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sábado, 6 de agosto de 2011

Frase do dia




Lula e a sua sucessora são o nosso inferno a ser apagado!

#2 José Tiago

05-08-2011



Uribe descreve Lula como hipócrita e covarde


Escrito por La Patilla
Internacional - América Latina

Álvaro Uribe também assegurou que “Lula combatia (o presidente da Venezuela, Hugo) Chávez ausente e tremia frente a Chávez presente”.

O ex-presidente colombiano Álvaro Uribe Vélez (2002-2010) respondeu através de sua conta Twitter (@alvarouribevel) ao ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010), depois que este revelou em Bogotá, em um encontro com o presidente Juan Manuel Santos que, quando foram governantes, “Não havia confiança entre Uribe e eu”.

“Lula nos maltrata e no governo fingia ser o melhor amigo”, escreveu Uribe através de sua conta no Twitter, e acusou Lula de ser “mal perdedor”, porque a Colômbia ganhou do Brasil a presidência do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Em outra mensagem, Uribe disse: “Lula incapaz de declarar a narcofarc de terroristas”, em alusão à insistência do governo de Uribe de que os países vizinhos declarassem como grupo terroristas às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC, comunista).

Uribe acrescentou que “Lula foi incapaz de extraditar o padre Camilo, terrorista refugiado no Brasil”, que segundo as autoridades colombianas era o representante das FARC nesse país.


Além disso, Uribe assegurou em outra mensagem que “Lula combatia (o presidente da Venezuela, Hugo) Chávez ausente e tremia frente a Chávez presente”.
Finalmente, o ex-presidente colombiano afirmou que “hoje Lula confessa que me teve desconfiança, porém o investimento do Brasil teve toda a confiança”.

O que Lula disse?

O ex-mandatário do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, de visita a Bogotá, afirmou que acredita que os presidentes Juan Manuel Santos e Dilma Rousseff podem fazer muito mais “do que fizemos eu e Uribe. Não confiávamos inteiramente entre os dois (sic)”, anotou.

O ex-presidente propôs ao governo colombiano criar um fundo de garantia para investir no desenvolvimento estratégico do Sul, de maneira que se avance em novas hidrelétricas, portos e vias. “há que aproveitar o gasto para a riqueza do continente.

Projetos estratégicos para daqui a 10 anos.

Isto é o melhor que está acontecendo entre Brasil e Colômbia”,
acrescentou Lula.

O ex-presidente do Brasil pediu para dar importância ao crédito. “Presidente Santos, você não deve ter medo de emprestar dinheiro aos pobres. Os pobres pagam”, disse Lula ao fazer um chamado à “bancarização”.

Ele destacou a gestão do presidente colombiano, Juan Manuel Santos e disse que o país “está vivendo um momento de tranqüilidade extraordinária com alguns vizinhos polêmicos”.

Lula assegurou que Santos está marcando na UnaSul uma política muito importante. Segundo Lula, a lição que o mandatário colombiano deu é de que não dedicou seu tempo em brigar com os demais vizinhos, senão em fazer a paz com eles.

O ex-mandatário brasileiro ressaltou a presença de empresas do Brasil como a Petrobras, Odebrecht, Grupo Sinergy, entre outras. “Este é um sinal muito promissor das relações bi-nacionais”, disse Lula.
Publicado no La Patilla.
Tradução: Graça Salgueiro

 
 05 Agosto 2011

Com Celso Amorim na Defesa, programa de renovação da frota de caças da FAB vai pelos ares





Nas três Armas que integram o Ministério da Defesa (Exército, Marinha e Aeronáutica), o sentimento de que a escolha não poderia ser pior é generalizado.

Integrante da esquerda festiva e talvez tão fraquinho quanto a agora companheira Ideli Salvatti, o ex-chanceler Celso Amorim é um adepto confesso do entreguismo, ideologia burra que o novo ministro deixou claro nas trapalhadas diplomáticas que protagonizou nos último anos, colocando o País em situação vexatória diante de parceiros internacionais.

E entreguismo é um vernáculo que não existe no dicionário da caserna.


Michel Temer chegou a receber um convite para substituir o ministro da Defesa, Nelson Jobim


Dilma convida Michel Temer para substituir Nelson Jobim na Defesa, mas vice-presidente recusa oferta


De saída – Em reunião com Dilma Rousseff na noite desta terça-feira (2), o vice-presidente Michel Temer chegou a receber um convite para substituir o ministro da Defesa, Nelson Jobim.

Após recusar de pronto, Temer, inclusive, consultou peemedebistas mais próximos, chegando à conclusão de que o mais apropriado seria declinar do convite, depois de lembrar o que aconteceu com o ex-vice-presidente José Alencar.

É um caso semelhante ao do então candidato que aceitou completar a chapa de Luiz Inácio Lula da Silva e assinou o seu reduzido plano de atuação política.

Em outras palavras, perdeu o espaço de atuação política.


Leia mais no Ucho.info

Uma escolha infeliz


Editorial

"Quem sabe se ele pode ou não ser útil sou eu".


Nelson Jobim fez por merecer a decisão da presidente Dilma Rousseff de exigir que se demitisse do Ministério da Defesa, para não obrigá-la a demiti-lo.

Na pasta desde 2007, foi mantido a pedido de seu admirador Luiz Inácio Lula da Silva.

Dilma atendeu ao pedido, mas confinou o apadrinhado ao seu cantão, sem ser chamado para opinar sobre questões políticas e jurídicas alheias à sua área, como Lula fazia a três por quatro, nutrindo as ambições políticas do ministro.

Foi além, o ex-presidente, em suas mesuras ao seu protegido, ao manobrar para que chegasse ao comando do PMDB a fim de que o partido o indicasse para vice de Dilma.

Dado esse retrospecto, não será difícil de imaginar o ressentimento de Jobim com a perda de prestígio no Planalto, certamente agravado pelos cortes no orçamento militar que atingiram duramente os projetos de reequipamento das Três Forças e pelas diferenças entre ele e a presidente sobre a questão dos guerrilheiros desaparecidos no Araguaia, entre outros motivos para frustração.

A frustração foi o que decerto o levou a dar vazão ao que o seu temperamento tem de mais criticável - a pesporrência que leva à insopitável incontinência verbal a que ele se entregou com frequência ao longo da carreira política, sempre se retratando em seguida.

Desta vez a retratação pública não evitou o que parece ser o fim dessa carreira.

