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sábado, 29 de dezembro de 2012

136 mil por mês: o preço da falta de pudor de Genoino



Condenado por corrupção ativa e formação de quadrilha, petista assumirá mandato na Câmara

Até que o STF o retire de lá, vai gerar mais prejuízo ao país

Do Blog do Noblat

Gabriel Castro
VEJA OnLine

O ex-presidente do PT José Genoino, condenado no Supremo Tribunal Federal por corrupção ativa e formação de quadrilha, vai mesmo reassumir o mandato na Câmara dos Deputados.

Em 2010, ele não teve votos suficientes para conquistar uma cadeira na Casa, mas ficou na suplência. A espera terminou: Carlinhos Almeida (PT) renunciou ao mandato para assumir a prefeitura de São José dos Campos (SP) e abriu caminho para Genoino, que perderá uma nova oportunidade de demonstrar ao país um pouco de pudor. A posse deve ocorrer no início de janeiro.

O Supremo Tribunal Federal (STF) já decidiu que os mensaleiros com mandato na Câmara – três são parlamentares da Casa – perderão o mandato.

Mas a determinação só será cumprida após o trânsito em julgado do processo do mensalão, o que depende da análise dos embargos apresentados pelos réus. O ex-presidente do PT foi condenado a 6 anos e 11 meses de prisão, que terá de cumprir em regime semiaberto.

Juntamente com o ex-ministro José Dirceu e o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares, Genoino formava o núcleo político do maior esquema de corrupção da história brasileira.


Enquanto são julgados os recursos da ação, Genoino, vai poder apresentar projetos de lei, participar de comissões, votar em plenário e discursar na tribuna da Câmara. Terá, também, direito ao auxílio-moradia (3 000 reais), à verba indenizatória para gastos de rotina (27 769 reais) e à contratação de 25 assessores (até 78 000 reais).

Receberá, ainda, um generoso salário de 26 723 reais – exatamente o que recebem os ministros do STF que o condenaram. O total do "custo-Genoino" pode chegar a 135 492 reais por mês.

Considerando que Pedro Henry (PP-MT), João Paulo Cunha (PT-SP) e Valdemar Costa Neto (PR-SP) também foram condenados pelo STF e estão cumprindo hora extra na Câmara, o total desperdiçado pode ultrapassar os 500 000 reais por mês.

Em janeiro, o Congresso não vai se reunir um dia sequer. Genoino, portanto, tomará posse para receber sem trabalhar. Como mostrou o julgamento do mensalão, o petista certamente contribui mais ao país quando está ocioso.

29.12.2012

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

A vingança dos zumbis





Nelson Motta
Estadão
Mesmo sem ser simpática nem carismática, sem ter o dom da palavra e da comunicação, e com o País crescendo apenas 1% ao ano, a presidente Dilma Rousseff obteve índices espetaculares de confiança e aprovação pessoal na pesquisa do Ibope.

Mas como os pesquisados de todo o Brasil se informaram sobre o dia a dia de Dilma e do País, sobre suas ideias, ações e resultados?

Ora, pela "mídia golpista", que divulgou nacionalmente os fatos, versões e opiniões que a população avaliou para julgar Dilma.

Os mesmos veículos informaram os 83% que tiveram opinião favorável a Lula no fim do seu governo, já que a influência da mídia estatizada e dos "blogs progressistas" no universo pesquisado é mínima.

Claro, a maciça propaganda do governo também ajuda muito, mas só se potencializa quando é veiculada nas maiores redes de televisão e rádio, nos jornais, revistas e sites de maior audiência e credibilidade no País - que no seu conjunto formam o que eles chamam de "mídia golpista".

Mas que golpismo de araque é esse que tanto contribui para divulgar os feitos, as qualidades e a força popular do objeto de seu suposto golpe?

Por que a mesma mídia só tem credibilidade quando contribui para a popularidade de Lula e Dilma e não quando denuncia os escândalos do governo e o julgamento do mensalão?

A conta não fecha, mas eles insistem.

Zé Dirceu e Rui Falcão já avisaram que a vingança dos zumbis do mensalão e do "Rosegate" vai ser a regulamentação da mídia, como na Argentina e na Venezuela, culpando o mensageiro pela mensagem.

No Brasil democrático todo mundo tem voz, fala o que quer, ouve quem quiser.

Mas eles querem "pluralizar" a mídia, denunciando monopólios e ignorando a concorrência acirrada em todos os segmentos do mercado multibilionário da comunicação de massa, em que ganham mais os que têm mais credibilidade e popularidade.

Mas o Brasil não é a Argentina e Dilma não é Cristina. Além da cobertura nacional que tanto contribui para sua boa exposição e avaliação pública, ela deveria agradecer à mídia por revelar os malfeitos que lhe permitiram fazer uma faxina no seu quintal.


Nelson Motta

28 de Dezembro de 2012

O ano em que a Justiça venceu






POR ROBERTO FREIRE
BRASIL ECONÔMICO

Neste período em que tradicionalmente são feitos balanços e retrospectivas do ano que chega ao fim, o julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) aparece como o episódio de maior relevância.

