores de opinião?

Este governo está se mostrando bem pior do que já imaginávamos: medíocre, acanhado, omisso, dissimulado, irresponsável e pior, incompetente e conivente com toda esta bandalheira!

Rui Marangoni 

Por que o brasileiro não se indigna e não vai à praça protestar contra a corrupção?



Juan Arias *

O fato de que em apenas seis meses de governo a presidente Dilma Rousseff tenha tido que afastar dois ministros importantes, herdados do gabinete de seu antecessor Luiz Inácio Lula da Silva (o da Casa Civil da Presidência, Antonio Palocci – uma espécie de primeiro-ministro – e o dos Transportes, Alfredo Nascimento), ambos caídos sob os escombros da corrupção política, tem feito sociólogos se perguntarem por que neste país, onde a impunidade dos políticos corruptos chegou a criar uma verdadeira cultura de que “todos são ladrões” e que “ninguém vai para a prisão”, não existe o fenômeno, hoje em moda no mundo, do movimento dos indignados.

Será que os brasileiros não sabem reagir à hipocrisia e à falta de ética de muitos dos que os governam?

Não lhes importa que tantos políticos que os representam no governo, no Congresso, nos estados ou nos municípios sejam descarados salteadores do erário público? É o que se perguntam não poucos analistas e blogueiros políticos.

Nem sequer os jovens, trabalhadores ou estudantes, manifestaram até agora a mínima reação ante a corrupção daqueles que os governam.

Curiosamente, a mais irritada diante do saque às arcas do Estado parece ser a presidente Rousseff, que tem mostrado publicamente seu desgosto pelo “descontrole” atual em áreas do seu governo e tirou literalmente – diz-se que a purga ainda não acabou – dois ministros-chave, com o agravante de que eram herdados do seu antecessor, o popular ex-presidente Lula, que teria pedido que os mantivesse no seu governo.

A imprensa brasileira sugere que Rousseff começou – e o preço que terá que pagar será elevado – a se desfazer de uma certa “herança maldita” de hábitos de corrupção que vêm do passado.

E as pessoas das ruas, por que não fazem eco ressuscitando também aqui o movimento dos indignados? Por que não se mobilizam as redes sociais?

O Brasil, que, motivado pela chamada marcha das Diretas Já (uma campanha política levada a cabo durante os anos 1984 e 1985, na qual se reivindicava o direito de eleger o presidente do país pelo voto direto), se lançou nas ruas contra a ditadura militar para pedir eleições, símbolo da democracia, e também o fez para obrigar o ex-presidente Fernando Collor de Mello (1990-1992) a deixar a Presidência da República, por causa das acusações de corrupção que pesavam sobre ele, hoje está mudo ante a corrupção.

As únicas causas capazes de levar às ruas até dois milhões de pessoas são a dos homossexuais, a dos seguidores das igrejas evangélicas na celebração a Jesus e a dos que pedem a liberalização da maconha.

Será que os jovens, especialmente, não têm motivos para exigir um Brasil não só mais rico a cada dia ou, pelo menos, menos pobre, mais desenvolvido, com maior força internacional, mas também um Brasil menos corrupto em suas esferas políticas, mais justo, menos desigual, onde um vereador não ganhe até dez vezes mais que um professor e um deputado cem vezes mais, ou onde um cidadão comum depois de 30 anos de trabalho se aposente com 650 reais (300 euros) e um funcionário público com até 30 mil reais (13 mil euros).

O Brasil será em breve a sexta potência econômica do mundo, mas segue atrás na desigualdade social, na defesa dos direitos humanos, onde a mulher ainda não tem o direito de abortar, o desemprego das pessoas de cor é de até 20%, frente a 6% dos brancos, e a polícia é uma das que mais matam no mundo.

Há quem atribua a apatia dos jovens em ser protagonistas de uma renovação ética no país ao fato de que uma propaganda bem articulada os teria convencido de que o Brasil é hoje invejado por meio mundo, e o é em outros aspectos. E que a retirada da pobreza de 30 milhões de cidadãos lhes teria feito acreditar que tudo vai bem, sem entender que um cidadão de classe média europeia equivale ainda hoje a um brasileiro rico.

Outros atribuem o fato à tese de que os brasileiros são gente pacífica, pouco dada aos protestos, que gostam de viver felizes com o muito ou o pouco que têm e que trabalham para viver em vez de viver para trabalhar.

Tudo isso também é certo, mas não explica que num mundo globalizado – onde hoje se conhece instantaneamente tudo o que ocorre no planeta, começando pelos movimentos de protesto de milhões de jovens que pedem democracia ou a acusam de estar degenerada – os brasileiros não lutem para que o país, além de enriquecer, seja também mais justo, menos corrupto, mais igualitário e menos violento em todos os níveis.

Este Brasil, com o qual os honestos sonham deixar como herança a seus filhos e que – também é certo – é ainda um país onde sua gente não perdeu o gosto de desfrutar o que possui, seria um lugar ainda melhor se surgisse um movimento de indignados capaz de limpá-lo das escórias de corrupção que abraçam hoje todas as esferas do poder.
* Juan Arias é correspondente do do jornal espanhol EL PAÍS no Brasil