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sábado, 16 de abril de 2016

Oposição quer que MP investigue atuação de Lula para evitar o impeachment


Documento será protocolado ainda hoje na Superintendência da Polícia Federal


Por Cristiane Jungblut
O Globo



O ex presidente Lula
ANDRE COELHO / Agência O Globo

BRASÍLIA - Os partidos de oposição pró-impeachment resolveram acionar a Polícia Federal em três frentes para cobrar investigações sobre a pressão do governo sobre os deputados. O líder do DEM na Câmara, deputado Pauderney Avelino (AM), apresentou a anunciada notícia-crime contra a presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Lula, seis ministros e quatro governadores, para se "coibir delitos" cometidos, como nomeações e atendimento de pleitos de parlamentares em troca de apoio à permanência da petista na Presidência. Já o líder do PSDB na Câmara, deputado Antônio Imbassahy (BA), fez uma representação junto à Procuradoria da República no Distrito Federal solicitando a abertura de inquérito policial e pedindo busca e apreensão de provas no hotel onde Lula está hospedado na capital. Segundo o tucano, Lula está promovendo ações "pouco republicanas" no hotel para evitar o impeachment.

A notícia-crime será protocolada na Superintendência da Polícia Federal pelos advogados do partido. A ação cita os ministros José Eduardo Cardozo (Advocacia Geral da União), Aloizio Mercadante (Educação), Eva Chiavon (Casa Civil), Eugenio Aragão (Justiça), Jaques Wagner (ministro-chefe do Gabinete da Presidência) e Edinho Silva (Secretaria de Comunicação).

O documento cita também os governadores Waldez Goes (AP), Ricardo Vieira Coutinho (PB); Camilo Santana (CE), Wellington Dias (PI). Os advogados não citaram Flávio Dino (MA) e Rui Costa (BA), que estão atuando, mas dizem que a ação pode englobar a todos os governadores que trabalharem na cooptação de cargos.

O documento traz páginas do Diário Oficial deste sábado, com várias nomeações, "tendo como único objetivo nomear ocupantes de cargos em troca de votos". A acusação é de corrupção passiva, ativa, emprego irregular de verbas públicas, usurpação da função pública, tráfico de influência.

— É uma notícia-crime contra a barganha de votos. Isso ocorre a 24 horas da votação do impeachment — disse Pauderney.

No caso de Lula, o tucano Imbassahy disse que há "relatos" de ações pouco claras do ex-presidente no hotel. Mas não detalhou quais seriam.

— São ocorrências não republicanas, uma oferta de cargos e ministérios. Queremos busca e apreensão no hotel — disse Imbassahy.

A terceira ação é pedido para que a Polícia Federal tome medidas cabíveis contra o bloqueio de rodovias pelo MST, entre outros movimentos sociais.

O ex-presidente Lula encerrou as negociações políticas com deputados em Brasília e embarcou no final da tarde deste sábado para São Paulo. O petista ainda não definiu onde irá acompanhar a votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara.

16/04/2016


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