Jobim já tinha sido no mínimo indelicado com a presidente da República, à qual devia obediência e respeito, ao insinuar que "os idiotas" se aboletaram no governo e ao tornar público que na última eleição votara no amigo tucano José Serra.

Tudo isso ela ouviu em silêncio.

O que definitivamente não poderia admitir, sob pena de desmoralização, foi a entrevista do ministro à revista Piauí.

Menos pelas grosserias com que se referiu às colegas Ideli Salvatti e Gleisi Hoffman, do que pela versão que deu a uma conversa com a presidente sobre a nomeação do petista José Genoino para assessorá-lo na Defesa.

Perguntado sobre a utilidade do ex-deputado na função, ele respondeu: "Quem sabe se ele pode ou não ser útil sou eu".


Feita a coisa certa, ato contínuo a presidente fez o seu contrário.

Na ânsia de encerrar rapidamente mais este episódio infeliz do seu breve governo, escolheu o ex-ministro das Relações Exteriores Celso Amorim para o lugar de Jobim, sem dedicar algum tempo à avaliação dos problemas que poderá criar para o seu governo na pasta da Defesa.

Se tivesse feito isso poderia ver o que salta à vista de todo estudioso da era Lula, ou seja, que nem as Forças Armadas mereciam isso depois de ser comandadas pelo primeiro civil que se fizera respeitar por elas nem o País merecia isso depois de Jobim ter sido o primeiro na pasta a consolidar os instrumentos legais, políticos e administrativos que asseguram a subordinação da esfera militar ao poder civil.

Julguem-se como se queiram todas as demais atitudes de Jobim, nisso ele foi exemplar.

Eis que é sucedido pelo homem errado no lugar errado.

Primeiro, Dilma errou por entregar a Defesa a quem passou os últimos oito anos - com o entusiasmado aval de Lula - impondo um viés ideológico bolivariano à diplomacia brasileira, com a agravante de ter sido um fracasso total.

O apoio ao Irã de Ahmadinejad, a identificação com a Cuba dos irmãos Castro e a confraternização com a Venezuela de Hugo Chávez configuraram uma política que "contrariou princípios e valores" das Forças Armadas, na avaliação de oficiais-generais da ativa ouvidos por este jornal sob a condição de anonimato.

Em segundo lugar, Dilma errou por nomear um egresso do Itamaraty para cuidar dos assuntos militares, aparentemente alheia à verdade elementar de que a função do soldado começa quando se esgota a do negociador.
A guerra pode ser a continuação da política por outros meios, mas há um abismo entre a mentalidade de um general e a de um diplomata.

As duas áreas cruciais do Estado devem se articular nas circunstâncias necessárias.

Mas as culturas profissionais inerentes a uma e a outra são distintas, quando não, distantes.

Essa questão de fundo continuaria a existir fosse o escolhido de Dilma um ex-chanceler que tivesse se pautado pelo interesse nacional como o interpretam os militares.
 

Com um ideólogo, então, é brincar com fogo.

06 de agosto de 2011



O besteirol de duas parlamentares do PT



O besteirol não tem limites


Num dos posts abaixo, comento as cretinices do que chamei “afirmações identitárias”.

Nelson Jobim teria dito a uma revista, o que ele nega, que a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) “é fraquinha” e que Gleisi Hoffmann “mal conhece Brasília”.

Muito bem!

Num post das 15h52 de ontem, especulei que o chamariam até de “machista”.

Bingo!


A senadora Ângela Portela (RR), presidente da Subcomissão Permanente em Defesa da Mulher do Senado, e a deputada Janete Rocha Pietá (PT-SP), coordenadora da bancada feminina na Câmara, divulgaram nesta sexta uma nota, acreditem!, de repúdio à declaração atribuída a Jobim. Mas atenção! Elas não estão protestando porque acham que Ideli é competentíssima e que Gleisi conhece Brasília como a palma da mão.

Nada disso!

Elas não contestaram a avaliação de Jobim. As

duas petistas resolveram especular sobre as motivações subjetivas que teriam levado o então ministro a supostamente dizer o que disse, entenderam?

Como Ideli e Gleisi são mulheres, então Jobim teria feito, segundo elas, um ataque “machista e preconceituoso”, e as palavras a ele atribuídas “demonstram uma profunda violência a todas as mulheres”.

Jobim as teria classificado de “incapazes”, o que “pode caracterizar violência psicológica e moral”.


Diz a nota:

“Queremos expressar nosso repúdio pela violência de um ministro que sempre desfrutou de todo o respeito e consideração das bancadas femininas na Câmara e no Senado Federal e que, pelo ataque verbal desnecessário, poderá criar um clima conflituoso que em nada contribuirá para a construção da Democracia Brasileira”.

Segundo essas duas valentes, mulheres que exercem cargos públicos só poderiam ser criticadas por mulheres — ou se estaria diante de um ataque machista.

Na mesma linha, só gays poderiam avaliar o trabalho de gays, ou seria manifestação de homofobia.

Só negros poderiam contestar negros, ou então seria racismo.

E assim por diante.

É IMPORTANTE NOTAR QUE JOBIM, EM NENHUM MOMENTO, ASSOCIOU O EVENTUAL DEFEITO DAQUELAS DUAS FIGURAS PÚBLICAS À SUA CONDIÇÃO DE MULHER.

Se o tivesse feito, aí, sim, seria preconceito.

É de uma notável estupidez!

O mundo seria como quer as duas parlamentares petistas se mulheres fizessem propostas que só valessem para mulheres, gays para gays, negros para negros, homens para homens…

Se bem que a cabeça dessa gente é ainda mais perturbada do que isso: as ditas minorias teriam o direito de atuar como juízes do que consideram “a maioria”, mas teriam de ser imunes à crítica em nome da democracia.


Não!

Tiririca está longe de ser o que de pior pode acontecer ao Parlamento brasileiro.


Texto publicado originalmente às 22h11 desta sexta


06/08/2011

Comentário


Dilma fica irritada em entrevista com radialistas



A presidente Dilma Rousseff irritou-se hoje e demonstrou mal estar numa entrevista a radialistas das cidades de Juazeiro (BA) e Petrolina (PE)

POR LEONENCIO NOSSA
ENVIADO ESPECIAL

Os repórteres, numa conversa com a presidente, questionaram o atraso nas obras de transposição do Rio São Francisco.

Dilma voltou a soltar um velho bordão conhecido de seus assessores para demonstrar irritação:

"Meu querido, a transposição não está parada! Você vai me desculpar, mas não está parada".