A mais alta Corte do país condenou políticos flagrados em atos de corrupção e estabeleceu o que pode ser um novo parâmetro de conduta para os agentes públicos. Figurões do PT como José Dirceu, José Genoino, Delúbio Soares e João Paulo Cunha foram condenados à prisão.

Ficou provado que o governo comprou partidos e parlamentares em troca de apoio político e usou dinheiro público para financiar o esquema.

Dirceu, tido como braço direito do ex-presidente, foi considerado chefe de quadrilha e terá de cumprir pena em regime fechado.

Como o samba de uma nota só dos governos petistas tem a marca da corrupção em moto-contínuo, antes mesmo do término do julgamento do mensalão eclodiu um novo escândalo.

O Brasil descobriu a existência de uma organização criminosa que fraudava pareceres técnicos e atuava em favor de empresas junto ao governo.

A ex-chefe de gabinete do escritório da Presidência em São Paulo, Rosemary Noronha, nomeada por Lula e integrante de seu círculo mais íntimo, usava sua proximidade com o ex-presidente para atender aos interesses da quadrilha.

E não parou por aí. Logo depois do ‘Rosegate', eis que o operador financeiro do mensalão, Marcos Valério, volta a ocupar as manchetes com denúncias feitas em depoimento à Procuradoria Geral da República.

Segundo ele, que revelou ter sido ameaçado de morte por pessoas ligadas a Lula, o ex-presidente teria autorizado empréstimos e até recebido dinheiro do esquema para o pagamento de gastos pessoais.

O empresário ainda acusou dirigentes do Banco do Brasil de terem estipulado a agências de publicidade um "pedágio" de 2% do valor dos contratos, que deveria ser repassado ao PT.

Na economia, o Brasil termina o ano com índices pífios de crescimento. No terceiro trimestre, o PIB avançou 0,6% em relação aos três meses anteriores, e o país deve fechar 2012 com expansão de menos de 1,5%, bem atrás dos outros membros do grupo dos Brics.

A herança deixada por Lula é pesada: sofremos com graves deficiências de infraestrutura, vide o setor elétrico, o sucateamento de estradas, rodovias e portos, além de um contínuo processo de desindustrialização. Para piorar, o risco de inflação já começa a se tornar preocupante.

Nas eleições, apesar do uso desenfreado da máquina em favor das candidaturas petistas, as forças de oposição ao governo saíram fortalecidas das urnas.

O PT teve uma vitória importante em São Paulo, mas nem mesmo a participação ostensiva de Dilma e Lula no palanque evitou derrotas fragorosas em outras capitais, como Salvador, Manaus, Belo Horizonte, Fortaleza, Recife, Vitória, Teresina e Porto Alegre.

Em 2013, cabe à oposição continuar exigindo os resultados que não foram entregues à população nesta metade inicial de governo.

Também é preciso cobrar dos órgãos competentes a investigação dos escândalos de corrupção que se sucedem com velocidade espantosa.

Nossa missão é construir uma alternativa consistente que se contraponha ao desgastado modelo petista.

O Brasil clama por um novo projeto.

28. dezembro. 2012

Paulo de Tarso Venceslau, que viu de perto a face escura de Okamotto, não tem motivos para duvidar da ameaça a Marcos Valério




Blog do Augusto Nunes


Um dos fundadores do PT, Paulo de Tarso Venceslau foi expulso do partido e demitido do cargo de secretário de Finanças da prefeitura de São José dos Campos depois de ter revelado a Lula delinquências envolvendo bandidos de estimação do chefe supremo.

Esse foi um dos muitos episódios que lhe permitiram ver de perto a face escura de Paulo Okamotto, iluminada por um artigo publicado no blog do Ucho.

Confira dois trechos do texto reproduzido na seção Feira Livre.:

Okamotto costumava circular pela prefeitura de São José em busca de lista de empresários credores. Ele não ocupava qualquer cargo no paço. Era evidente que buscava recursos paralelos, com a anuência da então prefeita Ângela Guadagnin. No mesmo dia em que a auditoria externa encerrou seus trabalhos e me enviou o relatório, fui exonerado sumariamente a pedido de Paulo Okamotto e Paulo Frateschi, segundo me relatou a própria prefeita.

O administrador do sindicato, Sadao Higuchi, era quem encaminhava os recursos vindos do exterior a Okamotto. Em 13 de junho de 1998, em plena campanha eleitoral, Sadao morreu “afogado” numa represa localizada nas proximidades de Bragança Paulista. (…) Morreu afogado, mas tinha uma contusão na cabeça. Ele teria caído n’água e o barco teria se chocado com ele. Pequeno enorme detalhe: tratava-se de um bote inflável.

Coisa de direitista delirante?

Mais uma da elite golpista?

Invencionice da mídia conservadora?

É difícil enquadrar nesses clichês o economista Paulo de Tarso Venceslau.

Paulista de Santa Bárbara d’Oeste, hoje com 69 anos, Venceslau se engajou na luta armada como ativista da Ação Libertadora Nacional (ALN), participou em setembro de 1969 do sequestro do embaixador americano Charles Burke Elbrick, foi capturado dias depois pela polícia política, passou cinco anos na cadeia e ligou-se a um dos grupos que fundariam o PT. Não é loiro. Nem tem olhos azuis.

