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sexta-feira, 21 de abril de 2017

Contexto: a confirmação sobre o tríplex de Lula, sete anos depois

Após sucessivas negativas de Lula, propriedade é atestada
por O Globo

A primeira reportagem que liga o ex-presidente ao tríplex foi publicada em 10 de março de 2010 no GLOBO
Reprodução


SÃO PAULO - Ao afirmar na quinta-feira que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é mesmo dono do tríplex reformado pela OAS no edifício Solaris, no Guarujá, litoral paulista, Léo Pinheiro confirmou informações publicadas pelo GLOBO desde 2010. Em uma reportagem daquele ano, a assessoria de imprensa da Presidência da República confirmava que o imóvel pertencia a Lula. Desde o início das investigações da Lava-Jato, no entanto, o ex-presidente tem dito que apenas comprou cotas de um apartamento comum no 14º andar, chegou a analisar a mudança para o tríplex, mas desistiu.

A primeira reportagem que liga o ex-presidente ao tríplex foi publicada em 10 de março de 2010, quando a OAS assumiu dezenas de obras paradas da Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop), que passava por problemas financeiros. O texto dizia que o casal Lula da Silva estava na fila de cooperados que aguardavam há cinco anos a conclusão da obra. Procurada, na época, a Presidência “confirmou que Lula continua proprietário do imóvel”.

Durante o interrogatório de ontem com o juiz Sérgio Moro, o próprio Léo Pinheiro fez referência à reportagem:

— Em 2010, O GLOBO trouxe uma reportagem enorme sobre esse empreendimento dizendo que o tríplex pertencia ao Lula. Fiquei preocupado e procurei o (Paulo) Okamoto. Perguntei como deveria proceder, já que o tríplex estava em nosso nome e a aquisição por parte da família do presidente era de cotas e não tinha havido adesão para o empreendimento. O Vaccari conversou comigo dizendo que esse apartamento... a família tinha a opção de um apartamento tipo (uma unidade normal), tinham comprado cotas, e que eu não comercializasse o tríplex.

Em dezembro de 2014, outra reportagem do GLOBO dizia que a OAS havia terminado a obra do Solaris antes dos demais edifícios herdados da Bancoop. Funcionários do condomínio relataram que a ex-primeira-dama Marisa Letícia “providenciou a decoração do local” e que a família havia solicitado a instalação de um elevador privativo.

Em agosto de 2015, o jornal informou que uma corretora de valores imobiliários chamada Planner repassou dinheiro para a OAS durante a finalização da obra do edifício Solaris. No período, a Planner havia recebido da GDF, empresa usada para lavar dinheiro do doleiro Alberto Youssef, um valor de R$ 3,7 milhões, supostamente para o tríplex.

Lula questionou, na Justiça, a publicação dessa reportagem e moveu um processo contra jornalistas do GLOBO em que pedia indenização por danos morais.

Em dezembro de 2015, o pedido foi negado pela 48ª Vara Cível do Rio. Em setembro do ano passado, a 14ª Vara Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio confirmou a decisão em primeira instância. O desembargador Gilberto Guarino, relator do caso, entendeu que o jornal não fez juízo de valor e apenas divulgou a existência de investigações contra o ex-presidente.

21/04/2017

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