Depois, ela admitiu que "algumas parcelas" estão com obras interrompidas.

O outro momento de irritação de Dilma, durante a entrevista, ocorreu quando ela exaltava o Programa Minha Casa Minha Vida, que entregará hoje em Juazeiro 1.500 unidades.

Quando Dilma falava das unidades habitacionais, que têm 44 metros quadrados cada, um repórter chamou as unidades de "casinhas".

"Você é quem está dizendo. Imagino que sua casa seja grande", disse a presidente.

Continuando a irritação, Dilma disse: "o povo brasileiro não tinha nem casinha. Morava em casa de papel, em palafita".


Depois a presidente recorreu ao velho estilo do antecessor, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao falar do ineditismo de suas ações na área habitacional. "Não há nenhum outro momento na história desse país que tínhamos tantos contratos (para construção de casas)".

Ao final da entrevista, sobrou para o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, que tem a região de Petrolina como reduto eleitoral.

Dilma reclamou ao microfone que o ministro estava insistindo para ela falar da terceira etapa do projeto de transposição.

Nessa etapa, está previsto um canal que chegará até Petrolina. Dilma ponderou que esse não é o momento de discutir ainda a terceira etapa. Ela disse que o governo está empenhado em buscar "sistematicamente" a conclusão das obras, que deverão ser entregues em etapas.

Ao explicar o atraso nas obras, ela disse que foi preciso fazer alguns ajustes. "Até o final de agosto, vamos ter condições de informar aos ouvintes que as obras no São Francisco andarão integralmente.

Hoje, estão andando, mas faltam algumas parcelas",
disse.
 05 de Agosto de 2011

SAI UM VAIDOSO, ENTRA UM INSIDIOSO



O espaçoso maganão levou um chute no traseiro

Ouvimos lamentos de alguns militares.

Era um grande homem.

Grande e insuportável.

No MD, ele ficou maior, em troca as Forças Armadas menores.

Menos recursos, ausência de salários compatíveis, mais quatro anos de obsolescência, materiais, armamentos e equipamento sucateados, mas em compensação, muito papel.

Os planos de grandeza proliferaram, só no papel.

Temos estratégias aos montes.

Operacionalidade, quase zero.

Menor operacionalidade maior aptidão para Operações Tipo Policia.

Não muitas, para não esvaziar a Força Nacional.

No MD trombam civis e apaniguados do desgoverno.

Tivemos um substancial reforço de mão - de - obra não especializada, atendendo ao apelo de tudo pelo social.

Não sabe fazer nada, coloca no MD.

Regredimos, mas para alguns, Ele vai deixar saudade.

O espaçoso foi como as inaugurações do desgoverno antes e durante a campanha para a eleição presidencial, muito foguetório, muito discurso, tudo registrado em cartório, mas apenas palavras ao vento, temas para retumbantes manchetes na mídia.

As autoridades militares perderam autoridade.

Saíram do palanque presidencial.

Os pobres diabos passaram a não ocupar lugar no espaço.

O “triguasca” proibiu, ameaçou e demitiu quantos se atreveram a contrariá - lo.

Vai não vai, acabou “fondo”.

Agora, foi – se.

Por que quis.

Não tenham dúvida.

Foi de cabeça pensada.

Se não fosse, provavelmente seu próximo passo, com as Forças Armadas ao seu cabresto, seria dar um golpe nacional por leniência do inimigo.

Contudo, acautelai - vos, vem chegando o pau mandado do demolidor da Política Externa Brasileira.

É um estrume travestido de melífluo.

Sabe - se lá que novas ideias serão inoculadas na mente do segmento militar, um verdadeiro laboratório para o governo petista.

Já tivemos um aumento substancial das matérias sociais, meio ambiente e etiqueta, em detrimento da instrução militar.

Cogita - se em aplicar nos aspirantes, como condição “sine qua non”, para promoção ao posto de segundo - tenente, uma prova que nem a da OAB aos bacharéis.

Sobre os “Direitos dos Humanos”, na parte escrita, e na oral, os “Direitos dos Marginais”.

Acreditamos que a seguir será a hora de fazer a cabeça da milicada no terreno ideológico.

Se outrora, estudávamos as táticas de ampliação do MCI, as revoluções comunistas em vários países e como combatê - las, preparemo – nos para uma reviravolta cultural ou sofrer uma lavagem cerebral.

Breve, Marighela ainda será patrono de alguma turma de formandos.

Sai um pavão do galináceo, entra um periquito (pintassilgo?).



E la nave va.

Brasília, DF, 05 de agosto de 2011.


Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira


COMENTÁRIO DO LEITOR
Nomear o conhecido ministro Amorim para o Ministério da Defesa é contrariar o bom senso, violar o equilíbrio, macular a imagem do país no exterior e agradar substancialmente a Chavez, Fidel, Kadafi e Cia.

Deus, tem piedade desse meu país.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Diz-me com quem andas...


Designação de Amorim tem a mão de Lula — e traz parte do pior da herança do ex-presidente

 

Lula, Chavez e Celso Amorim:
diz-me com quem andas...


Amigos, meu amigo e colega Lauro Jardim, titular do Radar On-line, que sabe tudo, foi quem primeiro noticiou a possibilidade de o ex-chanceler Celso Amorim substituir Nelson Jobim no Ministério da Defesa.

E é o Lauro quem informa: Amorim é mais um ministro da “quota de Lula” no ministério da presidente Dilma.

Ou seja, esqueçam a figura da presidente como executiva resoluta, que decide de imediato diante de uma crise, como a causada pelas sucessivas declarações desastradas de Jobim.

A nomeação só se deu com rapidez porque não foi ela quem decidiu.

É compreensível, dentro de uma relação criador-criatura, mas também uma pena que a presidente não consiga espaço para fazer seu governo com mais liberdade.

Sobretudo ao trazer de volta ao primeiro plano das decisões a figura apagada, pequena e daninha do ex-chanceler do lulalato, o bajulador que o jornalista Elio Gaspari não nos deixa esquecer que um dia chamou Lula de “o nosso guia”.

Amorim foi um dos formuladores, e o principal executor, de uma política externa que com frequência envergonhou os brasileiros de bem, com gestos como o de tratar com tapete vermelho e receber com festa um pária internacional como o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad — cujos planos nucleares são vistos como uma ameaça pelas principais nações do Ocidente, e cuja negação do Holocausto o torna especialmente digno de repulsa.