Anos depois de ouvir ameaças de morte berradas por torturadores decididos a fazê-lo falar, Venceslau voltou a ouvi-las sussurradas por companheiros decididos a fechar-lhe a boca. Na prisão, poderia ter morrido por insistir em mentiras. No PT, quase morreu por ter contado a verdade.

Depressão de Rosemary se agrava e preocupa Lula e os dirigentes do PT



Carlos Newton
tribuna da internet

Como se sabe, o fim de ano é a época que mais provoca depressão. No caso de Rosemary Novoa Noronha, ex-chefe do Gabinete da Presidência da República em São Paulo, a chegada do período de festas só fez agravar sua situação, o que é bastante compreensível.
https://mail-attachment.googleusercontent.com/attachment/u/0/?ui=2&ik=4ef2d7894c&view=att&th=13bdc6a2240a8283&attid=0.1&disp=inline&safe=1&zw&saduie=AG9B_P8dD-8IMGSXBnb_fTv7nBFe&sadet=1356693152098&sads=BeLjBiqDswAOc40s58JEiOgCj2I

De uma hora para outra, Rose perdeu tudo.

Era uma mulher bem sucedida e poderosa, que influía na administração federal e nos governos estaduais e municipais geridos pelo PT. De repente, perdeu o emprego e a família despencou, com o ex-marido, o atual e uma filha, todos demitidos preventivamente pela presidente Dilma Rousseff, assim que eclodiu o escândalo da Operação Porto Seguro.

Os planos da companheira Rose vieram por água abaixo justamente no final de ano, quando haveria motivos para grandes comemorações, entre eles a criação de uma escola de línguas, com filiais em várias cidades, em sociedade com o cúmplice Paulo Vieira, ex-diretor da Agência Nacional de Águas, também demitido no arrastão da Operação Porto Seguro.

O estabelecimento de ensino seria registrado nos nomes das filhas da ex-assessora da Presidência, Meline e Mirelle, esta última exonerada do governo federal após o escândalo da corrupção nas agências seguradoras. A escola teria um capital inicial de R$ 100 mil reais e seria sediada no escritório do ex-marido de Rosemary, José Cláudio de Noronha, também demitido, nessa tragédia familiar que vem transcorrendo ao estilo de Nelson Rodrigues.

Neste Natal, pela primeira vez nos últimos anos, Lula e Rose não trocaram presentes, não houve amigo oculto, telefonemas, cartões, nada, nada. Ela quer sua vida de volta, mas isso o ex-presidente não poderá mais lhe dar.

EM LUGAR INCERTO


Enquanto Lula, acompanhado de dona Marisa Letícia, viajava pela Europa, o comando do PT e a direção do Instituto Lula (leia-se Paulo Okamoto, Clara Ant, José de Filippi Júnior, Luiz Dulci e Paulo Vannuchi), por orientação do ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, se movimentaram para manter a companheira Rose em lugar incerto e não sabido.

Não se trata de cárcere privado, porque a própria Rose sabe que não pode sair para lugar nenhum, nem mesmo para ir ao cabeleireiro ou ao supermercado. A última vez que foi vista em público estava com o ex-ministro José Dirceu e a namorada dele, passando o fim de semana prolongado do Dia dos Mortos numa praia da Bahia, bons tempos aqueles. De lá para cá, só problemas, e cada vez maiores.

Agora, Rose está proibida de sair de São Paulo e a Polícia Federal acelera a investigação as andanças dela em Portugal, em busca de provas se a então assessora presidencial levou ou não levou dinheiro para o Banco Espírito Santo.
Tudo isso contribui para agravar a depressão de Rose, que sempre foi conhecida por seu temperamento autoritário e explosivo.

Por isso, ela é considerada uma bomba-relógio, que nem o PT nem o Instituto Lula sabem como desarmar.

É uma novela eletrizante, e estamos apenas nos capítulos iniciais.

28.12.2012



quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Sem andar, sedado e com sonda no nariz, Hugo Chávez corre risco de morrer de câncer em Cuba




O estado de saúde de Hugo Chávez Frias é praticamente irreversível

O Presidente da Venezuela não terá condições de assumir seu próximo mandato porque está à beira da morte

  Alerta Total 

Por Jorge Serrão

Corre o risco até de morrer em Cuba ou na viagem de volta a seu país. Chávez já sofreu quatro cirurgias em um ano e meio. O Foro de São Paulo – organização transnacional que coordena as ações visíveis e ocultas da esquerda na América Latina e Caribe – se prepara para sofrer sua maior perda, desde a “aposentadoria” forçada de Fidel Castro.


Hospitalizado em Cuba, Hugo Chávez não consegue mais andar, por causa de um câncer na medula. Seu estado de consciência é prejudicado por causa das fortíssimas injeções de narcóticos contra as dores que sente. Ele não tem como tomar decisões por causa dos pesados sedativos. Para piorar, Chávez também não consegue mais digerir alimentos e absorver nutrientes por causa do estágio avançado de seu câncer no intestino. Além de sedado a maior parte do tempo, Chávez tem de suportar o incômodo de uma sonda nasogástrica para ser alimentado.


