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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

João Santana omitiu de imposto de renda suas empresas no exterior




Marqueteiro petista só retificou declaração em novembro do ano passado

Por Thiago Herdy

Veja.com
João Santana é preso pela Polícia Federal
Geraldo Bubniak/22-2-2016


SÃO PAULO — O marqueteiro do PT João Santana omitiu de suas declarações de renda de 2010 a 2014 a participação em cinco empresas mantidas por ele no exterior, entre elas a Shellbill Finance S/A, offshore usada para receber US$ 7,5 milhões da Odebrecht e do representante de um fornecedor da Petrobras, Zwi Skornicki. A descoberta foi apontada em relatório da Receita Federal usado por investigadores na 23ª fase da Operação Lava-Jato, desencadeada nesta semana.

As informações sobre quatro das cinco empresas identificadas pela PF foram corrigidas pelo marqueteiro no ano passado, durante as investigações da Operação Lava-Jato, por meio de declarações retificadoras. Em novembro de 2015, o estrategista do PT apresentou as correções nas declarações referentes aos anos compreendidos entre 2010 e 2014, acrescentando a sua participação nas empresas, mas não na Shellbill Finance S/A.

Nas retificações, o marqueteiro passou a reconhecer que era dono da empresa Polistepeque Comunicaciony e Marketing, estabelecida em San Salvador; na empresa Polis Caribe Comunicacion Y Marketing, da República Dominicana; na Polis America S/A, localizada no Panamá; e na Polis Propaganda, registrada na Argentina. No entanto, não fez menções à Shellbill Finance S/A, registrada no Panamá.

Todas essas empresas foram abertas pelo marqueteiro em países onde ele prestou serviços de comunicação em campanhas políticas. A defesa de Santana argumenta que todos os valores recebidos por ele no exterior são referentes a serviços prestados nestes países, mas ainda não se manifestou sobre a omissão da Shellbill Finance da declaração de renda do cliente.

A Polícia Federal descobriu que a Shellbill era vinculada ao marqueteiro graças a um bilhete apreendido na casa de Zwi Skornicki, escrito por Mônica Santana, mulher e sócia de Santana. No bilhete, ela indicava os dados de conta da empresa em Nova Iorque e em Londres para recebimento de recursos endereçados ao publicitário.


24/02/2016

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