Essa política aplicou frequentes caneladas nos Estados Unidos e em países europeus com os quais o Brasil tradicionalmente se alinhou e manteve intensas relações comerciais, passou a mão na cabeça de ditadores africanos, absteve-se de forma vergonhosa de votar em sucessivas condenações da comunidade internacional a violações de direitos humanos por parte de países como o Sudão, Cuba, a Síria e o Irã, ficou em cima do muro quando a ONU tratou de apurar o assassinato do primeiro-ministro do Líbano Rafic Hariri, no qual a ditadura síria está implicada, e manteve relações calorosas com regimes detestáveis, como o de Cuba dos irmãos Castro e da Venezuela de Hugo Chávez.

A nomeação de Amorim para um ministério importante como o da Defesa não indica apenas uma rendição da presidente Dilma aos desejos de seu antecessor e mentor: significa trazer ao grande palco da política nacional parte do que de pior existe na herança de Lula.
Leia no site de VEJA mais sobre a gestão de Amorim.
04/08/2011

Bolsa perdeu o equivalente a um Bradesco nesta quinta



Com a forte queda de 5,72% na Bolsa de Valores de São Paulo nesta quinta-feira, 4, as empresas de capital aberto no Brasil perderam R$ 100,7 bilhões em valor de mercado no dia.

Visto de outra forma, é como se um Bradesco inteiro tivesse sido retirado do mercado.


Por Sílvio Guedes Crespo

A julgar pelo preço das ações, o banco é avaliado em R$ 96 bilhões. Os dados são da consultoria Economática.

No acumulado do ano, a perda de valor de mercado da empresas listada na bolsa brasileira está em R$ 445 bilhões. Juntas, todas as companhias de capital aberto valiam R$ 2,4 trilhões no último dia do ano passado; hoje, elas valem R$ 1,9 trilhão, uma queda de 20,8%.

A perda de valor das empresas brasileiras no ano equivale a uma Petrobrás e uma OGX.

A estatal tinha um valor de mercado de R$ 380 bilhões no final do ano passado; a companhia de Eike Batista, de R$ 65 bilhões.

Nos últimos dias, as empresas de Eike têm se destacado pela queda das ações. Em agosto, a MMX perdeu 25% do seu valor de mercado – a maior perda entre as companhias do Ibovespa, o principal índice da Bovespa. A OGX, também do bilionário, teve queda de 15%. Juntas, as duas companhias perderam R$ 7,5 bilhões e hoje valem R$ 39 bilhões.



ERRATA: A perda de valor de mercado das empresas de capital aberto foi de R$ 100,7 bilhões, e não R$ 100,7 milhões, como constava incorretamente deste texto. A queda acumulada no ano é de 20,8%, não de 18%. Os erros foram corrigidos.


4 de agosto de 2011


Em nome do chefe



EDITORIAL
O Estado de S. Paulo


Em reunião com dirigentes petistas no último fim de semana, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, na aparente tentativa de tranquilizar os aliados que andam com a pulga atrás da orelha por causa da faxina no Ministério dos Transportes, garantiu que o governo não tem a intenção de promover uma "caça às bruxas", mas, sim, "um clima de ir para cima, de cobrar sempre que houver algum tipo de erro".

Traduzindo: se a mídia apresenta denúncias consistentes o governo não pode deixar de tomar providências para coibir a corrupção, a ladroagem, ou melhor, para corrigir "algum tipo de erro" e dar uma satisfação à opinião pública.


O erro, como se vê, não é cometer delitos, mas deixar-se apanhar com a boca na botija.

Uma vez que Gilbertinho, como é carinhosamente chamado pela companheirada, é o seu mais fiel escudeiro e permaneceu no Palácio do Planalto exatamente para o leva e traz que interessa ao chefão, conclui-se que suas declarações traduzem exatamente o que o ex-presidente pensa a respeito dos escândalos de corrupção que têm abalado os primeiros meses do governo Dilma Rousseff.
Nenhuma novidade para quem conhece a história do mensalão.


A grande novidade é a crescente visibilidade de Gilberto Carvalho, depois de oito anos de discretíssima atuação, dentro do palácio, como secretário do então presidente.

Sua ligação a Lula é tão estreita e íntima, que seria natural imaginar que ele permaneceria fisicamente perto do chefe qualquer que fosse o destino deste depois de dois mandatos.

Mas Gilbertinho permaneceu no Palácio, instalado em sala próxima à da nova presidente, onde tem cumprido, cada vez com maior desenvoltura, o papel de olhos, ouvidos e voz daquele que deixou de ser, mas, de fato, continua se comportando como o supremo mandachuva.

Na verdade, Gilberto Carvalho foi imposto a Dilma pelo patrono de ambos, no quadro do compreensível esquema que orientou a montagem da primeira equipe de seu governo.

Ou seja, a sucessora aceitaria, por dever de lealdade, algumas "sugestões" do retirante.


Como resultado desse peculiar arranjo, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República sente-se à vontade para manifestar opiniões que, claramente, se opõem ao que pensa aquela que oficialmente é sua chefe.

Essa é uma evidência que se vem deliberadamente revelando nos contatos informais do ministro-secretário com repórteres que cobrem o Palácio do Planalto e com outros jornalistas que têm acesso a seu gabinete.

E cada vez menos os recados de Gilberto Carvalho são protegidos pelo off the record.

Dias atrás, quando Dilma já havia deixado claro que pretendia afastar todos os envolvidos nas denúncias de corrupção nos Transportes, inclusive o diretor-geral do Dnit, Gilberto Carvalho manifestou de forma igualmente clara aos jornalistas a convicção de que pelo menos a demissão do notório Luiz Antonio Pagot deveria ser empurrada com a barriga até que o indigitado retornasse das férias que havia solicitado exatamente para se colocar temporariamente a salvo de punição.

Dilma não cedeu à pressão e Pagot, que havia ameaçado sair atirando se sua demissão fosse confirmada, acabou regressando mais cedo das férias e pedindo ele próprio para sair - pelo menos por enquanto, com a arma no coldre.


Essa desenvoltura sem precedentes de Gilberto Carvalho se manifesta também em questões relativas ao PT.

Repetindo em alto e bom som o que seu chefe tem defendido no partido - com a clara intenção de ficar livre para indicar nomes de sua preferência, como Fernando Haddad em São Paulo - o secretário-geral da Presidência condenou publicamente a realização de prévias para a escolha dos candidatos petistas à sucessão municipal do próximo ano.