Estas são as informações que circulam em fóruns internacionais de medicina. Foi um total fracasso a cirurgia a que o líder da revolução bolivariana se submeteu em Cuba – onde a mentira socialista alimenta o mito de ser um paraíso da medicina. Além de perder muito sangue, Chávez teve mais complicações e suas dores se intensificaram. Tomografias recentes mostram que não funcionou a tentativa de descompressão medular. Tecnicamente, Chávez está paralítico. Não consegue andar e, mesmo sentado, sofre com as dores.


Agora, o caso mais complicado é o avanço do tumor no íleo – que é a terceira parte do intestino delgado, entre o jejuno e o ceco. O íleo de Chávez não funciona. Por isso, os médicos cubanos apelam para a sonda nasogástrica, mas sem chances de muito sucesso. Como não consegue absorver nutrientes, por causa do câncer, Chávez entra em fase terminal. Ele pode morrer de septicemia por causa translocação bacteriana pela corrente sanguínea.
No entanto, a VTV (canal oficial de televisão da Venezuela) insiste em contar a mentira socialista de que Chávez “melhorou e até faz exercícios físicos”.

Na Venezuela, o clima de instabilidade política esquenta, porque a censura encobre as verdadeiras informações sobre o real estado de saúde de Chávez. A oposição já cobra a formação de uma junta de médicos independentes para avaliar o quadro clínico do presidente – o que o governo não aceita. O temor oficial é que se comprove que Chávez não tem a menor condição de assumir um novo mandato.

Sentindo o perigo

O esquema bolivariano já sabe que não pode mais contar com Chávez.
Um decreto da Presidência da Venezuela delegou ao vice-presidente do país, Nicolás Maduro, as atribuições governamentais na área econômica.
O objetivo é dar “mais rapidez e eficácia” à administração pública na ausência de Hugo Chávez.

27 de dezembro de 2012


OS BANDIDOS AGRADECEM...




EDITORIAL

O Estado de São Paulo


A cada Campanha Nacional do Desarmamento, como a que está sendo veiculada, a sociedade fica mais vulnerável, e os bandidos, mais à vontade. Os argumentos das autoridades permanecem mais ou menos os mesmos desde 2004, quando essas campanhas começaram: "a defesa dos cidadãos cabe exclusivamente à polícia e disparos acidentais de armas de fogo provocam tragédias familiares".

Não se discute que é preciso treinamento para manejar armas, como, de resto, é preciso treinamento para dirigir um carro, cujo mau uso o torna tão letal quanto um revólver. Já o argumento de que não cabe ao cidadão ter instrumentos adequados para se defender da ameaça de bandidos armados é ominoso.

O mote da campanha atual é: "Proteja sua família. Desarme-se". Trata-se de uma série de depoimentos de pais cujos filhos foram vítimas de disparos acidentais de armas de fogo. A intenção, segundo o Ministério da Justiça, é mostrar que não vale a pena correr os riscos que ter uma arma em casa implicam. "A arma é um excelente instrumento de ataque e um péssimo instrumento de defesa, principalmente para as pessoas que não têm habilidade em usá-la", disse a secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki. Segundo ela, "a sociedade tem o direito de exigir do Estado que qualifique e equipe muito bem os policiais para defendê-la", pois "essa é competência do policial, e não do cidadão".

Trata-se de um raciocínio primário. É óbvio que cabe ao Estado proteger seus cidadãos, pois é o Estado que detém o monopólio do uso legítimo da força. No entanto, como sabe qualquer cidadão letrado, esse monopólio tem sido diuturnamente desafiado pelo crime organizado e pela bandidagem em geral, que mesmo de dentro das penitenciárias conseguem fazer valer a lei da barbárie.

Há cidadãos que desejam ter meios para enfrentar os criminosos, caso os agentes do Estado não estejam por perto para fazê-lo, situação que é rotineira nas grandes cidades. A lei faculta a esses indivíduos o direito de proteger a si e a sua família da melhor maneira possível – é a chamada legítima defesa, UM DIREITO NATURAL. Trata-se de uma questão pessoal, sobre a qual o Estado não pode jamais interferir, pois a lei não determina que os cidadãos devam ficar inertes ante a violência que eventualmente sofram.

Mas o discurso das campanhas de desarmamento transformou o ato de se defender em uma violência equivalente à cometida pelos bandidos – se não pior, porque os criminosos, de acordo com o ‘sociologuês’ acadêmico que pauta esse debate, agem porque são vítimas do "sistema", enquanto os indivíduos que se defendem usando armas de fogo são – estes sim – os elementos violentos do sistema.

Somente neste ano, três inocentes que reagiram a assaltantes armados foram processados por crime de homicídio doloso triplamente qualificado. Em um dos casos, uma senhora de 86 anos cuja casa estava sendo assaltada, em Caxias do Sul (RS), pegou um velho revólver calibre 32 e conseguiu matar o ladrão a tiros. Como a arma não tinha registro, ela foi indiciada e se tornou ré, apesar de ter somente tentado proteger sua vida e seu patrimônio. Trata-se de um episódio exemplar dessa "equalização moral" entre bandidos e vítimas. Em qualquer país civilizado do mundo, esta senhora teria sido mandada para casa com uma lauda de elogios por sua coragem e bravura.

Ademais, de que valem campanhas de desarmamento se os bandidos têm enorme facilidade para obter seu arsenal, até mesmo sob as barbas da Justiça? Têm sido frequentes os assaltos a fóruns, onde ficam guardadas armas e munição apreendidas e que serão usadas como prova nos processos. Sem segurança adequada, esses locais são de "fácil acesso" para criminosos. O caso mais recente ocorreu em Peruíbe, no litoral sul de São Paulo, em 2 de dezembro. Havia apenas um vigia no local, facilmente rendido.

O fato é que as campanhas de desarmamento não são a panaceia contra a violência, e a interpretação que se faz da legislação vigente trata o cidadão possuidor de armas como um delinquente. Isso só é possível num país em que as autoridades, para escamotear sua incompetência na área de segurança pública, atribuem a responsabilidade por parte da violência à própria vítima. Os bandidos agradecem.
27 de dezembro de 2012

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Um mês depois de revelado o escândalo, Lula continua fugindo de perguntas sobre o caso Rose. Logo saberá que é impossível escapar de quadrilheiras de estimação




Por Augusto Nunes

O berreiro dos cardeais, os uivos dos apóstolos, a choradeira dos devotos, as lamentações das carpideiras ─ nada disso vai adiantar. Nenhuma espécie de chilique da seita lulopetista impedirá que o mestre seja obrigado a quebrar a mudez malandra. Desde 23 de novembro, quando a Operação Porto Seguro tornou nacionalmente conhecida uma certa Rosemary Noronha, Lula foge de comentários sobre a quadrilheira de estimação.

O silêncio que começou há mais de um mês pode até estender-se por duas, três semanas. A trégua do Ano Novo ajuda. Mas o ex-presidente não escapará da hora da verdade.


A menos que todos os jornalistas resolvam perder definitivamente a voz, o homem que nunca sabe de nada será confrontado com perguntas e cobranças que exigirão álibis menos bisonhos e respostas mais criativas.

Se repetir, por exemplo, que se sente “apunhalado pelas costas”, Lula se arriscará a ouvir de volta uma desmoralizante gargalhada nacional.

Se confirmar que “não se surpreendeu” com o que houve, como balbuciou em Berlim, terá de ser menos ambíguo: não se surpreendeu com as gatunagens de Rose, com o atrevimento do bando, com a eficiência da Polícia Federal ou com o quê?


O colecionador de escândalos já deveria ter aprendido que nenhuma patifaria de grosso calibre deixa de existir ou fica menor só porque o protagonista da história finge ignorá-la.

Atropelado pelas apurações da PF, passou as duas primeiras semanas enfurnado no Instituto Lula, de onde só saiu para uma festa no Rio e uma discurseira para catadores de papel em São Paulo.

Sempre cercado por muros humanos, não concedeu aos repórteres um único segundo de sua preciosa atenção. Depois, viajou para longe do Brasil e passou uma semana driblando jornalistas com saídas pelos fundos e escapadas pela cozinha. Para quê? Para nada.


Se já era de bom tamanho quando partiu, a encrenca ficara um pouco maior quando voltou. Indiciada pela Polícia Federal, Rosemary Noronha foi em seguida denunciada pelo Ministério Público por formação de quadrilha, corrupção passiva, tráfico de influência e falsidade ideológica.

Entre os comparsas incluídos na denúncia figuram os irmãos Paulo Vieira, ex-diretor da Agência Nacional de Águas (ANA), Rubens Vieira, ex-diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), e Marcelo Vieira, que vive de expedientes.

Os três bebês de Rosemary são os líderes da máfia dos pareceres técnicos forjados.


Os lucros da organização criminosa aumentaram extraordinariamente depois do recrutamento da chefe de gabinete do escritório paulista da Presidência.

Rose apresentava-se aos interlocutores conforme o grau de intimidade. Para os íntimos, era a mulher do Lula. Para o resto, a namorada do presidente. Nas reuniões com subordinados, declamava o primeiro verso do hino dos novos-ricos: “Aqui tudo é chique”.

Parecia-lhe especialmente chique a decoração do escritório na esquina da Paulista com a Augusta. Numa das paredes, um imenso pôster mostra Lula (com a camisa do Corinthians) batendo um pênalti.


Enquanto esteve acampada na casa da filha Mirele, também demitida da Anac, Rose pôde contabilizar os estragos causados pela brusca tempestade.

De um dia para o outro, perdeu o emprego oficial, o posto de primeira-dama oficiosa, o escritório, o salário superior a R$ 10 mil, os amigos e o namorado.

Acabou a vida mansa proporcionada pelos lucros da quadrilha. Acabaram as viagens internacionais ou mesmo domésticas: excluída das comitivas presidenciais desde a posse de Dilma Rousseff, agora não pode sequer sonhar com outro cruzeiro no mar de lhabela, ao som da dupla sertaneja Bruno e Marrone.


Sempre à beira de um ataque de nervos, Rose acha que os companheiros do PT não lhe estenderam a mão na hora da tormenta. É uma caixa-preta até aqui de mágoa.

Tão perigosa quanto Paulo Vieira, que anda sondando o Ministério Público sobre as vantagens da delação premiada. Nesta segunda-feira, a sindicância aberta pelo Planalto para apurar o envolvimento de funcionários públicos com a quadrilha foi prorrogada por dez dias.