Com o contraditório argumento de que o partido não pode "pôr os projetos pessoais acima dos coletivos", garantiu que a realização de prévias seria, agora, "um desastre" para o PT.


O comportamento, em assuntos do governo, do colaborador que teve de aceitar certamente não deixa a presidente satisfeita. Mas ela sabe que esse é um sapo que precisa engolir.
05/08/2011

Quem morre pela boca é peixe, não pavão


Alguém realmente acredita que o ministro Jobim disse o que disse sem pensar, inadvertidamente?


Por Lucia Hippolito
Só quem não o conhece.

Jobim e Dilma Rousseff nunca se bicaram. Nunca se entenderam. Não se suportam.

Mas Lula, sempre ele, pediu a Dilma que mantivesse Jobim no Ministério da Defesa, alegando que ele se dá bem com os militares, que o plano nacional de defesa estava bem encaminhado, que isso, que aquilo. Resultado: Jobim ficou no ministério.

Mas o ministro não queria ficar.

Comprou apartamento em São Paulo, queria sair do governo para, quem sabe, candidatar-se a um cargo no ano que vem, ou mesmo trabalhar com o amigo José Serra numa eventual prefeitura do amigo e padrinho — isso se Serra decidir ser candidato a prefeito em 2012.

Talvez candidato a vice de Serra em 2014.

O fato é que Jobim decidiu sair do governo. Mas não queria pedir demissão.

Se pedisse, Dilma se sentiria livre para nomear quem quisesse. E Aldo Rebelo (PCdoB) já se assanhava para assumir a pasta.

Mas o PMDB considera que a pasta da Defesa é do partido. Para isso, Jobim precisava ser demitido por Dilma.

Daí a sequência infindável de grosserias, manifestações de falta de educação, descortesia, arrogância, pavonice.

Tudo de caso pensado. Tudo de lingua trançada com a cúpula do PMDB.

Por trás das cortinas, movimentava-se Wellington Moreira Franco, atual secretário de Assuntos Estratégicos, cargo decorativo, que significa praticamente coisa nenhuma.

Moreira está há semanas articulando para credenciar-se junto às Forças Armadas como sucessor de Jobim.

Moreira é ligadíssimo ao vice-presidente Michel Temer. Bingo!

Ali não tem nenhum bobo.

Jobim é um pavão, não é um parvo. Jamais faria um papelão desses se não houvesse um projeto que o justificasse.

Peixes morrem pela boca. Pavões abrem o leque e cumprem missões.

Mas… Como ensinava o dr. Tancredo Neves, esperteza quando é muita, cresce e come o dono.

De nada adiantou a armação de Jobim, Moreira e Temer.

O escolhido de Dilma foi o ex-chanceler Celso Amorim.

Que Deus se apiede das
Forças Armadas!



04/08/11





Ex-chanceler Amorim entra no lugar de Jobim, 3º ministro a sair em 7 meses




Série de declarações constrangedoras ao governo levaram a pedido de demissão, entregue na noite de quinta-feira

João Domingos, Vera Rosa
e Fernando Gallo

O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA e TABATINGA - Depois de um dia marcado por muita tensão política, a presidente Dilma Rousseff aceitou na quinta-feira, 4, à noite o pedido de demissão do ministro da Defesa, Nelson Jobim.

Trata-se do terceiro integrante do primeiro escalão a cair em sete meses de governo.

Jobim será substituído por Celso Amorim, que foi ministro de Relações Exteriores no governo Lula.


Fernando Gallo/AE
No Amazonas, Jobim participou da assinatura do Plano Binacional, com o ministro José Eduardo Cardozo

A gota d’água para a queda de Jobim foram as críticas feitas por ele às ministras Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais), publicadas na revista Piauí, que circulou na quinta-feira. "Ou você pede para sair ou eu saio com você", disse Dilma a Jobim, por telefone, pouco depois das 15 horas.

Cinco horas depois, o ministro - que estava em Tabatinga (AM), na fronteira com a Colômbia - desembarcou em Brasília e encontrou-se com a presidente, no Planalto.

Pediu exoneração do cargo "de forma irretratável", alegando razões pessoais.

A conversa com Dilma durou cinco minutos.

"Não posso continuar na digna função de ministro de Estado da Defesa", escreveu Jobim, na carta de demissão.

"Foi uma honra ter servido à senhora e a seu governo. Seja feliz."

Na reportagem da Piauí, o titular da Defesa qualificou Ideli Salvatti como "fraquinha" e disse que Gleisi Hoffman nem sequer conhecia Brasília.

Afirmou, ainda, que o governo tinha feito muita "trapalhada" na negociação sobre a Lei de Acesso à Informação e o debate sigilo eterno de documentos ultrassecretos.

Antes de falar com Jobim, Dilma ligou para o vice-presidente, Michel Temer, que estava com ele em Tabatinga.

Alertou que a situação do ministro, filiado ao PMDB de Temer, era "insustentável".

Os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) e Moreira Franco (Assuntos Estratégicos) também participavam de missão oficial para lançar o plano de segurança nas fronteiras e se reuniram com o vice-presidente da Colômbia, Angelino Garzón.


Por ordem de Dilma, Jobim antecipou a volta a Brasília.

A presidente planejava transferir Amorim da pasta de Relações Exteriores para a Defesa quando montou a equipe, mas Lula a aconselhou a manter Jobim no cargo por causa das boas relações com as Forças Armadas.

Nas últimas semanas, gestos e declarações de Jobim azedaram a relação com o governo, sobretudo por ter admitido que votou em José Serra (PSDB) em 2010 e ter feito críticas à condução política da administração de Dilma.

Jobim era mais um ministro herdado do governo Lula. Os outros dois que saíram foram Antonio Palocci (Casa Civil) e Alfredo Nascimento (Transportes).

Intrigas

No Amazonas, Jobim e a comitiva, especialmente Temer, minimizavam o impacto das declarações do ministro.

Abordado por jornalistas, Jobim negou ter feito tais afirmações à Piauí.


Disse que tudo fazia parte "de um jogo de intrigas". "Em momento algum eu fiz referência dessa natureza (a Ideli). Aliás, o que reconheço na Ideli é a capacidade, uma tenacidade importantíssima na condução dos assuntos do Congresso."