Talvez dê em nada. Mas o processo judicial começou a andar. E o desfecho do julgamento do mensalão avisou que ninguém mais deve considerar-se condenado à perpétua impunidade.


Nos escândalos anteriores, organogramas secretos previam a existência, entre o líder supremo e os meliantes em ação, de um alto comando formado por companheiros ─ que sempre funcionou como um oportuníssimo airbag na hora do estrondo.

Desta vez nâo há intermediários entre o candidato a inimputável e a turma da delinquente que protege há quase 20 anos. As impressões digitais do ex-presidente estão por toda parte.


Foi Lula quem instalou Rosemary Noronha no gabinete em São Paulo e pediu a Dilma que a mantivesse no cargo. Foi Lula quem, a pedido de Rose, transformou os irmãos Vieira em diretores de agências reguladoras.

Sem Lula, Rose não se teria juntado à comitiva presidencial em 23 viagens internacionais. Sem Lula, uma alpinista social de subúrbio jamais teria feito carreira como traficante de influência. Era Lula a fonte de poder da quadrilha, que não teria existido sem ele.


Pouco importam os balidos do rebanho, a vassalagem dos governadores ou as genuflexões de Dilma Rousseff (que conhecia muito bem a representante da Presidência em São Paulo).

Rose é um caso de polícia criado por Lula. Todos são iguais perante a lei. Ele que trate de encontrar explicações ─ se é que existe alguma.


26/12/2012

Rosemary, a mulher do ano




A representante da Presidência da República em São Paulo fez exatamente o que Dilma fez em Brasília: cacifada por Lula, passou a reger o parasitismo do PT

POR GUILHERME FIUZA

Nesses tempos de devoção às minorias, não é justo deixar de destacar a contribuição de Rosemary Noronha para a causa feminina. O Brasil progressista explode de orgulho por ser governado por uma mulher — que aliás deu a Rosemary sua chance de brilhar — e não pode agora se esquecer de reverenciar mais uma expoente do gênero. Assim como Dilma, Rose chegou lá. O fato de estar enrolada com a polícia é um detalhe.

Rose e Dilma escreveram seus nomes na história do Brasil por serem, ambas, utensílios de Lula. A finalidade de cada uma para o ex-presidente não vem ao caso. O que importa é que ambas funcionaram muito bem. Como se nota pelo ufanismo nacional em torno de Dilma, não se espera mais da mulher moderna opinião própria, autonomia e iniciativa. Basta botar um tailleur vermelho, um colar de pérolas e decorar suas falas. E muito importante: falar o mínimo, para errar pouco. Até outro dia isso era piada entre Miguel Falabella e Marisa Orth (“cala a boca, Magda!”). Hoje é sinal de poder.

O grande símbolo feminino brasileiro da atualidade, que desperta a admiração de Jane Fonda — que tempos! — não tinha feito nada de extraordinário na vida até ser levada pela mão do padrinho ao topo. O feminismo realmente mudou muito.

Lá chegando, seu maior mérito foi usar vestido e não ser o Lula (para os que não suportavam mais o ogro bravateiro), ou ser o Lula de vestido (para os que seguem venerando o filho do Brasil). Sem nenhum plano de governo, com um ministério fisiológico de cabo a rabo, sem um mísero ato de estadista em dois anos de mandato, Dilma se destaca por ser ou não ser Lula, dependendo do ponto de vista. É a apoteose da nulidade, que o Brasil progressista e feminista consagra com aprovação recorde.

Diante desses novos valores, seria injusto não consagrar Rosemary também. A representante da Presidência da República em São Paulo fez exatamente o que Dilma fez em Brasília: cacifada por Lula, passou a reger o parasitismo do PT, cuidando da nomeação de companheiros e dando blindagem política às suas peripécias para sucção do Estado.

No caso de Dilma, a grande orquestra fisiológica foi desmoronando ao vivo, com nada menos que sete ministros nomeados (e protegidos até o fim) por ela caindo de podres, graças à ação da imprensa. A mulher-modelo de Jane Fonda ainda havia parido uma Erenice, a quem preparava para ser a dama de ferro de seu governo (Jane não pode imaginar o que seria isso) — derrubada por fazer na Casa Civil algo muito parecido com as operações fantásticas de Rosemary. Até o uso da Anac como balcão de negócios se repetiu. Por que só Dilma é ícone feminino, se Rosemary mostrou ser um prodígio da mesma escola?

Por algum mistério insondável, a Polícia Federal não fez escutas nos telefones de Rose, ou diz que não fez. As conversas da mulher que regia uma quadrilha grudada em Lula, se apresentando como sua namorada, e que tramou até sabotagem ao julgamento do mensalão — o mesmo que Lula tentara com Gilmar Mendes — não interessou aos investigadores. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que não havia motivos para grampear Rosemary — uma suspeita que está impedida pela Justiça de sair de sua cidade. Esses ministros farsescos do PT podiam ao menos ser mais criativos. Mas não precisa, porque o Brasil engole qualquer coisa.