Temer colocou panos quentes: "A ministra Ideli e a ministra Gleisi têm o apreço, o apoio, e palavras de elogio (de Jobim)".
No perfil que a revista Piauí fez de Jobim é narrada a reação do peemedebista depois de um encontro com o senador Fernando Collor (PTB-AL), que havia sido procurado no processo de negociação da liberação dos papéis secretos do governo. Collor quer que alguns tenham sigilo eterno.

Ao sair do gabinete de Collor, Jobim afirmou, na presença da repórter: "É muita trapalhada, a Ideli é muito fraquinha e Gleisi nem sequer conhece Brasília".

Em nota publicada na página do Ministério da Defesa na internet, Jobim reiterou as declarações que deu em Tabatinga e disse que suas informações foram tiradas do contexto.

"Isso faz parte daquilo que passa pela cabeça de quem não conhece a necessidade de um país."


Os argumentos de Jobim, porém, não sensibilizaram Dilma. Durante almoço com os ministros Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral), Gleisi, Ideli e Helena Chagas (Comunicação), a presidente disse que tinha tomado a decisão de demiti-lo. Preferia, no entanto, que ele pedisse demissão. Por isso, aguardaria sua volta de Tabatinga.

Dilma estava muito irritada com o fato de Jobim ter se encontrado com ela na quarta-feira, em audiência, e não ter falado nada sobre suas opiniões a respeito das ministras - ambas da cota pessoal de Dilma.

No mesmo encontro, Jobim deu explicações sobre declarações que soaram mal no governo e saiu dizendo que era ministro "por prazer".

Na noite da quarta, logo depois de saber que trechos da revista seriam publicados no dia seguinte, Jobim ligou para Ideli e falou da reportagem, feita há cerca de um mês. Insistiu que as palavras dele estavam "fora de contexto"
.


04 de agosto de 2011

A escolha do ministro Celso Amorim (Relações Exteriores) para a pasta da Defesa incendeia a já desgastada relação da presidente Dilma Rousseff com o PMDB




Escolha de Amorim desgasta ainda mais relação de Dilma com PMDB


FOLHA DE SÃO PAULO

Ninguém dirá publicamente, mas a escolha do ministro Celso Amorim (Relações Exteriores) para a pasta da Defesa incendeia a já desgastada relação da presidente Dilma Rousseff com o PMDB, informa o "Painel", editado por Renata Lo Prete, publicada na edição desta quinta-feira da Folha (íntegra aqui).
O vice Michel Temer foi aconselhado por vários líderes a não aceitar o cargo se lhe fosse oferecido, mas quem o conhece sabe que gostaria de ter sido lembrado.

Além disso, Moreira Franco (Assuntos Estratégicos) aspirava a vaga.

Nelson Jobim deixou o governo após declarações polêmicas que desagradaram o governo. À revista "Piauí" ele disse que a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) é "fraquinha" e que Gleisi Hoffmann (Casa Civil) "sequer conhece Brasília".

Ontem, no entanto, antes de entregar o cargo, ele negou que tenha se referido de forma pejorativa ao trabalho das ministras.

A situação do então ministro já havia ficado insustentável nos últimos dias após a declaração de que votou em José Serra nas eleições de 2010.

A revelação foi feita no programa "Poder e Política - Entrevista", conduzido pelo jornalista Fernando Rodrigues no estúdio do Grupo Folha em Brasília.

Charges

o patrão da faxineira


caiu por ser sincero




Alexandre Garcia: ‘Uniforme de Jobim não vai servir para Amorim’



Parecia que Jobim ou testava o governo ou queria ir embora.

É bem significativo que tenha sido rapidíssima a última conversa com a presidente.


É chavão, mas que cabe perfeitamente:
Nelson Jobim morreu pela boca. Primeiro, disse que votou em Serra e não em Dilma. Foi ao Palácio se explicar e Dilma aceitou. Afinal, Lula sabia da ligação de Jobim com Serra quando o chamou para ser ministro da Defesa em pleno caos aéreo, em 2007.

Aquela referência sobre conviver com idiotas, feita em discurso nos 80 anos de Fernando Henrique, muita gente interpretou que se referia ao ambiente no governo. Depois, falando sobre a administração do sigilo de documentos, afirmou que o governo fizera trapalhadas.

Por fim, essas últimas referências às ministras bem próximas à presidente, Gleisi Hoffmann e Ideli Salvatti. O ex-presidente da República, José Sarney, quis ironizar dizendo que a ministra Ideli, ao contrário de ser “fraquinha”, é bem gordinha. Piorou ao infinito.

Enfim, parecia que Jobim ou testava o governo ou queria ir embora. É bem significativo que tenha sido rapidíssima a última conversa com a presidente. Dizem que foram sumários três minutos.

Jobim foi o ministro da Defesa que mais durou: quatro anos, o tamanho de um mandato presidencial. Os militares da ativa gostaram dele; os da reserva, nem tanto.

O menos aceito dos ministros da Defesa foi José Viegas, diplomata como Celso Amorim.

Nelson Jobim gostava de usar um uniforme camuflado, grande o suficiente para caber no seu mais de 1,90m. Celso Amorim tem cerca de um 1,70m. Um uniforme como o de Jobim não vai servir para ele.


05/08/2011


Dilma e seus governos



O País está sem rumo





Dilma Rousseff é caso único na História do Brasil.

Já iniciou, em apenas sete meses, três vezes o seu governo.

Em janeiro assumiu a Presidência.

Parecia que a sua gestão iria começar.

Ledo engano.

Veio a crise em maio – caso Palocci – e ela rearranjou o núcleo duro do poder.


Seus entusiastas saudaram a mudança e espalharam aos quatro ventos que, naquele momento, iria efetivamente dar início ao seu governo.

Mera ilusão.

Veio nova crise em junho, esta no Ministério dos Transportes. Seguiram-se demissões de altos funcionários – ontem já chegaram a 27.

Em seguida, foi anunciado que agora – agora mesmo – é que iria começar a sua Presidência.

Será?

No país das Polianas, sempre encontramos justificativas para o injustificável.

Os defensores, meio que envergonhados da presidente, argumentam que ela recebeu uma herança maldita. Mas não foi essa “herança” que a elegeu presidente? Não permaneceu cinco anos na Casa Civil participando e organizando essa “herança”?

Herança, como é sabido, é algo recebido de outrem.


Não é o caso.

A então ministra da Casa Civil foi uma participante ativa na organização da base partidária que sustenta o governo no Congresso Nacional. Tinha e tem absoluta ciência do que representam essas alianças para o erário.


Fingir indignação, falar em limpeza – quando o vocabulário doméstico invade a política, é sinal de pobreza ideológica -, dizer que agora, sempre agora, só vai aceitar indicações que tenham a ficha limpa, isso é um engodo.

Quer dizer que no momento em que formou o Ministério a ficha limpa era irrelevante? Ficha limpa é para coagir aliados? E que aliados são esses que são constrangidos pelo currículo?

Os sucessivos reinícios de governo são demonstrações de falta de rumo e de liderança. O PAC não é um plano de governo. É uma junção aleatória de obras realizadas principalmente pelo governo e por empresas estatais.

É um todo sem unidade alguma. Não há uma concepção de projeto nacional, nada disso.


Além da falta de organicidade, os cronogramas de todas as obras estão atrasados. O governo não consegue realizar, de forma eficaz, nenhum empreendimento.

Quando algo chama a atenção, não é por seu efeito para o desenvolvimento do País. Muito ao contrário.
É por gasto excessivo, desvio de recursos, inutilidade da obra ou atraso no prazo de entrega. E, algumas vezes, é uma cruel somatória desses quatro fatores.

O País está sem rumo.

Mantém indicadores razoáveis no campo econômico, contudo muito abaixo das nossas potencialidades
.

Basta lembrar que neste ano a taxa de crescimento será a mais baixa entre os países da América do Sul (não estamos falando de China, Índia ou Coreia do Sul, mas de Paraguai, Equador e Peru).

A economia ainda é movida pelo que foi estruturado durante os primeiros anos do Plano Real e por medidas adotadas em 2009, ante a crise internacional.

A falta de liderança é evidente.

Os últimos quatro meses foram de abalos permanentes.


E nos primeiros cem dias a presidente teve uma trégua. Foi elogiada até pelo que não fez.

Politicamente, o ano começou em abril e, de lá para cá, o governo toda semana foi tendo algum tipo de problema. Ora no relacionamento com a base, ora no cotidiano administrativo. O problema central é que Dilma não se conseguiu firmar como liderança com vida própria.

É vista pelos líderes da base como alguém que deve ser suportada até o retorno de Lula. A questão – para eles – é aguentar a destemperança presidencial.

Claro que o preço compensa.

Porém a rispidez e os gritos da presidente revelam que ela própria sabe que não é levada a sério.

Vez por outra, o passado deve rondar os pensamentos da presidente.

Ela, em alguns momentos, exige uma obediência ao estilo do velho “centralismo democrático” leninista. Sonha com Trotsky, Bukharin e Kamenev, mas convive com Collor, Sarney e Renan.


Nas crises que enfrentou, não conseguiu encontrar solução razoável.

Ao contrário, desarrumou a articulação existente e foi incapaz de substituí-la por algo mais eficiente.


Deixou rastros de insatisfação e desejos de vingança.

A trapalhada com o PR e a demora em resolver de vez as denúncias são mais evidências da falta de capacidade política.

Criou na Esplanada dos Ministérios a versão petista do “onde está Wally?”.

Agora o jogo é adivinhar, entre mais de três dúzias de ministros, quem será o próximo a cair em desgraça. Algo meio stalinista (é o passado novamente?).

Com tanto estardalhaço, Dilma nem acabou com a corrupção nem conseguiu fazer a máquina governamental funcionar.

E quem perde é o País.


A cada fracasso de Dilma, mais cresce o clamor da base (e do PT, principalmente) para o retorno de Lula.

Difícil acreditar que o criador não imaginasse como seria o governo da sua criatura. Pode ter sido uma jogada de mestre.

Respeitou a Constituição (não patrocinando o terceiro mandato), impôs uma candidatura-poste, venceu com o seu prestígio a eleição e será chamado cada vez mais para apagar incêndios.

Ou seja, a possibilidade de ser passado para trás é nula.

Dessa forma, transformou-se no personagem fundamental para manter a estabilidade da aliança do grande capital nacional e estrangeiro, fundos de pensão das estatais, políticos corruptos e oportunistas de toda ordem.

É também o único que consegue fazer a articulação com o andar de baixo, dando legitimidade ao projeto antinacional. Sem ele, tudo desmorona.

Dilma vai administrando (e mal) o cotidiano.

A fantasia de excelente gestora, envergada no governo Lula e na campanha presidencial, revelou-se um figurino de péssima qualidade.

Como nos velhos sambas, a quarta-feira já chegou.

Um pouco cedo, é verdade.

O carnaval mal começou.

E dos quatro dias de folia, nem acabou o primeiro.


Historiador e Professor da Universidade de São Carlos. Colunista do Estado de SP e Globo

04/08/2011

quinta-feira, 4 de agosto de 2011



Demóstenes:

Amorim vai apequenar a Defesa, após envergonhar o Brasil

Por Lia de Paula
Claudio Humberto
SEN. DEMÓSTENES TORRES

O senador Demóstenes Torres (DEM-GO), um dos mais importantes líderes de oposição no Congresso, criticou a demissão de Nelson Jobim e a nomeação de Celso Amorim para o Ministério da Defesa.

Em seu twitter, há instantes, Demóstenes lembrou que Amorim "foi o chanceler que envergonhou o Brasil em todo o mundo, apoiando ditaduras, armando e caindo em ciladas".

Ele se referiu ao fato de a política externa comandada pelo ex-chanceler associou o País aos regimes totalitários mais execrados no planeta, como a Líbia de Muammar Kadhafi e o Irã de Mahmud Ahmadinejad, para além de ditaduras como a de Cuba ou semi-ditaduras como a venezuelana.

Considera que "o Brasil acaba de ter uma imensa e dupla perda:

a saída de Jobim e a ascensão de Amorim, que vai apequenar a Defesa".


Amorim vai apequenar a Defesa, após envergonhar o Brasil





* Com Amorim, como vai ser o relacionamento da Defesa do Brasil com as Farc?


Será que de subserviência, por determinação do Foro de SP?

* Amorim é uma maneira de a presidente se vingar de Exército, Marinha e Aeronáutica.

* Amorim é o retrato do vexame, a pior notícia que as Forças Armadas poderiam receber além do sucateamento.

* Esse pessoal que vpcê menciona está todo no governo, como estava no anterior.

* O que ela não quer ver como presidente, deveria ter combatido como chefe da Casa Civil, mãe do PAC, coordenadora dos ministérios.