Marcos Valério disse que Lula teve despesas pagas pelo esquema do mensalão e autorizou operações bancárias do valerioduto. É comovente a desimportância atual dessas declarações. Lula é o líder de um projeto político montado para a permanência no poder a qualquer custo — e essa fraude está exaustivamente demonstrada pelo mensalão, por Dirceu, Erenice, Palocci, Pimentel, aloprados, Rosemary e praticamente todo o estado-maior petista, tanto de Lula quanto de Dilma, flagrados em tráfico de influência para se aferrar ao poder na marra. O que mais é preciso denunciar?

O eleitor brasileiro está brincando com fogo. Enquanto o desemprego estiver baixo, vai continuar afiançando a fraude que finge não ver. O país vai sendo empurrado com a barriga pelos fisiológicos — e essa conta vai chegar. O governo desistiu de controlar a inflação, que vai se afastando da meta (apesar da mudança de cálculo que reduziu o índice). A gastança pública é disfarçada com truques contábeis para esconder o déficit. A arrecadação brutal banca a farra dos companheiros, sem sobra para investimentos decentes — e tome literatura de trem-bala e tarifas mentirosas de energia, que já multiplicam os apagões por manutenção precária.

Como se viu na funesta CPI do Cachoeira, a mafiosa Delta comandava o planejamento da infraestrutura terrestre.

Mas está tudo bem, e oito governadores podem ir de cara limpa prestigiar Lula e sua democracia de aluguel. Se este é o país que queremos, Rosemary é a mulher do ano.
GUILHERME FIUZA é escritor.

  21/12/12

O Estado do medo




Em meio ao processo do mensalão, as diversas operações da Polícia Federal ou a turbulenta relação entre os poderes da República, o Brasil esqueceu do Maranhão

  Por Marco Antonio Villa


Na fase final da guerra contra Canudos, em 1897, os oficiais militares costumavam dizer que não viam a hora de voltar para o Brasil.

Quem hoje visita o Maranhão fica com a mesma impressão. É um estado onde o medo está em cada esquina, onde as leis da República são desprezadas.

Lá tudo depende de um sobrenome: Sarney.

Os três poderes são controlados pela família do, como diria Euclides da Cunha, senhor do baraço e do cutelo. A relação incestuosa dos poderes é considerada como algo absolutamente natural.

Tanto que, em 2009, o Tribunal Regional Eleitoral anulou a eleição para o governo estadual. O vencedor foi Jackson Lago, adversário figadal da oligarquia mais nefasta da história do Brasil.

O donatário da capitania - lá ainda se mantém informalmente o regime adotado em 1534 por D. João III - ficou indignado com o resultado das urnas. A eleição acabou anulada pelo TRE, que tinha como vice-presidente (depois assumiu a presidência) a tia da beneficiária, Roseana Sarney.

No estado onde o coronel tudo pode, a Constituição Federal é só um enfeite.

Lá, diversos artigos que vigoram em todo o Brasil, são considerados nulos, pela jurisprudência da famiglia . O artigo 37 da nossa Constituição, tanto no caput como no §1º, é muito claro. Reza que a administração pública "obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência" e "a publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos".

Contudo, a Constituição maranhense, no artigo 19, XXI, § 9º determina que "é proibida a denominação de obras e logradouros públicos com o nome de pessoas vivas, excetuando-se da aplicação deste dispositivo as pessoas vivas consagradas notória e internacionalmente como ilustres ou que tenham prestado relevantes serviços à comunidade na qual está localizada a obra ou logradouro".

Note, leitor, especialmente a seguinte passagem: "excetuando-se da aplicação deste dispositivo as pessoas vivas e consagradas notória e internacionalmente como ilustres".

Nem preciso dizer quem é o "mais ilustre" daquele estado - e que o provincianismo e o mandonismo imaginam que tenha "consagração internacional."

Contudo, a redação original do artigo era bem outra: "É vedada a alteração dos nomes dos próprios públicos estaduais e municipais que contenham nome de pessoas, fatos históricos ou geográficos, salvo para correção ou adequação nos termos da lei; é vedada também a inscrição de símbolos ou nomes de autoridades ou administradores em placas indicadores de obras ou em veículos de propriedade ou a serviço da administração pública direta, indireta ou fundacional do Estado e dos Municípios, inclusive a atribuição de nome de pessoa viva a bem público de qualquer natureza pertencente ao Estado e ao Município".

Quando foi feita a mudança? A 24 de janeiro de 2003, com o apoio decisivo de Roseana Sarney.

Desta forma foi permitido que centenas - centenas, sem exagero - de logradouros e edifícios públicos recebessem, em todo o estado, denominações de familiares, especialmente do chefe.

Para mostrar o desprezo pela ordem legal, em 1997 foi criado o município de Presidente Sarney, isto quando a Constituição Federal proíbe e a estadual ainda proibia.

Quem criou o município?

Foi a filha, no exercício do governo. Mas a homenagem ficou somente na denominação do município. Pena. Os pobres sarneyenses - é o gentílico - vivem em condições miseráveis: é um dos municípios que detêm os piores índices de desenvolvimento humano no Brasil.

Como o Brasil esqueceu o Maranhão, a família faz o que bem entende. E isto desde 1965! Sabe que adquiriu impunidade pelo silêncio (cúmplice) dos brasileiros. Mas, no estado onde a política se confunde com o realismo fantástico, o maior equívoco é imaginar que todas as mazelas já foram feitas.