* Em 140 caracteres é impossível até citar o nome dos ministros em desgraça.

* Amorim e Genoino fariam grande dupla no Ministério da Defesa, se o regime fosse como o de Cuba e Irã.

* Amorim é um fanático de esquerda, daquela esquerda que só fica contente com trapalhadas e ditaduras.

* Amorim merece todas as críticas por tanto que envergonhou o Brasil, se misturando com o que o mundo tem de pior em ditaduras.

* Foi um péssimo ministro das Relações Exteriores, submeteu o Brasil a derrotas e vexames.

* Não falei da pessoa, que desconheço, mas do ministro que mais vexames proporcionou à diplomacia brasileira.

* Jobim foi demitido por não aceitar Genuíno de assessor.....

* @rosdoro Uma boa maneira de reagir a isso tudo é nas mídas sociais.

* Apesar de tanta lama divulgada, o público, atento, tem uma boa notícia, inclusive para Arias: ainda está em tempo de reagir.





‘Presidenta, quem sabe se ele pode ou não ser útil sou eu.’






Para Jobim, Planalto cometeu ‘muita trapalhada’ na discussão sobre fim de sigilo de documentos

por Lilian Venturini
Estadão
 
Em entrevista à edição deste mês da revista Piauí, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, fez novas críticas ao governo da presidente Dilma Rousseff e às ministras Ideli Salvatti (Relações Institucionais) e Gleisi Hoffmann (Casa Civil).

‘É muita trapalhada, a Ideli é muito fraquinha e Gleisi nem sequer conhece Brasília’, afirmou sobre a condução do Planalto na discussão do fim do sigilo de documentos ultra-secretos.


Abaixo, trechos exclusivos da reportagem:

‘Numa quinta-feira de julho, Nelson Jobim marcou apenas um compromisso na agenda, na parte da manhã: participar da comemoração dos 80 anos de Fernando Henrique Cardoso, no Senado. De terno escuro e gravata azul-clara, foi o único ministro do governo a participar da cerimônia.

Quando o aniversariante chegou, Jobim sentou-se à mesa armada no palco do auditório do Senado, cercado de políticos do PSDB e do DEM.

Fez questão de falar e chamou seu discurso de um monólogo para Fernando Henrique. ‘Fui seu amanuense, ou escrivão, durante a Constituinte’, brincou.

‘Fui seu ministro da Justiça e indicado por você para o Supremo Tribunal Federal. Se estou aqui hoje, Fernando, é por tua causa.’

E encerrou o discurso com uma citação que causou surpresa na mesa e na plateia: ‘Nelson Rodrigues dizia que, no tempo dele, os idiotas entravam na sala, ficavam quietos num canto ouvindo todo mundo falar e depois iam embora. Mas hoje, Fernando, os idiotas perderam a modéstia.’

Ao fim da cerimônia, à uma da tarde, Jobim foi para o gabinete do senador Fernando Collor. (…)

Jobim deixou a sala de Collor e foi para o Ministério, onde almoçou rapidamente. Enquanto comia uma salada, comentou a discussão da liberação de documentos sigilosos do Estado. ‘É muita trapalhada, a Ideli é muito fraquinha e Gleisi nem sequer conhece Brasília’, falou, referindo-se à ministra das Relações Institucionais e à da Casa Civil.

Disse que o Collor não criaria empecilhos, mas que estava chateado porque, enquanto ele discutia o projeto, foi atropelado por um pedido de urgência na votação, feito pelo senador Romero Jucá, da base governista.

‘Ele se sentiu desrespeitado, não havia razão para o pedido de urgência’, afirmou Jobim.

Na conversa, Collor lhe contou que faria um discurso contra o projeto e Jobim lhe pediu que não o fizesse, no que foi atendido. ‘Eu disse a ele que havia muito espaço para negociação e que, se ele fizesse o discurso atacando o governo, estreitaria essa possibilidade.’

Perguntado sobre por que havia tantas idas e vindas no governo na relação com o Congresso, Jobim não teve dúvidas: ‘Falta um Genoíno para ir lá negociar.’
José Genoíno se candidatou a deputado, não se elegeu e, no começo do ano, Jobim o chamou para ser seu assessor.

Antes de convidá-lo, porém, informou a presidenta da sua intenção. ‘Mas será que ele pode ser útil?’, perguntou-lhe Dilma.

E ele respondeu: ‘Presidenta, quem sabe se ele pode ou não ser útil sou eu.’

04.agosto.2011

Dilma avalia saída de Jobim após declarações polêmicas





Ministro da Defesa chama Ideli de 'fraquinha', diz que Gleisi 'não conhece Brasília' e que governo é 'atrapalhado'


Foto: AE


Nova entrevista reacendeu discussões sobre permanência do ministro




A presidenta Dilma Rousseff vai avaliar ao longo desta manhã se mantém ou não Nelson Jobim no cargo de ministro da Defesa.

Em uma entrevista à Revista Piauí, Jobim chama o governo Dilma de "atrapalhado", diz que a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, é "fraquinha", e que Gleisi Hoffmann, ministra-chefe da Casa Civil, "não conhece Brasília".
Se a presidente decidir mesmo antecipar a demissão de Jobim, um dos nomes cotados é o do atual ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo.



Por conta de outras declarações, Jobim já estava na lista dos auxiliares de Dilma que ela deve tirar do governo na primeira reforma ministerial, no final deste ano ou no início de 2012.

Agora, com a entrevista à Piauí, que chega amanhã às bancas, a presidente pode decidir pela demissão imediata de Jobim, desistindo da ideia de não mexer no governo enquanto não assentar a poeira da base aliada levantada pela crise política no Ministério dos Transportes, no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e na estatal Valec.

O ministro viajou ontem à noite para São Gabriel da Cachoeira (AM). Hoje de manhã, ele partiu para Tabatinga (AM), onde, ao lado do vice-presidente da República, Michel Temer, assina um plano de vigilância de fronteiras entre Brasil e Colômbia.

Pela agenda oficial, Jobim deixa a base do Cachimbo (AM) às 20h30, devendo chegar a Brasília perto da meia-noite.

Em recente entrevista concedida ao programa "Poder e Política", veiculado pelos portais do jornal Folha de S. Paulo e UOL, Jobim criou incomodo no Planalto ao fazer questão de revelar que, nas eleições do ano passado, votou no candidato tucano José Serra, o adversário da candidata vencedora, Dilma Rousseff.