Não, absolutamente não.

A governadora resolveu fazer uma lei própria sobre licitação. Como é sabido, a lei federal 8.666 regulamenta e tenta moralizar as licitações.

Mas não no Maranhão.

Por medida provisória, Roseana Sarney adotou uma legislação peculiar, que dispensa a "emergência", substituída pela "urgência".

Quem determina se é ou não urgente?

Bingo, claro, é ela própria.

Não satisfeita resolveu eliminar qualquer restrição ao número de aditivos. Ou seja, uma obra pode custar o dobro do que foi contratada. E é tudo legal.

Não é um chiste.

É algo gravíssimo.

E se o Brasil fosse um país sério, certamente teria ocorrido, como dispõe a Constituição, uma intervenção federal.

O que lá ocorre horroriza todos aqueles que tem apreço por uma conquista histórica do povo brasileiro: o Estado Democrático de Direito.

O silêncio do Brasil custa caro, muito caro, ao povo do Maranhão.

Hoje é o estado mais pobre da Federação. Seus municípios lideram a lista dos que detém os piores índices de desenvolvimento humano.

Muitos dos que lá vivem lutam contra os promotores do Estado do medo. Não é tarefa fácil.

Os tentáculos da oligarquia estão presentes em toda a sociedade. É como se apresassem para sempre a sociedade civil.

Sabemos que o país tem inúmeros problemas, mas temos uma tarefa cívica, a de reincorporar o Maranhão ao Brasil.

Marco Antonio Villa é historiador e professor da Universidade Federal de São Carlos (SP)

  

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Jefferson tem livro com detalhes ocultos do mensalão, mas só publica depois do "juízo final"



Roberto Jefferson, o homem que brigou com José Dirceu e chutou o balde do Mensalão, promete publicar um livro com bastidores inéditos do escândalo que só não derrubou Lula por milagre

Alerta Total
Por Jorge Serrão 

Jefferson negocia com duas editoras: uma do Brasil e outra muito famosa da Espanha. Mas a publicação só sairá depois que o tal “transitado em julgado” for finalmente uma realidade na sentença da Ação Penal 470.

Em tratamento contra um câncer no pâncreas, Jefferson continua na briga de sempre...

Te cuida, Bob!

Mais tortura psicológica que o Julgamento do Mensalão (conforme reclamou outro dia o condenado José Genoíno) é a onda de dossiês que promete revelar ainda mais detalhes sobre megaescândalos que assolam o Brasil, apavorando a petralhada, a tucanalha e seus comparsas mais ou menos votados.

O Brasil ficaria eletrizante se Marcos Valério, Carlinhos Cachoeira, Paulo Vieira e tantos outros operadores de esquemas revelassem uma boa parte do que sabem.

O problema é que nosso Judiciário ainda é muito lento para punir crimes contra a coisa pública.

Um escândalo supera o outro em dimensão e repercussão.

E praticamente todos rendem punições brandas ou que demoram tanto a acontecer que beneficiam os infratores.

Vide o mensalão, no qual os condenados devem passar pouco tempo na cadeia.

Valério pegará um mínimo de 6 anos, 8 meses e 21 dias na prisão.

José Dirceu pegará 1 ano, nove meses e 10 dias. Delúbio: 1 ano, 5 meses e 25 dias. João Paulo Cunha: 1 ano, 6 meses e 20 dias. Henrique Pizzolato: 2 anos, 1 mês e 5 dias.

Pelo mal que fizeram ao Brasil, é pouco!

Joaquim Barbosa foi bonzinho com eles, indultando-os da prisão imediata.

As festas de fim e começo de ano foram providenciais para os nossos corruptos.

Ninguém quer saber de escândalos. O noticiário se transforma em um mar de tranquilidade.

Como janeiro também é o mês de férias – para a maioria dos servidores públicos e, principalmente, do Judiciário -, a calmaria continua.

Em fevereiro, quando o ano ameaça começar, vem o carnaval, e tudo fica paradinho novamente.

Assim, ficam esquecidos – e mais abafados ainda – o Rosegate, o Gabrielligate, o Eletrogate e tantos outros escândalos capazes de encher o nosso saco e o do Papai Noel.

Ontem, tive uma ilusão.

Cheguei a acreditar que seria brindado com a bela mensagem natalina da Presidenta Dilma Rousseff.

Que nada!

A Velha Guerrilheira foi para a cadeia (de rádio e televisão, claro) para despejar um papo furado, cheio de números, sobre as maravilhas do Governo Federal.

Tudo lido no teleprompter, escrito por marketeiros, sem a menor credibilidade no que era dito.

Dilma é até uma razoável “atora”, mas nem a Velhinha de Taubaté levou muita fé no que ela falou.

Prometeu mundos e fundos, e não explicou por que o Brasil não cresce como deveria.

Já que a Dilma não cumpriu a missão sincera de nos desejar um feliz natal e um ano novo concretamente melhor, cada um dos “amigos e amigas” devem fazê-lo por ela.

Logo mais, que todos se lembrem do nascimento de Jesus – o exemplo dos exemplos.

E vamos pedir ao Pai dele que derrame suas luzes de Justiça para purificar os podres poderes que infestam o Brasil.
24 de dezembro de 2012